domingo , 17 novembro , 2024

Crítica | Drop Dead Diva

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Manolos do meu coração! Depois de algumas colunas falando sobre produções um tanto quanto intensas, resolvi que era hora de recomendar umas séries mais leves… Afinal é bom e (quase) todo mundo gosta. Vou fazer uma Detox começando com a querida da ‘Drop Dead Diva‘.

Percebo que algumas séries são subestimadas. O triste é que às vezes isso acontece só pelo gênero ou pelo fato do enredo tratar de temas batidos ou até um pouco surreais. Fui procurar algumas coisas já escritas sobre ‘Drop Dead Diva‘ e me deparei com fãs que adoram e com gente que acha legal e só. Mas a famosa “crítica especialista” parece ter um Q contra alguns formatos.

Hoje eu vim aqui para dar o meu #Sustained pra essa série que eu adoro!



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Quando vemos a premissa de ‘Drop Dead Diva‘ você já pode imaginar que, se mal executada, ela vira um grande lixo. Trata-se de uma modelo que morre em um acidente de carro, faz uma presepada quando chega no céu e acaba voltando no corpo de uma advogada que estava em uma cirurgia após tomar um tiro em seu escritório.

Claro que, no melhor estilo Sessão da Tarde, isso vai gerar altas trapalhadas e muitas confusões. Mas ‘Drop Dead Diva‘ é uma série fofa, leve e gostosa de assistir que funciona bem. Lembro de mim e do meu coração sensível rindo e e chorandinho no mesmo episódio.

Pelo bem do funcionamento da história, Deb e Jane são totalmente diferentes em aparência e intelecto. À primeira vista, Deb é o típico padrão da modelo “linda, loira, magra e fútil” apaixonadíssima por seu namorado e toda vida boa no luxo que tem. Jane, e contrapartida, é uma advogada viciada em trabalho, que desconta suas frustrações em Donuts e todo tipo de comida nada saudável.

Não deixe de assistir:

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Crítica | Making a Murderer, da Netflix 

Quando Deb chega no céu, além do choque de saber onde está, ela descobre que sua alma era algo, digamos… Neutro. Ela não era uma pessoa ruim, não tem nada que a coloque nessa patamar, mas ela tem um número ZERO de coisas boas que fez enquanto viva. Passar a morar no corpo de uma advogada faz com que ela entenda a chance que lhe foi dada de mudar esse panorama.

A confusão da troca de corpos não se passa apenas no fato de Deb se olhar no espelho e ver-se diferente, acima do peso e bem desligada de moda, mas também passa pelo fato de que a sua alma tem conflitos com a mente de Jane, que é rápida, perspicaz e inteligente. É bem engraçado quando a Jane fala algo sendo controlada por sua mente e Deb se surpreende com a façanha que “ela” acabou de fazer.

dropdeaddiva_3

Para ajudá-la a se acostumar com essa nova vida, e também por ser meio responsável pela cagadinha que ela fez, Deb conta com a ajuda de Fred, seu anjo da guarda que é rebaixado para a Terra e tem que ter absoluto controle de que as coisas que aconteceram lá em cima fiquem só entre eles. Acontece que ele chega meio tardinho. Por desespero de causa, Deb acaba contando quem é para sua melhor amiga, Stacy.

Crítica | How to Get Away With Murder 

Assim, Jane/Deb e Stacy passam a morar juntas, e isso já ajuda um bocado a atenuar o baque de tantas novas informações. Fred acaba indo morar junto com elas porque por aqui o coitado não tinha onde ficar. E nisso ele acaba se apaixonando perdidamente por Stacy, que também é modelo e, definitivamente, não tem um cara bonzinho e pacato como ele em seu padrão.

Se não bastasse a gente ficar se perguntando no que vai dar a relação deles, Jane retorna ao trabalho e conhece Grayson, recém-contratado advogado da firma. Acontece que ela era ninguém mais, ninguém menos que o namorado de Deb.

Por fim, Deb tem que ver o luto das pessoas que a perderam sem que ela sinta-se morta. Ela acompanha pessoas tomando decisões por ela que não são necessariamente as que ela tomaria. E, pior, ela tem o fardo de ver as pessoas tocando a vida, afinal não resta muito a fazer.

