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Sem preconceito algum, é sempre gostoso dar uma olhada na cultura alheia e comparar com a nossa. Nossos títulos algumas vezes pecam, e os de portugal também. Já é conhecida a fama que os nossos amigos portugueses tem de colocar nomes aos filmes que estragam boa parte da trama ou que simplesmente não fazem sentido. Uma dessas tantas piadas é a de que o filme Evita foi traduzida por Abstenha-se. Só faltou ‘Hulk’ ser traduzido como ‘O Homem que ficava Verde quando nervoso’, mas eles não tiveram esse mau gosto… ainda. Ou imagine ‘Matrix’ se chamando ‘A Máquina que controla o Mundo’? Brincadeirinhas à parte, nós do CinePop fomos pesquisar e ver se realmente essa fama procede. Confira agora o resultado e tire as suas próprias conclusões.
Aliás, esse caso é bem ilustrativo, pois os portugueses costumam mudar os títulos quando aparece a segunda parte de alguma produção, o que não deixa de ser no mínimo estranho. Mad Max foi traduzido como AS MOTOS DA MORTE, já a continuação ficou como o original complementado com o sub título O GUERREIRO DA ESTRADA.
Die Hard (Duro de Matar) ficou como ASSALTO NO ARRANHA CÉUS, quando vieram as continuações, o nome já não era mais possível, já que Bruce Willis mudara de cenário. E resolveram deixar com o título americano.
Agora umas rapidinhas para você poder se divertir: Doce Lar = A Diva da Moda É claro que nossos colegas de Portugal não são os únicos a cometer tantos deslizes. Nós aqui também os temos aos montes. Confira no especial do CinePop, Os Piores Títulos Nacionais.
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Matéria feita por: Andrea Don |
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A Dúvida acabou no domingo de carnaval de 2009! Não, não se tratava do novo filme da Meryl. Mas saber se Heath Ledger – para quem passou os últimos tempos em marte, o ator australiano falecido em Janeiro de 2008 – iria levar o Oscar. Ele vinha levando os principais prêmios, como o Globo de Ouro e o Bafta, mas a pergunta ficava: levará o Oscar de ator coadjuvante? Venceu! Os maldosos dirão que foi por já ter ido para o outro lado e agora só poder atuar em encenações da paixão de cristo. O elemento morte acabou, aparentemente, afetando a decisão, mas foi apenas a gota d’água. Falar que ele levou tantos prêmios por já ter falecido é injustiça, e nem por ter sido o último trabalho. Ainda há “The Imaginarium of Doctor Parnassus”, seja lá o que for sair da nova obra de Terry Gilliam.
Parnassus Morte e penúltimo trabalho foram detalhes. O Coringa de Heath Ledger foi das criações mais incríveis vistas nas telas e DVDs nos últimos tempos. Já pertence ao Olimpo dos grandes vilões: reuniu-se maldade e estilo: Coringa era o agente do caos, queria a loucura dominando e não tinha nenhum princípio moral, exceto o CAOS! Mas o bichinho tinha linha: figurino ‘impecável’, falas marcantes. Aliás, poucas personagens foram tão pops quanto ele. Não teve festa de carnaval onde alguém não estivesse de sorriso vermelho; seus trejeitos eram imitados, nos MSN borbulharam citações, e muita gente botou a língua para fora. Suas frases foram as mais citadas dos últimos tempos (para fazer essa frase, tive que pedir para o Capitão Nascimento sair). Novamente, dirão que se trata de lavagem cerebral da cultura de massa. Prefiro apontar o talento como culpado.
Batman – O Cavaleiro das Trevas Segundo consta, o ator teria se isolado para compor a personagem e o entregue pronto, incluindo a concepção da maquiagem. A construção impecável faz o público esquecer que se trata de Ledger. Podemos até duvidar, e pensar que a produção buscou um realmente lunático. Poucas vezes o espectador abstraiu tanto o astro do cinema – coisa que ele se tornara após “Brokeback” – para perceber só a personagem. A presença de Coringa é hipnótica, sentindo falta quando ausente.
