sexta-feira, abril 26, 2024

Crítica | Fogo Sombrio – Filme da Netflix é um DESASTRE de proporções catastróficas

A função da crítica de cinema é ajudar o espectador a se orientar com relação às ofertas de filmes em cartaz. Para tal, o bom crítico assiste aos filmes e, mesmo não sendo do gênero de sua preferência e até mesmo levando em consideração eventual indisposição pessoal, consegue redigir um texto orientativo, no qual demonstra com o máximo de imparcialidade possível os pontos positivos e/ou negativos de uma produção, relegando ao espectador decidir se quer ou não assistir ao filme. Mas não é o caso deste ‘Fogo Sombrio’, no qual realmente esta crítica de cinema que vos escreve não conseguiu oferecer nenhuma justificativa para convencê-los a se aventurar neste filme.

Franco (Tenoch Huerta) é um matador de aluguel (?) que aparece num hotel espelunca a procura de uma menina, que poderia ajudá-lo a encontrar uma mulher (?). Ao hospedar-se nesse hotel dos horrores – povoado por pessoas bizarras, esteticamente grotescas, afetadas e misteriosíssimas – Franco conhece (conhecer não é exatamente a palavra) Rubí (Eréndira Ibarra), uma garota de programa/garçonete que imediatamente enxerga nele seu salvador, e começa a pedir-lhe que fujam juntos para se amarem para sempre (oi?) e assaltarem alguns lugares juntos (!!!). E na busca de Franco, ele ainda conhece um velho pavoroso (Dale Carley), que, com seu ar vampiresco, diz-se autor de um livro chamado ‘Fogo Sombrio’.

Todas essas exclamações e interrogações acima (e muitos outros momentos também, para ser bem sincero) significam pontos que não fazem o menor sentido no roteiro de Bernardo Arellano, que também dirigiu o longa. As coisas vão acontecendo em ‘Fogo Sombrio’ sem nenhuma explicação, deixando a gente confuso durante as quase uma hora e meia de filme. O enredo não tem sentido. A tal mulher que Franco busca (que nos aparece em flashbacks estilo “gravei em casa com um celular”) é a irmã dele, mas isso só é dito (e gratuitamente) já quaaaaase no fim. Antes disso, Franco se envolve sexualmente com Rubí porque, na falta de diálogo entre dois personagens vazios, a única saída parece ser o sexo. E permeando a jornada do matador, salpicam no filme vislumbres fantasmagóricos e vampirescos com efeito especial tosco e sobra até espaço para socar um ocultismo mequetrefe.

Como diretor, Bernardo Arellano não alcança um bom trabalho com seu ‘Fogo Sombrio’. Todas as atuações são engessadas, bem estilo Cigano Igor. A ambientação do tal hotel dos horrores é cafonérrima, abusando das cores neons para aclimatar uma atmosfera noir inexistente. Os diálogos, sofríveis, forçam o espectador a revirar os olhos de impaciência. O trabalho da maquiagem parece ser o único aspecto que se salva nesse circo de ‘Fogo Sombrio’, mas não é suficiente para convencer ninguém a assistir a este filme que, lá pelas tantas, consegue ainda inserir um monstrengo fálico como alegoria para uma relação homossexual (?).

Fogo Sombrio’ não tem nada de bom. Tecnicamente catastrófico, ele não deveria se levar a sério. Fosse um terrir, teria dado mais certo. Do jeito que está, lavar saco de arroz é mais prazeroso do que ver ‘Fogo Sombrio’ na Netflix.

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