segunda-feira, abril 15, 2024

Casais amados do cinema que se odeiam na vida real

Ah, os casais apaixonados de Hollywood. De tempos em tempos assistimos a filmes que nos redefinem o que é o amor. Mas se nas telas tudo é lindo e perfeito, nos bastidores a coisa pode não ser tão aconchegante assim. Pensando nisso, resolvemos montar uma lista somente com casais amorosos, que não foram tão amorosos assim durante as gravações. Patrick Swayze e Jennifer Grey (Dirty Dancing), Julia Roberts e Nick Nolte (Adoro Problemas) e Leonardo DiCaprio e Claire Danes (Romeu e Julieta) são alguns dos casos mais conhecidos. No entanto, iremos comentar outros aqui, que talvez vocês não tenham conhecimento.

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Tom Hardy e Charlize Theron – Mad Max: Estrada da Fúria (2015)

Sim, o quarto Mad Max é considerado pela maioria dos especialistas como o melhor filme do ano passado. Mas sua produção foi longe de ser um mar de rosas. Para começar, houve um atraso no lançamento, já que sua estreia era programada incialmente para 2014. Tudo caminhava para o desastre pleno, o que encerraria de vez a carreira do veterano diretor George Miller. “Um Pesadelo” é como todos descrevem a confecção da obra. Além disso, o casal protagonista Tom Hardy (Max) – que tem fama de ser um ator difícil de se trabalhar – e Charlize Theron (Furiosa) não se deram bem. Ambos também estiveram em atrito com o diretor. Talvez daí a relutância para uma continuação. Quem perde são os fãs.

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Ryan Gosling e Rachel McAdams – Diário de uma Paixão (2004)

Ryan Gosling e Rachel McAdams são ótimos atores, já que ninguém jamais imaginou que os dois não se davam bem por trás das câmeras do romance ‘Diário de uma Paixão‘ (The Notebook). Segundo o diretor Nick Cassavetes, a química dos protagonistas no set não era nada parecida com a vista no filme. “Eu não deveria contar essa história, mas eles realmente não estavam se dando bem no set. Realmente não. Ryan [Gosling] veio a mim em frente a 150 figurantes que estavam esperando para gravar uma cena, e disse: ‘Nick venha aqui. Você pode tirar ela daqui e trazer outra atriz? Eu não posso mais. Não consigo atuar com ela. Não está saindo nada de bom disso’”, afirmou.

Percebendo que o filme dependia da atuação dos atores, Cassavetes realizou uma sessão de terapia de casais. Após toda essa briga, Gosling e McAdams namoraram na vida real por quatro anos. Seria amor?

 

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Meryl Streep e Woody Allen – Manhattan (1979)

Só mesmo sendo Meryl Streep para declarar que jamais trabalharia novamente com o cultuado Woody Allen. Na realidade, quando o fato ocorreu, Streep era uma iniciante, muitas décadas antes de se tornar a lenda que é hoje. O método de trabalho do cineasta (roteirista, diretor e ator) não agradou muito a atriz. Ao contrário da maioria dos atores iniciantes, desesperados por uma chance de trabalhar com Allen (somente pelo prestígio, já que seus filmes não possuem um grande orçamento para o cachê de astros e estrelas), para Streep uma vez foi o bastante.

Não deixe de assistir:

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Johnny Depp e Angelina Jolie – O Turista (2010)

O Turista foi um desastre de cabo a rabo. A falta de química entre dois dos maiores astros da atualidade foi reflexo dos bastidores igualmente frio. Depp e Jolie pareciam estar lá somente para bater ponto e descontar seus cheques, com a estrela aparentemente mais desconfortável na produção do que o intérprete do Capitão Sparrow. Jolie inclusive revelou que o único motivo dela ter topado fazer o filme foi porque sabia que seria uma filmagem rápida em Veneza, Itália. E quem não quer passear por lá? Até o coadjuvante Paul Bettany, que dispensou o papel protagonista em O Discurso do Rei (que deu o Oscar para Colin Firth) por este filme, admite que esta foi a pior decisão de sua carreira. Bem, a verdade é que até agora nada de Florian Henckel von Donnersmarck (A Vida dos Outros). Pobre sujeito…

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Mira Sorvino e Jeremy Northam – Mutação (1997)

Outra produção problemática, outro casal que não se deu bem. O que acontece muitas vezes em um set conturbado, é que a tensão acaba sendo tão grande por inúmeros problemas, que acaba afetando os atores e suas relações. Foi exatamente o que ocorreu aqui, com a primeira produção americana do cineasta mexicano Guillermo del Toro. Sobrou até para o filme, uma produção B que funciona como prazer culposo, já que o cineasta renega seu trabalho aqui.

