quinta-feira, maio 2, 2024

Crítica 2 | A Profecia do Mal – Um retrato atabalhoado sobre uma batalha entre o bem e mal

Uma tese para um filme desinteressante. Caminhando de forma peculiar pela ficção científica e o terror, A Profecia do Mal, dirigido pelo cineasta canadense Nathan Frankowski, possui uma narrativa que, de forma atabalhoada, navega nos simbolismos, no misticismo, nas tentativas de clonagens de pessoas influentes da história humana (inclusive Jesus Cristo) e interpretações sobre as representações do bem e do mal. Busca seus sustos através do medo de figuras muito associadas à maldade e de representações fantasiosas com direito a efeitos visuais que não convencem.

Na trama, conhecemos a Laura (Alice Orr-Ewing), uma historiadora de arte talentosa, estudante norte-americana na Universidade de Turim. Certo dia se vê envolta à uma conspiração de satanistas que estão ligados à uma empresa de biotecnologia com o objetivo de clonar pessoas influentes que já estiverem na Terra. Eles querem libertar Lúcifer, que fora preso no passado pelo guardião dos céus Arcanjo Miguel (Peter Mensah). Para isso, roubam o Sudário de Turim, o manto de Cristo, colocando-os de posse do DNA de Jesus em busca de uma oferenda definitiva ao diabo para um novo recomeço. Para ajudar Laura e consequentemente a todo o mundo, Miguel desce à Terra e se projeta em um avatar terráqueo. Assim, Miguel e Laura precisarão unir forças para livrarem o mundo das garras de Lúcifer e seus comparsas.

Para tentar entender essa história (pelo menos um pouco), é importante uma atenção ao contexto inicial que se divide em dois paralelos: o místico e o da clonagem. Lúcifer colocou os céus em guerra contra o trono de Deus, derrotado por arcanjo Miguel, é preso nas profundezas da Terra. O tempo passa e ele de alguma forma consegue reunir um exército na Terra para poder voltar e dominar. A inserção da clonagem, que somos apresentados de forma relâmpago em meio a um leilão pra lá de esquisito, não é feito de maneira cirúrgica, é acelerado, deixando poucas explicações e apenas mostrando que esse é o elo que existe entre a entidade do mal e seu grupo de seguidores. Tudo fica muito confuso no roteiro escrito por Ed Alan.

Laura, a protagonista, também é muito mal inserida na trama. Sabemos muito pouco sobre ela e os porquês dela ser escolhida para o experimento esquisito que lhe é forçada a fazer. Essa mulher, que tem um trauma no passado, são os olhos do espectador em grande parte da história proposta, basicamente girando em torno das transformações que ela vai passando ao longo dos intermináveis 111 minutos de duração. Miguel, a representação do bem nessa história, acaba se tornando um 007 lutando contra impossíveis cenários repleto de lutas contra monstrengos que parecem ter saído de algum vídeo game dos anos 90.

Entretenimento? Um retrato divertido? Um filme desinteressante? Há muitas perguntas que giram em nosso pensar logo após conferir esse longa-metragem. Caminhando nas linhas do absurdo, A Profecia do Mal tem várias interpretações, inclusive um retrato atabalhoado sobre uma batalha entre o bem e mal.

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