quinta-feira , 6 março , 2025
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Crítica: “A Morte do Demônio”, por Renato Marafon

 

Nos últimos anos, o lado comercial tomou conta de Hollywood: Filmes começaram a ser feitos apenas para arrecadarem dinheiro, o que forçava os estúdios a remover cenas fortes para baixar a censura e não perder público.

O CGI (computação gráfica) se apossou dos estúdios, que começaram a criar quase todas as cenas com chroma-key e efeitos visuais, tornando algumas produções visualmente sofríveis.

O gênero que mais perdeu com essa nova era foi o terror: o sangre começou a ser criado em CGI e/ou cortado das produções, para que a censura permitisse menores desacompanhados irem aos cinemas, gerando mais lucro.

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Foi o fim da era gore, daqueles filmes extremamente violentos e sangrentos, que deixaram muitos fãs órfãos. ‘A Morte do Demônio‘ chega para quebrar esse tabu: violento, sangrento, nojento, pesado. Uma verdadeira homenagem ao filme original e aos clássicos do terror.

O roteiro toma liberdades criativas e alterações gritantes na trama original, para justificar os 50 mil galões de sangue falso usados pelo diretor Fede Alvarez, e criar um suspense maior para aqueles que assistiram ao filme original. As alterações devem agradar até mesmo os fãs, pois deixam a nova versão muito mais violenta e sanguinária – porém, mais visual e menos suspense.

Nos EUA, o filme recebeu a alta classificação Rated R, que significa que menores de 17 anos só podem assistir ao filme acompanhados dos pais ou de algum responsável. A censura é explicada: decapitações, mutilação, linguagem chula, banho de sangue… Tudo está ali.

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Após ficarem presos em uma afastada cabana, cinco amigos de 20 e poucos anos encontram o Livro dos Mortos, e sem saber dos perigos presentes, conjuram demônios adormecidos que vivem na floresta. Os demônios começam a possuir jovem por jovem, deixando apenas um para lutar pela sobrevivência.

O semi-desconhecido diretor uruguaio Federico Alvarez conquista o público ao preferir chocar a plateia, mesmo que isso causasse uma demanda menor de público. É um filme para pessoas fortes e apreciadoras do gênero terror.

Alvarez não quis usar efeitos em computação gráfica no filme. Tudo é explicito, e extremamente realista. Foram longos 70 dias de filmagens, com truques de mágica e ilusionismo para deixar as cenas mais próximas possíveis da realidade.

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O elenco também demonstra um grande talento, com destaque para a nova protagonista, interpretada pela ótima Jane Levy (da série ‘Suburgatory’). Shiloh Fernandez (‘A Garota da Capa Vermelha’), Lou Taylor Pucci (‘Vírus’) e Jessica Lucas (‘Cloverfield – Monstro’) também se destacam, deixando apenas Elizabeth Blackmore (da série ‘Legend of the Seeker’) como o elo fraco em termos de atuação.
No roteiro, podemos ver o dedo de Diablo Cody (‘Juno’, ‘Garota Infernal’): falas irreverentes, uma protagonista falha e viciada em cocaína e alguns momentos bastante irônicos, porém não engraçados (positivamente falando).

Os fãs do original sentirão falta de algumas coisas, como a risada diabólica da garota possuída durante quase todo o filme, a interação dos jovens, o balanço se movendo sozinho… mas as novidades na trama consegue subverter a atenção para as novas viradas do enredo – e não são poucas.

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A Morte do Demônio‘ chega para quebrar esse paradigma contra os filmes de terror, fazendo sucesso nas bilheterias norte-americanas (fez ótimos US$ 25,7 milhões em sua estreia) e agradando aos críticos – que geralmente torcem o nariz para filmes do gênero. E o melhor: é um filme chocante, que vai agradar aos ávidos pelo verdadeiro gênero terror, além dos fãs do clássico de Sam Raimi.

