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Crítica | James Brown

Produzido pelo astro do Rock, Mick Jagger, que tem sua famosa banda mencionada em um contexto deste trabalho, Get on up, ou na tradução James Brown, é uma quase emocionante homenagem a um ícone artista norte-americano mas um filme apenas mediano. O roteiro assinado por Jez Butterworth e John-Henry Butterworth tem diversas falhas principalmente quando começam a brincar com a linha temporal, mostrando flashbacks da ascensão do protagonista e deixando de lado uma construção mais profunda da personalidade forte que tinha um dos grandes reis dos palcos americanos das últimas décadas. De ponto positivo, a intensa interpretação/doação do bom ator Chadwick Boseman que dá vida ao protagonista. Como um todo, o filme termina deixando um gostinho de que poderia oferecer mais ao público.

Na trama, acompanhamos a trajetória de vida do futuro músico de sucesso James Joseph Brown Jr, o James Brown, um dos únicos artistas do planeta a vender mais de 100 milhões de cópias em toda sua carreira. Nesse trabalho, dirigido por Tate Taylor (Histórias Cruzadas), acompanhamos muitas fases da conturbada vida do protagonista, desde sua infância extremamente pobre na Carolina do Sul, passando pelo estrondoso sucesso nas décadas de 50, 60 e 70, até a decadência de sua carreira.

O rei do Soul, como era conhecido Brown, teve uma infância complicada. Filho de uma mãe que abandonou a família e um pai que não queria cuidar dele, acabou tendo que viver na casa de uma tia. Esteve preso durante um período e lá conseguiu encontrar outros músicos e assim montar uma primeira banda chamada The Famous Flames. Porém, sua voz e seu carisma eram preponderantes e James Brown acabou tendo que ficar mais em evidência o que gerou mal estar com os outros integrantes da banda. Essa parte no filme é mostrada de maneira rápida mas objetiva.

Os conflitos pessoais que levaram James Brown a ter uma vida até certo ponto mais difícil se dão ao fato de ter uma personalidade extremamente forte, o que o deixava em evidência e em conflito a todo instante. A sua genialidade era posta em prática durante as gravações, as ideias magníficas para os shows e com seu gingado que até hoje recebe adeptos mundo à fora. A atuação de Chadwick Boseman é louvável se doa ao máximo para mostrar cada detalhe desse furacão que era James Brown por mais que o roteiro não o ajude o tempo todo. Talvez falte um pouco mais de profundidade ao roteiro para entendermos melhor o homenageado, em certos pontos do filme não conseguimos interagir com a história, deixando o público até certo ponto decepcionado.

Crítica | Leviatã

UM FILME QUE NOS FALA

 

O Estado, segundo parte da filosofia, tornou-se uma divindade moderna. Nessa espécie de religião secular, as pessoas depositaram nele suas esperanças. E pode até ser ateu para seguir essa divindade. Se lembrarmos de povos que seguiram líderes políticos inspirados por ideologias (como o nazismo e o maoismo), fica bem clara a dimensão divina do Estado.

Para um filme como o russo Leviatã (Leviathan), essa ideia fornece uma ótima perspectiva. No universo criado pelo diretor Andrey Zvyagintsev, não há nenhuma divindade além do Estado. A igreja é corrupta e seus padres não têm convicção – vejam o jeito borocoxô do padre ao falar da história de Jó. A natureza está devastada: pedras, árvores secas, a ossada de uma baleia. Deus morreu e só restou o Estado, este Leviatã que irá esmagar a vida de Nikolay ‘Kolia’ (Aleksey Serebryakov).

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‘Kolia’ está próximo de perder sua casa, desapropriada pela prefeitura. Em pouco tempo, percebemos que o prefeito Vadim (o excelente Ramon Madyanov), uma versão do ex-presidente russo Boris Yeltsin, não tem nenhuma finalidade nobre para a casa. Como última alternativa, ‘Kolia’ chama Dimitriy (Vladimir Vdovichencov) um velho amigo e advogado em Moscou.

O filme expõe os efeitos terríveis que a soma entre um Estado excessivo que não respeita direitos individuais e a corrupção patológica provoca na vida de uma pessoa comum. Neste ponto, o filme retrata uma realidade muito próxima da gente, aqui no Brasil. Os problemas que ‘Kolia’ enfrenta – Estado inchado, corrupção, uma visão de que o individuo é menos relevante que a coletividade, miséria – também enfrentamos aqui. Não é exagero dizer que não seria necessário mudar nada no roteiro para que ele fosse rodado por aqui – ok, trocaríamos a vodka pela cachaça.

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O processo de desapropriação é apenas o ponto inicial. Outros problemas, aparentemente sem ligação, vão surgindo na vida de ‘Kolia’. O diretor Zvyagintsev liga todos os problemas na vida do protagonista à ação dos agentes corruptos do Estado. Se o Deus bíblico levou Jó ao limite para testar sua fé, o Estado não quer testar, mas destruir. Como um Leviatã, ele apenas causa devastação. Sozinho no mundo, sem nenhuma metafísica ou fé, o descrente ‘Kolia’ não tem nenhum outro Deus que possa lhe enviar um Behemoth* para lhe proteger.

