terça-feira , 4 fevereiro , 2025
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‘Vingadores: Era de Ultron’: Veja o primeiro trailer legendado!

Horas depois de ter vazado imagens do primeiro teaser de Vingadores: Era de Ultron, agora chegou a vez do próprio vídeo cair na rede.

A prévia tem baixa resolução e só deve ser liberada oficialmente no final do quinto episódio da segunda temporada de ‘Agents of SHIELD’, no próximo dia 28.

ATUALIZADO COM A VERSÃO OFICIAL E LEGENDADA, liberada pela Marvel:

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A Marvel chegou a se pronunciar no Twitter sobre o vazamento do trailer: “Maldição, Hydra!”, brincou o estúdio, querendo culpar a organização terrorista pelo ocorrido.

Confira também o primeiro teaser pôster:

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Recentemente, saiu a informação que ‘Vingadores: Era de Ultron‘ terá o maior número de cenas com efeitos especiais da história da Marvel. Serão 3.000 cenas com efeitos especiais, contra 2.500 cenas de ‘Capitão América: O Soldado Invernal‘ e 2.250 de ‘Guardiões da Galáxia‘.

Homem de Ferro, Capitão América, Thor e Hulk não retornam em ‘Os Vingadores 3′

Uma prévia de ‘Vingadores: Era de Ultron‘ será lançada no Blu-ray de ‘Guardiões da Galáxia, que sairá em 9 de dezembro. Antes disso, o primeiro trailer do filme será exibido junto com as cópias de ‘Interestelar‘, nova ficção científica do diretor Christopher Nolan (trilogia do Batman).

Interestelar‘ estreia em 6 de novembro no Brasil e chega um dia depois aos EUA.

Disney divulga vídeo de bastidores de ‘Os Vingadores 2′

Em ‘Os Vingadores 2‘, quando Tony Stark (Robert Downey Jr.) tenta alavancar um dormente programa de manutenção da paz, as coisas dão errado e os mais poderosos heróis da Terra – Homem de Ferro (Downey Jr.), Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johanson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) – são testados ao limite com o destino do planeta pendurado na balança. Enquanto Ultron (James Spader) emerge, cabe aos Vingadores impedi-lo de executar os seus terríveis planos e suas preocupantes alianças, em uma ação desenfreante que abre espaço para uma épica e inigualável aventura global.

Com o apoio adicional de Nick Fury (Samuel L. Jackson) e da agente Maria Hill (Cobie Smulders), a equipe deve se reunir para derrotar Ultron, um terrível e infernal vilão tecnológico, empenhado na extinção humana. Ao longo do caminho, eles enfrentam dois misteriosos e poderosos recém-chegados, Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) e Pietro Maximoff (Aaron Taylor-Johnson), e encontram um velho amigo em uma nova forma quando Paul Bettany se torna o Visão.

O longa tem roteiro e direção de Joss Whedon.

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Crítica | Drácula – A História Nunca Contada

Como dizia o filósofo britânico Francis Bacon: “A Vingança é uma espécie de justiça selvagem”, assim para seguir exatamente esse pensamento, um dos maiores estúdios de cinema do mundo contratou o inexperiente diretor Gary Shore, juntou um orçamento de 100 milhões de dólares e deve ter pedido: por favor, me faça o melhor filme sobre Drácula já feito! Resultado, uma tentativa misturar Game of Thrones e Senhor dos Anéis, recheado de efeitos e atores sem nenhum tipo de carisma envolvidos em um roteiro que até a metade do filme funciona, depois vira um show da Broadway chato que nem de longe lembra outros belos filmes do famoso Drácula.

Na trama, no começo muito bem construída, somos levado a conhecer uma terrível guerra entre os romenos e os turcos. Assim, logo aparece o temido príncipe romeno Vlad, carinhosamente ou não conhecido como: o Empalador! Uma espécie de herói/anti-herói que luta pelo bem estar de seu povo. Durante essa guerra sanguinária, Vlad toma decisões arriscadas e coloca todo seu povo em risco. Para consertar e vencer a guerra, resolve fazer uma espécie de pacto com um monstrengo dando início a uma mitológica e já conhecida história sobre vampiros e criaturas feiticeiras.