Batman – O Cavaleiro das Trevas Essa atuação é a coroação na carreira de Ledger. Não pelos prêmios, mas pelo o salto de qualidade dado. No início da carreira fez comédias românticas como “10 coisas que odeio em você” e fiascos como “Coração de Cavaleiro”. Depois tivemos ótimas atuações como em “Os Irmãos Grimm”. Na época da indicação por “O Segredo de Brokeback Mountain” foi comparado a Marlon Brando. Sua atuação foi muito boa. Mas nada a permitir comparações do tipo nem que merecesse mais do que a indicação.
Os Irmãos Grimm
O Segredo de Brokeback Mountain Agora, após “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, podemos ombreá-lo com qualquer grande artista do cinema. O que mais dói é pensar quantas grandes atuações o cinema perdeu.
Filmografia 1988 – Home and Away (TV) 1992 – Clowning Around 1993 – Ship to Shore (TV) 1996 – Sweat (TV) 1997 – Roar (TV) 1997 – PC – Digitando Confusões (Paws) 1997 – Bush Patrol (TV) 1997 Assassinato em Blackrock (Blackrock) 1999 – 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você (10 Things I Hate About You) 1999 – Two hands 2000 – O Patriota (The Patriot) 2001 – Coração de Cavaleiro (A Knight’s Tale) 2001 – A Última Ceia (Monster’s ball) 2002 – As Quatro Plumas (The Four feathers) 2003 – O Devorador de Pecados (The Order) 2003 – Ned Kelly (Ned Kelly) 2005 – Os Reis de Dogtown (Lords of Dogtown) 2005 – Casanova 2005 – O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain) 2005 – Os Irmãos Grimm (The Brothers Grimm) 2006 – Candy 2007 – Não Estou Lá 2008 – Batman – Cavaleiro das Trevas 2009 – The Imaginarium of Doctor Parnassus
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Texto
por : Georgenor de S. Franco Neto
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Desde 1929 o mundo do cinema se agita com a entrega dos prêmios Oscar. Em mais de 70 anos de premiação muita gente já foi agraciada com o mais importante prêmio do cinema mundial, e nem sempre quem teve a honra de levar a estatueta dourada para casa a merecia de fato (como alguém disse outro dia, “O Oscar não é a Copa do Mundo, nem sempre o melhor se dá bem”.). Injustiças à parte, o Oscar atrai a atenção do meio cinematográfico (e do resto do mundo também) que espera ansiosamente pelo momento em que os envelopes serão abertos, nesse momento decide-se quem foram os melhores do ano no cinema e os premiados sabem que levam pra casa muito mais do que a simbólica estatueta. São esses louros advindos da premiação que fazem com que todo ano um enorme frenesi anteceda a festa da Academia. Confira agora uma matéria sobre os ganhadores deste ano, os preferidos, e ainda as surpresas.
Melhor Filme
– “Chicago” (Chicago) (2003) – “Gangues de Nova York” (Gangs of New York) (2003) – “As Horas” (The Hours) (2003) – “O Senhor dos Anéis: As Duas Torres” (The Lord of the Rings: The Two Towers) (2003) – “O Pianista” (The Pianist) (2003) |
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O novo musical fez jus a sua fama e levou o maior prêmio do Oscar. “Chicago” era o preferido e levou o prêmio, tirando a chance de termos uma grande surpresa no Oscar, afinal, imagine o que aconteceria de “O Senhor dos Anéis: As Duas Torres” ganhasse?
O filme realmente mereceu este prêmio, está se tornando um sucesso de público e crítica, e seu maior concorrente, “As Horas” era intismista demais, e se concentrava muito na história de uma pessoa, ou melhor, de três pessoas. “Chicago” se tornou, desde o ínicio, o preferido da academia.
Melhor Diretor
– Rob Marshall – Chicago (Chicago) (2003) – Martin Scorsese – Gangues de Nova York (Gangs of New York) (2003) – Stephen Daldry – As Horas (The Hours) (2003) – Roman Polanski – O Pianista (The Pianist) (2003) – Pedro Almodóvar – Fale com Ela (Hable con Ella) (2003) |
O preferido para o prêmio era Martin Scorsese, muito mais do que pelo filme com o qual concorre (“Gangues de Nova York”) Scorsese poderia levar o prêmio por sua obra pregressa. É notória a mania da Academia em compensar esquecimentos do passado com premiações não merecidas, e sendo Martin Scorsese um grande diretor que nunca ganhou o Oscar, ele acabou se tornado o preferido. Mas despitando a todos, e se tornando a maior surpresa do prêmio, o diretor Roman Polanski, que foi acusado de pedofilia após ter relações sexuais com uma garota de 15 anos, levou o Oscar. O diretor não pode pegar o prêmio pessoalmente, pois não pode pisar em solo americano. As maiores apostas para Melhor diretor eram Martin Scorsese, Rob Marshall e Stephen Daldry.