Não bastasse todas essas atribulações, não podemos esquecer que ela ainda tem que seguir respondendo pela Jane, cumprir o trabalho dela, aprender a se relacionar com as pessoas que ela convive e lidar com os dilemas pessoais dela. E isso é uma das coisas que eu gosto mais na série… Ela não ficou ligada apenas à questão da empatia, do explícito estar na pele do outro, ela aprofunda a quebra de paradigmas quando vemos uma humanidade e uma índole na alma da Deb que a Jane em si não tinha. Parece que elas realmente se completam.

dropdeaddiva_4

Gente, sério, essa série é MUITO delicinha… Tem horas que ela parece que fica meio maçante? Claro! Mas toda série que tem que segurar um enredo com projeções para temporadas seguintes passa por isso, não é uma exclusividade de sitcoms ou séries que não tem um gênero cult ou dramático específico.

Uma coisa bem bacanése é que a série chegou a ter um encerramento na quinta temporada, mas a galera que assistiu não ficou mega feliz com o desfecho. Por fim, deram à ‘Drop Dead Diva‘ um benefício para poucos: retornar para mais uma temporada para poder se redimir. Muito embora isso coloque a pressão de dar aos fãs o final que eles desejam, a gente sabe que dificilmente rola essa piedade. É só ver a quantia de séries canceladas que deixam curiosidade eterna nos fãs e forçam os produtores a disponibilizar roteiros online dos episódios que não vieram só para a galera não ficar na mão.

Drop Dead Diva‘ é uma excelente “dramédia”, acho que uma das que mais gostei até hoje. Tem um ótimo elenco e personagens memoráveis e quem começa a gostar da série vai ter aquele desejo bandido de emendar os episódios. As temporadas são regulares, algumas melhores, algumas estilo montanha-russa, mas dá pra ver tudo megas de boa.

Boatoxxxxxx dizem que a série está pra ser removida do catálogo da Netflix, mas até a última vez que acessei, ela ainda estava linda e diva na minha lista, o que é sinal de que ainda dá pra correr pra ver.

dropdeaddiva_5

E gente, falando uma coisa sobre essa vida sem dar spoiler… Se ao começar a ler sobre a série você parou pra pensar “se a Deb é uma alma no corpo da Jane, que ainda tá viva, o que aconteceu com a alma da Jane?”. Uma série desatenta teria como deixar um zilhão de coisas sem resolver, mas ‘Drop Dead Diva‘ é super bem pensadinha e teve um final que eu acho justo, acho digno, no sentido de colocar todos os pingos nos is.

Não estamos falando de uma produção digna de 10, mas também precisamos quebrar os paradigmas de que séries com avaliações menores não podem ser boas. ‘Drop Dead Diva‘ é boa sim e pra quem gosta do gênero é a recomendação mais alta que posso dar mediante às coisas que já assisti. Vamos deixar um 7 bonito de lindo pra ela? VAMOS!

 

 

 

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Percebo que algumas séries são subestimadas. O triste é que às vezes isso acontece só pelo gênero ou pelo fato do enredo tratar de temas batidos ou até um pouco surreais. Fui procurar algumas coisas já escritas sobre ‘Drop Dead Diva‘ e me deparei com fãs que adoram e com gente que acha legal e só. Mas a famosa “crítica especialista” parece ter um Q contra alguns formatos.

Hoje eu vim aqui para dar o meu #Sustained pra essa série que eu adoro!

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Quando vemos a premissa de ‘Drop Dead Diva‘ você já pode imaginar que, se mal executada, ela vira um grande lixo. Trata-se de uma modelo que morre em um acidente de carro, faz uma presepada quando chega no céu e acaba voltando no corpo de uma advogada que estava em uma cirurgia após tomar um tiro em seu escritório.

Claro que, no melhor estilo Sessão da Tarde, isso vai gerar altas trapalhadas e muitas confusões. Mas ‘Drop Dead Diva‘ é uma série fofa, leve e gostosa de assistir que funciona bem. Lembro de mim e do meu coração sensível rindo e e chorandinho no mesmo episódio.

Pelo bem do funcionamento da história, Deb e Jane são totalmente diferentes em aparência e intelecto. À primeira vista, Deb é o típico padrão da modelo “linda, loira, magra e fútil” apaixonadíssima por seu namorado e toda vida boa no luxo que tem. Jane, e contrapartida, é uma advogada viciada em trabalho, que desconta suas frustrações em Donuts e todo tipo de comida nada saudável.

Crítica | Making a Murderer, da Netflix 

Quando Deb chega no céu, além do choque de saber onde está, ela descobre que sua alma era algo, digamos… Neutro. Ela não era uma pessoa ruim, não tem nada que a coloque nessa patamar, mas ela tem um número ZERO de coisas boas que fez enquanto viva. Passar a morar no corpo de uma advogada faz com que ela entenda a chance que lhe foi dada de mudar esse panorama.

