segunda-feira, abril 15, 2024

Batman – O Retorno (1992) | Os 30 Anos da Segunda e MAIS BIZARRA Aventura do Homem-Morcego

Dono de um verdadeiro caso de estudo no que diz respeito à campanha de marketing de um filme, Batman (1989) levou o Homem-Morcego das páginas dos quadrinhos para os cinemas em grande estilo. Um fenômeno então sem precedentes para o gênero, o filme, obviamente disparou ao topo das bilheterias e criou uma verdadeira galinha dos ovos de ouro (ou seria morcego?) para a Warner Bros. Sem titubear muito, o estúdio logo deu sinal para a inevitável continuação e foi conversar diretamente com o homem responsável pelo feito: o diretor Tim Burton. E foi aí que os produtores encontraram o primeiro problema. Burton não estava interessado em realizar uma continuação.

O que aconteceu foi o seguinte: Burton então era um jovem cineasta de 30 anos, oriundo de animações e curtas da Disney, que tinha apenas dois longas em seu currículo. Sem uma extensa filmografia e ainda um novato na indústria, o próprio diretor diz em entrevistas que não teve muito controle sobre o Batman (1989) original – precisando acatar as inúmeras ideias dos produtores Peter Guber e Jon Peters. A ponto de Burton não considerar Batman (1989) um filme seu, apenas um filme dirigido por ele – por mais estranho que isso possa ser, já que nós, como espectadores, conseguimos notar todos os elementos típicos da carreira do diretor no longa. Decididos a ter o cineasta novamente num filme do herói a Warner resolveu atraí-lo com uma “simples” promessa: o segundo Batman seria de seu total controle, para criar o filme que quisesse.

Hoje não conseguimos imaginar um estúdio major dando carta branca para qualquer cineasta que seja fazer seu próprio filme desta dimensão dentro de uma franquia. E bem, Batman – O Retorno (1992) talvez seja o culpado por isso.

Leia também: Batman (1989) de Tim Burton | Relembre a PRIMEIRA Superprodução do Herói – Um Marco do Cinema

A História

Curiosamente, como podemos notar no resultado final do filme, Batman – O Retorno (1992) não é uma sequência direta de Batman (1989), funcionando muito como os filmes de 007 – James Bond, em que as ligações com os filmes anteriores acontecem através de rápidas menções escondidas no texto – muitas vezes sem lidar com fatos e personagens apresentados anteriormente, e trazendo para o jogo novas figuras e situações. Mas nem sempre foi assim. Nos rascunhos originais do roteiro de Sam Hamm (mesmo escritor do primeiro filme), a história teria ligação direta com os eventos do longa de 1989, com uma investigação mais aprofundada do passado do criminoso Jack Napier e até mesmo o retorno do vilão Coringa (mesmo que o personagem tenha morrido ao fim do filme). Fora isso, o par do herói seria novamente a jornalista Vicki Vale, e ao final, Bruce Wayne a pediria em casamento. Tudo isso iria por água abaixo graças à citada carta branca que Tim Burton ganhou do estúdio – lembra? Acontece que Burton não é fã de continuações e só concordou em fazer o segundo Batman se pudesse criar uma história nova, que se comportasse como seu próprio filme e não uma sequência.

Assim, quaisquer traços do Coringa e de Vicki Vale foram varridos para debaixo do tapete – a não ser por uma menção aqui e outra acolá. Para a nova aventura do morcego foram trazidos para a história dois outros animais, que se comportariam como seus antagonistas: o Pinguim e a Mulher-Gato. O que criou o ótimo slogan para o filme: “O morcego. A gata. O pinguim”. Burton faria ainda algumas outras exigências. Uma delas seria banir Jon Peters dos sets de filmagem, já que o produtor ditou regras no anterior e o cineasta não queria interferências em sua visão desta vez. A segunda foi a contratação de um novo roteirista para trabalhar com Hamm. Entrava em cena Daniel Waters, que havia impressionado Burton com seu roteiro do filme adolescente de humor bem sombrio Atração Mortal (Heathers, 1988), cult com Winona Ryder.