Melhor Ator
– Adrien Brody – O Pianista (The Pianist) (2003) – Jack Nicholson – As Confissões de Schmidt (About Schmidt) (2003) – Nicolas Cage – Adaptação (Adaptation) (2003) – Michael Caine – O Americano Tranquilo (The Quiet American) (2003) – Daniel Day-Lewis – Gangues de Nova York (Gangs of New York) (2003) ‘ |
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A academia sempre preferiu os atores mais velhos. Você sabe quem era o ator que tinha menos chance de ganhar o prêmio? Isso mesmo, Adrien Brody. O ator de “O Pianista” nunca foi considerado como um dos possíveis ganhadores, as maiores apostas do prêmio eram Daniel Day-Lewis, que faz filmes periodicamente e está prestes a se aposentar e Jack Nicholson, por seu amargo papel. Mas parece que a academia reveu seus conceitos, e Brody levou a melhor.
Melhor Ator Coadjuvante
– Chris Cooper – Adaptação (Adaptation) (2003) – Ed Harris – As Horas (The Hours) (2003) – Paul Newman – Estrada para Perdição (Road to Perdition) (2003) – John C. Reilly – Chicago (Chicago) (2003) – Christopher Walken – Prenda-me se For Capaz (Catch Me If You Can) (2003) |
A maior aposta do prêmio era para Paul Newman, ator veterano que está em grande momento em “Estrada Para Perdição”, mas ainda assim Chris Cooper era o grande favorito e acabou levando o prêmio.
Melhor Atriz
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– Salma Hayek – Frida (Frida) (2003) – Nicole Kidman – As Horas (The Hours) (2003) – Diane Lane – Infidelidade (Unfaithful) (2003) – Julianne Moore – Far from Heaven (2003) – Renée Zellweger – Chicago (Chicago) (2003) |
“As Horas” passou a perna no favorito “Chicago” e levou mais um prêmio. Nicole Kidman levou o prêmio de melhor atriz, e foi merecido. Ano passado a atriz havia sido indicada pelo mesmo prêmio pela sua excelente atuação em “Moulin Rouge”, mas perdeu para Halle Berry, que também merecia o prêmio. A academia então deve ter tido uma crise de conciência e premiou a atriz este ano, mesmo com grandes estrelas, como Renée Zellweger.
Melhor Atriz Coadjuvante
– Kathy Bates – As Confissões de Schmidt (About Schmidt) (2003) – Julianne Moore – As Horas (The Hours) (2003) – Queen Latifah – Chicago (Chicago) (2003) – Meryl Streep – Adaptação (Adaptation) (2003) – Catherine Zeta-Jones – Chicago (Chicago) (2003) |
Julianne Moore, que também tem uma indicação a melhor atriz era uma das favoritas, ao lado de Meryl Streep e de Catherine Zeta-jones. Uma grande briga para esta categoria, mas quem levou mesmo o prêmio foi Catherine, grávida do seu segundo filho.
Melhor Roteiro Original
– Todd Haynes – Far from Heaven (2003) – Jay Cocks, Steve Zaillian e Kenneth Lonergan (roteiro) – Gangues de Nova York (Gangs of New York) (2003) – Nia Vardalos – Casamento Grego (My Big Fat Greek Wedding) (2003) – Pedro Almodóvar – Fale com Ela (Hable con Ella) (2003) – Carlos Cuarón e Alfonso Cuarón – E Sua Mãe Também (Y Tu Mama Tambien) (2003) |
O espanhol Pedro Almodóvar levou o Oscar de melhor roteiro original pelo elogiadíssimo “Fale com Ela”, uma forma de premiar o filme já que ele não pode ser indicado na categoria estrangeira.
