quinta-feira, março 28, 2024

Crítica | Alice e Peter: Onde Nascem os Sonhos – Angelina Jolie estrela lúdica releitura dos clássicos infantis

Um clássico é um clássico, independentemente de quanto tempo se passe. Os clássicos infantis, entretanto, talvez sejam um pouco mais atemporais, pois tendem a permanecer na memória das pessoas ao longo de suas vidas. Histórias como ‘Peter Pan’ e ‘Alice no País das Maravilhas’ permeiam o imaginário de indivíduos de qualquer país no mundo, e agora elas se juntam no lançamento ‘Alice e Peter: Onde Nascem os Sonhos’, que chega dia 3 de junho aos cinemas brasileiros.

Alice (Keira Chansa), Peter (Jordan A. Nash) e David (Reece Yates) são os três filhos de Rose (Angelina Jolie) e Jack (David Oyelowo). Eles são uma família feliz que incentiva as crianças a brincar no bosque e a ter muita imaginação, mas, no fundo, Jack tem uma dívida cuja cobrança logo, logo irá bater à sua porta. Certo dia, um trágico episódio muda a estrutura da família, e as crianças terão que refletir sobre a importância de crescer e assumir responsabilidades. Mas… será que é isso mesmo que elas querem?

A nova leitura desses dois clássicos infantis traz diversos pontos positivos: o fato de ter sido escrito e dirigido por duas mulheres; o fato de criar uma história inclusiva, protagonizada por um elenco majoritariamente preto; e também o fato de ter unido duas fábulas em uma só, trazendo o melhor de cada universo, apresentando-os aos pimpolhos. Tudo isso é muito legal de ver na telona.

Se por um lado a mistura é boa, por outro gera uma pontinha de frustração, afinal, ao tentar contar duas histórias, não se conta nenhuma delas, mas sim uma terceira versão, totalmente original e, portanto, bem diferente do que conhecemos. Assim é construído o roteiro de Marissa Kate Goohill, que resgata os elementos principais de cada uma das fantasias para elaborar uma narrativa lúdica, sensível e inocente, totalmente direcionada ao público infantil. Porém, em uma hora e quarenta e sete de duração, dois terços do longa são dedicados a construir o drama da família, restando apenas ao arco final a explosão fantasiosa que o espectador tanto espera ver. Com isso, invariavelmente uma pontada de decepção surge no filme dirigido por Brenda Chapman, pois o melhor fica para o fim, e é menos do que esperávamos.

Embora estampe o pôster de divulgação, Angelina Jolie tem um papel bem pequeno nesta produção, limitando-se a uma mãe com ar meio feérico a la Malévola, de olhar perdido e distraído, que depois se ausenta de certa forma da vida dos filhos. Embora esteticamente bela em cena, esperava-se um pouco mais de emoções de uma atriz de renome.

Alice e Peter: Onde Nascem os Sonhos’ é uma releitura inclusiva de dois clássicos da literatura europeia, com o intuito de trazer novas narrativas às muitas versões já feitas desses clássicos. Lúdica e inocente, convida o espectador mirim a estimular sua própria imaginação para preencher as lacunas fantásticas da trama. É uma opção suave para um programa em família no cinema com as crianças.

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