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Obviamente a ideia dessa produção é dar início a uma saga que culminará na história do Drácula, já contada em outros filmes. Criar esse “Begins” é interessante, diversas outras franquias estão seguindo esses passos com sucesso. A questão é que nesse caso, a combinação que os produtores querem é a de um Drácula histórico com o do romance famoso de Bram Stoker. Partindo desse princípio, Drácula – A História Nunca contada, começa bem bastante real e convencendo com bons argumentos históricos de como essa lenda começou a partir de Vlad e seu misterioso pacto. O problema é quando começam a entrar os efeitos na história e tudo que estava sendo construído vira um calabouço exibicionista, muito mal dirigido e com interpretações extremamente não convincentes.

Há uma quebra de ritmo, de cronologia, os efeitos tomam conta de uma maneira que qualquer movimento real feito, vira um enter dado por um computador. Precisa ter alguém com experiência por trás das câmeras para tornar esses efeitos com um certo sentido dentro da história. Ao longo dos curtos 92 minutos, os dentes afiados, as bizonhas atuações, a fraca direção acabam tornando as cenas que eram para serem aterrorizadoras virarem um grande Lexotan. Lugar para dormir é em casa, não no cinema.

Crítica | Salto No Vazio: 38ª Mostra de Cinema de SP

AFINAL, QUEM DEPENDE DE QUEM?

 

Exibido na 4ª Mostra de Cinema de São Paulo, e reexibido nesta 38ª no contexto da retrospectiva da produtora francesa MK2, Salto No Vazio (Salto Nel Vuoto) é uma obra de meio de carreira do diretor Marco Bellocchio, que, apesar de não ter as qualidades de Vincere ou de A Bela que Dorme, é um trabalho de qualidades. É a chance de assistir um filme seu difícil de achar no Brasil.

De forma um tanto irregular, Salto No Vazio começa expondo a relação entre o juiz Mauro Ponticelli (Michel Piccolli) e sua irmã Marta Ponticelli (Anouk Aimée). Marta apresenta problemas mentais e tem tendências suicidas. O espectador pode ficar um pouco perdido no começo, uma vez que certas relações não ficam bem claras. Mas, logo no começo do segundo ato, já temos noção dos problemas de ambos.

Talvez por pena, ou por desejar não ter o peso de cuidar da irmã, Mauro apresenta-lhe um rapaz, contudo, este está sendo processado, o que obviamente, terão consequências ao longo do filme.

À medida que a narrativa avança, começamos a duvidar até que ponto Marta seja a maior dependente. Diversos atos de Mauro expõem que sua vida não teria muito sentido sem sua irmã. Contudo, esta talvez seja a mais superficial das interpretações. Bellocchio deixa ambiguidades ao longo das sequências, o que, certamente, é dos maiores méritos do filme. Destaque também para a cenografia da residência dos irmãos, com muitos espelhos e portas, passando uma impressão de um labirinto, tal qual uma mente desequilibrada.

Crítica | Carta A Um Pai: 38ª Mostra de Cinema de SP

DIRETOR ARGENTINO FAZ REMINISCÊNCIAS EM DOCUMENTÁRIO

 

O diretor argentino Edgardo Cozarinsky busca fazer do documentário Carta A Um Pai (Carta a un Padre) uma máquina de memórias. Partindo de objetos, seja uma fotografia ou um punhal, o diretor busca reconstruir a genealogia de sua família, iniciando por seu avó, que viveu na cidade de Entre Ríos. Partindo dos fatos que seu avô era judeu e seu pai oficial da Marinha, o diretor busca não só reconstruir sua memória como também as raízes da história da argentina.

Talvez estivesse num dia ruim, mas o documentário não conquistou este crítico. Apesar de curto – 70 minutos – não me senti laçado pela história pessoal do diretor. É um risco desse tipo de documentário, que pode ser uma experiência bela, quando se consegue conectar o particular ao universal, ou ser um verdadeiro sonífero, meu caso, que não consegui embarcar na viagem do diretor.

