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Disney: ‘Cinderela’, ‘A Bela e a Fera’ e ‘A Pequena Sereia’ ganharão versões live-action

Malévola teve sua estreia mundial dia 29 de Maio, em diversos países, e se tornou o filme live-action mais visto da Disney em sua abertura (excluindo os títulos da Marvel).

O longa conquistou um novo recorde para o estúdio, somando US$175,5 milhões em bilheteria mundial. O sucesso abriu novas portas para os clássicos da Disney serem recontados em versões modernas – e live-action.

Ontem, o estúdio anunciou a produção de uma versão live-action de ‘A Bela e a Fera‘. A história é baseada no conto fadas francês, escrito por Gabrielle-Suzanne Barbot em 1740. Adaptada, filmada e encenada inúmeras vezes, o conto apresenta diversas versões que diferem do original e se adaptam a diferentes culturas e momentos sociais.

Bill Condon (‘A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Partes 1 e 2’) foi contratado para dirigir a nova versão live-action da animação de 1991. Evan Spiliotopoulos (‘Hércules’) roteiriza.

Conheça as próximas adaptações do estúdio:

 

Cinderela

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A versão live-action de ‘Cinderela‘ será estrelada por Lily James (‘Downton Abby’)

Helena Bonham Carter (‘Os Miseráveis’) será a Fada Madrinha de Cinderela.  Cate Blanchett (‘Robin Hood’) será a madrasta malvada. Richard Madden, que interpreta Robb Stark na série ‘Game of Thrones‘ será o príncipe encantado.

O estúdio baixou o orçamento da produção, e preferiu contratar uma atriz de menor salário – como fizeram com a então desconhecida Mia Wasikowska em ‘Alice no País das Maravilhas‘. Ela substitui Emma Watson (‘Harry Potter), que chegou a negociar com o estúdio mas não fechou acordo.

Kenneth Branagh (‘Thor’) dirige. Ele substitui Mark Romanek (‘Não me Deixe Jamais’). As filmagens estão previstas para começar em Londres no fim do ano.

Cinderela‘ será uma versão live action que a Disney prepara para o clássico de animação lançado pelo estúdio em 1950. Depois que ‘Alice no País das Maravilhas‘ arrecadou US$ 1 bilhão mundialmente, o estúdio tem pressa em levar o projeto adiante.

A exemplo de ‘Alice no País das Maravilhas‘, outros clássicos da animação da Disney prometem ganhar versões em carne e osso, além de Cinderela. Um deles é ‘A Bela Adormecida‘, com o título provisório de ‘Malévola‘.

Chris Weitz – que dirigiu e roteirizou ‘Um Grande Garoto‘ e dirigiu ‘Crepúsculo – Lua Nova‘ – é o roteirista. Ele trabalha em cima do roteiro de Aline Brosh McKenna, responsável pelo enredo dos filmes ‘O Diabo Veste Prada‘ e ‘Vestida para Casar‘.

Vale lembrar que a Universal anunciou que também adaptará ‘Cinderella‘ às telonas, e contratou Ann Peacock (‘As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o GuardaRoupa’) para roteirizar. A personagem agora é propriedade de domínio público.

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O Livro da Selva

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Baseado no clássico livro de Rudyard Kipling, a animação com live-action da Disney terá Idris Elba emprestando sua voz ao tigre Shere Khan, e Jon Favreau (‘Homem de Ferro’) na direção.

Scarlett Johansson (‘Sob a Pele’) e Lupita Nyong’o (’12 Anos de Escravidão’) estão em negociações para dublar. Se assinar contrato, Johansson dublará a cobra píton Kaa, e Nyong’o emprestará sua voz à loba Rakcha, que adota Mogli.

Trata-se de uma das prioridades do estúdio. O roteiro é da estreante Callie Kloves, filha do roteirista Steve Kloves, que assinou sete filmes da franquia ‘Harry Potter’ para a Warner. Ele participa do projeto como produtor.