 

* Behemoth é, assim como Leviatã, um monstro da mitologia bíblica. Segundo a tradição judaica, ele seria enviado por Deus para enfrentar Leviatã. Nesta luta, ambos morreriam.

Garota Exemplar

(Gone Girl)

 

Elenco:

Rosamund Pike, Ben Affleck, Neil Patrick Harris, Missi Pyle, Patrick Fugit, Tyler Perry, Kathleen Rose Perkins, Boyd Holbrook, Kim Dickens, Emily Ratajkowski.

Direção: David Fincher

Gênero: Drama, Suspense

Duração: 149 min.

Distribuidora: Fox Film

Orçamento: US$ 50 milhões

Estreia: 02 de Outubro de 2014

Sinopse:

Dirigido por David Fincher e baseado no best-seller de Gillian Flynn — Garota Exemplar desenterra os segredos de um casamento moderno. Na época de seu quinto aniversário de casamento, Nick Dunner (Ben Affleck) avisa a polícia que sua linda mulher, Amy (Rosamund Pike), está desaparecida. Sob pressão da polícia e da imprensa, a imagem desse casamento perfeito começa a desmoronar. Logo, suas mentiras e seu comportamento estranho fazem todo mundo começar a perguntar: Será que Nick Dunner matou sua mulher?

Curiosidades:

» Neil Patrick Harris (‘How I Met Your Mother’), Scott McNairy (‘Argo’), Tyler Perry (‘A Sombra do Inimigo’), Patrick Fugit (‘Compramos um Zoológico’), Kim Dickens (‘Treme’) eBoyd Holbrook (‘A Hospedeira’) também estrelam.

» O romance ‘Garota Exemplar’ foi escrito por Gillian Flynn, que também assina a adaptação para os cinemas. A Fox comprou os direitos do livro por US$ 1,5 milhão.

»  A produção já chamou atenção por usar as câmeras digitais 6K RED Dragon, que capturam imagens com resolução 9 vezes maior que as câmeras de alta definição padrão. Além disso, foi revelado que David Fincher continua com seu método costumeiro de filmar várias vezes cada cena. Neste caso, ele está realizando uma média de 50 takes para cada cena.

Críticas:

Garota Exemplar, por  (10.0)

 

Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

 

À Procura

(The Captive)

 

Elenco: Ryan Reynolds, Scott Speedman, Rosario Dawson, Mireille Enos

Direção: Atom Egoyan

Gênero: Suspense

Duração: 111 min.

Distribuidora: Imagem Filmes

Orçamento: R$ — milhões

Estreia: 4 de Dezembro de 2014

Sinopse: 

Há oito anos a menina Cassandra desapareceu, deixando uma série de dúvidas em torno do que poderia ter acontecido. Quando evidências de que ela ainda está viva começam a aparecer, seu pai Matthew se mostra disposto a arriscar tudo para encontrá-la e desvendar o mistério em torno de seu desaparecimento.

Curiosidades: 

» Rodado no Canadá.

» Foi indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2014.

 

Trailer:

Cartazes: 

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Fotos:

 

Livrai-nos do Mal

(Deliver Us From Evil)

 

Elenco:

Eric Bana, Édgar Ramírez, Olivia Munn, Sean Harris, Joel McHale, Dorian Missick, Antoinette LaVecchia, Scott Johnsen, Valentina Rendón.

Direção: Scott Derrickson

Gênero: Terror

Duração: 118 min.

Distribuidora: Sony Pictures

Orçamento: US$ 30 milhões

Estreia: 18 de Setembro de 2014

Sinopse:

Em ‘Livrai-nos do Mal‘, o oficial da polícia de Nova Iorque Ralph Sarchie (Eric Bana), está lutando contra sérios assuntos pessoais quando começa a investigar uma série de crimes perturbadores e inexplicáveis. Ele se alia a um padre não-convencional (Edgar Ramírez), treinado em rituais de exorcismo, para combater as possessões demoníacas assustadoras que estão aterrorrizando a cidade. Inspirado no livro que detalha os apavorantes casos reais do policial Sarchie.

Curiosidades:

» Do mesmo diretor de ‘A Entidade‘ e ‘O Exorcismo de Emily Rose‘.

» Baseado em uma história real extraída do livro Beware the Night, escrito por Ralph Sachie.


CineAgenda:

Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

 

 

O Melhor de Mim

(The Best of Me)

 

Elenco:

James Marsden, Michelle Monaghan, Liana Liberato, Luke Bracey, Sebastian Arcelus e Gerald McRaney.

Direção: Michael Hoffman

Gênero: Romance

Duração: 117 min.