Melhor Roteiro Adaptado
– Peter Hedges, Chris Weitz e Paul Weitz – Um Grande Garoto (About a Boy) (2003) – Charlie Kaufman e Donald Kaufman – Adaptação (Adaptation) (2003) – Bill Condon – Chicago (Chicago) (2003) – David Hare – As Horas (The Hours) (2003) – Ronald Harwood – O Pianista (The Pianist) (2003) |
O Oscar de melhor roteiro adaptado tinha um grande preferido, o excelente Bill Condon de Deuses e Monstros, que conseguiu o que, segundo alguns, parecia impossível: transportar o musical Chicago para as telas. Mas quem ganhou mesmo foi Ronald Harwood, com uma história que a academia adora, sobre o Holocausto, e então “O Pianista” leva mais um prêmio para casa.
Melhor Canção
– ”I Move On”, de ”Chicago”, música de Ebb e Kander – ”The Hands That Built America”, de ”Gangues de Nova York”, por U2 – ‘Father And Daughter”, de ”Os Thornberrys – O Filme”, por Paul Simon – ”Lose Yourself”, de ”8 Mile – Rua das Ilusões”, por Eminem – ”Burn It Blue”, de ”Frida”, música de Elliot Goldenthal |
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As três canções favoritas foram interpretadas e cantadas no Oscar deste ano. As Maiores apostas eram para a banda U2, para as músicas “I Move On” e “Burn It Blue”, mas quem levou o Oscar inesperado foi Eminem, com “Lose Yourself”. O Cantor foi o único que não quis se apresentar na premiação.
Mais um Oscar se passou, e a academia comemorou 75 anos de existência. Foi um belo ano, em meio a uma guerra, a premiação foi rápida, bonita, com várias surpresas, e digamos, esse foi ‘quase’ um ano justo.
Feito por: Renato Marafon
Não é de hoje que a Academia comete enganos ao entregar suas estatuetas – alguns atrozes, como dar o Oscar de melhor filme a Rocky!!, outros menos evidentes. Veja nesta matéria algumas das injustiças cometidas pela maior premiação do cinema mundial.
1941 –
Melhor diretor: John Ford (Como era Verde o meu Vale)
Quem merecia: Orson Welles (Cidadão Kane)
Melhor filme: Como era Verde o meu Vale
Quem merecia: Cidadão Kane
Observações: Mais que o prêmio de melhor filme, “Cidadão Kane” merecia o prêmio de melhor diretor. Orson Welles inventou um novo conceito de cinema com esse filme. Talvez exatamente a esse fato se deva a não premiação de Welles como diretor. “Cidadão Kane” é um filme de vanguarda, e quando algo está a frente de seu tempo normalmente recebe o reconhecimento merecido tardiamente.
1950 –
Melhor atriz: Judy Holiday (Nascida Ontem)
Quem merecia: Bette Davis (A Malvada) ou Gloria Swanson (Crepúsculo dos Deuses)
Observações: Tem ano que é difícil. Neste por exemplo, todas as três atrizes citadas acima mereciam o prêmio. Gloria Swanson leva uma certa vantagem sobre as outras, mas não posso classificar o ano de 1950 como injusto.
1954 – Melhor atriz: Grace Kelly (Amar é Sofrer)
Quem merecia: Judy Garland (Nasce uma Estrela)
Observações: Quem já assistiu “Amar é Sofrer” e “Nasce uma Estrela” sabe o quão injusto foi entregar a estatueta de melhor atriz a Grace Kelly.
1956 –
Melhor filme : A Volta ao Mundo em 80 dias
Quem merecia: Assim Caminha a Humanidade
Melhor roteiro adaptado: S.J Perelman, James Poe e John Farrow (A Volta ao Mundo em 80 dias)
Quem merecia: Fred Guiol e Ivan Moffat (Assim Caminha a Humanidade)
Observações: Que ano criminoso! Entregar a estatueta de melhor filme a “A Volta ao Mundo em 80 Dias” no ano em que também concorria ao prêmio o excelente “Assim Caminha a Humanidade” é um absurdo. O mesmo vale para o roteiro.
1962 –
Melhor atriz: Anne Bancroft (O Milagre de Anne Sullivan)
Quem merecia: Bette Davis (O Que Terá Acontecido a Baby Jane?)
