segunda-feira , 2 dezembro , 2024

10 Filmes para pedir alguém em casamento

O que você espera de um casamento? Será que serão sempre momentos de alegrias? Como suportar as dores e tristezas? Um vínculo estabelecido entre duas pessoas, nem sempre histórias de amor como nos filmes mas sempre na esperança.  Nessa matéria refletiremos sobre casamentos dentro do ponto de vista sentimental e da expectativa, lá do início, quando nos enchemos da certeza de que encontramos alguém para preencher diversas lacunas vazias do nosso coração.

Estabelecendo a regra de que se você assistir a um filme que tenha momentos felizes mas também momentos tristes dentro de relacionamentos, e no final, você acha que suportaria tudo aquilo que viu ou deseja de alguma forma arriscar para viver um grande amor, resolvemos criar a lista 10 Filmes para pedir alguém em casamento. Se você assistir a algum desses filmes e se sentir confiante mais ainda em oficializar uma relação, a hora é agora! Não perca tempo!



 

 

Loving

O casamento é o fim do romance e o começo da história. Dirigido pelo excelente cineasta Jeff Nichols (dos ótimos Midnight Special, Amor Bandido e O Abrigo) Loving fala, além de qualquer outra coisa, de maneira impactante, sobre o mais forte dos sentimentos humanos: o amor. O tom do filme é algo lindo, gera metáforas fabulosas mas sempre com uma verdade impressionante. As atuações dos protagonistas Ruth Negga e Joel Edgerton viram algo inesquecível, marcante. Exibido no Festival de Cannes, o longa possui alma e muita verdade também ao falar dos obstáculos que ambos precisam enfrentar por conta de seu casamento, numa época de muito preconceito em boa parte dos Estados Unidos.

Na trama, baseada em fatos reais e ambientado no final da década de 50 no Estado da Virgínia nos Estados Unidos, conhecemos o casal Mildred (Ruth Negga) e Richard (Joel Edgerton), dois seres humanos apaixonados que resolvem oficializar seu amor se casando quase que secretamente em uma cerimônia bem simples. Mas as autoridades do local onde vivem começam a persegui-los, pois, por serem um homem branco e uma mulher negra, naquela época o casamento entre eles, naquela cidade, era proibido. Assim, enfrentando todo um preconceito de uma região, eles irão enfrentar a todos sempre fortalecidos pelo maior de todos os sentimentos do mundo, o amor.

Loving é uma linda história de amor, com grandes atuações, uma direção primorosa que fala com toda a verdade sobre a luta contra um preconceito absurdo que existia (e infelizmente ainda existe) em alguns cantos do planeta.

 

Doentes de Amor

Não podemos acreditar no fim do amor. Exibido no Festival de Locarno anos atrás, a comédia dramática The Big Sick, no original, é uma daquelas gratas surpresas que aparecem ano após ano em nossa frente. Falando de um assunto bastante abordado em longas-metragens, o amor proibido por conta da religião e costumes de uma das partes, Doentes de Amor, título nacional desse projeto, possui peculiaridades que vão do roteiro baseado na história de vida do ator principal Kumail Nanjiani, que escreveu o roteiro com sua mulher, Emily Gordon, até atuações equilibradas e merecia uma chance de Oscar para a sempre excelente Holly Hunter, deslumbrante, e com um carisma que impressiona.

Produzido pelo famoso diretor Judd Apatow, o filme conta a história do indiano Kumail (Kumail Nanjiani), um jovem motorista de Uber que faz de tudo para entender os costumes e tradições de sua família e foge sempre que o assunto é sobre seu futuro como advogado. Kumail faz Stand Up pela cidade onde mora e em um desses shows acaba conhecendo Emily (Zoe Kazan), uma estudante por quem acaba se apaixonando perdidamente. Só que tudo vai por água abaixo quando Kumail termina com Emily por conta de sua família, que deseja que ele se case com uma indiana. Mesmo sofrendo muito, os dois seguem em frente, até Emily entrar em coma, e, assim, Kumail passa os dias a visitando no hospital e acaba conhecendo melhor a família dela, principalmente o pai Terry (Ray Romano) e a mãe Beth (Holly Hunter).

A emoção rola solta em muitos momentos. É impossível após as duas horas de filme você não sair apaixonado por essa história.

