sábado, abril 27, 2024

Criadores de ‘1899’ se pronunciam após acusação de PLAGIAREM quadrinistra brasileira

Há alguns dias, a Netflix lançou em seu catálogo a nova série dos criadores de ‘Dark‘, Jantje FriseBaran bo Odar.

Intitulada ‘1899‘, a produção se tornou um dos assuntos mais comentados do momento não apenas por conta de sua trama confusa, mas também por estar sendo acusada de plágio pela ilustradora e quadrinista brasileira Mary Cagnin.

Isso porque a série de suspense traz várias similaridades com o material da autora brasileira e parece ter sido adaptado até mesmo no visual, com imagens comparativas.

Cagnin expôs em suas redes sociais que diversos elementos da série foram plagiados de sua HQ ‘Black Silence‘, publicada em 2016.

Ao tomar conhecimento da polêmica, Frise se defendeu através de uma publicação no Instagram e atacou Cagnin, dizendo que sua declaração é uma jogada para tentar vender mais quadrinhos:

“Oh. Internet! Não posto nada há anos porque, sinceramente, acho que as redes sociais se tornaram tóxicas. As últimas 24 horas provaram isso de novo. Para contextualizar: uma artista brasileira alegou que roubamos ideias de sua graphic novel. Para deixar claro: nós não fizemos isso! Até ontem nem sabíamos da existência dessa graphic novel. Ao longo de dois anos, colocamos dor, suor e exaustão na criação de ‘1899’. Esta é uma ideia original e não é baseada em nenhum material. No entanto, estamos sendo bombardeados com mensagens – algumas delas rudes e ofensivas. Alguém dá um alarme falso e todos caem em cima, sem ao menos checar se as afirmações fazem algum sentido. Claro que isso deve ser um esquema para vender mais de suas histórias em quadrinhos: bela jogada.” 

Odar também se pronunciou e compartilhou uma nota da Netflix, que diz o seguinte:

“Eu queria permanecer calada, mas foi demais ver os criadores recebendo mensagens dolorosas, que basicamente os insultam. Eles são duas pessoas incrivelmente talentosas e trabalharam pesado na concepção de uma história original. Fico extremamente triste e irritada quando a massa segue uma ideia sem saber do que estão falando. ‘1899’ é um projeto especial no qual eles trabalham há anos e não há nenhuma relação com a graphic novel. Se você assistiu a série e leu os quadrinhos , você saberia e não precisaríamos ter esta conversa. Eu sempre vou defendê-los porque sei que o que eles criaram é algo único.”

Não deixe de assistir:

Na legenda da publicação, ele escreveu:

“Obrigado, @1899netflix por essas palavras gentis. Elas significam muito para nós. Como já mencionei em meu post anterior: Infelizmente não conhecemos a artista, nem sua obra ou quadrinho. Nunca roubaríamos de outros artistas, pois sabemos o que ser um artista. Também entramos em contato com ela, então esperamos que ela retire essas acusações. a internet se tornou um lugar estranho. por favor, mais amor em vez de ódio.”

Em sua defesa, Cagnin postou imagens que comparam o seu trabalho com o visual da série, que parecem idênticos.

“ESTOU EM CHOQUE. O dia que descobri que a série 1899 é simplesmente IDÊNTICO ao meu quadrinho Black Silence, publicado em 2016.”, ela afirma.

“Estou em choque. Descobri que a série 1899 é simplesmente idêntico ao meu quadrinho Black Silence, publicado em 2016. Está tudo lá: A pirâmide negra. As mortes dentro do navio/nave. A tripulação multinacional. As coisas aparentemente estranhas e sem explicação. Os símbolos nos olhos e quando eles aparecem. As escritas em códigos. As vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como dramas pessoais dos personagens, incluindo as mortes misteriosas.”

 

“Tive a oportunidade que muitos quadrinistas nunca tiveram: de poder mostrar meu trabalho para o público internacional. Gente. Eu dei palestras. Falei sobre o plot. Apresentei para pessoas influentes da área. O negócio é sério. Obviamente, Black Silence é uma obra curta, quase um conto. É muito fácil, em 12h de projeção da série, diluir todas essas “referências”, mas a essência do que eu criei está lá.”, AFIRMOU.

Cagnin ainda deixou sua HQ para que as pessoas pudessem ver e comparar o material criado por ela com o da série:

“Galera, por favor, quem já assistiu a série e leu meu quadrinho e puder me ajudar com a coleta de similaridades, me ajudaria muito. Posteriormente, vou pedir a ajuda de vocês para que esse assunto chegue à mídia. A gente não pode achar que só porque somos brasileiros devemos aceitar esse tipo de menosprezo e indiferença. Temos inúmeros casos de gringos copiando a gente, em filmes, séries e músicas. Como o caso do filme “As aventuras de Pi” que foi copiado de um livro brasileiro.”, afirmou. 

A Netflix não comentou sobre o assunto, que deve ganhar maior repercussão nos próximos dias.

A história da série gira em torno das circunstâncias misteriosas da viagem de um navio de imigrantes da Europa para Nova York. Os passageiros, todos com experiências e nacionalidades diferentes, são unidos pelas esperanças e pelos sonhos de um novo século e um futuro em outro país. Quando descobrem um segundo navio vagando no mar aberto que havia desaparecido meses atrás, a jornada toma um rumo inesperado. O que eles encontram a bordo vai transformar a passagem à terra prometida em um pesadelo mortal, conectando cada um deles a uma teia de segredos.

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