Distribuidora: Imagem Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 30 de Outubro de 2014

Sinopse:

Na primavera de 1984, os estudantes Amanda Collier e Dawson Cole se apaixonaram perdidamente. Embora vivessem em mundos muito diferentes, o amor que sentiam um pelo outro parecia forte o bastante. Porém, a vida os separou. Vinte e cinco anos depois, eles retornam à cidade para o velório de Tuck Hostetler, o homem que um dia abrigou Dawson, acobertou o namoro do casal e acabou se tornando o melhor amigo dos dois. Seguindo as instruções de cartas deixadas por Tuck, o casal redescobrirá sentimentos sufocados há décadas.

Curiosidades:

» Nicholas Sparks teve vários de seus livros adaptados aos cinemas: ‘Diário de uma Paixão‘, ‘Um Amor para Recordar‘, ‘Noites de Tormenta‘, ‘Querido John‘, ‘A Última Música‘…

 

Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

Drácula: A História Nunca Contada

(Dracula Untold)

 

Elenco: Luke Evans, Dominic Cooper, Samantha Barks, Sarah Gadon, Zach McGowan, Art Parkinson, Paul Kaye, William Houston, Ronan Vibert.

Direção: Gary Shore

Gênero: Ação, Drama

Duração: 92 min.

Orçamento: US$ 100 milhões

Distribuidora: Universal Pictures

Estreia: 23 de Outubro de 2014

Sinopse:

Os habitantes da Transilvânia sempre foram inimigos dos turcos, com quem tiveram batalhas épicas. Para evitar que sua população fosse massacrada, o rei local aceitou entregar aos turcos centenas de crianças. Entre elas estava seu próprio filho, Vlad Tepes (Luke Evans), que aprendeu com os turcos a arte de guerrear. Logo Vlad ganhou fama pela ferocidade nas batalhas e também por empalar os derrotados. De volta à Transilvânia, onde é nomeado príncipe, ele governa em paz por 10 anos. Só que o rei Mehmed (Dominic Cooper) mais uma vez exige que 100 crianças sejam entregues aos turcos. Vlad se recusa e, com isso, inicia uma nova guerra. Para vencê-la, ele recorre a um ser das trevas (Charles Dance) que vive pela região. Após beber o sangue dele, Vlad se torna um vampiro e ganha poderes sobrehumanos.

Críticas:

Drácula: A História Nunca Contada, por  (Nota: 3,5)

Drácula: A História Nunca Contada, por  (Nota: 4,0)

 

Curiosidades:

» Luke Evans (‘Velozes & Furiosos 6’) estrela como Vlad III, o Príncipe da Valáquia, figura histórica que viveu no século XV e inspirou o escritor Bram Stoker a criar o vampiro Conde Drácula em seu clássico romance ‘Drácula’.

» O estreante Gary Shore dirige.

» A Universal realizou uma das primeiras adaptações do livro de Stoker para o cinema, com o clássico ‘Drácula’ de 1931. Bela  Lugosi viveu o vampiro nessa versão.

 

Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

Trash – A Esperança vem do Lixo

(Trash)

 

Elenco: Rooney Mara, Martin Sheen, Wagner Moura, Selton Mello, André Ramiro, Jesuíta Barbosa, Daniel Zettel, Stepan Nercessian, Nelson Xavier, Rickson Tevez, Gisele Fróes.

Direção: Stephen Daldry

Gênero: Drama

Duração: 113 min.

Distribuidora: Universal

Orçamento: R$ — milhões

Estreia: 9 de Outubro de 2014

Sinopse: 

O thriller contemporâneo acompanha três meninos, Raphael (Rickson Tevez), Gardo (Eduardo Luis) e Rato (Gabriel Weinstein), que vivem num lixão. Uma descoberta inesperada os leva para uma aventura vertiginosa, na qual vão precisar de todas as suas habilidades para lutar contra inimigos poderosos, com o policial Frederico e o político Santos (Stephan Nercessian). Eles só contam com a ajuda do pastor Juilliard (Martin Sheen) e da professora Olivia (Rooney Mara).

Crítica:

Trash: A Esperança Vem do Lixo, por  (Nota: 7,0)

 

Curiosidades: 

» Com tapete vermelho no dia 7 de outubro, a première contou com a presença do diretor. Todo rodado no Rio de Janeiro, Trash reúne um elenco internacional, com Martin Sheen (‘O espetacular Homem-Aranha’) e Rooney Mara (‘Terapia de risco’); estrelas nacionais como Selton Mello (‘O palhaço’) e Wagner Moura (‘Elysium’); além de participações de Nelson Xavier, José Dummont, André Ramiro e Leandro Firmino.

» O longa é uma adaptação do best-seller de Andy Mulligan, com roteiro de Richard Curtis, conhecido por trabalhos como ‘Cavalo de guerra‘ e ‘Um lugar chamado Notting Hill‘.

» Baseado no bestseller de Andy Mulligan.