 

Podres de Ricos

Surpresas da vida modeladas aos exageros de um cinemão. Fenômeno surpreendente de bilheteria nos Estados Unidos, Podres de Ricos busca preencher a lacuna das boas comédias que assistimos de vez em quando no cinema. Baseado no livro de sucesso Crazy Rich Asians de Kevin Kwan, e dirigido pelo cineasta californiano Jon M. Chu (Truque de Mestre: o 2º Ato) o filme é uma grande sessão da tarde ao melhor estilo cinderela. O roteiro busca suas forças nos clichês, algo como aquela fórmula que já deu certo outras vezes, deixando pouca margem para suspiros mais profundos, mesmo assim funciona.

Na trama, conhecemos a feliz e inteligente professora de economia Rachel Chu (Constance Wu) que namora com o misterioso Nick (Henry Golding), de quem nunca conheceu a família. Certo dia e próximo de ser pedida em casamento sem saber, Rachel resolve aceitar o convite de Nick para viajar com ele para Singapura, onde irão juntos ao casamento do melhor amigo dele. Chegando lá, ela percebe que Nick é filho da família mais rica do país, herdeiro de uma fortuna inestimável e um dos solteiros mais cobiçados do lugar. Além de enfrentar toda a surpresa da revelação, precisará enfrentar as regras e desconfiança de Eleonor (Michelle Yeoh), mãe de Nick.

Melhor personagem e com certo ar de misteriosa, Eleonor, a mãe toda poderosa de Nick, sempre que em cena contribui para que o interesse chegue com mais força para a história que estamos sendo apresentados.

 

 

Long Story Short

A felicidade, suas portas e barreiras. Escrito e dirigido pela cineasta May el-Toukhy, Long Story Short explora o universo da amizade e das desilusões do ser humano através de personagens carismáticos e repletos de problemas em seus cotidianos. Dividido em arcos, ou como preferir, capítulos, que nos situam nos reencontros desse grupo de amigos, vemos as evoluções e felicidades, tristezas e alegrias desses desbravadores do viver. O roteiro é detalhista, explora o emocional dos personagens através de como esses agem em relação aos seus obstáculos.

Na trama, conhecemos um grupo de amigos formado, entre outros, por Ellen (Mille Lehfeldt), Rolf (Peter Gantzler), Anette (Trine Dyrholm), Maya (Danica Curcic) e Max (Jens Albinus) que se conhecem faz tempo, seja alguns sendo familiares outros amigos de longa data. A cada reunião da turma, seja no ano novo, em um casamento, em uma festa surpresa sem aniversariante, no verão, em um jubileu, cada um dos personagens está passando por fases diferentes. Um deles o primeiro casamento com ao que parece a mulher de sua vida, duas mulheres apaixonadas que pretendem adotar o primeiro filho, um marido que é praticamente rejeitado por sua esposa, uma das amigas é amante de um dos amigos. Ao longo do tempo vamos percebendo relativas mudanças nessas vidas, sempre com o desejo de dias melhores.

Long Story Short é a representação do ótimo cinema dinamarquês, que gosta de brincar com situações familiares, navega nas relações de amizade e deixa os personagens cheios de alternativas no processo as vezes complicado do sentir a emoção.

 

Um Caso de Amor

Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura. Ah, amor! Sempre ele envolvendo histórias no mundo do cinema. Será que há espaço e criatividade para escrever um roteiro um pouco diferente de tudo que já vimos? Buscando inovações na maneira de contar uma inusitada história de amor, o norte-americano Justin Long (que você já deve ter visto em muitos filmes) roteiriza, produz e atua no interessante A Case of You. Dirigido pela cineasta Kat Coiro, o filme é uma jornada de incertezas em busca do amor perfeito.

Na trama, conhecemos o escritor Sam (Justin Long). Um homem de meia idade, desiludido com seu trabalho, com poucos amigos, sem muitas pretensões na vida. Certo dia, resolve ir atrás de uma moça chamada Birdie (Evan Rachel Wood), por quem sempre teve uma queda, que trabalha em um café que ele sempre frequenta. Quando a mesma é demitida e ele perde contato, consegue com a ajuda de amigos descobrir o perfil dela no Facebook e assim, descobrir por onde ela anda e seus gostos e costumes. Sam então, embarca em uma viagem rumo ao amor.