O filme é uma adaptação do livro de Rudyard Kipling, lançado no Brasil com o título de ‘O Livro da Jângal’, mas conhecido também como ‘O Livro da Selva’.

A obra reúne várias histórias que narram as aventuras de Mogli, um garoto órfão que é criado por animais na selva.

Além deste projeto, a Warner também prepara uma versão de ‘The Jungle Book’ com Ron Howard (Rush – No Limite da Emoção) na direção.

 

 

A Pequena Sereia

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Um dos maiores sucessos da Walt Disney Animation Studios está prestes a ganhar também uma versão em live-action. O clássicoA Pequena Sereia‘ (The Little Mermaid) ganhará em breve uma versão com atores reais.

Kelly Marcel foi contratada para roteirizar. Ela recentemente finalizou o roteiro da adaptação de ‘50 Tons de Cinza‘.

Sofia Coppola dirigirá.

A Pequena Sereia‘  é inspirada no livro de mesmo nome escrito por Hans Christian Andersen e lançado em 1837. A história fala de uma sereia chamada Ariel, a filha caçula do Rei Tritão, comandante dos sete mares. Insatisfeita com sua vida, ela deseja caminhar entre os humanos para conhecê-los melhor, mas sempre é proibida por seu pai, que considera os humanos como sendo “bárbaros comedores de peixe”.

Até que ela se apaixona por um jovem príncipe e, no intuito de conhecê-lo, resolve firmar um pacto com Úrsula, a bruxa do reino, que faz com que ela ganhe pernas e se torne uma verdadeira humana. Porém, Úrsula também tem seus planos e eles incluem a conquista do reino de Tritão.

 

 

Mulan

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O diretor Charles Russel (‘O Escorpião Rei’) foi substituído por Jan de Bont (‘Lara Croft: Tomb Raider – A Origem da Vida’).

A atriz chinesa Zhang Ziyi (‘O Clã das Adagas Voadoras’, ‘O Tigre e o Dragão’) viverá a protagonista da história, que vive na remota China Imperial e arrisca sua vida se disfarçando de homem para ir à guerra no lugar de seu pai, que está doente.

Com a produção agendada para iniciar em outubro deste ano, na China, a Disney investirá US$ 100 milhões no projeto.

Quem deve também estar no elenco é o cantor e ator Wang Lee Hom, cotado para viver o general Li, que arrisca a própria vida para proteger Mulan e impedi-la de ser exposta.

 

 

101 Dálmatas

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A Walt Disney Pictures está avançando com um projeto live-action centrado em Cruella de Vil, a icônica vilã de 101 Dálmatas. O estúdio já contratou a roteirista Aline Brosh McKenna (‘O Diabo Veste Prada’) para escrever Cruella.

McKenna co-produzirá o longa ao lado de Andrew Gunn, que já trabalhou com a Disney em ‘Sexta-Feira Muito Louca’‘Super Escola de Heróis’ e ‘Um Faz de Conta que Acontece’, entre outros.

A equipe também conta com um nome ilustre: Glenn Close, que interpretou Cruella em 101 Dálmatas e ‘102 Dálmatas’, será produtora executiva do filme.

A personagem surgiu em 1956, criada pela escritora Dodie Smith no livro 101 Dálmatas (The One Hundred and One Dalmatians). Cinco anos depois, a Disney produziu a primeira adaptação cinematográfica da história, em forma de animação.

‘The Walking Dead’ pode ir até sua 12ª temporada

A quinta temporada de ‘The Walking Dead‘ começa em outubro, mas novidades não param de pipocar na internet. Após os boatos de que um dos protagonistas morrerá na próxima temporada, mais uma notícia surge na internet.

A série de zumbis é um dos programas mais populares da televisão, e o canal norte-americano AMC pretende aproveitar ao máximo esse sucesso. Além de planejar uma série spin-off, o produtor David Alpert revelou que pretende levar a série até a 12ª temporada.

