quarta-feira , 5 março , 2025

Crítica | Black Mirror 4×05 – Metalhead


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O Exterminador do Futuro

Três conceitos parecem definir a quarta temporada de Black Mirror. O primeiro, e mais louvável, é o maior destaque para presenças femininas nas tramas, impulsionando ou protagonizando os episódios. A segunda, são histórias focadas em tecnologias ligadas a chips e implantes em nossas mentes, com monitoramento de nossas cabeças e pensamentos – Arkangel, USS Callister, Crocodilo e Black Museum utilizam vertentes desta tecnologia, ou seja, quatro dos seis episódios. E finalizando, temos como uma constante na nova temporada, tramas simples, sem grandes complexidades no terreno da ficção científica ou humanas – como em temporadas passadas.

Metalhead funciona com a simplicidade de O Exterminador do Futuro (1984), de James Cameron, mas também com sua eficiência. Tudo o que precisamos saber aqui é que máquinas querem nos matar, num futuro pós-apocalíptico. Assim como o T-800 de Arnold Schwarzenegger, essas pequenas criaturas robóticas, parecidas com cachorros mecânicos, são implacáveis e não desistem nunca.



Leia nossa crítica completa da 4ª Temporada de Black Mirror

metalhead black mirror season4 cinepop1

Não há muita explicação também. Não sabemos de onde vieram estas máquinas, por que foram criadas e quem são estes membros da resistência. Mas aqui isso não importa muito, já que o episódio compensa em outras áreas, como na narrativa dinâmica e acelerada, e no alto nível de tensão. E assim como em produções cult independentes (todo feito em preto e branco, o primeiro da história da série, dando ar de cinema de arte), as lacunas são deixadas para que nós as preenchamos.


Metalhead também funciona como o filme de terror e ação da temporada. Reserva altos níveis de adrenalina e momentos de grande tensão. É essa eficiência que faz o episódio sobressair a outros que igualmente não exibem similaridade ao cânone de Black Mirror. A proposta aqui é “já que vale ser diferente, vamos entregar algo realmente diferente”.

Saiba quais são nossos episódios preferidos da 4ª Temporada de Black Mirror – Do Pior ao Melhor

metalhead black mirror season4 cinepop2

Assista também: 
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Dirigido por David Slade, do excelente Menina Má.com (2005), o terceiro nome de peso atrás das câmeras nesta temporada, o quinto episódio acompanha um grupo de sobreviventes em uma terra aparentemente devastada, invadindo um grande galpão atrás de um item. No local se deparam com a ameaça iminente de um pequeno robô, uma mistura entre cachorro e tatu. A criatura “bonitinha” não deixa que se enganem quanto a sua crueldade, e se mostra uma máquina de matar perfeita. O episódio é muito sangrento, inserindo grande nível de urgência na história.

A britânica Maxine Peake, no papel de Bella, é basicamente a única personagem da trama, e a Sarah Connor da vez. A atriz segura bem a história nervosa de sobrevivência. Pode não ser exatamente material de Black Mirror, mas é bom, e isso que interessa. Como ponto negativo, mais um desfecho incompreensível nesta temporada – que nem mesmo o escritor Charlie Brooker deve ter uma resposta convincente.

Assista nossa crítica em vídeo da 4ª Temporada de Black Mirror


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Metalhead funciona com a simplicidade de O Exterminador do Futuro (1984), de James Cameron, mas também com sua eficiência. Tudo o que precisamos saber aqui é que máquinas querem nos matar, num futuro pós-apocalíptico. Assim como o T-800 de Arnold Schwarzenegger, essas pequenas criaturas robóticas, parecidas com cachorros mecânicos, são implacáveis e não desistem nunca.

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Não há muita explicação também. Não sabemos de onde vieram estas máquinas, por que foram criadas e quem são estes membros da resistência. Mas aqui isso não importa muito, já que o episódio compensa em outras áreas, como na narrativa dinâmica e acelerada, e no alto nível de tensão. E assim como em produções cult independentes (todo feito em preto e branco, o primeiro da história da série, dando ar de cinema de arte), as lacunas são deixadas para que nós as preenchamos.

Metalhead também funciona como o filme de terror e ação da temporada. Reserva altos níveis de adrenalina e momentos de grande tensão. É essa eficiência que faz o episódio sobressair a outros que igualmente não exibem similaridade ao cânone de Black Mirror. A proposta aqui é “já que vale ser diferente, vamos entregar algo realmente diferente”.

Saiba quais são nossos episódios preferidos da 4ª Temporada de Black Mirror – Do Pior ao Melhor

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A britânica Maxine Peake, no papel de Bella, é basicamente a única personagem da trama, e a Sarah Connor da vez. A atriz segura bem a história nervosa de sobrevivência. Pode não ser exatamente material de Black Mirror, mas é bom, e isso que interessa. Como ponto negativo, mais um desfecho incompreensível nesta temporada – que nem mesmo o escritor Charlie Brooker deve ter uma resposta convincente.

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