O novo roteirista Daniel Waters usava como uma de suas influências no roteiro os quadrinhos de Frank Miller, O Cavaleiro das Trevas (1986). Fora isso, o produtor Michael E. Uslan afirmou que o diretor Tim Burton bebeu muito na fonte das histórias em quadrinhos do início dos anos 90 – que usavam narrativas sombrias e sobrenaturais para o Homem-Morcego, na maioria das vezes se perdendo entre os gêneros do mistério, suspense e terror. Basta uma olhada no produto pronto para entender claramente as referências.

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A principal missão de Daniel Waters, no entanto, foi criar um objetivo maior para os vilões do segundo Batman, uma vez decidido que o Pinguim e a Mulher-Gato entrariam em cena. No roteiro original de Sam Hamm, a dupla faria uma aliança (o que permanece no produto final) a fim de roubar um tesouro escondido dentro da Batcaverna – algo soando como se saído do seriado dos anos 60. Waters modificou e incluiu a criação do magnata Max Shreck – um personagem inventado para o filme – cujo plano seria lançar a candidatura do Pinguim para prefeito de Gotham City, afrontando o atual prefeito, um desafeto seu. A ideia (que também figurou na série de 60) é interessante e faz crítica aos nossos governantes, muitas vezes verdadeiros criminosos.

O Morcego

Uma vez a bordo da produção, mesmo sem ter assinado previamente para a direção, Tim Burton convocou novamente seu protagonista Michael Keaton – escolha que havia dado dor de cabeça ao estúdio no primeiro filme. E se aquela batalha havia sido vencida com muito sangue e suor, Burton não iria abrir mão de seu ator principal na continuação. Keaton, por outro lado, também não havia assinado para mais um filme, e precisou “ser convencido” a voltar. Tudo o que bastou foi um cheque polpudo, aumentando consideravelmente seu cachê. Keaton teria recebido um salário de US$11 milhões para retornar como Batman no segundo filme, valor este que o estúdio não estava muito satisfeito em pagar, com Burton precisando intervir e garantir que o colega merecia. Além disso, Keaton também desejava que o segundo Batman funcionasse como história própria, sem necessariamente ser uma continuação direta do original. Keaton esteve inclusive pronto para protagonizar o terceiro filme, Batman Eternamente, porém, diferenças criativas com o novo diretor Joel Schumacher (em especial sobre o tom do filme) tiraram o ator do projeto. Mas isso é papo para uma próxima matéria.

A Gata

Se o ator principal, o diretor, os produtores e os roteiristas estavam todos de volta do original (além dos únicos dois membros do elenco a retornar – Michael Gough como o mordomo Alfred e Pat Hingle como o Comissário Gordon) era a hora de escalar os principais novos jogadores deste jogo: em suma os vilões. Dois papeis bem suculentos que fizeram Hollywood inteira se interessar, ser cogitada ou correr atrás. Afinal, quem não queria uma parcela deste sucesso. Bem, por incrível que pareça, alguns não queriam. Para o papel da secretária Selina Kyle, uma mulher retraída e submissa que tem uma das maiores guinadas de um personagem num filme do gênero e que serviu de molde para muitos vilões que seguiriam, se tornando uma mulher forte, independente e bastante anárquica, dando espaço para a personalidade da Mulher-Gato, muitas atrizes estiveram na mira da produção.

A personagem, no entanto, sofreria uma transformação a la Tim Burton, de sua contraparte nos quadrinhos para o filme. Afinal, este não é um filme do Batman, é um filme de Burton, lembra? Assim, ao invés da costumeira ladra morena de todas as encarnações anteriores (e também as que vieram depois), a Mulher-Gato de Burton era loira, uma mulher menosprezada e abusada, que eventualmente é assassinada, e retorna como uma “morta-viva” para a vingança feminista extrema! Nos moldes de Tim Burton, a subtrama da Mulher-Gato é digna de um filme de terror.