A confusão da troca de corpos não se passa apenas no fato de Deb se olhar no espelho e ver-se diferente, acima do peso e bem desligada de moda, mas também passa pelo fato de que a sua alma tem conflitos com a mente de Jane, que é rápida, perspicaz e inteligente. É bem engraçado quando a Jane fala algo sendo controlada por sua mente e Deb se surpreende com a façanha que “ela” acabou de fazer.

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Para ajudá-la a se acostumar com essa nova vida, e também por ser meio responsável pela cagadinha que ela fez, Deb conta com a ajuda de Fred, seu anjo da guarda que é rebaixado para a Terra e tem que ter absoluto controle de que as coisas que aconteceram lá em cima fiquem só entre eles. Acontece que ele chega meio tardinho. Por desespero de causa, Deb acaba contando quem é para sua melhor amiga, Stacy.

Crítica | How to Get Away With Murder 

Assim, Jane/Deb e Stacy passam a morar juntas, e isso já ajuda um bocado a atenuar o baque de tantas novas informações. Fred acaba indo morar junto com elas porque por aqui o coitado não tinha onde ficar. E nisso ele acaba se apaixonando perdidamente por Stacy, que também é modelo e, definitivamente, não tem um cara bonzinho e pacato como ele em seu padrão.

Se não bastasse a gente ficar se perguntando no que vai dar a relação deles, Jane retorna ao trabalho e conhece Grayson, recém-contratado advogado da firma. Acontece que ela era ninguém mais, ninguém menos que o namorado de Deb.

Por fim, Deb tem que ver o luto das pessoas que a perderam sem que ela sinta-se morta. Ela acompanha pessoas tomando decisões por ela que não são necessariamente as que ela tomaria. E, pior, ela tem o fardo de ver as pessoas tocando a vida, afinal não resta muito a fazer.

Não bastasse todas essas atribulações, não podemos esquecer que ela ainda tem que seguir respondendo pela Jane, cumprir o trabalho dela, aprender a se relacionar com as pessoas que ela convive e lidar com os dilemas pessoais dela. E isso é uma das coisas que eu gosto mais na série… Ela não ficou ligada apenas à questão da empatia, do explícito estar na pele do outro, ela aprofunda a quebra de paradigmas quando vemos uma humanidade e uma índole na alma da Deb que a Jane em si não tinha. Parece que elas realmente se completam.

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Gente, sério, essa série é MUITO delicinha… Tem horas que ela parece que fica meio maçante? Claro! Mas toda série que tem que segurar um enredo com projeções para temporadas seguintes passa por isso, não é uma exclusividade de sitcoms ou séries que não tem um gênero cult ou dramático específico.

Uma coisa bem bacanése é que a série chegou a ter um encerramento na quinta temporada, mas a galera que assistiu não ficou mega feliz com o desfecho. Por fim, deram à ‘Drop Dead Diva‘ um benefício para poucos: retornar para mais uma temporada para poder se redimir. Muito embora isso coloque a pressão de dar aos fãs o final que eles desejam, a gente sabe que dificilmente rola essa piedade. É só ver a quantia de séries canceladas que deixam curiosidade eterna nos fãs e forçam os produtores a disponibilizar roteiros online dos episódios que não vieram só para a galera não ficar na mão.

Drop Dead Diva‘ é uma excelente “dramédia”, acho que uma das que mais gostei até hoje. Tem um ótimo elenco e personagens memoráveis e quem começa a gostar da série vai ter aquele desejo bandido de emendar os episódios. As temporadas são regulares, algumas melhores, algumas estilo montanha-russa, mas dá pra ver tudo megas de boa.

Boatoxxxxxx dizem que a série está pra ser removida do catálogo da Netflix, mas até a última vez que acessei, ela ainda estava linda e diva na minha lista, o que é sinal de que ainda dá pra correr pra ver.

dropdeaddiva_5

E gente, falando uma coisa sobre essa vida sem dar spoiler… Se ao começar a ler sobre a série você parou pra pensar “se a Deb é uma alma no corpo da Jane, que ainda tá viva, o que aconteceu com a alma da Jane?”. Uma série desatenta teria como deixar um zilhão de coisas sem resolver, mas ‘Drop Dead Diva‘ é super bem pensadinha e teve um final que eu acho justo, acho digno, no sentido de colocar todos os pingos nos is.

Não estamos falando de uma produção digna de 10, mas também precisamos quebrar os paradigmas de que séries com avaliações menores não podem ser boas. ‘Drop Dead Diva‘ é boa sim e pra quem gosta do gênero é a recomendação mais alta que posso dar mediante às coisas que já assisti. Vamos deixar um 7 bonito de lindo pra ela? VAMOS!

 

 

 

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