Crítica: “Homem de Ferro 3”, por Renato Marafon

Com a estreia de ‘Homem de Ferro’ em 2008, a Marvel Studios conquistou os críticos e o público, dando início à produção de seus próprios filmes de super-heróis com qualidade de roteiro e muita ação, como ‘Thor’ e ‘Capitão América – O Primeiro Vingador’, culminando no perfeito ‘Os Vingadores’.

Foi na sequência de ‘Homem de Ferro’, porém, que o estúdio realizou seu primeiro deslize: pecando pelo excesso, a sequência tentou agradar adicionando mais personagens e subtramas que deveria.

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Homem de Ferro 3’ chega aos cinemas com o peso de manter o Universo da Marvel na ativa, iniciando a Fase 2 dos Vingadores. Apesar de ser levemente superior ao segundo filme, a produção peca justamente no mesmo aspecto: o excesso.

O roteiro adiciona várias armaduras novas (provavelmente para ganhar dinheiro com venda de brinquedos), personagens e subtramas, que acabam dividindo o enredo em três atos totalmente distintos, fazendo com que os espectadores se percam em meio a tantas histórias paralelas e informações. O problema maior está nos vilões: pessoas com DNA geneticamente alterado pela tecnologia Extremis que explodem e cospem fogo. A transição para as telas não consegue convencer, deixando tudo cartunesco e totalmente irreal.

Shane Black, que já havia dirigido Robert Downey Jr. em ‘Beijos e Tiros’, assume o lugar deixado por Jon Favreu. Em parceria com Drew PearceBlack também assina o roteiro da produção, baseado na série Extremis, dos quadrinhos de Warren Ellis Adi Granov. Apesar de não ter o talento de Favreu, Black não decepciona.

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A história começa com um flashback explicando como era o comportamento de Tony Stark anos atrás. Em narração off, ele volta para os dias de hoje, quando vê seu mundo pessoal destruído pelas mãos de um inimigo oculto. Ainda afetado pelos eventos de ‘Os Vingadores’, Stark tem que combater crises de ansiedade enquanto embarca em uma jornada para encontrar os responsáveis pela destruição de sua casa e de um atendado à vida de seu amigo Happy Hogan. Pressionado, Stark tem que sobreviver lançando mão de seus próprios dispositivos, contando com sua engenhosidade e instintos para proteger aqueles que lhe são mais próximos.

Robert Downey Jr. é a personificação perfeita do personagem, novamente o grande ponto positivo. Ele é Tony Stark! Sua interpretação está melhor que os dois filmes anteriores, com um senso de humor indescritível e piadas inteligentes. Os melhores momentos são os que Tony Stark parte em sua jornada pessoal, permitindo aDowney Jr. trabalhar o personagem de maneira brilhante. A química do ator com o ótimo Ty Simpkin, que interpreta o garotinho Harley, é fantástica. Gwyneth Paltrowganha maior destaque para trabalhar sua Pepper Potts, tendo maior importância para a trama.

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Ben Kingsley está ótimo no papel do Mandarim, mas ao contrário do que os produtores afirmaram em entrevistas, sua performance não é assustadora, e sim o alívio cômico – o que deve deixar os fãs dos quadrinhos bastante decepcionados. Guy Pearce Rebecca Hall, novas adições no elenco, convencem em seus papeis.

Voltando apenas como ator e produtor, Jon Favreau teve mais tempo para se dedicar ao seu Happy Hogan, sendo responsável por alguns dos melhores e mais engraçados momentos do filme, mesmo tendo pouco tempo em tela.

Enquanto os personagens são bem trabalhados, a trama peca ao não conseguir unir todas as histórias paralelas de uma maneira convincente. Quando se faz necessário o uso de flashbacks e narração em off para contar uma história nos cinemas, algo está errado. E é justamente aí que o enredo se perde. Correndo para condensar a história da tecnologia Extremis e do Mandarim, o roteiro deixa furos e pontas soltas, que acaba deixando as motivações do vilão extremamente rasas e superficiais.