Para o papel diversas estrelas e atrizes foram consideradas. Até mesmo a musa Meryl Streep (depois tida como velha para o papel). Já Brooke Shields, também um nome ventilado, porém, eliminado pelo fato da atriz ter perdido bastante status a esta altura. Sigourney Weaver, Ellen Barkin, Madonna, Cher e Demi Moore foram nomes considerados e algumas estavam bem interessadas no papel. Por outro lado, Jodie Foster, Susan Sarandon, Geena Davis e Lorraine Bracco chegaram bem perto de ficar com a personagem, mas no fim das contas desistiram em prol de filmes como Mentes que Brilham, O Óleo de Lorenzo, Uma Equipe Muito Especial e O Curandeiro da Selva, respectivamente. Azar o delas. Sorte a nossa. No entanto, o diretor Tim Burton estava decidido por uma atriz… Annette Bening! Então saída de sucessos de crítica como Os Imorais e Bugsy, a atriz foi contratada pela produção. Antes de começar as gravações, porém, Burton receberia uma ligação, infeliz para ele, feliz para ela. Bening estava grávida de seu primeiro filho com o marido Warren Beatty e precisaria se desligar do segundo Batman.

O espaço estava aberto novamente para uma nova Mulher-Gato. E a atriz Sean Young (Blade Runner – O Caçador de Androides), que havia sido contratada para o primeiro Batman no papel de Vicki Vale (mas que precisou largar devido a um acidente de cavalo), estava disposta a consegui-lo. A atriz fez campanha ferrenha pelo papel, aparecendo em talk-shows vestida como a Mulher-Gato, perseguindo Tim Burton, e como afirma o próprio em entrevistas, Young vestida como a personagem e pulou na frente do cineasta escondida em seu escritório. O esforço intenso não funcionou. E Burton terminou optando pela que seria a Mulher-Gato definitiva do cinema – ainda nos dias de hoje – Michelle Pfeiffer. Nesta altura, Pfeiffer já tinha duas indicações ao Oscar, e sua dedicação no papel da vilã é uma das coisas mais impressionantes do filme. O que inclui treinar os mais variados estilos de luta, aprender a controlar um chicote, ficar inúmeras vezes sem ar devido ao uniforme “lacrado à vácuo” (literalmente), e até mesmo engolir (e depois cuspir) um passarinho vivo.

Para o papel, Pfeiffer que não é boba nem nada e tinha nome para tal, fechou um acordo salarial de US$3 milhões, dois milhões a mais do que Bening teria recebido. E por falar no traje usado pela vilã, a escolha foi por um uniforme similar ao que a personagem utilizava nos quadrinhos na época. É claro, mais estilizado pelo “raio Timburtizador”, deixando tudo mais sombrio e cru. A personagem fez tanto sucesso que além de se tornar um dos marcos do filme e virar um ícone por si só, fez o cineasta modificar o desfecho do filme – além é claro, da promessa de um spin-off centrado nela, que se tornaria um dos filmes mais famosos jamais produzidos em Hollywood. No final original, o símbolo do Batman no holofote estaria piscando, o que demonstraria que a Mulher-Gato e Max Schreck ao serem eletrocutados, danificaram o fornecimento de energia na cidade. O que vemos no filme, porém, é a Mulher-Gato se erguendo ao ver o símbolo do herói no céu. A nova cena foi colocada às pressas para não deixar dúvida de que a vilã havia sobrevivido e custou “singelos” 250 mil dólares para ser criada.

O Pinguim

Seguindo a “linha Tim Burton”, o segundo maior vilão do Batman nos quadrinhos, seriado e desenhos, o Pinguim, também receberia uma reformulação “bizarra e gótica”. Ao invés da caracterização usual de sujeito bem-vestido, usando fraque, cartola, monóculo e piteira, que se comporta como um mafioso no comando do submundo, o Pinguim de Tim Burton era uma criatura deformada e monstruosa, emergindo dos esgotos de Gotham City. Uma lenda urbana da cidade, tão pulsante quanto o próprio Batman foi no primeiro filme. Relatos de um Morcego gigante povoavam os tabloides no original. Neste, são visões de um híbrido homem-ave grotesco dos subterrâneos que assombram os cidadãos, como algo saído diretamente de um filme de terror.