O protagonista é bem problemático, isso fica bem claro para o espectador. Justin Long desempenha com eficácia esse papel que consegue com um carisma tímido conquistar o público. Birdie é uma daquelas personagens que poucas atrizes conseguem interpretar. Tinha tudo para ser sem graça e amarga mas com muita sutileza e charme, a Evan Rachel Wood mais uma vez consegue elevar a qualidade de um filme que trabalha. Que baita atriz essa! A história funciona exatamente porquê há química entre esses dois personagens.

 

A Walk on the Moon

Os indecifráveis códigos do amor. Debutando como diretor de longas-metragens no ano de 1999, com esse trabalho, o ator, produtor e cineasta Tony Goldwyn (o vilão do filme Ghost) tem o mérito de através das linhas do roteiro assinado pela ótima roteirista Pamela Gray, encontrar delicadeza e maturidade para mostrar conflitos e escolhas de uma mulher que faz reflexões sobre a vida de maneira introspectiva, tendo que optar ou não pela inconsequência e as certezas que encontra nas suas atitudes. O projeto conta com duas atuações fantásticas e emocionantes dos artistas Diane Lane e Liev Schreiber. Um filme que poucos conhecem e que merece ser encontrado.

Na trama, ambientada no verão do recheado ano de 1969 nos Estados Unidos, conhecemos Pearl (Diane Lane) e Marty (Liev Schreiber) um casal que vive seu cotidiano dentro da mesmice e que passa parte da estação mais quente do ano em uma espécie de retiro com outras famílias conhecidas. Ela é dona de casa enquanto ele conserta televisores para viver. Eles formam um belo casal, cheio de harmonia mas algo não está muito certo aos olhos de Pearl. Quando a protagonista conhece o caixeiro viajante, vendedor de blusas, Walker Jerome (Viggo Mortensen), desejos escondidos e uma vontade de imaginar e viver coisas diferentes da mesmice que vive ganham contornos dramáticos quando ela passa a ter um caso com Walker.

Inconsequência, liberdade limitada, woodstock. Com uma trilha sonora maravilhosa e bastante influente dentro dos contextos da história, A Walk on the Moon mostra um recorte atemporal de uma família com problemas no casamento, na relação pais e filhos, e como a maturidade pode ser fator importante para entendermos melhor as escolhas que fazemos.

 

Ruth & Alex

Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira. Dirigido pelo cineasta britânico Richard Loncraine o trabalho protagonizado pelos veteranos Morgan Freeman e Diane Keaton, Ruth & Alex tem o roteiro, assinado por Charlie Peters (Três Solteirões e uma Pequena Dama), baseado em uma obra de Jill Ciment. É uma delícia de filme, se desenvolve em sua essência a partir dos diálogos maravilhosos que levam a uma rápida empatia do público. Com ligeira lembrança com o clássico argentino Elsa e Fred, além de alguns outros bons filmes que falam sobre os encontros e desencontros da maneira madura do pensar, Ruth & Alex tem tudo para conquistar seu coração.

Na trama, conhecemos o artista Alex (Morgan Freeman), casado há cerca de 40 anos com Ruth (Diane Keaton) e que moram no mesmo edifício, sem elevadores, durante todo esse tempo.  Assim, de uma hora para outra, resolvem vender o apartamento e descobrir novos horizontes para viveram a parte final de suas vidas. Ao longo do filme, vamos conhecendo melhor o passado desses simpáticos velhinhos, como se conheceram, importantes decisões que tiveram que tomar e assim vamos entendemos melhor toda a personalidade que rege esse casamento vitorioso e recheado de amor.

5 Flights Up, no original, possui personalidade própria, além de possuir uma bela e conjunta atuação de dois gigantes do cinema mundial. Há um exalar de simpatia, típico dos filmes que chegam mais rápido em nossos corações, em cada parte deste belo trabalho.

 

Em Guerra por Amor

Como o humor e a crítica podem andar lado a lado numa tela de cinema. Pierfrancesco Diliberto, conhecido como Pif, um dos artistas mais famosos da Itália atualmente, dirige, roteiriza e protagoniza essa ótima comédia, Em Guerra por Amor (In Guerra per Amore), recheada de críticas sobre as ações dos Estados Unidos em um dos recortes dos aliados na segunda guerra mundial. De maneira debochada e muitas vezes brilhante, Pif e companhia transformam uma mera comédia italiana em um filme forte e contundente que explica de maneira bem trivial um olhar interessante sobre a maior de todas as guerras.