Observações: Bette Davis em “O Que Terá Acontecido a Baby Jane” tem uma das melhores interpretações de todos os tempos e certamente merecia um Oscar. Mas aqui acontece o seguinte: Anne Bancroft está ótima em “O Milagre de Anne Sullivan” (papel que ela já tinha interpretado no teatro) e Bette Davis já havia recebido 2 Oscar, talvez por esse motivo Bancroft tenha levado o prêmio. De qualquer maneira, Bette Davis está sensacional em Baby Jane.
1967 –
Melhor filme: No Calor da Noite
Quem merecia: A Primeira Noite de um Homem
Observações: Nesse caso a coisa é pessoal. “No Calor da Noite” é um ótimo filme, mas eu acho que “A Primeira Noite de um Homem” merecia o prêmio, o filme é excelente!
1969 –
Melhor ator: John Wayne (Bravura Indômita)
Quem merecia: Dustin Hoffman (Perdidos na Noite)
Observações: Depois de 40 anos de carreira (sem nunca ter ganho o Oscar) e sendo uma lenda viva do cinema, a Academia deu a John Wayne o prêmio de melhor ator mais como uma homenagem do que pela sua interpretação. Até é justificável, mas Dustin Hoffman como o tuberculoso Ratzo de “Perdidos na Noite” tem uma interpretação que certamente merecia um Oscar.
1971 –
Melhor ator: Gene Hackman (Operação França)
Quem merecia: Malcolm McDowell (Laranja Mecânica) – não foi indicado
Melhor diretor: William Friedkin (Operação França)
Quem merecia: Stanley Kubrick (Laranja Mecânica)
Melhor filme: Operação França
Quem merecia: Laranja Mecânica
Observações: “Operação França” é um ótimo filme, mas daí a ter levado os prêmios principais quando tinha “Laranja Mecânica” como concorrente é um absurdo. Mais absurdo ainda é o fato de Malcolm McDowell não ter sido nem ao menos indicado ao Oscar de melhor ator, quando ele não só merecia a indicação como também a estatueta. A direção de Stanley Kubrick em “Laranja Mecânica” é incomparavelmente superior a de William Friedkin em “Operação França”. Coisas do Oscar…
1974 –
Melhor ator: Art Carney (O Amigo de Tonto)
Quem merecia: Al Pacino (O Poderoso Chefão II)
Observações: Al Pacino está brilhante nesse filme. Ele não ter ganho o Oscar é muito injusto. Anos mais tarde ele viria a ganhar o prêmio de melhor ator com “Perfume de Mulher”, reconhecimento tardio da Academia a um ator excepcional.
1976 –
Melhor diretor: John G. Avildsen (Rocky, um Lutador)
Quem merecia: Sidney Lumet (Rede de Intrigas)
Melhor filme: Rocky, um Lutador
Quem merecia: Rede de Intrigas, Todos os Homens do Presidente ou Taxi Driver (qualquer um, menos Rocky…)
Observações: Precisa comentar uma loucura dessas??
1977 –
Melhor atriz: Diane Keaton (Noivo Neurótico, Noiva Nervosa)
Quem merecia: Sophia Loren (Um Dia Muito Especial) – não foi indicada
Melhor filme estrangeiro: Madame Rosa, a Vida à sua Frente (França)
Quem merecia: Um Dia Muito Especial (Itália)
Observações: Sophia Loren está deslumbrante em “Um Dia Muito Especial”. Tudo bem que 77 era o ano de “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” (um excelente filme em que Diane Keaton está ótima), mas Sophia merecia se não o prêmio, ao menos uma indicação.
1979 –
Melhor ator: Dustin Hoffman (Kramer vs. Kramer)
Quem merecia: Peter Sellers (Muito Além do Jardim)
Melhor diretor: Robert Benton (Kramer vs. Kramer)
Quem merecia: Francis Ford Coppola (Apocalypse Now)
Melhor filme: Kramer vs. Kramer
Quem merecia: Apocalypse Now
Observações: Dustin Hoffman está excelente em “Kramer vs. Kramer”, mas Peter Sellers como o jardineiro inocente de “Muito Além do Jardim” dá um show naquela que pra mim é sua melhor interpretação. Com relação aos prêmios de melhor diretor e melhor filme é indiscutível a superioridade de Francis Ford Coppola e seu “Apocalypse Now”. Coppola já havia ganho o Oscar anteriormente com o Poderoso Chefão II, e talvez por isso o prêmio tenha ido para Robert Benton.
