terça-feira, abril 23, 2024

‘Duna’ – Conheça os Harkonnen, os vilões da Superprodução de Denis Villeneuve

Os mortais inimigos da casa Atreides são traiçoeiros

No decorrer de Duna, primeiro livro de uma saga escrita por Frank Herbert em 1965, o protagonismo da história repousa nos ombros do jovem Paul Atreides (interpretado por Timothée Chalamet), filho do Duque Leto (Oscar Isaac) e herdeiro da casa de mesmo nome. À eles é concedido o direito de governar o estratégico planeta Arrakis em nome do imperador Padishah; a oferta, porém, jamais soa como um prêmio.

Isso porque Arrakis não só é um planeta desértico e extremamente perigoso graças aos ataques dos insurgentes conhecidos como Fremen, como também foi governado por muito tempo pela casa Harkonnen. Inimigos declarados dos Atreides, com uma inimizade especial e profunda entre os líderes Duque Leto e Barão Vladimir (a ser interpretado por Stellan Skarsgard), os Harkonnen tem sua sede no planeta Geide Prime porém Arrakis sempre foi importante para eles.

Isso se dá pelo já mencionado valor estratégico do mundo desértico, uma vez que Arrakis é o único produtor na galáxia da especiaria Melange. Tudo no universo de Duna, em termos econômicos, gira ao redor dessa commodity que é basicamente um entorpecente; dentre seus efeitos há o aumento do tempo de vida do usuário, aprimoramento da saúde e até mesmo uma senciência mais desenvolvida.

O flutuante Barão Harkonnen marcará presença no vindouro filme.

Seu alto valor em quantidades mínimas e inestimável em quantidades maiores concede à casa que comanda Arrakis uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo que ela se assenta sobre uma mina de ouro ela também passa a lidar com os interesses da companhia CHOAM, esta que detém o monopólio dos transportes espaciais e da extração de melange. Outra complicação é o grupo mencionado anteriormente dos Fremen.

Tidos como um povo da areia, eles aprenderam a sobreviver nos desertos do planeta com pouco acesso a água (graças a seus trajes especiais para reaproveitamento de líquidos) bem como sobrevivendo às ameaças dos imensos vermes das areias e da brutalidade lendária dos Harkonnen. Enquanto a casa em questão governou, é referido várias vezes como eles caçavam e matavam os Fremen por esporte.

Em diversas passagens é referida a crueldade e genialidade do Barão Harkonnen, que armou a armadilha perfeita para eliminar tanto o duque Leto quanto sua linhagem para sempre. Essa mesma maldade foi o que gerou cicatrizes no povo local e hostilidade inicial com a chegada da casa Atreides.

Retomar Arrakis é essencial em todos os sentidos.

Dessa forma, a casa de Giedi Prime assume uma posição similar às de muitas monarquias do passado, que pouca afinidade tinha com a população geral ou de potências nacionais que ocasionalmente ocupavam uma nação menor sem se dar ao trabalho de entender as nuances culturais desse povo. 

Dentre seus membros que aparecem na trama além do mencionado Barão há também seu sobrinho mais velho Glossu Rabban (um infame torturador dos Fremen que teve vasta atuação no reinado de terror dos Harkonnen em Arrakis) e seu sobrinho mais novo Feyd-Rautha, que funciona como um inimigo na mesma idade à Paul Atreides. Por último vale a menção à Piter De Vries, um mentat (gênios de intelecto quase similar aos das banidas máquinas) que serve ao Barão e demonstra por diversas vezes grande tendência ao sadismo e até desprezo aberto para com seu amo.

Não deixe de assistir:

Apesar de em livros seguintes muito da rivalidade entre as casas Atreides e Harkonnen ficarem para trás é interessante notar como Frank Herbert criou um futuro regressivo, em que práticas medievais como títulos e feudos voltaram a fazerem parte das relações humanas e a casa do Barão Vladimir surge como uma representação de nobreza egoísta. 

 

  

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