quinta-feira, abril 25, 2024

Crítica | Pennyworth – Série do mordomo do Batman tem fetiche, violência e um Alfred totalmente diferente

Os fãs da DC cresceram vendo Bruce Wayne como o pobre rapaz rico, que ficou órfão cedo demais e se tornou o justiceiro que combate o mal na cidade de Gotham – com a imprescindível ajuda de seu mordomo para dar conta da casa e dos aparatos tecnológicos. Sempre retratado como um velhinho idoso e de vestimenta impecável, agora Alfred ganha agora sua própria série, contando sua verdadeira história.

Estamos em Londres na primeira metade do século XX. Alfred (Jack Bannon) trabalha como segurança em um bar de entretenimento adulto, onde conhece a noiva, Esme (Emma Corrin). Suas habilidades com a fala e com a contenção de clientes inoportunos chama a atenção de Thomas Wayne (Ben Aldridge), quando ele tenta retirar do bar sua irmã, Patricia (Salóme Gunnarsdóttir). Os dois trocam cartões, afinal, Alfred está começando seu próprio negócio de segurança particular junto com seus fiéis amigos do exército, Bazza (Hainsley Lloyd Bennett) e Dave Boy (Ryan Fletcher). Porém, um atentado a Thomas Wayne irá ligá-lo definitivamente a Alfred e Martha Kane (Emma Paetz), e, a partir dessa má coincidência, o destino deles fica entrelaçado com organizações obscuras cujas intenções são muito, muito sombrias.

O primeiro impacto da série ‘Pennyworth’ é a trilha sonora. Já na primeira cena somos atropelados por ‘Paint in Black’, dos Rolling Stones. Embora a trama não se passe no tempo dos roqueiros, a série é toda embalada pelas batidas de Mick Jagger e companhia, reforçada por canções dos Ramones, do The Clash etc, criando uma ponte com a contemporaneidade que gera um vínculo muito pessoal com o espectador. Outro ponto deslumbrante é a direção de arte, com olhar atento a todos os detalhes para recriar cenários, objetos, maquiagem, figurino – tudo em harmonia com o arco temporal, embora de vez em quando (e de maneira proposital) se insira algumas modernidades, dando uma pitada de estilo steam punk à produção.

Dividido em dez episódios de cerca de uma hora de duração, a primeira temporada de ‘Pennyworth’ é recheada de personagens instigantes, reviravoltas inesperadas e um roteiro que carrega a mão na violência, nas cenas de ação, de fetiche e de tortura. Essas cenas aparecem em todos os episódios, muitas vezes de maneira inesperada, o que justifica a classificação para maiores de dezoito anos.

O arco geral da trama começa de uma forma e termina de outra: num primeiro momento, Alfie quer apenas começar o próprio negócio, porém, ao adentrar no submundo de uma Londres do pós-guerra e à beira de um golpe político que a colocará nas trevas, Alfred se transforma uma espécie de espião com técnicas de luta a la 007, conduzido por uma atmosfera noir que recupera a essência da Gotham raiz, com vilõezões genuinamente maus – e, neste ponto destacam-se a muy louca Bet Sykes (Paloma Faith), uma psicopata descontrolada estilo Arlequina; e Lord James Harwood (Jason Flemyng), cuja trajetória e a estética se assemelham muito ao Pinguim.

Os fãs do Batman sombrio encontrarão em ‘Pennyworth’ todos os elementos de que mais gostam na franquia do Cavaleiro Solitário, além de um Alfred muito mais interessante do que o mero mordomo que estamos acostumados a ver. Disponível na Starzplay, é uma ótima dica para maratonar antes da chegada da segunda temporada, ainda este mês.

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