1981 –
Melhor filme: Carruagens de Fogo
Quem merecia: Os Caçadores da Arca Perdida
Observações: “Carruagens de Fogo” foi a grande surpresa do Oscar de 1981. “Os Caçadores da Arca Perdida” é um filme muito melhor, mas nunca receberia o Oscar por ser um filme pipoca, tipo de filme que a Academia jamais iria premiar. (É meio inexplicável, mas há quem diga que premiar um blockbuster tira a seriedade de uma premiação… Eu acredito que quando um filme é bom não interessa se ele é blockbuster ou de arte, é bom e fim. Além do mais, a Academia não é tão séria assim, se fosse não teria cometido tantos equívocos.)
1982 –
Melhor ator: Ben Kingsley (Gandhi)
Quem merecia: Dustin Hoffman (Tootsie)
Melhor filme: Gandhi
Quem merecia: Tootsie
Observações: Ben Kingsley está ótimo em “Gandhi”, mas Dustin Hoffman travestido de mulher em “Tootsie” está melhor, o fato dele não ter levado o Oscar é quase criminoso. Tá certo que Hoffman já tinha ganho um Oscar por Kramer vs. Kramer, mas ele também merecia por “Tootsie”. Aliás, o filme também merecia o Oscar.
*Nota: melhor atriz coadjuvante: Jessica Lange (Tootsie) – Em 82, Jessica Lange concorreu nas categorias de melhor atriz (pela sua brilhante atuação em “Frances”) e melhor atriz coadjuvante (Tootsie). Quem levou o prêmio de melhor atriz foi Meryl Streep (espetacular em “A Escolha de Sofia”). Como as duas mereciam o prêmio de melhor atriz, devem ter dado esse de atriz coadjuvante como consolação para Jessica (não que ela esteja mal em “Tootsie”, ela está muito bem, apenas o fato de não ter sido soterrada pela fantástica atuação de Dustin Hoffman já indica que ela estava bem, mas de qualquer maneira acho que “Frances” contribuiu um pouco pra que Jessica Lange levasse esse Oscar de atriz coadjuvante).
1985 –
Melhor atriz: Geraldine Page (O Regresso para Bountiful)
Quem merecia: Whoopi Goldberg (A Cor Púrpura)
Melhor roteiro adaptado: Kurt Luedtke (Entre Dois Amores)
Quem merecia: Menno Meyjes (A Cor Púrpura)
Observações: Inexplicavelmente “A Cor Púrpura” foi indicado a 11 Oscar e não ganhou nenhum. Com relação ao prêmio de melhor atriz; “A Cor Púrpura” foi o primeiro filme de Whoopi e talvez por isso o Oscar tenha ido para uma atriz mais conhecida.
Sobre o roteiro; “Entre Dois Amores” tem uma boa história , mas “A Cor Púrpura” merecia muito mais esse prêmio.
1990 –
Melhor diretor: Kevin Costner (Dança com Lobos)
Quem merecia: Martin Scorsese (Os Bons Companheiros)
Melhor roteiro adaptado: Michael Blake (Dança com Lobos)
Quem merecia: Donald E. Westlake (Os Imorais)
Observações: a Academia adora premiar atores/diretores. “Dança com Lobos” é um filme bonito e por isso mesmo mereceu o Oscar de melhor filme, mas melhor diretor e melhor roteiro adaptado já é exagero.
1993 –
Melhor ator coadjuvante: Tommy Lee Jones (O Fugitivo)
Quem merecia: Leonardo Di Caprio (Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador)
Observações: Esse Oscar ganho pelo Tommy Lee Jones é um enigma. Não consigo descobrir o que ele fez de tão bom em “O Fugitivo” para merecer o prêmio. Já Leonardo Di Caprio em “Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador” está soberbo como o jovem doente mental.
1995 –
Melhor diretor: Mel Gibson (Coração Valente)
Quem merecia: Martin Scorsese (Casino) – não foi indicado
Observações: Mais uma vez a Academia premiou um ator/diretor. Nesse caso a coisa é muito mais grave do que foi em 1990 com “Dança com Lobos” de Kevin Costner. “Coração Valente” é um filme muito inferior ao de Costner. Dar a Mel Gibson o Oscar de melhor diretor e nem sequer indicar Martin Scorsese por “Casino” é uma dessas coisas malucas que a Academia faz.
