sexta-feira, abril 26, 2024

Crítica | Christina Aguilera volta a nos encantar com a potente “Loyal Brave True”

Christina Aguilera não apenas é uma das maiores e mais conhecidas vozes de sua geração (e da atualidade), como também é responsável por algumas das baladas mais tocantes da indústria fonográfica contemporânea. Afinal, ao longo de sua extensa carreira, a cantora e compositora nos entregou performances irretocáveis que ganharam forma com a saudosista “Hurt”, a upbeat “Oh, Mother” e a cândida “Beautiful”. Em 2018, Aguilera também nos presenteou com o classicismo teatral de “Twice”, um dos singles promocionais de ‘Liberation’, talvez nos preparando para o que viria a seguir: seu retorno para o panteão Walt Disney com o live-action de ‘Mulan’.

Para aqueles que não se recordam, a artista foi convidada a fazer uma versão única e inesquecível de “Reflection” em 1991 para a animação original e, quase três décadas depois, retornando às suas origens com uma nova perspectiva para a faixa em questão e construindo uma belíssima ballad de autodescobrimento e superação intitulada “Loyal Brave True” – também seguindo os passos de outras tantas divas que emprestaram suas vozes para outras releituras da Casa Mouse.

Apesar de Aguilera já ter se aventurado diversas vezes em canções mais lentas e reflexivas, seus potentes e rasgados vocais são normalmente destinados a arquiteturas dançantes, explosivas e bastante enérgicas (vide “Candyman” ou então a burlesca “Ain’t No Other Man”). Dessa forma, é interessante vê-la explorar outras camadas de sua identidade artística, ainda mais quando guiada com um épico instrumental que logo rende-se ao paralelismo dos contos de fada (trazendo para o primeiro plano os sons naturalizados da harpa e do piano).

Enquanto os primeiros versos são comerciais o bastante para nos carregar para o restante da track, é o pre-chorus que se nutre da latente disposição da performer, desde suas oscilações das notas mais graves até a perfeição em falsetto, passando pelos retumbantes tambores que se recuam numa ambiência bélica – e respaldadas por um liricismo repleto de metáforas. Mais do que isso, Aguilera garante que seu toque esteja imprimido com força sem permitir, ao mesmo tempo, que o resultado final seja apenas mais uma convenção pop sem vida (com exceção de um frustrante finale que poderia ter sido melhor trabalhado).

“Loyal Brave True” honra o material original explorado pela artista e, sem sombra de dúvida, insurge como uma das canções mais consistentes e coesas do ano (quiçá dos últimos anos) – além de servir como um ótimo jeito de darmos as boas-vindas de volta para a cantora àquilo que ela sabe fazer de melhor: nos encantar.

Ouça a nova faixa:

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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