Tudo porque o produtor Bob Weinstein (um dos donos do estúdio Miramax, ao lado do irmão Harvey) não parava de interferir na produção, exigindo novos cortes. Além disso, del Toro confirmou que a vencedora do Oscar Mira Sorvino (Poderosa Afrodite) não conseguia suportar Jeremy Northam (Invasores). O trauma foi tanto que del Toro partiria para filmar no México (A Espinha do Diabo), só retornando para Hollywood em 2002, com Blade 2.

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Bill Murray & Lucy Liu – As Panteras (2000)

Bem, este não foi exatamente um casal nas telas. A descendente de chineses Lucy Liu é a Pantera menos conhecida do trio, mesmo assim não evitou a monumental briga que teve com o cultuado Bill Murray no set de filmagens. A acalorada briga parou as gravações do blockbuster por um dia inteiro. Além disso, o diretor do longa, McG, veio a público declarar que Murray o agrediu fisicamente, ao que o veterano ator nega. Nem é preciso dizer que Murray, intérprete do chefe das meninas Bosley, foi substituído na sequência As Panteras Detonando. Nada disso teria acontecido se a cantora e atriz Aalyiah, primeira opção para viver a Pantera Alex (Liu), não tivesse sido negada por ser muito jovem.

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Marilyn Monroe e Laurence Olivier – O Príncipe Encantado (1957)

Marilyn Monroe foi uma figura polêmica. Por um lado, uma das maiores estrelas do cinema de todos os tempos. Por outro, uma atriz problemática, que não decorava seus textos – precisando de inúmeras tomadas até acertar o planejado pelo diretor – e sempre atrasava para as filmagens. Além disso, Monroe não se achava boa o suficiente, o que causava problemas psicológicos nela, como a depressão.

O conceituado dramaturgo e ator shakespeariano Sir Laurence Olivier foi um dos que sofreu ao trabalhar com a atriz. O diretor ficou tão traumatizado com a experiência, que só voltaria a dirigir para cinema na década de 1970. Mesmo com o atrito, o contrato da estrela estipulava que ela deveria levar 75% do lucro do filme. Tudo isso – menos o último fato – foi retratado em Sete Dias com Marilyn (2011), que teve Michelle Williams na pele da estrela e Kenneth Branagh como o conterrâneo cineasta.

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Humphrey Bogart e Audrey Hepbrun – Sabrina (1954)

Outro filme clássico, da era de ouro de Hollywood, cuja produção foi no mínimo conturbada. O ícone durão Humphrey Bogart, que substituiu Cary Grant de última hora, não gostou de trabalhar com a musa Hepburn (ainda em seu início de carreira, em seu segundo trabalho significativo no cinema, após o Oscar na estreia por A Princesa e o Plebeu). Bogart queria a esposa Lauren Bacall para o papel e quando perguntado sobre trabalhar com Audrey, disse: “É OK, se você não se incomodar em repetir cada tomada doze vezes”.

O astro ainda considerou Hepburn sem talento e incapaz de atuar. Para piorar a situação da musa, o diretor Billy Wilder (O Pecado Mora ao Lado) a pediu para que fingisse doença para adiar as filmagens, já que ainda estava trabalhando no roteiro. Por outro lado, Audrey Hepburn e William Holden, co-protagonista no filme, se apaixonaram e iniciaram um romance, que infelizmente não durou muito.

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Harrison Ford e Sean Young – Blade Runner: O Caçador de Androides (1982)

Nem filmes considerados os melhores de todos os tempos escapam da maldição de seus bastidores. Esta ficção científica extremamente influente não nasceu vencedora. Pelo contrário, na época de seu lançamento ninguém estava preparado para algo do tipo. Conclusão: Blade Runner foi um tremendo fracasso de público e os críticos igualmente não sabiam o que pensar, desmerecendo esta obra-prima na época.