The Walking Dead‘ é baseada na HQ de mesmo nome, publicada nos Estados Unidos pela Image Comics desde 2003. A história foi criada e escrita por Robert Kirkman e desenhada por Tony Moore.

“Eu gosto muito de trabalhar com o material original das HQs, especificamente, porque com essa base já sabemos como prosseguir com a série até a décima temporada. Também temos uma boa ideia do que fazer na 11ª e 12ª temporada. Temos pontos de referência e histórias para todos esses anos, se tivermos sorte o suficiente para chegarmos até lá”, revelou ao Indiewire.

Se a vontade do produtor se confirmar, teremos a série até 2021. Longe, né?

A última temporada se encerrou com o episódio ‘A‘, exibido nos EUA dia 30 de Março. Com o sucesso, a AMC agendou o primeiro episódio da nova temporada para 12 de outubro. A quarta temporada de ‘The Walking Dead‘ foi encerrada com Rick e seus colegas capturados por um jovem grupo de canibais. Os sobreviventes chegaram ao Terminus e foram arrebanhados como gado em um vagão. O grupo confinado incluía Rick, Daryl, Michonne, Carl, Maggie, Glenn, Tara, Bob, Sasha, Abraham, Eugene e Rosita.

The Walking Dead‘ é centrada em Rick Grimes, um oficial de polícia da pequena cidade de Cynthiana, no estado do Kentucky, sua família e uma série de outros sobreviventes que se uniram para manterem-se vivos depois que o mundo foi infestado por zumbis.

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Trilha Sonora | ‘A Culpa é das Estrelas’

CinePOP reuniu nesta página as músicas da fantástica trilha sonora de ‘A Culpa é das Estrelas‘.

‘A Culpa é das Estrelas’: 10 Filmes no mesmo estilo!

Bilheterias BR: ‘ A Culpa é das Estrelas’ se prova forte como o livro

Crítica em Vídeo: ‘A Culpa é das Estrelas’, ‘Oldboy’ e ‘O Lobo Atrás da Porta’

Ouça:

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1. All of the Stars – Ed Sheeran
2. Simple As This – Jake Bugg
3. Let Me In – Grouplove
4. Tee Shirt – Birdy
5. All I Want – Kodaline
6. Long Way Down – Tom Odell
7. Boom Clap – Charli XCX
8. While I’m Alive – STRFKR
9. Oblivion – Indians
10. Strange Things Will Happen – The Radio Dept.
11. Bomfalleralla – Afasi & Filthy
12. Without Words – Ray LaMontagne
13. Not About Angels – Birdy
14. No One Ever Loved – Lykke Li
15. Wait – M83
16. Best Shot (Bonus Track) – Birdy & Jaymes Young

O Lobo Atrás da Porta

(O Lobo Atrás da Porta)

 

Elenco:

Thalita Carauta, Leandra Leal, Fabiula Nascimento, Juliano Cazarré, Milhem Cortaz.

Direção: Fernando Coimbra

Gênero: Drama Nacional

Duração: 101 min.

Distribuidora: Imagem Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 05 de Junho de 2014

Sinopse:

Numa delegacia, um homem (Milhem Cortaz), sua mulher (Fabíula Nascimento) e a amante dele (Leandra Leal) são interrogados. Arrancados pacientemente pelo detetive (Juliano Cazarré), um após o outro, seus depoimentos vão tecendo uma trama de amor passional, obsessão e mentiras que levará a um final completamente inesperado.

Crítica em Vídeo:

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Curiosidades:

» —

 

Trailer:

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Cartaz:

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Fotos:

Oldboy – Dias de Vingança

(Oldboy)

 

Elenco:

Josh Brolin, Elizabeth Olsen, Samuel L. Jackson, Sharlto Copley, Austin Naulty, Brett Lapeyrouse, Caitlin Dulany, Ciera Payton, Elvy Yost, Grey Damon, Hannah Ware, Ilfenesh Hadera, James Ransone, Joe Chrest, Lance Reddick, Linda Emond, Max Casella, Michael Imperioli, Philippe Radelet, Pom Klementieff, Rami Malek, Richard Portnow.