De qualquer forma, para os apreciadores do cinema argentino ou para os caçadores de documentários, fica a dica.

Lutando Contra o Tempo

(Ticking Clock)

 

Elenco:

Cuba Gooding Jr., Neal McDonough, Nicki Aycox, Austin Abrams, Yancey Arias, Dane Rhodes, Danielle Nicolet, Adrianne Frost, Edrick Browne.

Direção:  Ernie Barbarash

Gênero:  Ação

Duração:  111 min.

Distribuidora: Sony Pictures

Orçamento: US$ 6 milhões

Estreia: 2011

Sinopse:

Cuba Gooding, Jr., ator premiado com o Oscar® de Melhor Ator Coadjuvante em 1996 pelo filme Jerry Maguire, interpreta Lewis Hicks, um jornalista de página policial especializado em homicídios brutais. Ao encontrar o corpo mutilado da sua nova namorada e obter um diário macabro que revela a lista das futuras vítimas do assassino, ele terá que correr contra o tempo e encontrar maneira de impedir os terríveis assassinatos antes que eles ocorram.

Curiosidades:

» Lançado direto em Home Video.

 

Trailer:

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Cartazes:

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Os Cinco filmes imperdíveis da Mostra de São Paulo

Até o dia 29 de outubro o público poderá conferir mais de 300 filmes de diversas nacionalidades durante a 38ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Destacamos cinco filmes que você não pode perder, confira!

1 – Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo

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O filme foi um dos mais elogiados do Festival de Cannes este ano (onde o diretor Bennet Miller, de Capote, ganhou o prêmio de direção), e é um dos favoritos as indicações do Oscar 2015. Steve Carell, em raro papel dramático, dá um show à parte. A trama, baseada em história real, narra como um ex-medalhista olímpico vai da fama ao caos após se envolver com um milionário que deseja montar um centro de excelência esportiva.

Confira os horários!

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2 – Relatos Selvagens

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O candidato argentino ao Oscar de filme estrangeiro é mais um da boa safra de Cannes este ano. Comédia de humor negro, com seis histórias onde os personagens perdem o controlem após terem suas vidas testadas por situações imprevisíveis. No elenco, o ‘muso’ argentino Ricardo Darín.

Confira os horários!

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3 – Dois Dias, Uma Noite

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O novo filme dos irmãos Dardene (O Garoto de Bicicleta) também fez sucesso em Cannes, e traz a oscarizada Marion Cotillard como Sandra, que precisa da ajuda de seus colegas para conseguir ter seu emprego de volta. Um dos fortes candidatos ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2015.

Confira os horários!

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4 – Um Pombo Pousou Num Galho Refletindo Sobre a Existência

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O longa sueco ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza deste ano, e acompanha dois homens cansados da vida em uma viagem de negócios. Vale pela forma inusitada como é contada a história, e pela originalidade.

Confira os horários!

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5 – Leviatã

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Mais um bom filme que veio da seleção de Cannes deste ano (ganhou o prêmio de roteiro no Festival). O longa russo conta a história de um pai de família que é ameaçado de despejo por um político corrupto. É o indicado da Rússia ao Oscar de filme estrangeiro em 2015.

Confira os horários!

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Crítica | Festa no Céu (2)

A mística dos sonhos românticos, ano após ano, quando desenterrada, fazem toda a diferença. Produzida pelo craque do cinema Guilhermo Del Toro, a comédia romântica que utiliza técnicas de animação Festa no Céu é um filme que será taxado, facilmente, como fofo. Além da melosidade dos simpáticos personagens, o roteiro consegue ser competente o suficiente para oferecer diversão e reflexão para todas as idades.

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Esta ótima animação, bem romântica por sinal, traz de volta aos cinemas o polêmico universo das touradas. Assim conhecemos o Julio Iglesias das touradas, Manolo, um jovem confiante e corajoso que é apaixonado pela bela Maria. Manolo é íntegro em seu modo de pensar e sempre sofre bullying de todos por não querer machucar os tourinhos que desafia. Até que um dia, por força de uma aposta de duas figuras místicas, Manolo vai para o céu mas logo percebe que seu lugar é entre os vivos, por isso, embarca em uma divertida aventura de volta ao nosso mundo para, entre outras coisas, lutar por seu grande amor.