1996 –
Melhor ator coadjuvante: Cuba Gooding Jr. (Jerry Maguire)
Quem merecia: William H. Macy (Fargo) ou Willem Dafoe (O Paciente Inglês) – ele não foi indicado.
Melhor diretor: Anthony Minghella (O Paciente Inglês)
Quem merecia: Milos Forman (O Povo Contra Larry Flint)
Melhor filme: O Paciente Inglês
Quem merecia: Fargo
Observações: Que ano horrível! “O Paciente Inglês” ganhou 9 Oscar que eu simplesmente não consigo explicar. (na verdade, o único Oscar que “O Paciente Inglês” merecia era o de ator coadjuvante para Williem Dafoe, mas ele nem sequer foi indicado) . Deixar “Fargo” de lado para dar a estatueta de melhor filme a “O Paciente Inglês” é um absurdo. Dar o Oscar de melhor diretor para Anthony Minghella e não para o Milos Forman é outro absurdo. O Oscar de Cuba Gooding Jr. é uma bobeira sem tamanho.
*Nota: Courtney Love deveria ao menos ter sido indicada ao Oscar por sua interpretação em “O Povo Contra Larry Flint”.
1997 –
Melhor ator coadjuvante: Robbin Williams (Gênio Indomável)
Quem merecia: Greg Kinnear (Melhor é Impossível) ou Burt Reynolds (Boogie Nights)
Melhor atriz coadjuvante: Kim Bassinger (Los Angeles – Cidade Proibida)
Quem merecia: Julianne Moore (Boogie Nights)
Melhor roteiro original: Ben Affleck e Matt Damon (Gênio Indomável)
Quem merecia: Markus Andrus e James L. Brooks (Melhor é Impossível) ou Paul Thomas Anderson (Boogie Nights)
Observações: Entre Robin Williams e Greg Kinnear/Burt Reynolds, os dois últimos estavam indiscutivelmente mais aptos ao Oscar de ator coadjuvante. O Oscar da Kim Bassinger até que não é tão absurdo. Ela está bem em “Los Angeles – Cidade Proibida”, mas Julianne Moore está muito melhor em “Boogie Nights”. O Oscar de roteiro também deveria ter ido para “Boogie Nights”, mas novamente surge a bobeira de dar o prêmio a atores “versáteis”, nesse caso dois pseudo-roteiristas.
1998 –
Melhor ator: Roberto Benigni (A Vida é Bela)
Quem merecia: Edward Norton (A Outra História Americana) ou Ian McKellen (Deuses e Monstros)
Melhor atriz: Gwyneth Paltrow (Shakespeare Apaixonado)
Quem merecia: Fernanda Montenegro (Central do Brasil) ou Cate Blanchett (Elizabeth)
Melhor filme estrangeiro: A Vida é Bela (Itália)
Quem merecia: Central do Brasil (Brasil)
Observações: Entregar a Roberto Benigni um Oscar de melhor ator quando poderia ter-se entregue esse Oscar a Edward Norton ou Ian Mckellen é uma loucura. O fato da insosa Gwyneth Paltrow ter levado o prêmio de melhor atriz é o indicador de que as vezes os membros da Academia são tomados por algum tipo de surto de dêmencia. Quanto ao Oscar de filme estrangeiro; “A Vida é Bela” é um filme bonito, emocionante e tal, mas pelo amor de Deus, “Central do Brasil” é infinitamente melhor! – e isso não é puxa-saquismo de brasileira não.