» O diretor Stephen Daldry definiu os atores Wagner Moura e Selton Mello como “a realeza brasileira”.

» Rodado no Rio de Janeiro.

 

Trailer:

Cartazes: 

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Fotos: 

 

Crítica em Vídeo | ‘Birdman’, ‘Caminhos da Floresta’, ‘A Entrevista’ e ‘A Teoria de Tudo’

Acaba de sair do forno a nova edição do CineAgenda, vídeo apresentado pelo editor Renato Marafon com as estreias deste final de semana (30 de Janeiro de 2015).

Toda semana, vamos informar sobre os lançamentos e comentá-los.

 

Birdman Ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)

Dirigido por Alejandro González Iñárritu, ‘Birdman Ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)‘ é uma comédia de humor negro que conta a história de um ator (Michael Keaton) – famoso por interpretar um icônico super-herói – enquanto ele faz de tudo para montar uma peça na Broadway. Às vésperas da estreia, ele vai lutar com seu ego e tentar recuperar sua família, sua carreira e ele mesmo.

 

Caminhos da Floresta

Caminhos da Floresta é uma visão moderna dos adorados contos dos irmãos Grimm, cruzando as tramas de algumas histórias e explorando as consequências dos desejos e das buscas dos personagens. Este musical engraçado e emocionante segue os contos clássicos de Cinderela (Anna Kendrick), Chapeuzinho Vermelho (Lilla Crawford), João e o Pé de Feijão (Daniel Hittlestone) e Rapunzel (Mackenzie Mauzy) – todos reunidos em uma história original envolvendo um padeiro e sua esposa (James Corden e Emily Blunt), seu desejo de formar uma família e a interação com a bruxa (Meryl Streep) que os amaldiçoou.

 

A Entrevista

Na comédia de ação, Dave Skylark (James Franco) e seu produtor Aaron Rapoport (Seth Rogen) conduzem o popular programa de TV sobre celebridades “Skylark Tonight”. Quando descobrem que o ditador norte-coreano Kim Jong-Un é fã do show, eles marcam uma entrevista com ele na tentativa de conseguirem sua aprovação como jornalistas sérios. Mas quando Dave e Aaron se preparam para viajar à Pyongyang, seus planos mudam no momento em que a CIA os recruta, mesmo sendo os homens mais desqualificados possíveis, para assassinar Kim Jong-Un.

 

A Teoria de Tudo

A Teoria de Tudo é a história extraordinária de uma das maiores mentes vivas do mundo, o renomado astrofísico Stephen Hawking, e de duas pessoas desafiando o improvável através do amor.

EXCLUSIVO: Cartaz e trailer de ‘Terceira Pessoa’, com Liam Neeson e James Franco

Após ganhar um Oscar com ‘Crash – No Limite‘ (2004), o diretor Paul Haggis volta a apostar em um filme com várias tramas paralelas que acabam sendo interligadas.

O CinePOP divulga, com EXCLUSIVIDADE, o cartaz nacional e trailer legendado do drama ‘Terceira Pessoa‘ (Third Person).

Olivia Wilde fica nua para Liam Neeson em clipe de ‘Third Person’ 

A trama envolve três histórias de amor intercaladas, com três casais em três cidades: Roma, Paris e Nova York. Michael (Liam Neeson) é um autor de ficção ganhador do prêmio Pulitzer que vive trancafiado em uma suíte de hotel em Paris para terminar o seu mais recente livro. Recentemente, ele deixou sua esposa, Elaine (Kim Basinger), e está tendo um caso tempestuoso com Anna (Olivia Wilde), uma jovem e ambiciosa jornalista  que quer escrever e publicar uma ficção.

O elenco de ponta conta com grandes nomes, como Liam Neeson (‘Busca Implacável’), Mila Kunis (‘Cisne Negro’) e James Franco (‘A Entrevista’), Kim Basinger, Olivia Wilde, Adrien Brody, Maria Bello, Moran Atias e Loan Chabanol.

A Playarte Pictures lança o longa dia 12 de março nos cinemas.

Confira:

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A 100 Passos De Um Sonho

(The Hundred Foot Journey)

 

Elenco: Helen Mirren, Om Puri, Manish Dayal, Charlotte Le Bon, Amit Shah, Farzana Dua Elahe, Dillon Mitra, Aria Pandya.

Direção: Lasse Hallström

Gênero: Drama

Duração: 122 min.

Distribuidora: Buena Vista

Orçamento: R$ 22 milhões

Estreia: 28 de Agosto de 2014

Sinopse: 

O filme é centrado no indiano Hassan Kadam, um jovem com um talento nato para a culinária. Ele e sua família se estabelecem na vila de Saint-Antonin-Noble-Val, no sul da França, e decidem abrir um restaurante de comida indiana, o Maison Mumbai. A novidade atrai a atenção de Madame Mallory (Mirren), do Le Saule Pleureur, um restaurante francês clássico e premiado pelo Guia Michelin.

