sábado, abril 27, 2024

Crítica | Royalteen – Romance Teen Norueguês é um misto de ‘O Diário da Princesa’ com ‘Meninas Malvadas’

Aparentemente, no hemisfério norte é meio comum as pessoas irem para a escola ou para o trabalho e se depararem, de repente, com algum membro da realeza. Talvez porque ainda haja muitos países sob a monarquia pelas bandas de lá, e isso acaba se refletindo no audiovisual, seja em produções como ‘A Princesa e a Plebeia’, em que a gêmea da protagonista simplesmente esbarra com ela e decide trocar de lugar, ou como em ‘Tratamento de Realeza’, em que o príncipe decide cortar cabelo com uma cabeleireira comum de Nova York e se apaixona por ela. Se por séculos a realeza manteve uma fachada de pessoas distantes e inalcançáveis, hoje a ideia é justamente desconstruir isso e mostrá-los como seres comuns – e os filmes de romance têm ajudado muito nessa missão. Como a estreia ‘Royalteen’, romance adolescente norueguês que acaba de chegar na Netflix.

Lena (Ines Høysæter Asserson) é uma jovem que acaba de se mudar com sua família para Oslo, capital da Noruega. É seu primeiro dia de aula e sua mãe (Veslemøy Mørkrid) está superanimada porque a filha vai estudar na mesma sala que os príncipes herdeiros do trono. Para a surpresa de Lena o príncipe Kalle (Mathias Storhøi) não só demonstra ser simpático, mas parece interessado nela. Com o passar dos dias, Lena vai percebendo que seu coração também está balançando pelo herdeiro ao trono, mas isso passa a incomodar à princesa Margrethe (Elli Rhiannon Müller Osborne), que fará de tudo para separar dos dois e manter a segurança da coroa.

Com uma hora e quarenta, ‘Royalteen’ começa bem e se desenvolve bem, mas, no arco final da trama, a coisa toda parece rolar ladeira abaixo sem nada para se segurar. Baseado no livro de Randi Fuglehaug e de Anne Gunn Halvorsen, o roteiro de Ester Schartum-Hansen é centrado nessa protagonista que parece uma jovem com uma família comum, em uma vida comum, mas, de repente, o roteiro começa a inserir um bocado de informação e de background sinistro para uma personagem com quem o espectador deveria se conectar e por quem deveria torcer; sendo atropelados, de repente, com um tanto de ações questionáveis de Lena, começamos a duvidar se queremos mesmo que ela fique com o carismático príncipe, que é gente boa.

Parte dessa problemática deve ser atribuída também à direção de Per-Olav Sørensen e Emilie Beck, que constrói todo o enredo numa vibe romance teen para, do nada, transformar a coisa toda numa espécie de ‘Meninas Malvadas’ velada e encerrar sua trama com um final aberto, dando a entender que poderá haver continuação. Bom, o problema é que por mais de uma hora de projeção nada indica uma sequência, então, sermos surpreendidos de repente por um bocado de motivos e assuntos mal resolvidos parece uma forçada de barra para garantir mais filmes.

Apesar dessa ganância da produção, ‘Royalteen’ é um romance teen fofinho, com um príncipe adorável e que sai da mesmice das produções reais britânicas. Tal como aprendemos em Las Encinas, de ‘Élite’, misturar a plebe com a realeza desperta a inveja de muitas pessoas, mesmo na Noruega.

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