Com um enredo repleto de canções, Festa no Céu pode ser considerado um semi-musical animado. O protagonista, usa todo seu charme na música, ecoando a voz de romântico sempre acompanhado de seu inseparável banjo. A interpretação de uma adaptação da música Creep da banda Radiohead é maravilhosa! Sem dúvidas o número musical mais legal da fita!

O poder da música, a força do coração, a coragem para vencer os medos… esse belo projeto cheio de efeitos, personagens desenhados com traços diferenciáveis, explora muitos conceitos que vemos aos montes em nosso cotidiano. Além de tudo, consegue com maestria ser um filme para todas as idades. Não perca essa deliciosa viagem pela história da família Sanchez que, mal ou bem, pode parecer com a minha ou a sua.

Scarlett Johansson pode estrelar adaptação hollywoodiana de ‘Ghost In the Shell’

A adaptação live-action do cultuado mangá ‘Ghost In the Shell‘ pode ser estrelada por Scarlett Johansson, a Viúva Negra nos filmes da Marvel.

Segundo o Deadline, a DreamWorks já ofereceu o cargo de protagonista para a atriz, apesar de Margot Robbie (‘O Lobo de Wall Street’) ter sido associada ao projeto há pouco tempo.

Rupert Sanders (‘Branca e Neve e o Caçador’) foi contratado para dirigir a versão cinematográfica.

Criada por Masamune Shirow em 1989, os quadrinhos já inspiraram jogos, uma série animada e dois animes (animações japonesas) em longa-metragem, dirigidos por Mamoru Oshii. No Brasil, os animes foram rebatizados como O Fantasma do Futuro.

Ambientada na primeira metade do século 21, a trama gira em torno do Setor de Segurança Pública 9, especializado em combater crimes cibernéticos. A protagonista é a Major Motoko Kusanagi, uma ciborgue à procura de um hacker conhecido como Pupper Master (Mestre das Marionetes).

Este é um projeto que o cineasta Steven Spielberg (‘Lincoln’) está desenvolvendo há muito tempo, através de seu estúdio DreamWorks, que distribuiu Ghost In the Shell 2: Innocence’. A companhia tem planos ambiciosos de filmar o longa em 3D.

A nova versão do roteiro é de William Wheeler (‘O Vigarista do Ano’, ‘O Relutante Fundamentalista’).

A produção é de Ari Arad e Avi Arad, que trabalharam juntos em ‘Homem de Ferro’, e Steven Paul, que colaborou com Ari nos dois ‘Motoqueiro Fantasma’.

Não há cronograma definido para o filme.

Ghost In the Shell O Fantasma do Futuro

Crítica | Festa no Céu

Cultura mexicana vendida para as massas

O ano de 2014 está bem servido de animações. Além de produtos vindos de grandes estúdios, como Lego (Warner), Peabody & Sherman (Dreamworks), Rio 2 (Fox), Como Treinar o Seu Dragão 2 (Dreamworks) e Aviões 2 (Disney), temos neste segundo semestre produções de estúdios menores e mais interessantes. No início do mês, o estúdio Laika, especializado em stop-motion, lançou sua nova obra, Os Boxtrolls. Agora é a vez da animação produzida pelo prestigiado Guillermo del Toro (Círculo de Fogo).

O cineasta mexicano, forte representante de seu país em Hollywood, banca a ideia do diretor Jorge R. Guitierrez e leva ao grande público a cultura e folclore do México. Apresentado literalmente na forma de uma aula, na qual uma guia conta a história para crianças americanas, Festa no Céu usa como trama o popularizado triângulo amoroso entre seus protagonistas. Além disso, o filme tem como tema o dia dos mortos, e seus mundos do além vida (crença entranhada na cultura do país).

