sexta-feira, abril 26, 2024

Crítica ‘What If…?’ | Thor quebra tudo no episódio mais descompromissado até aqui

[ANTES DE COMEÇAR A MATÉRIA, FIQUE CIENTE QUE ELA ESTÁ RECHEADA DE SPOILERS]

Se você ainda não assistiu ao sétimo episódio de What If…?, evite esta matéria se não quiser receber spoilers.

Oficialmente na reta final de What If…?, a série animada da Marvel trouxe seu episódio mais descompromissado até o momento. Estrelado por Thor, o capítulo trabalha a história do Deus do Trovão sendo filho único. Nessa realidade, sem a presença de Loki na infância, o loirinho cresceu como um playboy ainda mais mimado, inconsequente e irresponsável do que na linha do tempo regular do MCU. Vivendo de planeta em planeta promovendo festas intergaláticas, o filho de Odin curte as maravilhas de ser herdeiro sem se importar com o que seus atos podem gerar para aqueles mundos.

Analisando friamente como episódio, esse foi realmente o mais descompromissado até aqui. E isso não é ruim. Enquanto outros pareciam tentar dar brechas para o que seria mostrado no futuro, esse foca em desenvolver sua própria história, por menos profunda que ela seja. Considerando que os temas dos últimos capítulos foram mais densos, envolvendo sacrifícios, mortes e frustrações, é divertido lembrar que esses heróis também são humanos (ou quase) e podem aprontar coisas como transformar Las Vegas e a Sydney em pontos de festas universais. E aí a Marvel abre o bolso para trazer muitas participações especiais com seus atores originais dando voz a eles, incluindo mais da metade do núcleo de Guardiões da Galáxia. Por isso, é bem interessante assistir a esse episódio na versão original com legendas (se for possível, claro). Não só por essa galera toda, mas também porque Chris Hemsworth tem um timing maravilhoso para a comédia, então aproveitam isso demais aqui para extrair ao máximo dessa versão fanfarrona do Thor.

E diferentemente dos outros episódios, que eram estrelados por personagens relativamente recentes no Universo Cinematográfico Marvel, esse aqui é composto por um núcleo que está sendo trabalhado há dez anos nas telonas, mas até parece nunca ter sido afetivamente explorado. Então, em vez de trabalhar personagens pro futuro, dando pistas de possíveis versões que veremos deles, esse capítulo pega personagens já consolidados, apesar de não bem desenvolvidos, e mexe com seus conceitos. Por exemplo, a falta de Loki na vida de Thor escancara o quanto Odin foi um péssimo pai. Se os conceitos de heroísmo do Thor regular foram moldados pela promoção de uma disputa ao trono por parte de Odin, levando Thor à glória e Loki à inveja, fica nítido agora que o pai de todos não tinha a menor ideia do que era paternidade. Ainda mais depois dessa versão que, sem ter como usar Loki de muleta, criou Thor como um playboyzinho egoísta, sem o menor senso de responsabilidade.

A presença de Loki, agora como um Gigante de Gelo, também demonstra uma personalidade mais festeira já mostrada na série solo do vilão. No entanto, dá para ver que ele segue com sua personalidade não confiável. Quem também se encaixa nessa persona desconfiável é Maria Hill, que demonstra uma faceta mais próxima dos quadrinhos, sendo mais autoritária e disposta a fazer qualquer coisa para cumprir seus objetivos. É uma personagem meio ditatorial promissora, caso queiram utilizar no futuro.

Seguindo nesse “revisionismo” de certos personagens, a Capitã Marvel surge como a última esperança da Terra para impedir essa festa mortal. Ela é praticamente a mesma personagem mostrada nos cinemas, cheias de poderes, atitude e uma marra de que pode atravessar naves com uma cabeçada. Porém, ela acaba brincando com certos comentários maldosos que alguns supostos fãs fizeram contra a atriz na época do lançamento do filme, como o controverso “você deveria sorrir mais”. Toda vez que o Thor Filhinho de Papai lança um comentário desse tipo, a Capitã desce a lenha pra cima dele. E no final, no maior golpe de ironia, a situação do “Thor Troll” acaba sendo resolvida com ele sendo dedurado para a própria mãe. Sutil, Marvel. Sutil.

Por fim, quando o episódio já tinha acabado, interrompendo o próprio Vigia, surge o Ultron com todas as joias do infinito acopladas em seu corpo. Dentro da armadura, a cabeça do Visão, que foi criado originalmente para ser o corpo final do próprio Ultron. Então fica aí a dúvida se ele será uma versão maléfica do Visão ou apenas a versão final do Ultron. Mas a verdade é que a forma brusca como ele chegou, sem qualquer conexão com o próprio episódio, praticamente garante que ele será uma ameaça interdimensional que provavelmente unirá os personagens que foram mostrados nos últimos episódios para enfrentá-lo.

Não deixe de assistir:


Os novos episódios de What If…? estreiam no Disney+ toda quarta-feira.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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