Direção: Spike Lee

Gênero: Ação

Duração: 104 min.

Distribuidora: Paris Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 05 de Junho de 2014

Sinopse:

Num dia de 1988, um homem comum chamado Joe Doucett (Brolin), bem casado e pai de uma garotinha de três anos, é encontrado bêbado e levado à delegacia para ser ouvido pelas autoridades.

Na saída, ele liga para casa de uma cabine telefônica, e desaparece misteriosamente, deixando como pista apenas o presente de aniversário que havia comprado para a filha. Ao acordar, ele percebe estar numa estranha prisão, na verdade um quarto de hotel no qual há apenas uma TV ligada. Joe come a comida escassa que é depositada na porta e respira, toda noite, um gás que o faz dormir. Pelo noticiário, ele descobre ser o principal suspeito da morte brutal de sua esposa. Apenas 20 anos depois o homem é solto, sem explicações, e inicia uma jornada de vingança para descobrir quem o trancafiou por tanto tempo, e por quê.

Crítica em Vídeo:

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Curiosidades:

»  Mark Protosevich (‘Eu Sou a Lenda’) roteiriza. Como o filme sul-coreano original, lançado em 2003, o roteiro foi baseado no mangá assinado por Garon Tsuchiya e Nobuaki Minegishi.

» Spike Lee (‘O Plano Perfeito’) dirige.

» Sharlto Copley (‘Distrito 9′) interpreta o vilão Adrian Pryce. Elizabeth Olsen foi escolhida para viver a protagonista feminina. O papel foi recusado por Mia Wasikowska (‘Alice no País das Maravilhas’) e Rooney Mara (‘Millennium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres’). Samuel L. Jackson (‘Os Vingadores’) será um dos seguranças torturados pelo protagonista.

» Steven Spielberg originalmente dirigiria o filme, com Will Smith no papel principal, mas os dois abandonaram o projeto.

Trailer:

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Cartazes:

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Fotos:

 

Riocorrente

Você já viu um filme feito para não ser entendido? Chegou aos cinemas brasileiros nesta última semana o esquisito longa-metragem de Paulo Sacramento, RioCorrente. Mostrando o cotidiano de três personagens peculiares cada qual no seu qual, o filme persegue a curiosidade do espectador a todo instante criando arcos dramáticos sem desenvolvimento no seu ponto de intercessão. O público se pergunta a toda hora o porquê de não entender absolutamente nada do que o filme quer dizer.

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Na trama, uma das mais loucas dos últimos anos quando falamos de cinema nacional, conta a história de um homem desiludido e ex-ladrão de carros chamado Carlos (Lee Taylor), um jornalista de prestígio chamado Marcelo (Roberto Audio) e uma mulher chamada Renata (Simone Iliescu) que se relaciona ao mesmo tempo com esses dois personagens citados. Ao longo dos dias, o descontrole dos três vai chegando ao limite e o destino deles acaba se aproximando mais ainda.

O projeto tem a ambição de ser incompreendido. Possui traços de críticas sociais profundas mas muito mal elaboradas. A montagem e a edição deste filme parecem ter sido feita às pressas, deixando a desejar no desenvolvimento de suas personagens. Renata, por exemplo, o elo de intercessão entre todos na história, não tem sua verdade descascada para o espectador tornando o longa-metragem uma experiência chata e maçante.

Riocorrente

Cinema experimental? Uma viagem absurda ao incompreensível? RioCorrente, por sua sinopse, possuía elementos que poderiam gerar um filme bom mas tudo isso vira de ponta cabeça bem antes do meio da história. É o tipo de filme que assusta o público. Com tantos títulos brasileiros ótimos recentemente lançados no cinema (como: Gata Velha Ainda Mia e O Lobo Atrás da Porta), esse trabalho de Paulo Sacramento chega como uma ducha fria. Tentar ser David Lynch (o rei do incompreensível genial) não é o caminho.