A chef protesta contra o novo estabelecimento, situado a apenas 100 passos do seu, e logo a situação se torna uma guerra declarada. No meio dessa disputa, Hassan revela sua paixão pela alta gastronomia francesa e seu dom para misturar os sabores das duas culturas. A Madame Mallory, então, decide ensinar ao jovem a arte culinária.

Curiosidades: 

» Manish Dayal (da série ‘90210’) vive o protagonista. Om Puri (‘Jogos do Poder’, ‘Gandhi’) será o pai de Hassan. Charlotte Lebon (‘A Espuma dos Dias’) interpreta Marguerite, sous-chef de Mallory e interesse amoroso de Hassan.

» O livro foi adaptado para o cinema pelo indicado do Oscar Steven Knight (‘Coisas Belas e Sujas’, ‘Senhores do Crime’).

» A direção é do indicado ao Oscar Lasse Hallström (‘Querido John’, ‘Chocolate’).

» O cineasta Steven Spielberg (‘Lincoln’), a apresentadora Oprah Winfrey e Juliet Blake (da série ‘Farscape’) produzem.

 

Trailer:

Cartazes: 

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Fotos: 

The Hundred-Foot Journey

Os Boxtrolls

(The Boxtrolls)

 

 

Elenco:

Vozes de: Ben Kingsley, Isaac Hempstead-Wright, Elle Fanning, Toni Collette, Jared Harris, Simon Pegg, Nick Frost, Richard Ayoade e Tracy Morgan.

Direção: Graham Annable e Anthony Stacchi

Gênero: Animação

Duração: 96 min.

Distribuidora: Universal Pictures

Orçamento: US$ 100 milhões

Estreia: 2 de Outubro de 2014

Sinopse:

‘Os Boxtrolls’ é baseado no livro ‘A Gente É Monstro!’ (Here Be Monsters), escrito porAlan Snow, e conta a história dos caixatrolls, monstros que vivem debaixo das charmosas ruas de Ponterrato e saem dos esgotos, à noite, para roubar o que os cidadãos têm de mais precioso: suas crianças e seus queijos. Pelo menos é isso que dizem as lendas. Na verdade, os caixatrolls vivem numa comunidade amável e criam um garoto humano órfão e abandonado chamado Eggs. Quando as criaturas se tornam alvo de um exterminador, Eggs se aventura pelas ruas para salvá-los, juntando-se com uma garota para salvar não só os caixatrolls, mas também a alma de Ponterrato.

Curiosidades:

»  ‘The Boxtrolls’ é a nova animação 3D do estúdio Laika, responsável por ‘Paranorman’ e ‘Coraline e o Mundo Secreto’.

» Isaac Hempstead Wright (da série ‘Game of Thrones’) dubla o protagonista, Eggs. O elenco de dubladores também conta com Elle Fanning (‘Super 8’), Simon Pegg (‘Missão: Imposível – Protocolo Fantasma’), Toni Collette (da série ‘Hostages’), Nick Frost (‘Branca de Neve e o Caçador’), Ben Kingsley (‘Homem de Ferro 3’) e Jared Harris (‘Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras’).

» A direção é de Antony Stacchi (‘O Bicho Vai Pegar’) e Graham Annable, artista de storyboard de ‘Paranorman’.

» O roteiro foi escrito por Irena Brignull e Adam Pava, que assinou episódios de desenhos como ‘A Mansão Foster para Amigos Imaginários’.

 

Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

Libertem Angela Davis

(Free Angela)

 

Elenco: Angela Davis, Eisa Davis

Direção: Shola Lynch

Gênero: Documentário

Duração: 102 min.

Distribuidora: Imovision

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 2 de Outubro de 2014

Sinopse: 

A vida da professora universitária Angela Davis, e como seu ativismo social implicou na fracassada tentativa de sequestro que terminou em troca de tiros, quatro mortos e seu nome na lista dos 10 mais procurados do FBI. Tornando-se a mulher mais procurada dos EUA, símbolo de luta pelos direitos dos negros e das mulheres.

Curiosidades: 

» Coproduzido por Estados Unidos e França.

» Levou oito anos para ser finalizado.

» Angela Davis aparece no longa junto com sua sobrinha, Eisa Davis, que faz a versão jovem da militante.

» Participou da competição oficial dos festivais de Toronto, Londres e Estocolmo.

 

Trailer:

Cartazes: 

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Uma Viagem Extraordinária

(L’extravagant voyage du jeune et prodigieux T.S. Spivet)

 

Elenco:

Helena Bonham Carter, Robert Maillet e Callum Keith

Direção: Jean-Pierre Jeunet

Gênero: Aventura

Duração: 105 minutos

Distribuidora: California

Orçamento: US$ 33 mil

Estreia: 6 de Novembro de 2014

Sinopse:

T.S. Spivet, vive num rancho isolado de Montana. Garoto superdotado e apaixonado por ciência, ele inventou a máquina de movimento perpétuo, o que o fez receber um prêmio muito prestigioso. Sem dizer nada à família, ele parte, sozinho, para buscar sua recompensa e atravessa os EUA num trem de mercadorias. Mas ninguém imagina que o feliz premiado só tem dez anos e carrega um segredo tão pesado…

Crítica em vídeo:

Curiosidades:

» Baseado no best-seller ‘O Mundo Explicado por T. S. Spivet‘.