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Como entretenimento puro, ‘Homem de Ferro 3’ entrega um dos grandes blockbusters do ano. Porém, não consegue fazer jus ao primeiro filme e ao legado que ‘Os Vingadores’ deixaram no cinema, se tornando uma ponta solta no Universo que a Marvel trabalha brilhantemente para criar.

E não perca tempo com o 3D convertido, totalmente desnecessário e caça-níqueis.

Guerra é Guerra!

O que importa mais: Uma amizade de anos ou um grande amor? Seguindo este dilema, o novo filme da atriz (vencedora do Oscar) Reese Witherspoon é uma surpresa positiva, mesmo sendo recheado de clichês, diverte e tem boas sacadas. E já dá para cravar: Muita gente vai gostar desse filme! Tinha tudo para dar errado mas no final das contas acaba dando muito certo.

Na trama, dois agentes da CIA (que adoram se meter em confusão) são parceiros inseparáveis e melhores amigos até que ficam interessados pela mesma mulher. Assim, começa um jogo de gato e rato para saber quem conquista o coração da atraente jovem, que acaba afetando a amizade entre eles. A comedora de sushi, Lauren (Witherspoon) é a interseção desse triângulo, que tem em uma ponta o malandro sedutor FDR (interpretado pelo Jovem Capitão Kirk, Chris Pine) e na outra o romântico e bonzinho Tuck (papel do ótimo ator Tom Hardy, do excepcional “Bronson”).

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A característica da dupla masculina é muito bem definida. Um conhece Lauren por um site de namoro, o outro, quando está ‘à caça’ em uma vídeolocadora. O primeiro citado é mais caseiro, tranqüilo e que gosta de estar em um relacionamento. O segundo, é o conquistador, que não sabe o valor de um relacionamento e vê em Lauren a grande oportunidade de viver um grande amor. Ambos embarcam nessa aventura pelo coração da loirinha simpática e cada um reúne uma equipe de analistas da Cia para saber os pontos fracos do alvo, nesse momento diálogos hilários acontecem, tornando essa fita muito divertida.

A história é simples e nem um pouco original mas o elenco é harmônico e se entende muito bem em cena. O foco no triângulo amoroso é peça fundamental para o sucesso da fita, se o objetivo fosse fazer uma hora e meia de cenas de ação, certamente não iria agradar tanto como agradou. Falando dessas cenas (de ação), são muito bem trabalhadas e sempre ao som de uma música que interage com o que se passa na tela dando um ritmo eletrizante, méritos para o diretor McG (que dirigiu também “O Exterminador do Futuro – A Salvação”), que sem dúvidas, faz o seu melhor trabalho no mundo do cinema.

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Quanto mais a situação desse triângulo fica louco, mais divertido fica para o público. Com quem que ela fica no final?

 

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Ferrugem e Osso
08.10.2012
Pablo Bazarello

Exibido no Festival de Cannes desse ano (onde concorreu a Palma de Ouro, maior prêmio desse festival), e no de Toronto, “Ferrugem e Osso” chega ao Festival do Rio como um dos filmes mais importantes e prestigiados do evento. Infelizmente, para nós cinéfilos, a obra francesa estrelada pela maior representante do país em Hollywood atualmente, Marion Cotillard, só foi exibida num único dia, numa única sessão, já que as (apenas) outras duas foram canceladas.

Escorregadas da organização a parte (que esse ano sofreu com um grande número de dificuldades e problemas técnicos, em sua maioria devido à transposição de exibições digitais), o filme do diretor Jacques Audiard precisa ser encontrado e visto. Audiard possui certo status atribuído a seu nome recentemente, fato que se deve por ter em seu currículo o excelente “O Profeta”. Escrito e dirigido por ele, esse filme de prisão já foi comparado ao “Poderoso Chefão”, e recebeu a indicação de melhor filme estrangeiro no Oscar de 2010 (perdendo para o igualmente fantástico filme argentino, “O Segredo dos Seus Olhos”).