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Maria, Manolo e Joaquin são amigos de infância. Desde cedo os rapazes disputam o amor da menina. Na fase adulta, já uma jovem formosa, Maria (voz de Zoe Saldana no original) retorna para a cidade após completar seus estudos. Lá, ela encontra o pomposo Joaquin (voz de Channing Tatum no original) como o chefe da guarda cheio de coragem, medalhas e único capaz de liderar a resistência contra a iminente ameaça de um grande vilão. E também Manolo (voz de Diego Luna no original), um jovem com crise existencialista, já que deseja ser músico ao contrário da tradição da família de toureiros.

Temos também a parte sobrenatural da história, com a inclusão de figuras como La Muerte (voz de Kate del Castillo no original), soberana do reino dos “Lembrados”, e Xibalba (voz de Ron Pearlman no original), governante da terra dos “Esquecidos”. Trata-se do céu e purgatório respectivamente. Neste trecho, a obra remete ao elogiado filme de Tim Burton, A Noiva Cadáver (2005), na forma como trata o animado mundo dos mortos.

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As entidades, antigas amantes, fazem joguetes com as vidas dos protagonistas através de apostas. La Muerte garante que Manolo terminará com Maria, já o trapaceiro Xibalta deposita suas fichas em Joaquin, inclusive dando-lhe certa vantagem. Festa no Céu pulsa com energia. O filme é recheado de cores vibrantes e uma animação única. É difícil para quem assiste a muitos filmes ser surpreendido, principalmente no que diz respeito a animações, mas a obra entrega justamente isso, algo extra e com muita alegria.

A obra produzida por del Toro aposta no diferencial, entregando um design estranho e peculiar, seja de seus personagens como dos cenários e criação de cenas. Existe inclusive espaço para a criatividade musical, ao reproduzirem diversas canções de sucesso e atuais na forma de músicas latinas de mariachis, dentre as quais uma que se destaca é Creep do Radiohead. Qualquer filme mirado ao público mais novo que se dê a esse trabalho tem o meu voto de confiança.

Crítica | Fúria

Uma pistola para Nicolas Cage

Deus abençoe Nicolas Cage! No auge de seus 50 anos, o sobrinho de Francis Ford Coppola, duas vezes indicado e vencedor do Oscar por Despedida em Las Vegas (1995), faz de tudo menos ficar sem trabalho. Nos últimos anos, voltou a uma superprodução em Motoqueiro Fantasma 2, obteve sucesso de público dublando a voz do protagonista na animação Os Croods, e de crítica com o filmaço sério e ainda inédito por aqui, Joe.

Fúria, seu novo trabalho, não se encaixa em nenhuma categoria citada e é essencialmente mais uma produção B no acervo do curioso ator. O filme é uma mistura de Sobre Meninos e Lobos (2003) e o recente O Protetor (com Denzel Washington), dadas as devidas proporções. Aqui Cage é Paul Maguire, ex-criminoso reformado, chefe de uma família aparentemente perfeita, e atual assessor do prefeito. Seu passado volta para assombrá-lo quando membros de uma gangue russa invadem sua casa e sequestram sua filha adolescente (papel da bela e carismática Aubrey Peeples).

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Assim, ao lado de dois ex-comparsas, o protagonista irá despejar toda a sua “fúria” nos responsáveis e em quem encontrar pelo caminho. O filme é um veículo de ação para Cage, altamente esquecível, recheado de clichês do gênero e com diálogos embaraçosamente sofríveis. O que chama a atenção é o fato de tais filmes do repertório do ator continuarem encontrando espaço nos cinemas brasileiros. Ligado no automático, o protagonista faz sua melhor cara de quem não tem vergonha em descontar um belo cheque, em troca de entregar isto para o público.

Entre tiros e brigas, Cage tenta não se descabelar muito. Aqui fazendo uso de um penteado que reforça sua falta capilar. Sentimos que Cage almeja sair da mesmice em duas cenas específicas, nas quais exibe traços daquele Cage insano que costumávamos ver em obras esquisitas de seu começo de carreira. Ele grita, repete aceleradamente a mesma frase para um inimigo moribundo, e faz cara de louco durante uma luta. Mas Fúria, que no original leva o nome de uma pistola russa (Tokarev), não permite que o ator se liberte das amarras impostas por um roteiro mundano e sem brilho, que entrega justamente e somente o que este tipo de público quer ver.