sexta-feira, abril 26, 2024

Crítica | A Mais Pura Verdade – Kevin Hart e Wesley Snipes em angustiante minissérie dramática da Netflix

Kevin Hart é um ator que veio calcando sua carreira basicamente realizando filmes de comédia que se mesclam com o gênero da ação, em papéis coadjuvantes que, em oposição ao protagonista, fez com que seu personagem se destacasse (‘Jumanji: Bem-Vindo à Selva’, com The Rock, e ‘O Durão’, com Will Ferrell, entre outros). Mas, nos últimos tempos, temos visto este versátil ator de Hollywood se inclinar mais para o gênero dramático, estrelando, nos últimos doze meses, duas produções que se destoam em sua trajetória cômica: o filme ‘Paternidade’ e, agora, a minissérieA Mais Pura Verdade’, uma das estreias desse dezembro na Netflix.

Kid (Kevin Hart) é um famosíssimo comediante de stand up que está em turnê pelos EUA e chega à Filadélfia, sua cidade natal. Lá encontra com seu irmão, Carlton (Wesley Snipes), um homem em bastante dificuldade financeira que sempre está sugando a energia e o dinheiro do irmão. Em uma tentativa de ter um momento em família, Kid aceita sair à noite com o irmão após apresentar-se, porém, acorda no dia seguinte com uma ressaca terrível em seu quarto de hotel, ao lado do corpo da moça com quem passara a noite. A terrível realidade certamente irá afetar sua carreira. Com medo de perder tudo pelo que lutou a vida toda, Kid decide confiar que o irmão irá dar um jeito nas coisas sem que a coisa toda respingue em seu trabalho. O problema é que a forma com que Carlton tenta lidar com a situação acaba levando a problemas ainda piores, que constantemente colocam a vida e a carreira de Kid em perigo.

Dividido em apenas sete episódios (que, na verdade, eram para ser oito, uma vez que o primeiro tem uma hora de duração e o restante tem cerca de meia hora cada), ‘A Mais Pura Verdade’ é uma minissérie intensa que mostra todo o potencial dramático encubado de Kevin Hart, mas que, na real, poderia ter se desenvolvido no formato de longa-metragem. As quatro horas totais da produção poderiam ter sido decupadas à metade, apresentando uma boa e intensa história sem desvios em apenas duas horas.

Mas o formato final criado por Eric Newman busca trazer mais background ao protagonista numa tentativa de humanizá-lo, para gerar empatia no espectador. Também o fato de repetir situações e estendê-las um pouco por demais (como o tal lance dos mafiosos gregos), que acabam levando preciosos minutos da produção, dão uma alongada nos episódios, e isso poderia ter sido enxugado para maior dinamismo.

Surpreendentemente, ‘A Mais Pura Verdade’ é uma minissérie que prende a gente por uma sequência inacreditável de péssimas decisões bastante humanas – e talvez seja isso que esteja aproximando o público, além da virtual possibilidade de ser algo baseado numa história real (como prevê o trocadilho do nome original, ‘True Story’). Kevin Hart e Wesley Snipes carregam a emoção, convencendo no par inocente X esperto, relegando ao espectador o papel de juiz dessa relação. Com uma história angustiante, ‘A Mais Pura Verdade’ nos faz pensar na podridão por debaixo do tapete nos bastidores da vida dos famosos a quem idolatramos.

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