» Novo filme do diretor dos sucessos ‘O Fabuloso Destino de Amélie Poulain’ e ‘Alien – A Ressurreição’.

» Primeiro trabalho em 3D de Jean-Pierre Jeunet.

 

Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

 

O Casamento de Gorete

(O Casamento de Gorete)

 

Elenco: 

Rodrigo Sant’Anna, Tadeu Melo, Ataíde Arcoverde, Tonico Pereira, Leticia Spiller.

Direção: Paulo Vespúcio Garcia

Gênero: Comédia

Duração: 93 min.

Distribuidora: Europa Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 27 de Novembro de 2014

Sinopse:

Gorete, é uma popular apresentadora de rádio, que recebe uma herança de seu pai, há anos ausente em sua vida, porém para receber tal herança, surge a condição de casar-se. Para isso, Gorete e suas duas melhores amigas: Domitila e Marivalda, preparam um torneio para achar o par ideal, por outro lado Gorete nunca conseguiu esquecer o grande amor de sua juventude.

Curiosidades:

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Crítica em vídeo:

Trailer:

Cartazes:

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Crítica | Cássia Eller (2)

Os discos jogados num quarto repleto de quadros e violões, ah… e aquele all star azul ao lado do de cano alto. Como um furacão de emoções, dramas e muita verdade, que promete emocionar a todos, chega aos cinemas brasileiros nesta semana o espetacular documentário Cássia Eller. Dirigido pelo excelente diretor Paulo Henrique Fontenelle, que a cada novo projeto vem brindando os cinéfilos com trabalhos fabulosos (como foi em Dossiê Jango), tentamos decifrar os segredos e a timidez de uma artista que marcou seu nome na história não só pela música mas nas conquistas importantes que conquistou, também quando se foi. O filme é pura emoção e bate aquela vontade de bater palmas de pé quando já emocionados vemos as letrinhas dos créditos subirem.

Nesse projeto 100% nacional, acompanhamos em pouco mais de 110 minutos de fita, toda a história que cercou o nascimento de uma lenda da música popular brasileira. Filha de um paraquedista e uma dona de casa, Cássia usava a música como uma intensa fuga para sua timidez. Com um alcance vocal único e com uma força enorme quando estava no palco, a protagonista deste documentário, que não deixa de ser uma linda homenagem a essa baita mulher, aos poucos foi se tornando uma bomba relógio de emoções.

Como todo bom documentário, todas as verdades são ditas e apresentadas, deixando o próprio público tirar suas conclusões sobre os fatos. Os vícios de drogas também não são escondidos, acompanhamos todos os dramas por conta de tratamentos, problemas amorosos, estresses e abstinências. Cássia teve uma vida intensa, não temos dúvida. Com o sucesso batendo na porta a todo instante, seu jeito simples e a falta de estrutura emoção para lidar com a fama aos poucos vão incomodando a cantora que sempre contava com todos os amigos nessa hora.

A amizade entre Cassia e Nando Reis gera os mais emocionantes depoimentos que vemos na tela. É como se a menina tímida ainda estivesse aqui entre nós, tamanha a força que marcou sua presença durante suas décadas neste país. Percebemos o carinho que todos que conheciam Cássia tinham por ela. Sua relação com a eterna Maria Eugênia e com o filho Chicão mostram um lado doce que transformam o furacão Cássia em uma ventania poética de felicidade. E sobre sua família, falamos da conquista que conseguiu quando seu filho teve a guarda dada a mulher que sempre amou. Uma vitória inédita para o amor.

De Nirvana à Piaf. De Buarque ao blues. Um alcance vocal único. Um ícone da música brasileira. Música é uma coisa bela que toca lá dentro. E não temos dúvidas de que Cássia cumpriu seu objetivo, tocou profundamente e se tornou inesquecível em nossos corações.

 

A Mulher de Preto 2: O Anjo da Morte

(The Woman In Black: Angel Of Death)

 

Elenco: Helen McCrory, Jeremy Irvine, Leilah de Meza, Phoebe Fox, Leanne Best, Oaklee Pendergast, Ned Dennehy, Adrian Rawlins.

Direção: Tom Harper

Gênero: Terror

Duração: 98 min.