O Pinguim, aliás, foi uma das figuras mais controversas para o impacto geral do filme, e o elemento que mais deixou os pais preocupados, afastando os pequenos dos cinemas. Para completar a insanidade, o vilão soltava uma gosma preta e nojenta da boca, que não combinava muito bem com as promoções do McLanche Feliz planejadas com a temática do filme. De fato, os bonequinhos do vilão na lanchonete tinham sua forma mais amigável dos quadrinhos e do seriado antigo, e não as do filme de Burton, para não assustar os pequenos. Batman – O Retorno abre um grande leque de discussão também sobre o personagem Pinguim. E se a Mulher-Gato é a personificação máxima da vingança feminista, da mulher que foi abusada e ressurge depois da morte como anti-heroína, o Pinguim é o Bruce Wayne que deu errado, e seu lado sombrio.

Na trama, nascido em berço de ouro, Oswald Cobblepot é um bebê deformado com tendências diabólicas desde a infância – como matar o gato da família. Seus pais ricos, decidem então “descarta-lo” e a criança vai parar nos esgotos, onde é encontrado e criado junto a pinguins reais em um circo. Para o papel, o ator planejado originalmente foi Dustin Hoffman, vencedor do Oscar que prontamente recusou a oferta. Em seguida, foram cogitados Marlon Brando, Dudley Moore, Joe Pesci, Christopher Lloyd, Phil Collins, John Candy, Bob Hoskins e até mesmo Rowan Atkinson, o Mr. Bean. Mas como sabemos, o personagem viria parar nas mãos do baixinho Danny DeVito. É curioso, mas hoje não conseguimos imaginar ninguém além dele no papel. DeVito disse inclusive que seu nome vinha sendo mencionado nos jornais para o papel um ano antes de fato assinar para interpretá-lo. O ator aceitou viver o vilão aconselhado pelo amigo Jack Nicholson (o Coringa do original), que o alertou sobre o polpudo salário de tais filmes.

Verdadeiro Vilão

Apesar de termos personalidades interessantes como os vilões do filme, a Mulher-Gato e o Pinguim são vítimas da sociedade, transformados em figuras trágicas. O verdadeiro vilão do filme extremamente político de Tim Burton não é a mulher abusada que ressurge, ou sequer o jovem criado nos esgotos que adere à vida de crime, mas sim o empresário inescrupuloso que não cansa de enriquecer, é conhecido como “papai Noel” em sua fachada, mas por debaixo dos panos está disposto a manipular, roubar e até mesmo matar em nome da ganância e do poder. Mais atual impossível. Max Schreck é um personagem criado especialmente para o filme, cujo nome é inspirado pelo ator protagonista do terror Nosferatu (1922), símbolo máximo do expressionismo alemão, de onde Burton bebe muito na fonte na hora de criar seus dois Batman – em especial este segundo.

Batman – O Retorno é riquíssimo em seu subtexto, só é preciso saber lê-lo. Cada cena, cada momento são donos de grande significado, com diálogos precisos. E embora muitos acreditem que Schreck não era necessário para o filme, por humanizar e tirar o brilho dos vilões, esta foi outra decisão criativa corajosa de Burton e do filme: jogar os antagonistas principais para escanteio, subjugando-os em prol de um vilão bem real. Fora isso, em algumas versões prévias do roteiro, Schreck se revelaria irmão do Pinguim, o que criaria um elo maior de vingança entre os dois. Para o papel, o veterano Christopher Walken entrega uma de suas personificações mais icônicas. Antes de Walken, o cantor David Bowie foi considerado para o papel, mas recusou para fazer o filme de Twin Peaks, Os Últimos Dias de Laura Palmer, lançado no mesmo ano.