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Ferrugem e Osso” é um filme forte e igualmente marcante, que poderia muito bem representar a França no Oscar do próximo ano. Isso é, se não fosse um pequeno grande empecilho em seu caminho chamado “Intocáveis”, a maior bilheteria do ano em seu citado país de origem, e o escolhido para uma vaga na categoria de melhor filme estrangeiro. Seja como for, a obra do diretor Audiard é garantida de agradar mais a alguns cinéfilos, do que o agradável e carismático “Intocáveis”. Na trama, co-escrita pelo próprio diretor, um sujeito luta para criar seu filho pequeno. Nos primeiros minutos de projeção já conseguimos ter um senso da grande dificuldade enfrentada pela dupla, que precisa recorrer aos restos deixados por outros passageiros no trem a fim se alimentar. O protagonista Ali (o ótimo belga Matthias Schoenaerts) então decide como última opção fazer uma visita (de tempo indeterminado) para sua irmã mais velha. Sua relação com Anna (a irmã), papel de Corinne Masiero, é perceptivelmente abalada sem que saibamos exatamente o motivo, assim também como nunca fica claro o paradeiro da mãe do menino Sam (Armand Verdure).

Aqui isso não importa, e a obra deixa-nos tirar as conclusões, assim como a maioria dos filmes adultos europeus não mastigam suas informações ao público. Seu foco é na futura relação de Ali, que arruma emprego como segurança de boate, com a problemática Stéphanie, papel de Cotillard, uma treinadora de baleias orcas, numa espécie de Sea World. Os dois se conhecem na tal boate após uma briga, e faíscas contraditórias são soltas logo de início quando as personalidades ingenuamente sincera e egoísta (dele), e traumatizada e danificada (dela) colidem. O que acontece a seguir é um dos pontos-chave da trama, que é mostrado pelo trailer, mas caso não queira saber pule esse parágrafo direto para o último. O que acontece a seguir, é que após um grande acidente envolvendo a criatura marinha, a personagem de Cotillard tem as pernas amputadas e precisa reestruturar toda a sua vida. Ao mesmo tempo, Ali se envolve em lutas undergound ilegais, por dinheiro.

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Nem é preciso elogiar a atuação da sempre eficiente Cotillard, que como tido, se não é a melhor atriz francesa da atualidade (ou talvez seja), é sem dúvidas a de maior prestígio, e o maior chamariz para a obra, acima até mesmo do diretor. Cotillard, que já tem a estatueta de melhor atriz da Academia enfeitando sua casa, justamente por um filme feito em sua terra (“Piaf”, 2008), seguiu se consolidando como o nome mais proeminente do cinema francês em Hollywood, atuando em grandes produções, e ao lado de personalidades consagradas, em filmes como “Nine”, “Inimigos Públicos”, “A Origem”, “Contágio”, “Meia Noite em Paris”, e no recente “O Cavaleiro das Trevas Ressurge”. Isso tudo sem esquecer de suas origens atuando também em projetos como “Até a Eternidade”. A química da dupla protagonista é ótima, tanto que os dois repetem a parceria, e fazem parte do elenco de “Blood Ties”, thriller americano dirigido pelo francês Guillaume Canet, programado para 2013.

Embora dramático e emotivo, “Ferrugem e Osso” nunca chega a marca do massacre de sentimentos. É uma história onde coisas ruins acontecem aos personagens, que como em toda trama de superação, precisam lidar e vencer seus problemas. Mesmo mais inclinado ao drama, a produção guarda diversas cenas cômicas, principalmente as que dizem respeito ao relacionamento inicialmente prático da dupla protagonista. Os holofotes aqui ficam para Schoenaerts (de “A Espiã” e do inédito e elogiado “Bullhead”, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro desse ano), que possui uma forte presença nas telas. É uma grande qualidade para um ator se tornar imprevisível em seu personagem, e o belga Schoenaerts desperta igualmente compaixão, sensibilidade, repulsa e certo terror. Nunca sabemos qual desvio seu personagem irá sofrer, e o ator incorpora essa ambiguidade de forma incrivelmente eficiente. O diretor Audiard (um nome para seguirmos de perto agora) consegue criar uma obra crua em seus sentimentos, aplicando em doses uma doçura florescente, cuja guinada final consegue satisfazer os adeptos de ambos desfechos, crus e realísticos, ou satisfatórios e agradáveis.

