Fim de ano. Época de se reunir com a família e comer muito. Época na qual o CinePOP entrega também um presente a você, nosso querido leitor: nossa lista dos melhores filmes do ano!
Como sempre, a lista geral é feita através do apanhado das listas individuais de nossa equipe. As listas individuais podem ser lidas abaixo (para ler cada crítica completa, clique no título dos filmes).
Obviamente, nem todos irão concordar com nossa lista. Sinta-se à vontade para fazê-lo, mas com respeito e educação. Gostaríamos também de conhecer a sua lista, portanto, comente e nos diga quais foram seus 10 filmes preferidos de 2017.
Então, vamos lá? Peguem seu caderninho para anotar os filmes que ainda não viu e correr atrás.
10. Armas na Mesa
O roteiro do filme é um achado. O detalhamento que dá a nuances de personagens, seus psicológicos e também ao insight de um mundo específico e difícil, como o universo político norte-americano, é admirável. Deixando tudo em harmonia está a direção segura de Madden. Aqui, Jessica Chastain novamente adere a um personagem maior que a vida, cuja presença não pode ser ignorada, mas que nem sempre exibe a melhor das índoles. Elizabeth Sloane é uma torre de marfim, bela, plácida, alva e intocável. É também a pessoa a qual queremos ter ao lado em uma crise. Armas na Mesa é uma produção lindíssima e impecável, na qual tudo se encontra milimetricamente no lugar.
09. Blade Runner 2049
Blade Runner 2049 pode ser chamado de um filme com uma trama simples e linear, mas lembrando que o original resumia-se ao oficial Deckard (Ford) encontrar e eliminar replicantes renegados, que tinham Roy Batty (Rutger Hauer) como líder. Seu diferencial estava nas entrelinhas, no forte teor filosófico e existencialista nos quais suas cenas eram criadas. O mesmo ocorre na nova versão, que vai além e apresenta um mistério que é um verdadeiro “tiro” no quesito “apresentar algo nunca anteriormente visto”. E para quem reclama do cinema Hollywoodiano explicado e mastigado para o público, quero ver saber lidar com 2049, e seu enigma não solucionado. Durma com esse barulho e muito cuidado com o que desejam.
08. It: A Coisa
Entregando mais drama do que terror, ‘It – A Coisa’ é um blockbuster bem realizado e dirigido que consegue nos apresentar protagonistas aprofundados e interessantes, que nos manterão presos na cadeira durante toda a sua jornada pelo medo. É um filme que utiliza uma figura macabra para traçar uma metáfora sobre a passagem da infância para a vida adulta, algo muito explorado nos livros do Stephen King.
07. A Criada
Os fãs do diretor vão se deliciar. Os não-iniciados talvez se assustem com as bizarrices e a longa duração. Por outro lado, eles podem apreciar o tempero diferente. A Criada é um filme de camadas. Como aquelas bonecas russas, que uma sai de dentro da outra, a cada hora que passa um outro filme se revela ao público. Park alcança em A Criada seu apogeu estético. Todos os traços que caracterizam o seu estilo estão no filme, somado a um maior rigor formal.
06. Manchester à Beira-Mar
Apesar da “sofrência”, Manchester à Beira Mar entrega também boas risadas, acredite, providas basicamente do rouba cenas Lucas Hedges. A dor da perda utilizada como tema, e a forma como lidamos com isso, há tempos não era tão minuciosamente trabalhadas. Os envolvidos, em especial o diretor Kenneth Lonergan, estão de parabéns pela tamanha sensibilidade, e a criação de um produto artístico que não nos deixará mais, ressoando para sempre em nossas mentes e corações.
05. Star Wars: Os Últimos Jedi
Este é o filme das guinadas, da imprevisibilidade, do choque. O roteiro te surpreende a cada grande momento apresentado, quando esperamos que tudo corra por um caminho, somente para em seguida o momento ser subvertido. É simplesmente de tirar o fôlego. Muitas vezes, até mesmo em cabines de imprensa (exibições para críticos), as palmas e gritos de animação parecem fora de hora (como nos filmes da Marvel e da DC). Aqui, vibramos junto, porque o filme faz por merecer.
04. Logan
Logan é um filme do gênero super-heróis acima da média, cujo encantamento está na liberdade de poder ser o que deve ser sem restrições – como é o caso com a maioria. A menina Dafne Keen é a alma e espinha dorsal de Logan. No roteiro, sua personagem é o motivador que faz a trama girar. Era necessário uma atriz que justificasse a importância da personagem e Keen é essa atriz. A jovem é um verdadeiro achado, seu carisma impressiona, mesclando perfeitamente a selvageria e violência implícitas na personagem conhecida como X-23, com a doçura de uma criança na faixa de seus 10 anos de idade.
03. Corra!
A atmosfera do filme é enervante, deixando quem assiste apreensivo pela vida do protagonista. O diretor Jordan Peele alcança esse efeito recorrendo a expedientes até conhecidos: a casa isolada, no meio do nada, o protagonista que não se encaixa no contexto e, especialmente, pequenas bizarrices, como personagens agindo de forma estranha, ou diálogos com segundas intenções. Então, tenha certeza, o melhor de Corra! (Get Out) não está em seu plot twist. Mais do que sua virada, o filme é bom porque, por meio das atuações e ambientações, ele nos coloca na perspectiva do protagonista. E também porque a sequência final, após descobrirmos tudo, é muito bem orquestrada. Com violência na medida exata, o final é uma lição de catarse.