O Menino Prodígio

Robin, o sidekick do herói, vinha sendo cogitado para uma aparição desde o filme original. E em Batman – O Retorno o personagem chegou muito perto de fazer seu debute nas telonas. De fato, o ator Marlon Wayans, hoje conhecido por inúmeras comédias besteirol (mas na época um jovem de 20 anos), chegou a ser contratado para o papel de Dick Grayson, alter ego do herói Robin. Já imaginaram o nível de representatividade e polêmica que um Robin negro causaria na época? No roteiro original, Batman pediria ajuda a um jovem mecânico para desarmar a armadilha do Pinguim no Batmóvel. E novamente no desfecho, para congestionar o sinal dos pinguins armados com mísseis. Ao encontrar pessoalmente com este jovem, o herói descobriria se tratar de Dick Grayson, o Robin.

Marlon Wayans foi contratado para o filme, chegou a fazer testes de figurino (o próprio ator já mencionou o fato em entrevistas online). Ao ser cortado por falta de espaço no segundo filme, sua participação foi adiada para um eventual terceiro filme. Com a mudança de direção na franquia, o novo cineasta contratado, Joel Schumacher, pagou o contrato de Wayans, e o substituiu por Chris O’Donnell em Batman Eternamente (1995).

Recepção

Batman (1989) foi um dos maiores fenômenos de bilheteria dos anos 80, abrindo espaço para um novo nível de blockbuster surgir nos anos 90. A Warner, percebendo a mina de ouro que tinha em mãos não poupou despesas para a continuação. Para termos ideia do tamanho do investimento, os sets do filme que recriam totalmente em estúdio a Gotham City dominavam pelo menos 50% de toda a área disponível para os filmes da Warner. Isso porque Batman – O Retorno foi uma das últimas superproduções inteiramente criadas da “forma antiga”, ou seja, completamente gravado em estúdio, com locações criadas artificialmente, sem qualquer filmagem externa, no “mundo real”. Assim eram feitos os da era de ouro de Hollywood. A segurança em torno dos segredos do filme era tão rígida que nem mesmo outros artistas podiam visitar os bastidores do longa. Foi o caso com o astro Kevin Costner, que filmava para a Warner O Guarda-Costas (1992) e foi barrado na entrada de um dos sets.

Com grande hype em torno de sua produção, Batman – O Retorno estreou no topo das bilheterias norte-americanas, e em seu primeiro fim de semana de estreia arrecadou quase US$50 milhões, batendo assim um recorde para a época. Apesar do sucesso inicial, o segundo Batman teria um tiro pela culatra, fazendo o caminho inverso do original. Embora o primeiro filme (1989) tenha sido definido por muitos críticos na época como “um filme não recomendado para crianças”, o segundo foi ainda mais longe neste quesito mergulhando na insana mente de Tim Burton. Devido à muitas críticas de pais assustados com o conteúdo do filme (que teoricamente deveria ser recomendado para os pequenos), no que diz respeito ao tom sombrio, violento e sexual do filme, o longa quase recebeu do órgão da censura americana uma recomendação para maiores de idade – mas no fim das contas não chegaram a tanto. Seja como for, bilheteiros dos cinemas recomendavam aos pais que levassem seus filhos para assistir a outro filme.

Apesar de Tim Burton e Michael Keaton afirmarem que este é seu filme preferido dos dois Batman que fizeram juntos, assim como grande parte do público, como este que vos fala, a Warner achou por bem afastar o cineasta de um eventual terceiro longa do herói. A arrecadação total do filme no mundo foi bem menor do que o filme original (US$411 milhões contra US$266 milhões do segundo) e como os engravatados do estúdio prestam muita atenção nos números, Batman – O Retorno não havia correspondido a tamanho investimento. Não fosse só isso, o filme ainda havia dividido opiniões de críticos e dos fãs, além de gerar tremenda polêmica. Ou seja, Burton não tinha mais definitivamente lugar na “família Batman da Warner”, mesmo que estivesse pronto para a pré-produção do terceiro filme. Burton então foi levado ao cargo de produtor no terceiro filme, intitulado Batman Eternamente (1995), que abriu espaço para a era Joel Schumacher do herói. Mas isso é assunto para outra matéria.

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