terça-feira, março 19, 2024

Crítica | O Segredo da Floresta – Folclore e Conto de Fadas em Assustador Terror Indiano

Um jovem casal de namorados decide viajar da ensolarada Los Angeles para uma aventura exótica na Índia. Exótica porque embora Jay (Sahil Shroff) aparente ter descendência desse país, ele parece não ter vínculos com a cultura indiana, e, por isso, decide levar Amy (Vanessa Curry) em uma jornada de descoberta cultural pelo norte da Índia. Até aí, tudo bem. Só que, após um evento frustrante, o casal se perde na floresta e acaba testemunhando um ritual meio bizarro, e os dois passam a ser perseguidos por um espírito maligno.

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Tal como boa parte dos longas indianos, ‘O Segredo da Floresta’ começa já contando o final da história, para, a partir da 2ª cena, ir construindo sua trama. Isso é um estilo do cinema de lá, que deve ser respeitado, porém, sabendo que os brasileiros não gostam muito de spoilers, é bom dar esse tipo de aviso.

O roteiro de Arjun Grover e Vikram Jayakumar é um pouco irregular, embora tenha os três atos bem marcadinhos. A primeira parte parece um comercial da Trivago, com os protagonistas transitando em uma sequência de situações turísticas na Índia, apenas para passar a impressão de que a viagem está rolando às mil maravilhas; já a segunda parte transpõe o folclore local narrado como se fosse um conto de fadas, com uma criança como protagonista e a câmera acompanhando o medo crescente da infanta em relação ao tal segredo da floresta; por fim, o último ato ganha mais aspecto de terror anos 80, com direito a possessão e perseguição. Essa última parte é o que levanta o filme.

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Vikram Jayakumar, além de assinar o roteiro, também dirigiu o longa, e, embora a ficha técnica diga que o filme é estadunidense e que os protagonistas falem inglês e sejam californianos, a bem da verdade o estilo indiano de se fazer cinema está por trás de tudo nesse ‘O Segredo da Floresta’. Assim, enquanto diretor, Vikram Jayakumar poderia ter dado maior atenção às cenas de transição e à montagem, especialmente no primeiro ato, em que há uma sequência de cenas que duram menos de dez segundos, seguidas por tela preta.

Em uma camada superficial, podemos até enxergar em ‘O Silêncio da Floresta’ o clássico exemplo de como a ocidentalidade e a branquitude (que partem do princípio de que estão sempre certos e somente eles podem salvar o mundo) interferem em tudo que tocam, e que, não fosse essa atitude de se acharem sempre superiores, muitas coisas erradas poderiam ter sido evitadas – como no próprio filme.

O Silêncio da Floresta’ é, assim, uma alternativa interessante para quem busca filmes de terror com pegadas diferentes das de Hollywood.

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