 

Nota: estrela6 estrela6 estrela6 estrela6 estrela06

 

Crítica por: Pablo Bazarello (Blog)

Burlesque

 

Se você gosta da Christina Aguilera, da Cher ou do gênero musical (ou de tudo isso junto) não pode perder o filme Burlesque.

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Dirigido e roteirizado por Steve Antin, este romance musical traz a cantora Christina Aguilera no papel principal (sua estreia no cinema) como a jovem e sonhadora Ali, que larga tudo para ir a Hollywood a procura da fama. Em sua caça à emprego, Ali encontra um bar burlesco no comando de Tess (Cher) onde sexies dançarinas fazem coreografias ousadas ao som de grandes divas como Marilyn Monroe, por exemplo. Ali logo se infiltra no bar, no inicio como garçonete, mas sua grande voz a faz ter destaque do dia pra noite e sua busca por fama fica cada vez mais perto de ser conquistada.

A pergunta que não quer calar: Aguilera se saiu bem como atriz? Bom, se fomos comparar com os fracassos das suas companheiras de profissão (Britney Spears em Crossroads e Mariah Carey em Glitter), eu diria que sim. Por mais que na maioria das cenas ela está cantando e dançando (coisas que ela já tirava de letra), por ser principiante ela está bem à vontade com seu personagem, elenco e tudo em volta. O diretor infelizmente não deu muito espaço para a Aguilera realmente atuar, mas, no que lhe foi proposto, ela tira de letra.

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É um filme divertido, com excelentes músicas e danças bem elaboradas e executadas. Melhor que muito musical que já vi (Nine é um exemplo recente, inclusive). Ok que o roteiro não é lá essas coisas. É bem “mais do mesmo”, mas o filme foi produzido com essa ideia. O diretor não queria revolucionar a história do cinema ou algo do tipo, e sim fazer um filme agradável, legal e, de quebra, unir duas gerações de divas: Cher e Aguilera. Precisa de mais?

Kristen Bell, Cam Gigandet, Stanley Tucci, Julianne Hough, Eric Dane e Alan Cumming também fazem parte do elenco.

 

 


Crítica por:
Janis Lyn Almeida Alencar (Blog)

 

 

Budapeste

 

Sinopse: José Costa é um escritor anônimo que viaja para Budapeste. Ele sente um amor incondicional pela cidade e envolve-se cada vez mais com seu idioma.

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O primeiro ponto de atração que Budapeste criará com o público será o fato de ser baseado no comentado romance de Chico Buarque – referências a sua obra podem ser vistas no trailer. As mulheres se interessarão pelos escritos do homem que mais próximo chegou de entender o sexo frágil, é o que dizem. Já os homens podem se contentar com tórridas cenas sensuais com belas curvas femininas expostas na tela.

Tais cenas podem ser colocadas no rol dos bons momentos desse filme irregular. A todo momento o espectador se sentirá em um vai-e-vem de admiração: quando está quase no ponto de perder-se totalmente o interesse pela fita, chega uma imagem impactante ou criativa que faz com que a relação público-filme volte a se aproximar. Por essa razão, é necessário uma boa dose de cautela ao indicar o longa. Um bom tanto de pessoas aplaudirá ao final da projeção, mas outra leva terá impressões finais negativas.

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Para quem gosta de pontos turísticos, Budapeste é um convite para viagem. Enquanto a questão da autoria é discutida pelos dilemas de José Costa, as belas paisagens europeias são apresentadas com um olhar quase de endeusamento da cidade. Dessa forma, a Budapeste utópica do filme torna-se a Pasárgada do protagonista.