Na trama, ambientada no início da década de 40, conhecemos um jovem muito simpático chamado Arturo Giammaresi (Pierfrancesco Diliberto) que está apaixonado pela filha do dono do restaurante onde trabalha. Sem ter muitos recursos, sendo imigrante em uma terra que está prestes a entrar com mais força na segunda grande guerra, consegue que o amor de sua vida, que está com casamento marcado com outra pessoa, consiga viver feliz com ele caso o mesmo vá até a Sicília na Itália e peça a mão dela ao pai da jovem. Sem ter como custear uma viagem extremamente cara na época, consegue se alistar no exército norte americano, pois, os Estados Unidos está recrutando pessoas que querem lutar e que falem bem os dialetos locais na Itália. Assim, colocando a vida em risco, embarca em uma viagem de grandes descobertas em meio a uma guerra que deixou cicatrizes em todos os habitantes desse planeta além de consequências durante décadas para frente por conta do papel da máfia nessa chegada norte americana a Itália.

O romantismo não fica em segundo plano e Arturo ganha ajuda de coadjuvantes de luxo, e muito engraçados, como os amigos, um deles cego, que o ajuda a encontrar o pai de seu amor. Em Guerra por Amor é uma deliciosa comédia italiana, dentro de uma bela, inteligente e bem- humorada narrativa.

 

Complicações do Amor

O casamento deve combater incessantemente um monstro que devora tudo: o hábito! Chegou aos cinemas norte-americanos em agosto de 2014, The One I Love. Debutando na cadeira de diretor de cinema, o trabalho dirigido por Charlie McDowell possui um criativo, assinado por Justin Lader. Ao longo dos curtos 91 minutos de fita, consegue com criatividade e um toque de absurdos apresentar argumentos sólidos sobre a teoria do matrimônio. É uma bela visão sobre variáveis constantes que vemos na vida real quando pensamos ou ouvimos sobre casamentos.

Na trama, um casal em grave crise, resolve, após sugestão do seu misterioso psicólogo, embarcar em uma viagem para passar o tempo longe da cidade grande, em uma casa confortável, para ver se a relação deles engrena novamente. Chegando nesse agradável lugar, logo na primeira noite percebem que há algo muito estranho nesse lugar. Assim, descobrem o inusitado: Versões melhoradas deles vivem na casa de hóspedes! Assim, com vários diálogos interessantes, e situações peculiares, o casal tenta redescobrir o amor.

Uma das dezenas de peculiaridades da história é a presentar uma profunda abordagem, mesmo parecendo impossível na vida real, sobre as dificuldades de estar junto com alguém. Se desdobrando em dois papéis, os atores Mark Duplass e Elisabeth Moss conseguem deixar a trama com cara de suspense e aproximando o público de cada segundo do que vemos em cena.

 

Entre o Amor e a Paixão

Como não gostar de um casal que comemora o aniversário de casamento indo ao cinema? Com uma abertura detalhista, a rainha do drama Sarah Polley une Michelle Williams e Seth Rogen em um filme profundo em busca da verdadeira essência da felicidade, assim começamos falando do ótimo Entre o Amor e a Paixão.

Na trama somos apresentados a Margot e Lou, um casal muito simpático que enfrenta uma crise definida pela mesmice. O público é guiado para dentro desse relacionamento que logo fica exposto que há um tipo de solidão, tristeza que insiste em tomar conta do ambiente. Com a entrada de um novo vizinho na história, Margot não sabe o que fazer, se fica fiel ao marido que escreve livros sobre cozinhar frangos ou se entrega a uma paixão avassaladora.

Os atores estão muito bem. Seus personagens são intensos, apontados para o melodrama. Seth Rogen não consegue esconder seu lado cômico mas nesse trabalho diferente de alguns outros, vemos um gigante, engraçado, controlado e gentil. Melhor papel dele no cinema. Às vezes ingênua, às vezes sonhadora, a personagem de Michelle Williams fica a um passo da traição, do novo, da paixão. Medo de aeroporto, medo de estar entre duas coisas, tem até medo de ter medo. Mais uma excelente interpretação dessa jovem talentosa. O ator Luke Kirby (também muito bem em seu papel) é o outro ângulo desse triângulo. Seu personagem é um artista medroso que não consegue mostrar sua arte ao mundo e ganha a vida levando um carrinho de passeio na lagoa, até se apaixonar por sua vizinha.

O estilo meio paradão pode afastar alguns cinéfilos. Por isso o aviso: não corram! Deem uma chance dessa história chegar até você.

