terça-feira, março 19, 2024

Crítica | A Maldição do Espelho – Reabertura dos cinemas começa com filme de terror ruim….

Com umas poucas salas de cinema reabrindo em algumas cidades no Brasil, devagarinho as distribuidoras vão liberando algumas sessões de filmes inéditos, para ir testando o público e arrecadar alguma bilheteria. E, bom, a experiência do cinema também se completa quando a gente mata a saudades até mesmo de assistir a um filminho de terror beeem ruizinho na telona né, como este ‘A Maldição do Espelho’, novo lançamento do mês.

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Olya (Angelina Strechina) e Artyom (Daniil Izotov) são dois irmãos que estão no carro com a mãe quando sofrem um terrível acidente e acabam se tornando órfãos. Sem terem com quem ficar, acabam indo para uma escola-orfanato isolada no meio do nada, onde outras crianças e adolescentes moram durante a semana porque os pais não têm tempo para eles. Uma vez lá, eles são orientados pelo professor Igor (Valeriy Pankov) e conhecem outros estudantes, mas Artyom sente muita saudade da mãe e, numa noite, eles acabam invocando a Rainha de Espadas, contando a ela seus desejos mais profundos.

Como dá pra ver, o argumento de Maria Ogneva é bem frágil, pedindo ao espectador que simplesmente aceite as motivações dos personagens mesmo que eles não façam por onde. O roteiro parece o tempo todo se distrair com novos elementos, sem conseguir focar em encaminhar a história para uma direção plausível. Começa com o tal acidente de carro, pula pras crianças indo pro internato (sem lhes dar tempo para sofrer), aí do nada Olya passa a detestar e se afastar do irmão, do nada o professor Igor sabe muito mais do que aparenta saber, do nada esses e outros personagens tomam atitudes cujos embasamentos não são bem trabalhados. E, embora o filme tenha um final (ufa!), todo o caminho percorrido até ele é um cansativo ziguezague.

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A direção de Aleksandr Domogarov parece seguir bem a cartilha de segurança, obedecendo o passo a passo mas sem pensar muito no que está reproduzindo. Portanto, as cenas parecem encaixadas lado a lado, não como uma sequência de desencadeamento de fatos. Com tantos personagens para serem explorados, o diretor não foca nem nos protagonistas, nem nos coadjuvantes – estes, por suas vezes, têm seus lados obscuros tão somente jogados na tela, sequer moldados.

Vale lembrar também que ‘A Maldição do Espelho’ é uma sequência de um outro filme dessa franquia da Rainha de Espadas, mas, embora tenha alguma ligação com a produção anterior, ‘A Maldição do Espelho’ pode ser visto isoladamente, sem prejuízo da compreensão da história – ou, ao menos, esse não será o motivo para não se entender esse longa tão modorrento.

Enquanto produção do gênero terror, ‘A Maldição do Espelho’ entedia. Não assusta nem quando a monstrenga aparece. A única coisa bacana neste filme é saber que é um exemplar de terror russo – e valorizar o fato de termos uma diversidade nas ofertas dos cinemas brasileiros. Mas, para quem está com saudade de um cineminha, ‘A Maldição do Espelho’ só serve para lembrar como é assistir um filme meia bomba em tela grande.

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