sábado, abril 27, 2024

Crítica | ‘Os Farofeiros 2’ traz comédia à moda antiga

Sucesso absoluto em 2018, Os Farofeiros virou um daqueles raros fenômenos nacionais que arrastam multidões aos cinemas. Apostando no famoso humor de identificação, o longa trazia típicas situações caóticas comuns a praticamente toda viagem ao literal. Apoiado em alguns estereótipos que costumam fazer sucesso nas comédias brasileiras, como a esposa ‘perua’ surtada e o amigo pilantra sem noção, o longa foi tiro certo no público-alvo, fazendo dele uma dos mais celebrados filmes de humor recentes.

Mais do que isso, a forma exagerada de retratar os perrengues clássicos de viagens ao litoral foi divertidíssima. E parte importante para esse sucesso foi ter um protagonista bastante neutro, fazendo com que o papel de Antônio Fragoso fosse genérico e contido a ponto de criar identificação com todos.

Diante de um sucesso tão grande, a chegada da sequência não é surpresa para ninguém. Na verdade, era mais do que esperada. Com a volta do diretor Roberto Santucci, Os Farofeiros 2 não inova e segue a mesma narrativa do primeiro. No entanto, o filme tenta ser maior em todos os pontos em relação ao anterior.

Dessa vez, o grupo de amigos ganha da empresa uma viagem para um resort de luxo na Bahia. Porém, após turbulentas 22h na estrada, eles chegam ao lugar e descobrem que tudo foi sucateado durante a pandemia, virando um verdadeiro terreno baldio. Por lá, eles vão tentar curtir as atividades anunciadas no prospecto, mas logo percebem que se enfiaram em uma grande furada. Agora, eles precisam sobreviver à semana em meio a lagartos, rios com piranhas e praias abarrotadas de turistas.

Mas o grande destaque da vez é novamente o humorista Maurício Manfrini. O eterno Paulinho Gogó segue com suas tiradas rápidas bem-humoradas e agora está numa trama bem canalha com sua esposa, vivida pela Cacau Protásio, que quer engravidar do terceiro filho, mas não consegue. Charles Paraventi segue com seu Rocha, grosseirão, vivendo o divórcio e tentando melhorar sua aparência para namorar novamente. Para isso, ele usa uma peruca horrenda, que rende boas piadas.

Já o Diguinho de Nilton Bicudo segue com seu jeitão sem confiança, mas agora ele traz uma nova característica: o vício em álcool gel. Traumatizado pela pandemia, ele se recusa a deixar de usar máscaras e não sossega enquanto não tiver um frasco de álcool para se higienizar. E aí entra o tal do humor de identificação. Todo mundo tem um amigo de trabalho que ficou meio neurótico após o trauma da Covid. Aqui, eles exploram ao máximo as piadas em cima da situação.

O longa também brinca bastante com sucessos do cinema, fazendo referências a grandes filmes, incluindo uma sequência ao melhor estilo Top Gun, que chega de forma completamente inesperada. Mas a grande influência do filme é a franquia Gente Grande. As aventuras de Adam Sandler e seus amigos fazendo bobajadas em conjunto claramente foi usada como base aqui, incluindo para a melhor sequência do longa, que é ambientada em um parque aquático.

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Mas fica claro que foi apenas uma inspiração, porque as piadas são completamente diferentes, explorando outras situações hilárias que podem acontecer em um parque aquático. É simplesmente impossível não chorar de rir na sequência em que os maridões começam a ‘escalar’ o maior tobogã do planeta para provar para as esposas e os filhos que são ‘muito machos’.

No fim das contas, o filme é repleto de piadas politicamente incorretas, que certamente vão incomodar a nova geração, mas para os fãs mais vividos, adeptos da comédia à moda antiga, sem perdoar nada e ninguém, essa aventura de férias é garantia de risadas.

Os Farofeiros 2 está em cartaz nos cinemas.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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