terça-feira, abril 30, 2024

Crítica | De Volta aos 15 – Segunda Temporada Expande A História Para os Outros Personagens

A temática de viagem no tempo continua em alta em todas as produções. E, após o estrondoso sucesso da primeira temporada da série nacionalDe Volta aos 15’, não foi difícil imaginar que uma segunda temporada seria confirmada logo em seguida. Para o alívio de muitos fãs de Bruna Vieira, o anúncio não demorou a vir, e, apesar de termos tido que esperar um pouquinho mais, as novas aventuras de Anita viajando para a sua adolescência finalmente chegaram na Netflix logo no início do recesso escolar, com a segunda temporada de ‘De Volta aos 15’.

Dessa vez quando Anita (Camila Queiroz) acordou, algo estava diferente sua rotina. Certa de que finalmente tinha escolhido a possibilidade certa de futuro ao acordar ao lado de Henrique (Caio Cabral) em Paris, foi com surpresa que depois de um dia incrível na capital francesa ela acordou em outro lugar, em outra possibilidade de vida. Tudo isso aconteceu porque Joel (Antonio Carrara) acabou descobrindo seu segredo e, sorrateiramente, invadiu sua conta no Floguinho, alterando, assim, a linha do tempo e, por consequência, ganhando os mesmos poderes de Anita. Com os dois agora capazes de viajar no tempo e alterar o passado, tem sido mais complicado garantir o futuro, acima de tudo porque Anita (Maisa Silva) não quer reviver a doença do pai e está obcecada em voltar com sua vida em Paris. Para que isso aconteça ela fará de tudo para encaixar as peças de volta ao lugar, embora, no caminho, acabe machucando muitas pessoas.

Com apenas seis episódios, a segunda temporada de ‘De Volta aos 15’ mantém o cerne da história da protagonista, mas, dessa vez, a trama se abre para jogar luz aos personagens secundários que tanto têm relevância na jornada da protagonista. Para quem curtiu a primeira temporada, é muito legal ver o aprofundamento desses personagens, que vão ganhando maturidade com o passar do tempo da vida real, mesmo que na ficção não tenha passado tanto tempo assim. De todos, é extremamente tocante a jornada do personagem César (Nila), se conhecendo e reconhecendo sua identidade de gênero como Camila (Alice Marcone, roteirista da primeira temporada). Ainda que sua história corra em paralelo, é o seu desenvolvimento que se torna o coração dessa segunda temporada, especialmente no segundo episódio, escrito com muita sensibilidade pela roteirista e escritora Ray Tavares.

Ao contrário de muitas produções, mesmo mantendo o mesmo mote ‘De Volta aos 15’ não cansa o espectador, justamente por inteligentemente expandir o protagonismo aos outros personagens. Nesse vaivém temporal, é delicioso relembrar fases da cultura pop juvenil de virada e início de milênio, como a influência da Street Art e o som hardcore da banda Charlie Brown Jr., a febre teen da novelinha mexicana ‘Rebeldes’ e também a fase pseudo-gótica emo pela qual muitos de nós passamos.

De Volta aos 15’ é uma série que consegue se manter atual com as pautas importantes debatidas pela juventude de hoje e ainda por cima traz a nostalgia da juventude do ontem, construindo uma ponte entre duas gerações que têm mais pontos em comum do que conseguem reconhecer. Com um elenco afinado e que acredita no que está fazendo, ‘De Volta aos 15’ é uma das melhores produções seriadas nacionais da atualidade. Que bom que a terceira temporada já está confirmada!

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