A verdade é que Blade Runner passou por alterações em sua narrativa ao longo dos anos, mesmo assim, o diretor Ridley Scott aponta até hoje este como o seu melhor trabalho. Seja como for, vale tudo em nome da arte. Ou será? Em uma cena um pouco mais intensa, o ator Harrison Ford dá um empurrão de verdade em Sean Young, sua parceira romântica nas telas. Young se machucou e não perdoou o companheiro. Em outro momento, quando é revelado que sua personagem era uma replicante, Young deixa cair lágrimas reais. Seriam de ódio por Ford?

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Marlon Brando e Sophia Loren – A Condessa de Hong Kong (1967)

O último trabalho como diretor do icônico Charles Chaplin (aqui com 77 anos) não foi uma “viagem” muito tranquila. O conto sobre um rico empresário, visitando uma terra exótica e se apaixonando era para ser uma história encantadora. Seus bastidores, no entanto, não o são. Tudo porque os monstros sagrados Marlon Brando e Sophia Loren não se bicaram durante as filmagens. Brando, conhecida figura difícil e controversa, não fez por menos e incorporou novamente sua persona problemática. Em uma determinada cena (romântica), o astro simplesmente proferiu para a musa: “Você sabia que possui pelos pretos nas narinas”. E que mulher não gosta de ouvir um gesto tão carinhoso como este? Fico só pensando em Chaplin no meio de tudo. Pobre vagabundo.

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Richard Gere e Debra Winger – A Força do Destino (1982)

Este filme indicado para seis Oscar e vencedor de dois, foi um dos maiores sucessos da década. Uma história extremamente romântica, sobre um rebelde aprendendo disciplina e se apaixonando por uma mulher de fibra. Quem poderia esquecer o final, quando Gere fardado entra na fábrica e leva Winger nos braços ao som de “Up Where We Belong”, de Joe Cocker e Jennifer Warnes? Por trás dos panos a coisa foi um pouco menos graciosa, ou muito menos. Gere e Winger se estranharam e quando o diretor Taylor Hackford (Ray) gritava corta, iam para o mais longe possível um do outro.

Fora isso, os dois atores tiveram seus próprios problemas. Gere disse que só fez o filme por dinheiro e durante um acidente de filmagem chutou seu companheiro de cena Louis Gossett Jr. nos países baixos, o que deixou o ator enfurecido e sem aparecer no set por dois dias. Apesar disso, o filme rendeu a Gossett Jr. o Oscar. Já Winger, prefere esquecer que fez o filme. A atriz, indicada três vezes ao Oscar (por este filme, Laços de Ternura e Terra das Sombras), quase não foi aceita para o papel em seu teste, por um produtor achar que não era “comível” o suficiente. Mesmo assim, ela foi obrigada a fazer uma cena de nudez no filme.

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 Woody Allen e Mia Farrow – Maridos e Esposas (1992)

Lá vem nosso cineasta incestuoso preferido novamente na lista. Woody Allen é um gênio do cinema. E provando que não devemos misturar a vida pessoal e a profissional, o diretor é também uma das figuras mais polêmicas do meio. Foi aqui que Allen pôs fim ao relacionamento de 12 anos com a atriz Mia Farrow (eles nunca foram oficialmente casados) da pior maneira possível. A parceria da dupla começou quando a atriz de O Bebê de Rosemary (1968) e O Grande Gatsby (1974), protagonizou Sonhos Eróticos de uma Noite de Verão (1982), se tornando assim a nova musa do cineasta, após Diane Keaton.

Depois vieram um total de mais 11 filmes juntos, até culminar neste Maridos e Esposas. Foi durante as filmagens do longa que Farrow descobriu acidentalmente a traição do companheiro, colega de cena e diretor, que vinha mantendo um caso com sua filha adotiva Soon-Yi – com quem Allen está casado até hoje. Imaginem a dor da atriz. E o pior, ao precisar, a pedido dos produtores, voltar às filmagens, ser dirigida e contracenar com Allen, fingindo amá-lo como marido. Todo profissionalismo é pouco para a Sra. Farrow.

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