Colabora para o embelezamento da experiência do escritor anônimo a bela fotografia em tons dourados de Lula Carvalho (Feliz Natal). Budapeste é dirigida por Walter Carvalho, mais conhecido no meio por seus trabalhos como diretor de fotografia (Chega de Saudade), por isso a expectativa visual dessa produção era grande. Nessa caso temos uma rara oportunidade em que expectativas elevadas são plenamente satisfeitas.

 
Crítica por: Edu FernandesSite: www.homemnerd.com.br

 

 

A Bruxinha e o Dragão

 

 


Misturando personagens reais com personagens feito em animação, a Europa Filmes lança nos cinemas nacionais o longa-metragem de aventura “A Bruxinha e o Dragão” (Hexe Lilli: Der Drache und das Magische Buch/ Lilly the Witch: The Dragon and the Magic Book), co-produção Disney na Alemanha, Itália e Áustria.

Voltado exclusivamente para o público infantil e para os admiradores de longas de fantasia, “A Bruxinha e o Dragão” pega carona nos sucessos de “Harry Potter” e “Sabrina, a Bruxa Adolescente” e traz para as telonas a história de uma bruxinha chamada Lilli e um dragão feito totalmente em computação gráfica, animação 3D.

O premiado diretor Stefan Ruzowitzky (Os Falsários), Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2008, surpreende mudando seu foco e partindo para seu primeiro longa voltado para o público infanto-juvenil.

Com uma história simples e repleta de efeitos especiais, conhecemos Lilli (Alina Freund), uma garotinha bonitinha, inteligente e animada, como qualquer outra, mas que tem sua vida alterada, quando o Hector, um divertido dragãozinho verde, aparece em sua casa com o propósito de treiná-la para ser a nova guardiã do livro dos feitiços.

Isso acontece, pois a bruxa boa Surulunda (Pilar Bardem) está velha demais e não poderá mais proteger o livro das garras do malvado mago Hieronymus (Ingo Naujoks), que fará de tudo para colocar suas mãos no livro e conseguir realizar seu sonho de construir uma máquina para dominar o mundo.

Claro que esse tipo de roteiro você já deve ter visto em diversos outros filmes de fantasia, mas a criançada que conferir o filme poderá se divertir com uma história que prega o poder da amizade, como tema principal.

Uma coisa que vale destacar é a dublagem nacional, que deixa o filme mais leve e faz com que ele consiga fluir melhor, pois as vozes já conhecidas acabam preendendo a atenção do público e causando uma sessão de nostalgia, para os que prestam a atenção nos trabalhos dos dubladores.

Vale lembrar, que mesmo não vindo com a marca Walt Disney no Brasil, quem assistir ao longa e foi criança na década de 70, com certeza vai se lembrar de outra produção na qual o estúdio trazia um dragão feito em animação tradicional como melhor amigo de um garoto (personagem real), isso mesmo, por diversos momentos, acabei relembrando do ótimo “Meu Amigo, o Dragão” (lançado recentemente em DVD), que mesmo com um roteiro completamente diferente de “A Bruxinha e o Dragão”, poderá gerar comparações entre os dragões animados.

Baseada na personagem dos livros de Knister, “A Bruxinha e o Dragão” (Hexe Lilli: Der Drache und das Magische Buch/ Lilly the Witch: The Dragon and the Magic Book) apresenta belos cenários e uma animação acima da média para o dragão Hector. Mesmo com o fraco roteiro e com alguns momentos cansativos no filme, sem duvida nenhuma é um sessão da tarde que agradará a garotada.

 


Crítica por:
Léo Francisco (PlanetaDisney)

 

 

A Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras

 

 

Só pra comparar: o primeiro não tinha NENHUM susto mas conseguia dar medo. O segundo não dá nem susto e não dá medo nem numa criancinha de 3 anos. Roteiro batido, lotaaaaaaado de clichês, reviravoltas previsíveis e atuações sofríveis. Ainda bem que fracassou nos EUA. Merecia. A Bruxa de Blair 2 é um filme bobo, sem nenhum nexo. O diretor quis fazer algo tão original quanto o primeiro e se deu mal. O excesso de estilo (ou a a falta dele) acabaram com o filme. Se bem que o roteiro também é uma porcaria…

Se você estiver indeciso entre um dos dois filmes, não tenha dúvida: FIQUE COM O PRIMEIRO !! O segundo só foi feito pra ganhar dinheiro em cima.