Distribuidora: Diamond Films

Orçamento: US$ 20 milhões

Estreia: 29 de Janeiro de 2015

Sinopse:

A história da sequência se passa 40 anos após os acontecimentos do original, com outro protagonista. Em ‘A Mulher de Preto 2‘, a mansão Eel Marsh foi transformada em um hospício, durante a Segunda Guerra Mundial. A chegada dos soldados perturbados despertam a sombria moradora da casa. Eve, uma bela e jovem enfermeira, começa a tratar os pacientes, mas logo percebe que algo sobrenatural está ameaçando seu trabalho e todos os que habitam o local: a Mulher de Preto. Ela inicia uma batalha para salvar seus pacientes e a si mesma.

 

Crítica:

Crítica | A Mulher de Preto 2: O Anjo da Morte, por  (Nota: 2,0)

 

Curiosidades:

» O pouco conhecido Tom Harper (da série ‘Misfits’) dirige. O roteiro é escrito por Jon Croker.

» Daniel Radcliffe foi convidado para uma pequena participação. Não foi revelado como seu personagem irá retornar.

» ‘A Mulher de Preto‘ arrecadou US$ 112 milhões mundialmente.

Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

 

 

O Grande Hotel Budapeste

(The Grand Budapest Hotel)

 

Elenco:

Ralph Fiennes, F. Murray Abraham, Mathieu Amalric, Adrien Brody, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Harvey Keitel, Jude Law, Bill Murray, Edward Norton, Saoirse Ronan, Jason Schwartzman, Tilda Swinton, Tom Wilkinson, Owen Wilson e Tony Revolori, Léa Seydoux.

Direção: Wes Anderson

Gênero:  Comédia

Duração: 100 min.

Distribuidora: Fox Film

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 3 de Julho de 2014 (relançamento: 29 de Janeiro de 2015)

Sinopse:

A história se passará no O Grande Hotel Budapeste, na Europa, e acompanha o concierge do famoso hotel ao longo do período de duas grandes guerras que assolaram o país, e sua amizade com um jovem empregado que se torna seu protegido. Ao longo do período vemos a batalha por uma fortuna de família, o roubo e a recuperação de uma pintura renascentista inestimável e súbitas mudanças que atingiram a Europa durante a primeira metade do século 20.

Crítica:

O Grande Hotel Budapeste, por Pablo Bazarello (Nota: 10,0)

 

Curiosidades:

» ‘O Grande Hotel Budapeste‘ corria por fora entre os favoritos ao Oscar 2015, até surpreender a todos e abocanhar o prêmio de Melhor Filme de Comédia ou Musical, no Globo de Ouro 2015. Com a moral em alta e nove indicações ao Oscar, incluindo melhor filme, a Fox Film anunciou que irá relançar ‘O Grande Hotel Budapeste‘ nos cinemas nacionais a partir do dia 29 de janeiro. Originalmente, o filme havia ganhado as telas brasileiras dia 3 de Julho de 2014.

» ‘O Grande Hotel Budapeste‘ (The Grand Budapest Hotel), novo filme de Wes Anderson (‘Moonrise Kingdom’), estreou nos EUA batendo recorde de maior bilheteria para um lançamento em circuito limitado: em apenas quatro salas, arrecadou mais de US$ 800 mil em seu primeiro final de semana, média de US$ 200 mil por sala. Trata-se da maior média da história do cinema norte-americano. O recorde anterior pertencia ao premiado ‘O Mestre‘, que arrecadou US$ 736 mil em quatro salas quando foi lançado em 2012.

 

Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

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Crítica | A Entrevista

Polêmico para alguns, tolo para outros

Após o anúncio do que se tratava a nova produção da dupla Evan Goldberg e Seth Rogen, onde dois jornalistas armaram um plano para assassinar o presidente/ditador da Coreia do Norte, muitos, inclusive o próprio Kim Jong-un, não estava de acordo com o lançamento do filme. E, mesmo diante de toda crítica, a Sony Pictures resolveu comprar a briga e disse que, sim, distribuiria o longa mundialmente. No entanto, semanas depois, um grupo terrorista de hackers norte-coreanos ameaçou e chegou a invadir dados preciosos da empresa, causando assim o cancelamento imediato da estreia.

Em contrapartida, profissionais de marketing e produtores indagaram se esse tipo de censura era algo realmente necessário, já que isto poderia causar um precedente ainda maior – ora, jamais poderiam realizar novamente esse estilo de humor em qualquer outro país. Isso causou uma euforia imensa não só por parte dos produtores, mas também pelo público que estava louco querendo saber o que diabos havia de tão pesado no material.

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Pouco tempo depois, perto do Natal, a Sony resolveu disponibilizar o filme (no caso, vendê-lo) online em streaming/download, logo este vazou e o boca-a-boca se espalhou. Resultado, hoje ele é o lançamento digital mais lucrativo da história de Hollywood. E mais: a companhia voltou atrás e o longa acabou sendo distribuído em vários país, chegando com mais notoriedade e tendo uma repercussão deveras calorosa.