 

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O que você espera de um casamento? Será que serão sempre momentos de alegrias? Como suportar as dores e tristezas? Um vínculo estabelecido entre duas pessoas, nem sempre histórias de amor como nos filmes mas sempre na esperança.  Nessa matéria refletiremos sobre casamentos dentro do ponto de vista sentimental e da expectativa, lá do início, quando nos enchemos da certeza de que encontramos alguém para preencher diversas lacunas vazias do nosso coração.

Estabelecendo a regra de que se você assistir a um filme que tenha momentos felizes mas também momentos tristes dentro de relacionamentos, e no final, você acha que suportaria tudo aquilo que viu ou deseja de alguma forma arriscar para viver um grande amor, resolvemos criar a lista 10 Filmes para pedir alguém em casamento. Se você assistir a algum desses filmes e se sentir confiante mais ainda em oficializar uma relação, a hora é agora! Não perca tempo!

 

 

Loving

O casamento é o fim do romance e o começo da história. Dirigido pelo excelente cineasta Jeff Nichols (dos ótimos Midnight Special, Amor Bandido e O Abrigo) Loving fala, além de qualquer outra coisa, de maneira impactante, sobre o mais forte dos sentimentos humanos: o amor. O tom do filme é algo lindo, gera metáforas fabulosas mas sempre com uma verdade impressionante. As atuações dos protagonistas Ruth Negga e Joel Edgerton viram algo inesquecível, marcante. Exibido no Festival de Cannes, o longa possui alma e muita verdade também ao falar dos obstáculos que ambos precisam enfrentar por conta de seu casamento, numa época de muito preconceito em boa parte dos Estados Unidos.

Na trama, baseada em fatos reais e ambientado no final da década de 50 no Estado da Virgínia nos Estados Unidos, conhecemos o casal Mildred (Ruth Negga) e Richard (Joel Edgerton), dois seres humanos apaixonados que resolvem oficializar seu amor se casando quase que secretamente em uma cerimônia bem simples. Mas as autoridades do local onde vivem começam a persegui-los, pois, por serem um homem branco e uma mulher negra, naquela época o casamento entre eles, naquela cidade, era proibido. Assim, enfrentando todo um preconceito de uma região, eles irão enfrentar a todos sempre fortalecidos pelo maior de todos os sentimentos do mundo, o amor.

Loving é uma linda história de amor, com grandes atuações, uma direção primorosa que fala com toda a verdade sobre a luta contra um preconceito absurdo que existia (e infelizmente ainda existe) em alguns cantos do planeta.

 

Doentes de Amor

Não podemos acreditar no fim do amor. Exibido no Festival de Locarno anos atrás, a comédia dramática The Big Sick, no original, é uma daquelas gratas surpresas que aparecem ano após ano em nossa frente. Falando de um assunto bastante abordado em longas-metragens, o amor proibido por conta da religião e costumes de uma das partes, Doentes de Amor, título nacional desse projeto, possui peculiaridades que vão do roteiro baseado na história de vida do ator principal Kumail Nanjiani, que escreveu o roteiro com sua mulher, Emily Gordon, até atuações equilibradas e merecia uma chance de Oscar para a sempre excelente Holly Hunter, deslumbrante, e com um carisma que impressiona.

Produzido pelo famoso diretor Judd Apatow, o filme conta a história do indiano Kumail (Kumail Nanjiani), um jovem motorista de Uber que faz de tudo para entender os costumes e tradições de sua família e foge sempre que o assunto é sobre seu futuro como advogado. Kumail faz Stand Up pela cidade onde mora e em um desses shows acaba conhecendo Emily (Zoe Kazan), uma estudante por quem acaba se apaixonando perdidamente. Só que tudo vai por água abaixo quando Kumail termina com Emily por conta de sua família, que deseja que ele se case com uma indiana. Mesmo sofrendo muito, os dois seguem em frente, até Emily entrar em coma, e, assim, Kumail passa os dias a visitando no hospital e acaba conhecendo melhor a família dela, principalmente o pai Terry (Ray Romano) e a mãe Beth (Holly Hunter).

A emoção rola solta em muitos momentos. É impossível após as duas horas de filme você não sair apaixonado por essa história.