Crítica por:
Diego Sapia Maia

 

 

A Bruxa de Blair

 

 

Assustador é pouco pra definir esse filme semi-independente que ganhou os cinemas do mundo todo em poucas semanas. Acompanhamos Heather, Josh e Mike durante as filmagens na floresta e compartilhamos cada gota de suor frio escorrendo pela testa, cada grito de pavor e desespero dos personagens. O clima de tensão e suspense criado é tão grande que chega a deixar os espectadores sufocados. A direção (em clima de vídeo amador) colabora pra essa sensação.

E tudo culmina naquele final (sem dúvida o ponto alto do filme), de deixar intrigado até o mais cético espectador. Tanto é, que a cena final foi indicada como Melhor Cena de Ação no MTV Movie Awards 2000.

Blefe ? Farsa ? Mentira ? Não… A Bruxa de Blair é “apenas” um filme de terror genial com uma campanha de marketing idem (e simples também, cujo único meio de propagação foi a Internet).

É um filme único, onde o medo impera 

 

Crítica por: Diego Sapia Maia

 

 

Brüno

 

Previsível mas interessante. Brüno, novo longa metragem do ácido Sacha Baron Cohen chegou aos cinemas do Brasil recentemente. Mesmo repleto de cortes, a versão exibida em nosso país é amplamente corrosiva, assim como o humor do protagonista, roteirista e diretor. Satirizando o mundo das celebridades, Sacha Baron Cohen abusa da escatologia, piadas infames e ancora nos estereótipos para fazer rir: por vezes a produção funciona, mas em alguns momentos nos faz sentir como verdadeiros idiotas diante da tela. Funcional em sua primeira metade (hilariante) e descontrolado em seu segundo momento: Bruno é uma das produções mais equivocadas dos últimos meses.

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Sacha Baron Cohen apresenta aos cinéfilos o novo personagem de sua série premiada: um fashionista gay que é o apresentador do programa noturno de moda de maior audiência em todos os países de fala germânica… excetuando-se a Alemanha. A missão de Bruno? Tornar-se a maior celebridade austríaca desde Hitler. A sua estratégia? Cruzar o planeta na esperança de encontrar a fama e o amor.

Percebe-se as dificuldades que o ator britânico encontrou para atacar as suas vítimas dessa vez. Se em Borat (2007), o interessante da trama era apresentar as vítimas em entrevistas genuínas, em Bruno a situação se torna amplamente artificial: na cena em Paula Abdul esta discursando sobre questões da humanidade, ela esta sentada num mexicano, trazendo a tona uma ironia artificial. Seria esse o artifício de todo o filme? Provavelmente não iremos saber, e a produção, focada na baixaria ao nível máximo também não nos deixa claro.

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As ditas vítimas da saga de Sacha não são poucos: piadas ácidas com Britney Spears, o casal Brangelina (Angelina Jolie + Brad Pitt), Madonna, Gisele Büdchen, o seriado Sex and the City e muitas gozações ao mundo homossexual estão estampadas no filme. Infelizmente nem toda a platéia consegue filtrar a parte boa e separar a parte ruim do filme. Em sua primeira metade, temos uma critica coerente ao mundo fútil das celebridades. O problema de Bruno é a sua segunda metade, que perde totalmente o rumo, apelando ao riso barato: órgãos sexuais, vômitos, fezes, piadas grosseiras sobre sexo e estereótipos gays.

Mesmo que o resultado não seja satisfatório, Bruno pelo menos nos serve para mostrar o talento excepcional (e a coragem) do ator Sacha Baron Cohen. Em poucos 88 minutos de projeção, somos forçados a codificar uma enorme onda de piadas políticas também, aquelas que em 2007 tornaram Borat um sucesso de critica e bilheteria.

 


Crítica por:
Leonardo Campos