sexta-feira, maio 3, 2024

Crítica | Rivais – Zendaya é Disputada em FRENÉTICO Filme Dirigido por Luca Guadanino com chance de Oscar

Quando olhamos para trás, para as clássicas histórias gregas que originaram muitos mitos que inspiraram as histórias ocidentais, podemos observar que a maioria deles tem como cerne da trama a disputa do amor de uma mulher. Os deuses, os heróis e até mesmo os humanos dos mitos clássicos gregos faziam de tudo para chamar a atenção da tal “musa inspiradora”: aquela cujo coração seria disputado por dois ou mais candidatos, muitas vezes levando um dos dois à morte. Muitas guerras, inclusive, tiveram início assim, como a de Troia. Numa repaginada contemporânea e jovem desse mito da musa disputada, chega aos cinemas essa semana ‘Rivais’ (‘Challengers‘), novo longa do diretor Luca Guadagnino.

Art Donaldson (Mike Faist) e Patrick Zweig (Josh O’Connor) são grandes amigos que praticam o tênis juntos e têm o sonho de se tornarem profissionais no esporte. Um dia, durante uma competição, conhecem Tashi (Zendaya), uma jovem em ascensão no esporte e grande promessa do mundo do tênis. Desde o primeiro momento, Art e Patrick se sentem completamente enfeitiçados por Tashi, enquanto ela percebe a amizade entre os dois e tenta não interferir. Entretanto, os hormônios juvenis falam mais alto e, numa noite de curtição, os três acabam ficando, mas Tashi declara que não irá decidir com quem quer ficar: ao contrário, os dois deverão disputá-la na partida que têm um contra o outro no dia seguinte, e o vencedor irá namorá-la. Começa aí uma disputa acirrada que duraria anos, mesmo com a vida de todos tendo seguido por rumos diferentes, de modo que a cada reencontro, é reacesa a chama da competição.

Com duas horas e dez de duração, ‘Rivais’ pode ser que dê uma cansada na sua extensão, mas a verdade é que o ritmo super frenético da montagem e a edição de Marco Costa (que também montou o filme anterior de Guadagnino, ‘Até os Ossos’) elevam a adrenalina do espectador num ritmo alucinante, acrescida de uma trilha sonora eletrônica com industrial metal, misturando rock com eletro que acompanha as raquetadas fortes e intensas dos personagens, comandadas por Trent Reznor. Essa técnica sobre o roteiro de Justin Kuritzkes faz com que a comunhão desses aspectos técnicos sejam o melhor do filme, pois uma vez que o roteiro fica indo e vindo no tempo (tal qual uma partida de tênis), é essa montagem em vertigem que imprime a verdadeira personalidade do longa.

Zendaya é o grande destaque de ‘Rivais’ – não à toa, é também produtora do longa. Por ser o troféu da disputa entre os dois personagens, todas as suas cenas valorizam a atriz, seja o seu corpo, seja a sua beleza, seja sua entrega à personagem (ela fez um intensivo de três meses para aprender tênis), seja sua competência na atuação. Tanto, que há um abismo entre ela e seus colegas de cena, deslumbrados pela personagem que é um verdadeiro sopro de vida e de fúria.

Rivais’ tem um quê de ‘Euphoria’ com ‘Saltburn’, deixando para trás ‘Me Chame Pelo Seu Nome’, que consagrou seu diretor. É o melhor trabalho tanto de Luca Guadagnino quanto de Zendaya, e abre a temporada de disputas (com o perdão do trocadilho) com fortes chances de ser indicado nas categorias técnicas nas premiações do cinema. Um filme intenso, frenético, avassalador, efervescente e cheio de tesão como os hormônios juvenis e as boas partidas de tênis. De tirar o fôlego!

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