Cuidado: muitos spoilers à frente.
Recentemente, a comédia slasher ‘Totally Killer: Dezesseis Facadas’, estrelada por Kiernan Shipka, chegou ao catálogo do Prime Video e conquistou os assinantes por sua narrativa despojada e pelas homenagens a grandes produções do gênero que conquistaram o público.
Na trama, a mãe de Jamie (Shipka), Pam (Julie Bowen), é aterrorizada pelo ressurgimento de um assassino mascarado que massacrou um grupo de adolescentes nos anos 80. Com a ajuda de sua amiga Amelia (Kelcey Mawema), ela viaja no tempo para 1987, lutando ao lado de uma versão adolescente de sua mãe (Olivia Holt) para derrotar o serial killer de uma vez por todas.
Seguindo os passos de outros títulos semelhantes, ‘Totally Killer’ se resguarda até o ato de encerramento para revelar o assassino – pegando páginas de ‘Pânico’ ou ‘A Morte Te Dá Parabéns’, por exemplo, para construir uma aventura divertida e bastante satisfatória, mesmo se apoiando em constantes fórmulas. A grande surpresa é que o filme conta não apenas com um, mas com dois homicidas de cronologias totalmente diferentes.
Após arquitetarem um plano para impedir que o “Sweet Sixteen Killer” deixe sua marca na pequena cidade em que vivem, Jamie e os amigos resolvem atraí-lo para uma espécie de casa mal-assombrada de um parque de diversões itinerante e, eventualmente, colocar um fim nos massacres. Assim que conseguem encurralá-lo, o grupo descobre que Doug (Nicholas Lloyd) estava por trás dos homicídios como vingança pela morte da namorada, Trish, que sofreu um acidente de carro depois de ter ficado muito bêbada por causa de Tiffany (Liana Liberato), Marisa (Stephi Chin-Salvo) e Heather (Anna Diaz), tornando-as alvos de uma vendeta que, no final das contas, se concretizou da mesma maneira.
Todavia, isso não explica a morte de Pam, visto que ela não estava presente na noite do acidente e, mesmo assim, recebeu uma críptica mensagem do assassino, que dizia que, um dia, ela também iria morrer. Pouco depois, um outro serial killer aparece e revela ser Chris (Jonathan Potts), um repórter sensacionalista que ganha a vida narrando os trágicos eventos que aconteceram nos anos oitenta e que vê sua carreira se desmantelando pela falta de conteúdo. Foi ele quem escreveu a mensagem a Pam e, na noite do Halloween, resolveu matá-la para anunciar o retorno do “Sweet Sixteen Killer” e reacender o interesse do público em sua cobertura.
Mas isso não é tudo: ao perceber que Jamie voltou no tempo para tentar parar o assassino, Chris se sente ameaçado e resolve entrar na mesma máquina construída por Amelia para ir atrás dela; ao persegui-la, ele mata o próprio pai, causando um efeito borboleta que o inflige traumas e que, de forma irônica, coloca um ponto final em sua carreira e finaliza o ciclo. Os dois entram na aguardada batalha final, com Jamie empurrando-o nas engrenagens da máquina do tempo recém-construída e matando-o.
Com o assassino fora da narrativa, Jamie volta ao tempo presente apenas para descobrir as inúmeras mudanças que ela ocasionou ao mexer com a cronologia do passado e, inadvertidamente, mudar as peças de lugar: seu nome, na verdade, foi dado ao irmão mais velho, que não existia na realidade da qual veio; Pam continua viva e lhe deu o nome de Colette; e ela continua melhor amiga de Amelia – um final feliz para uma intrincada e complexa história de terror.
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