02. mãe!
Sabe quando você está tendo um pesadelo e não consegue acordar? O terror e o desespero começam a tomar conta do seu corpo e você não sabe como reagir, ou seja, se chora ou se grita ou não se move. Este é o angustiante cenário montado por Darren Aronofsky (Noé) para nos envolver na alegoria religiosa de Mãe!, em que cada personagem sem nome próprio representa simbolicamente o nascimento do cristianismo. Mother! não é um filme de horror, não há cenas de sustos, entretanto, é aterrorizante como a câmera segue Jennifer Lawrence por todos os lados, detalhando cada processo de travessia da personagem da confusão, apaixonamento, horror, aflição, medo até a redenção.
01. La La Land: Cantando Estações
La La Land é um filme essencialmente sensorial. A história é quase uma desculpa para reconstruir a magia dos musicais. E Chazelle consegue reutilizar a linguagem do gênero na medida certa do gosto do público. Há outros elementos mais óbvios que evocam os velhos musicais. Nada disso, porém, seria suficiente sem Ryan Gosling e Emma Stone. Eles podem não ser os melhores dançarinos nem grandes cantores (nem o filme exige números de dança elaborados), mas ambos transmitem as emoções que cada instante pede, gerando no público uma cumplicidade essencial para reavivar a pureza dos velhos musicais.
Renato Marafon – Editor-chefe
01. Corra!, de Jordan Peele.
02. mãe!, de Darren Aronofksy.
03. Logan, de James Mangold.
04. It: A Coisa, de Andy Muschietti.
05. Atômica, de David Leitch.
06. Extraordinário, de Stephen Chbosky.
07. Guardiões da Galáxia Vol.2, de James Gunn.
08. Mulher Maravilha, de Patty Jenkins.
09. Blade Runner 2049, de Denis Villeneuve.
10. Em Ritmo de Fuga, de Edgar Wright.
Pablo Bazarello – Editor e Crítico
01. A Criada, de Park Chan-wook.
02. La La Land: Cantando Estações, de Damien Chazelle.
03. Manchester à Beira-Mar, de Kenneth Lonergan.
04. Personal Shopper, de Olivier Assayas.
05. Armas na Mesa, de John Madden.
06. Blade Runner 2049, de Denis Villeneuve.
07. mãe!, de Darren Aronofsky.
08. Una, de Benedict Andrews.
09. Bom Comportamento, de Benny Safdie e Josh Safdie.
10. A Vilã, de Jung Byung-gil.
Georgenor Franco – Crítico
01. Blade Runner 2049, de Denis Villeneuve.
02. A Criada, de Park Chan-wook.
03. Manchester à Beira-Mar, de Kenneth Lonergan.
04. A Qualquer Custo, de David Mackenzie.
05. Dunkirk, de Christopher Nolan.
06. Logan, de James Mangold.
07. La La Land: Cantando Estações, de Damien Chazelle.
08. Jackie, de Pablo Larraín.
09. mãe!, de Darren Aronofsky.
10. Star Wars: Os Últimos Jedi, de Rian Johnson.
Rafaela Gomes – Redatora, crítica e séries
01. Corra!, de Jordan Peele.
02. mãe!, de Darren Aronofsky.
03. Star Wars: Os Últimos Jedi, de Rian Johnson.
04. La La Land: Cantando Estações, de Damien Chazelle.
05. Manchester à Beira-Mar, de Kenneth Lonergan.
06. Eu Não Sou Seu Negro, de Raoul Peck.
07. It: A Coisa, de Andy Muschietti.
08. Logan, de James Mangold.
09. Lion: Uma Jornada para Casa, de Garth Davis.
10. Doentes de Amor, de Michael Showalter.
Karolen Passos – Mídias sociais, crítica e séries
01. Star Wars: Os Últimos Jedi, de Rian Johnson.
02. Mulher Maravilha, de Patty Jenkins.
03. Armas da Mesa, de John Madden.
04. Logan, de James Mangold.
05. La La Land: Cantando Estações, de Damien Chazelle.
06. Assassinato no Expresso do Oriente, de Kenneth Branagh.
07. Viagem das Garotas, de Malcolm D. Lee.
08. Moana: Um Mar de Aventuras, de Ron Clements e John Musker.
09. A Morte te dá Parabéns, de Christopher Landon.
10. Liga da Justiça, de Zack Snyder.
Thiago Muniz – Redator e crítico
01. Okja, de Bong Joon-ho.
02. La La Land: Cantando Estações, de Damien Chazelle.
03. mãe!, de Darren Aronofsky.
04. Corra!, de Jordan Peele.
05. Star Wars: Os Últimos Jedi, de Rian Johnson.
06. Dunkirk, de Christopher Nolan.
07. Em Ritmo de Fuga, de Edgar Wright.
08. Fragmentado, de M. Night Shyamalan.
09. It: A Coisa, de Andy Muschietti.
10. O Filme da Minha Vida, de Selton Mello.
Letícia Alassë – Crítica e colaboradora
01. La La Land: Cantando Estações, de Damien Chazelle.
02. mãe!, de Darren Aronofsky.
03. Corra!, de Jordan Peele.
04. Fragmentado, de M. Night Shyamalan.
05. It: A Coisa, de Andy Muschietti.
06. Logan, de James Mangold.
07. De Canção em Canção, de Terrence Malick.
08. A Criada, de Park Chan-wook.