 

Podres de Ricos

Surpresas da vida modeladas aos exageros de um cinemão. Fenômeno surpreendente de bilheteria nos Estados Unidos, Podres de Ricos busca preencher a lacuna das boas comédias que assistimos de vez em quando no cinema. Baseado no livro de sucesso Crazy Rich Asians de Kevin Kwan, e dirigido pelo cineasta californiano Jon M. Chu (Truque de Mestre: o 2º Ato) o filme é uma grande sessão da tarde ao melhor estilo cinderela. O roteiro busca suas forças nos clichês, algo como aquela fórmula que já deu certo outras vezes, deixando pouca margem para suspiros mais profundos, mesmo assim funciona.

Na trama, conhecemos a feliz e inteligente professora de economia Rachel Chu (Constance Wu) que namora com o misterioso Nick (Henry Golding), de quem nunca conheceu a família. Certo dia e próximo de ser pedida em casamento sem saber, Rachel resolve aceitar o convite de Nick para viajar com ele para Singapura, onde irão juntos ao casamento do melhor amigo dele. Chegando lá, ela percebe que Nick é filho da família mais rica do país, herdeiro de uma fortuna inestimável e um dos solteiros mais cobiçados do lugar. Além de enfrentar toda a surpresa da revelação, precisará enfrentar as regras e desconfiança de Eleonor (Michelle Yeoh), mãe de Nick.

Melhor personagem e com certo ar de misteriosa, Eleonor, a mãe toda poderosa de Nick, sempre que em cena contribui para que o interesse chegue com mais força para a história que estamos sendo apresentados.

 

 

Long Story Short

A felicidade, suas portas e barreiras. Escrito e dirigido pela cineasta May el-Toukhy, Long Story Short explora o universo da amizade e das desilusões do ser humano através de personagens carismáticos e repletos de problemas em seus cotidianos. Dividido em arcos, ou como preferir, capítulos, que nos situam nos reencontros desse grupo de amigos, vemos as evoluções e felicidades, tristezas e alegrias desses desbravadores do viver. O roteiro é detalhista, explora o emocional dos personagens através de como esses agem em relação aos seus obstáculos.

Na trama, conhecemos um grupo de amigos formado, entre outros, por Ellen (Mille Lehfeldt), Rolf (Peter Gantzler), Anette (Trine Dyrholm), Maya (Danica Curcic) e Max (Jens Albinus) que se conhecem faz tempo, seja alguns sendo familiares outros amigos de longa data. A cada reunião da turma, seja no ano novo, em um casamento, em uma festa surpresa sem aniversariante, no verão, em um jubileu, cada um dos personagens está passando por fases diferentes. Um deles o primeiro casamento com ao que parece a mulher de sua vida, duas mulheres apaixonadas que pretendem adotar o primeiro filho, um marido que é praticamente rejeitado por sua esposa, uma das amigas é amante de um dos amigos. Ao longo do tempo vamos percebendo relativas mudanças nessas vidas, sempre com o desejo de dias melhores.

Long Story Short é a representação do ótimo cinema dinamarquês, que gosta de brincar com situações familiares, navega nas relações de amizade e deixa os personagens cheios de alternativas no processo as vezes complicado do sentir a emoção.

 

Um Caso de Amor

Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura. Ah, amor! Sempre ele envolvendo histórias no mundo do cinema. Será que há espaço e criatividade para escrever um roteiro um pouco diferente de tudo que já vimos? Buscando inovações na maneira de contar uma inusitada história de amor, o norte-americano Justin Long (que você já deve ter visto em muitos filmes) roteiriza, produz e atua no interessante A Case of You. Dirigido pela cineasta Kat Coiro, o filme é uma jornada de incertezas em busca do amor perfeito.

Na trama, conhecemos o escritor Sam (Justin Long). Um homem de meia idade, desiludido com seu trabalho, com poucos amigos, sem muitas pretensões na vida. Certo dia, resolve ir atrás de uma moça chamada Birdie (Evan Rachel Wood), por quem sempre teve uma queda, que trabalha em um café que ele sempre frequenta. Quando a mesma é demitida e ele perde contato, consegue com a ajuda de amigos descobrir o perfil dela no Facebook e assim, descobrir por onde ela anda e seus gostos e costumes. Sam então, embarca em uma viagem rumo ao amor.