Mas, enfim, o tal A Entrevista é tudo isso que falam? Será tão agressivo e satírico, politicamente crítico e digno de todo esse bafafá? Para alguns, como as vítimas, sim, para outros, talvez, para a maioria, certamente não. Analisando de forma rasteira, o filme é novamente um apanhado de piadas de Seth Rogen e Cia, recheado de assuntos da cultura pop – quase um pastelão de O Senhor dos Anéis – e detentor de algumas doses de humor negro, algo que o ator, roteirista e diretor canadense geralmente faz, a diferença é que dessa vez mexeram num vespeiro – ou com um povo que gosta de criar caso.

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Ao lado do intrépido James Franco – com quem já fez parceria em vários outros títulos como É o Fim (2013), O Besouro Verde (2011), Segurando as Pontas (2008) e Ligeiramente Grávidos (2007) -, Rogen segue o seu habitual caráter, com piadas surrealmente descoladas ou deslocadas, que beiram o ridículo. É daquele tipo de humor ame ou deteste. Parte do público acha as gags do sujeito tão absurdas que se divertem com o jeitão nerd-canastra; a outra parte considera as tiradas absolutamente tolas e enfadonhas, até de mau gosto. Particularmente gosto do comediante, principalmente em seus trabalhos com o cineasta Judd Apatow. Logo, se não vai com a cara dele, aconselho passar longe daqui.

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Como produto, é algo que até vale a pena ser conferido, já que, além de toda polêmica, o filme possui momentos interessantes, como uma visão mais séria que traz versões de ambas as partes da realidade social contemporânea; a hipocrisia e falácia dos dois lados em determinadas situações; as inúmeras referencias à obras de várias mídia e andamentos um tanto cômicos envolvendo o zoado Kim Jong-un. O maior problema de A Entrevista é o seu tamanho. Com quase duas horas de duração e enormes barrigas no segundo e terceiro ato, o longa acaba ficando aborrecido e deixando o público impaciente. Mas, enfim, desapontando ou não as expectativas, Seth Rogen deu o que falar com este peculiar trabalho.

Crítica | Cássia Eller

O encontro da poesia com o escarnio

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você…” Este trecho da canção All Star, de Nando Reis, sintetiza bem a impressão que geralmente as pessoas tinham quando conheciam Cássia Eller, como figura e cantora. Reis, não por acaso, a compôs pensando nela, num período que passou produzindo um de seus discos. O ex-integrante dos Titãs, na verdade, estava muito próximo da interprete e pôde absorver toda força artística e humana emanada ali – que era tátil tanto para a crítica, quanto pelo público. De modo que, cerca de treze anos após nos deixar, sua obra está mais viva do que nunca e é felizmente cultuada pelas mais variadas tribos. Ainda que os mais novos notem só a primeira camada punk.

Foi talvez pensando nessa pujança que o infalível Paulo Henrique Fontenelle – dos ótimos Loki – Arnaldo Baptista (2008) e Dossiê Jango (2012) – resolveu resgatar tal impressionante trajetória e mostrar para nova era digital quem foi a fenomenal Cássia Eller. Também seguindo a ótima safra nacional de documentários musicais, o caso dos recentes Raul – O Início, o Fim e o Meio (2012) e A Música Segundo Tom Jobim (2012), registros que não são apenas valiosos dentro de critérios informativos, mas cinematograficamente importantes.

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Mesmo introduzindo algumas trucagens visuais, como grifes de textos, molduras e símbolos, que esteticamente enriquecem a fita, Fontenelle prefere contar a história da roqueira carioca num formato linear, que pode soar convencional à primeira vista. No entanto, com o caminhar da trama, percebemos as sutilizas que estão impressas no documentário. Como a narração de antigos escritos ou exposição de fotos e vídeos da cantora, passados de maneira inimista, embalados por canções mais suaves.

O documentarista também conseguiu reunir um grande leque de personalidades que fizeram parte, direta ou indiretamente, da vida de Cassia. De produtores e músicos a amigos e familiares. E não é embuste dizer que cada depoimento, carinhoso ou não, possui função concisa para que entendamos a figura estudada. Por exemplo, vemos em Maria Eugênia uma visão mais humana e pessoal da interprete; já Zélia Duncan tem papel fundamental no que se refere a comentar sobre o estilo agressivo e a importância artística dela, como mulher, para a música; Nando Reis, num momento muito particular, além de expressar sua grande admiração, fala a respeito da relação de ensaios e feições mais técnicas que eram notavelmente singulares.

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Acima de tudo, Paulo Henrique Fontenelle faz aqui o trabalho mais apaixonado de sua carreira. Algo que, assim como O Equilibrista (2008), transcende a mídia documental, por enxergar a arte de modo sensorial. Por imprimir em tela a verdadeira essência de seu protagonista – no caso a inesquecível Cássia Eller, que carregava na alma e na voz a revolta e explosão do Rock, a beleza e sutileza da MPB e a elegância e estética do Blues. Em suma, é um belo filme que não desperdiça momentos e cumpre perfeitamente o seu propósito.