sexta-feira, abril 26, 2024

Crítica | Hypnotic – Suspense Psicológico da Netflix é envolvente, mas escorrega no final…

Quando uma pessoa sofre um trauma, seja da origem que for, a reação emocional e psíquica desse indivíduo pode acontecer de inúmeras maneiras e durar pouco ou muito tempo. Geralmente, uma boa forma de superar ou curar um trauma é realizar um acompanhamento com um terapeuta ou um psicólogo: um profissional especializado em desatar os nós psicológicos que uma má experiência cria em nosso inconsciente. E, para isso, é preciso que o paciente entregue todos os seus segredos ao profissional e que haja uma relação de extrema confiança entre os dois. Mas nem sempre isso acontece. Foi pensando nisso que a Netflix trouxe aos seus assinantes seu mais novo suspense, ‘Hypnotic’, que acaba de chegar ao público essa semana.

Jennifer (Kate Siegel) está arrasada. Uma grande perda no passado fez com que ela se desestruturasse totalmente, isolando-se de tudo e de todos. Quando, em um esforço hercúleo, vai à uma festa na casa de sua melhor amiga, Gina (Lucie Guest) – e acaba encontrando seu ex-noivo, Brian (Jaime M. Callica) –, Jennifer se sente meio deslocada, até que sua amiga insiste em apresentá-la a seu terapeuta, Dr. Collin Meade (Jason O’Mara), sobre quem diz ter conseguido dar a volta por cima em sua vida. Conversa vai, conversa vem, Gina insiste que a amiga precisa marcar uma sessão com o Dr. Collin, certa de que ele conseguirá recuperar sua felicidade e mudar sua vida. O que Jennifer não podia imaginar é que essa mudança não seria exatamente para melhor.

Em apenas uma hora e meia de duração, ‘Hypnotic’ constrói uma história bem-feitinha,  que fisga a gente com uma abertura interessante. O roteiro de Richard D’Ovidio trabalha bem a evolução da protagonista, mostrando seus pontos fracos e inserindo os elementos e as consequências do tratamento através da hipnose que o Dr. Collin propôs realizar aos poucos, cozinhando, assim, a paranoia na cabeça do espectador. O primeiro arco do enredo é um bocado envolvente, porém, quando as cartas são colocadas na mesa um pouco antes da metade do filme, a atuação do elenco dá uma caída, e algumas interpretações escorregam na caricatura.

Enquanto estratégia, a ideia de fisgar o espectador nos primeiros trinta minutos é uma boa ideia, apesar de os diretores Matt Angel e Suzanne Coote terem uma boa história em mãos que poderia ter sido mais bem aprofundada. Para ambientar a produção, há um bonito trabalho de fotografia, especialmente na primeira metade do longa, que ajuda a imergir o espectador no clima de suspense psicológico a la ‘Corra’, fazendo um jogo de câmera com o cenário minimalista onde a ação se desenvolve. A história vai sendo construída centrado na protagonista feminina – que, por sua vez, não é uma mocinha indefesa – e isso é algo bastante positivo.

Ainda que com alguns escorregões, um título que poderia ter sido traduzido ao português e um final um tanto quanto previsível, ‘Hypnotic’ é um suspense psicológico realmente calcado na argumentação psicológica, com uma história envolvente e um argumento que faz a gente querer saber mais sobre essa técnica da medicina mental.

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