O protagonista é bem problemático, isso fica bem claro para o espectador. Justin Long desempenha com eficácia esse papel que consegue com um carisma tímido conquistar o público. Birdie é uma daquelas personagens que poucas atrizes conseguem interpretar. Tinha tudo para ser sem graça e amarga mas com muita sutileza e charme, a Evan Rachel Wood mais uma vez consegue elevar a qualidade de um filme que trabalha. Que baita atriz essa! A história funciona exatamente porquê há química entre esses dois personagens.

 

A Walk on the Moon

Os indecifráveis códigos do amor. Debutando como diretor de longas-metragens no ano de 1999, com esse trabalho, o ator, produtor e cineasta Tony Goldwyn (o vilão do filme Ghost) tem o mérito de através das linhas do roteiro assinado pela ótima roteirista Pamela Gray, encontrar delicadeza e maturidade para mostrar conflitos e escolhas de uma mulher que faz reflexões sobre a vida de maneira introspectiva, tendo que optar ou não pela inconsequência e as certezas que encontra nas suas atitudes. O projeto conta com duas atuações fantásticas e emocionantes dos artistas Diane Lane e Liev Schreiber. Um filme que poucos conhecem e que merece ser encontrado.

Na trama, ambientada no verão do recheado ano de 1969 nos Estados Unidos, conhecemos Pearl (Diane Lane) e Marty (Liev Schreiber) um casal que vive seu cotidiano dentro da mesmice e que passa parte da estação mais quente do ano em uma espécie de retiro com outras famílias conhecidas. Ela é dona de casa enquanto ele conserta televisores para viver. Eles formam um belo casal, cheio de harmonia mas algo não está muito certo aos olhos de Pearl. Quando a protagonista conhece o caixeiro viajante, vendedor de blusas, Walker Jerome (Viggo Mortensen), desejos escondidos e uma vontade de imaginar e viver coisas diferentes da mesmice que vive ganham contornos dramáticos quando ela passa a ter um caso com Walker.

Inconsequência, liberdade limitada, woodstock. Com uma trilha sonora maravilhosa e bastante influente dentro dos contextos da história, A Walk on the Moon mostra um recorte atemporal de uma família com problemas no casamento, na relação pais e filhos, e como a maturidade pode ser fator importante para entendermos melhor as escolhas que fazemos.

 

Ruth & Alex

Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira. Dirigido pelo cineasta britânico Richard Loncraine o trabalho protagonizado pelos veteranos Morgan Freeman e Diane Keaton, Ruth & Alex tem o roteiro, assinado por Charlie Peters (Três Solteirões e uma Pequena Dama), baseado em uma obra de Jill Ciment. É uma delícia de filme, se desenvolve em sua essência a partir dos diálogos maravilhosos que levam a uma rápida empatia do público. Com ligeira lembrança com o clássico argentino Elsa e Fred, além de alguns outros bons filmes que falam sobre os encontros e desencontros da maneira madura do pensar, Ruth & Alex tem tudo para conquistar seu coração.

Na trama, conhecemos o artista Alex (Morgan Freeman), casado há cerca de 40 anos com Ruth (Diane Keaton) e que moram no mesmo edifício, sem elevadores, durante todo esse tempo.  Assim, de uma hora para outra, resolvem vender o apartamento e descobrir novos horizontes para viveram a parte final de suas vidas. Ao longo do filme, vamos conhecendo melhor o passado desses simpáticos velhinhos, como se conheceram, importantes decisões que tiveram que tomar e assim vamos entendemos melhor toda a personalidade que rege esse casamento vitorioso e recheado de amor.

5 Flights Up, no original, possui personalidade própria, além de possuir uma bela e conjunta atuação de dois gigantes do cinema mundial. Há um exalar de simpatia, típico dos filmes que chegam mais rápido em nossos corações, em cada parte deste belo trabalho.

 

Em Guerra por Amor

Como o humor e a crítica podem andar lado a lado numa tela de cinema. Pierfrancesco Diliberto, conhecido como Pif, um dos artistas mais famosos da Itália atualmente, dirige, roteiriza e protagoniza essa ótima comédia, Em Guerra por Amor (In Guerra per Amore), recheada de críticas sobre as ações dos Estados Unidos em um dos recortes dos aliados na segunda guerra mundial. De maneira debochada e muitas vezes brilhante, Pif e companhia transformam uma mera comédia italiana em um filme forte e contundente que explica de maneira bem trivial um olhar interessante sobre a maior de todas as guerras.