1999 –
A triz coadjuvante: Angelina Jolie (Garota Interrompida)
Quem merecia: Samantha Morton (Poucas e Boas)
Melhor canção: You´ll Be in my Heart (Phil Collins para Tarzan)
Quem merecia: Save Me (Aimee Mann para Magnolia)
Observações: 99 foi um ano muito difícil. “Beleza Americana” e “Magnolia” estavam concorrendo. Como os dois são excelentes, até entendo que os prêmios tenham ido para o primeiro (mas deixo aqui o meu protesto: Magnolia é um filme injustiçado, deveria ter sido indicado pra todas as categorias principais) Não dar o Oscar de melhor atriz coadjuvante para Samantha Morton (ótima como a namorada muda de Sean Penn em “Poucas e Boas”) deve ter sido decorrência de um retardamento momentâneo que atingiu os membros da Academia. A música “Save Me” de Aimee Mann merecia o Oscar muito mais que a boboca “You´ll be in my Heart” de Phil Collins. (não que essa tenha sido a injustiça do século, ou que um Oscar de melhor canção faça muita diferença, mas aqui eu tinha que dar uma puxadinha de saco pro Magnolia…)
2000 –
Melhor ator: Russe Crowe (Gladiador)
Quem merecia: Javier Bardem (Antes do Anoitecer)
Melhor atriz: Julia Roberts (Erin Brockovich)
Quem merecia: Ellen Burstyn (Réquiem para um Sonho)
Melhor filme: Gladiador
Quem merecia: Traffic
Observações: Um dos maiores crimes já cometidos pela Academia foi ter dado a Russel Crowe o Oscar de melhor ator ao invés de dar o prêmio a Javier Bardem que está espetacular em “Antes do Anoitecer”. Julia Roberts tem a melhor interpretação de sua vida em “Erin Brockovich”, mas a Academia teria sido muito mais justa se tivesse entregue o Oscar a Ellen Burstyn que está excelente em “Réquiem para um Sonho”. O Oscar de melhor filme para “Gladiador” é outra besteira que eu não consigo explicar.
*Nota: É impossível explicar como em sã consciência a Academia teve a coragem de dar o Oscar de melhor filme para “Gladiador” e nem sequer indicar os ótimos “Billy Elliot” e “Conte Comigo”.
2001 –
Melhor diretor: Ron Howard (Uma Mente Brilhante)
Quem merecia: Baz Luhrman (Moulin Rouge) – não foi indicado
Melhor filme: Uma Mente Brilhante
Quem merecia: Moulin Rouge
Melhor montagem: Pietro Scalia (Falcão Negro em Perigo)
Quem merecia: Jill Bilcock (Moulin Rouge)
Melhor roteiro original: Julian Fellowes (Assassinato em Gosford Park)
Quem merecia: Christopher Nolan (Amnésia)
Melhor filme estrangeiro: Terra de Ninguém (Bósnia)
Quem merecia: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (França)
Observações: “Uma Mente Brilhante” concorrer ao Oscar de melhor filme com “Moulin Rouge” e ganhar é uma coisa que eu nunca vou entender. Baz Luhrman não ter sido indicado ao Oscar de melhor diretor é uma loucura. “Falcão Negro em Perigo” levar a estatueta de melhor montagem estando concorrendo com “Moulin Rouge” é outra coisa sem sentido. Quanto ao roteiro; “Amnésia” é incrivelmente melhor do que “Assassinato em Gosford Park”. “Amnésia” é inteligente e original enquanto “Assassinato em Gosford Park” é um amontoado de clichês. O prêmio de melhor filme estrangeiro é uma coisa bem pessoal, eu acho “Amélie” mais legal que “Terra de Ninguém” e pronto.
Concluindo: Acima de ser uma séria premiação do cinema mundial, o Oscar é uma festa americana feita pra prestigiar americanos (eventualmente estrangeiros pelos quais os americanos caem de paixão – vide Roberto Benigni), a esse fato podem ser atribuídas algumas injustiças já cometidas pela Academia. De qualquer maneira, a premiação do Oscar dá nova dimensão a carreira daqueles que são agraciados com a cobiçada estatueta. Depois de ganhar um Oscar o “valor de mercado” de um ator sobe, um diretor passa a ser mais respeitado, um filme faz fortuna. O Oscar é o único prêmio que alavanca mundialmente o prestígio de seus premiados. E é exatamente pela visibilidade mundial que o Oscar gera (independente do fato de ser uma premiação séria e imparcial) que toda a indústria cinematográfica corre atrás da estatueta dourada. A nós, fãs de cinema, só resta esperar pela premiação do ano que vem e torcer para que ela corresponda as nossas expectativas.
*apesar dos erros, ao longo de sua história o Oscar contabiliza muito mais acertos do que enganos.
*grande parte das injustiças citadas são estritamente pessoais.
Feito por: Juliana de Paula