Na trama, ambientada no início da década de 40, conhecemos um jovem muito simpático chamado Arturo Giammaresi (Pierfrancesco Diliberto) que está apaixonado pela filha do dono do restaurante onde trabalha. Sem ter muitos recursos, sendo imigrante em uma terra que está prestes a entrar com mais força na segunda grande guerra, consegue que o amor de sua vida, que está com casamento marcado com outra pessoa, consiga viver feliz com ele caso o mesmo vá até a Sicília na Itália e peça a mão dela ao pai da jovem. Sem ter como custear uma viagem extremamente cara na época, consegue se alistar no exército norte americano, pois, os Estados Unidos está recrutando pessoas que querem lutar e que falem bem os dialetos locais na Itália. Assim, colocando a vida em risco, embarca em uma viagem de grandes descobertas em meio a uma guerra que deixou cicatrizes em todos os habitantes desse planeta além de consequências durante décadas para frente por conta do papel da máfia nessa chegada norte americana a Itália.

O romantismo não fica em segundo plano e Arturo ganha ajuda de coadjuvantes de luxo, e muito engraçados, como os amigos, um deles cego, que o ajuda a encontrar o pai de seu amor. Em Guerra por Amor é uma deliciosa comédia italiana, dentro de uma bela, inteligente e bem- humorada narrativa.

 

Complicações do Amor

O casamento deve combater incessantemente um monstro que devora tudo: o hábito! Chegou aos cinemas norte-americanos em agosto de 2014, The One I Love. Debutando na cadeira de diretor de cinema, o trabalho dirigido por Charlie McDowell possui um criativo, assinado por Justin Lader. Ao longo dos curtos 91 minutos de fita, consegue com criatividade e um toque de absurdos apresentar argumentos sólidos sobre a teoria do matrimônio. É uma bela visão sobre variáveis constantes que vemos na vida real quando pensamos ou ouvimos sobre casamentos.

Na trama, um casal em grave crise, resolve, após sugestão do seu misterioso psicólogo, embarcar em uma viagem para passar o tempo longe da cidade grande, em uma casa confortável, para ver se a relação deles engrena novamente. Chegando nesse agradável lugar, logo na primeira noite percebem que há algo muito estranho nesse lugar. Assim, descobrem o inusitado: Versões melhoradas deles vivem na casa de hóspedes! Assim, com vários diálogos interessantes, e situações peculiares, o casal tenta redescobrir o amor.

Uma das dezenas de peculiaridades da história é a presentar uma profunda abordagem, mesmo parecendo impossível na vida real, sobre as dificuldades de estar junto com alguém. Se desdobrando em dois papéis, os atores Mark Duplass e Elisabeth Moss conseguem deixar a trama com cara de suspense e aproximando o público de cada segundo do que vemos em cena.

 

Entre o Amor e a Paixão

Como não gostar de um casal que comemora o aniversário de casamento indo ao cinema? Com uma abertura detalhista, a rainha do drama Sarah Polley une Michelle Williams e Seth Rogen em um filme profundo em busca da verdadeira essência da felicidade, assim começamos falando do ótimo Entre o Amor e a Paixão.

Na trama somos apresentados a Margot e Lou, um casal muito simpático que enfrenta uma crise definida pela mesmice. O público é guiado para dentro desse relacionamento que logo fica exposto que há um tipo de solidão, tristeza que insiste em tomar conta do ambiente. Com a entrada de um novo vizinho na história, Margot não sabe o que fazer, se fica fiel ao marido que escreve livros sobre cozinhar frangos ou se entrega a uma paixão avassaladora.

Os atores estão muito bem. Seus personagens são intensos, apontados para o melodrama. Seth Rogen não consegue esconder seu lado cômico mas nesse trabalho diferente de alguns outros, vemos um gigante, engraçado, controlado e gentil. Melhor papel dele no cinema. Às vezes ingênua, às vezes sonhadora, a personagem de Michelle Williams fica a um passo da traição, do novo, da paixão. Medo de aeroporto, medo de estar entre duas coisas, tem até medo de ter medo. Mais uma excelente interpretação dessa jovem talentosa. O ator Luke Kirby (também muito bem em seu papel) é o outro ângulo desse triângulo. Seu personagem é um artista medroso que não consegue mostrar sua arte ao mundo e ganha a vida levando um carrinho de passeio na lagoa, até se apaixonar por sua vizinha.

O estilo meio paradão pode afastar alguns cinéfilos. Por isso o aviso: não corram! Deem uma chance dessa história chegar até você.

 

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