Vizinhos

Depois do ótimo Cinco Anos de Noivado, o diretor Nicholas Stoller volta aos cinemas, dessa vez, para estragar toda a simpatia dos cinéfilos que curtiram seu último trabalho. Seu novo trabalho, Vizinhos, é um show de futilidades, bizarrices e cenas impossíveis, do início ao fim. O roteiro é fraquíssimo e as atuações beiram ao ridículo. Surpreende a excelente atriz Rose Byrne fazer parte de um projeto tão tosco como esse, já que as escolhas de Seth Rogen e Zac Efron são compreensivas.

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Na trama, conhecemos o casal Mac (Seth Rogen) e Kelly (Rose Byrne) que vivem tranquilamente com sua filhinha em um simpático bairro no subúrbio dos Estados Unidos. Certo dia, o grupo de uma fraternidade aluga a casa ao lado da deles, desencadeando uma série brigas e confusões em meio a festas de grandes proporções.

Ereções expositivas, duelos de mijos e muito mais bobagens. Até quando teremos que suportar essas histórinhas infinitamentes já batidas?  O filme não parecer navegar em uma lineariedade plausível em nenhum instante, o cúmulo de absurdos e os desfechos sem noção (fruto de muitos improvisos dos atores em cena) atrapalham qualquer nota favorável à produção. O diretor parece que reuniu um grupo de amigos, ligou a câmera e gravou o que acontecia, sem se preocupar se havia qualidade naquilo. É mais um blockbuster, boboca, norte-americano.

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Vizinhos, é um pipocão sem qualidade. Falta talento, criatividade, maturidade, bom senso, sal… Você tem duas opções: assistir e desligar os neurônios durante 96 minutos ou assistir a algum outro filme que realmente faça seu tempo e investimento valer a pena, já que os cinemas brasileiros estão cada vez mais caros. Ah! Se seu vizinho for um mala, mande-o assistir a esse filme.

Uma Noite

Mambo e ChaChaChá mas também lágrimas que enchem o mar. E vem diretamente da famosa ilha de Fidel uma das grandes surpresas do último Festival do RJ de cinema, o destemido longa-metragem de Lucy Mulloy, Uma Noite. Baseado em fatos reais, o filme conta, de forma poética, a vida de personagens carismáticos, recheados de sonhos, incertezas e desilusões. Em pouco mais de 90 minutos, sem clichês e sem a obrigação de encher lingüiça, a direção (absolutamente maravilhosa), encontra seu brilho nas lindas capturas da alegria cubana em meio a tristeza de uma terra muitas vezes esquecida.

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Na trama, acompanhamos a história de Raul (Dariel Arrechaga) e Elio (Javier Núñez Florián), que por sofrerem muitos traumas em uma terra sem oportunidades, decidem bolar um plano para fugir de vez do país em que nasceram rumo a uma terra nova, com infinitas possibilidades. O plano é conseguir montar um barco que ande o suficiente até o outro continente. Mas às vésperas do dia mais importante de suas vidas, a irmã de um deles, Lila (Anailín de la Rúa de la Torre) fica sabendo do audacioso destino dos jovens e as coisas tomam um rumo novo.

Os pés descalços andando de bicicleta, a dor da humilhação, as consequências de atos não pensados são alguns dos elementos que cercam a vida dos personagens principais. Aos olhos de Lila, que narra a história do início ao fim, somos testemunhas de uma história rica em detalhes e que deve emocionar grande parte do público. A naturalidade e maturidade dos artistas na frente das câmeras é o reflexo de tantos prêmios que o filme já ganhou mundo à fora. Além de tudo, esse trabalho não deixa de ser uma crítica social a um governo que limita muito o destino e a possibilidade do sonhar.

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Entendemos melhor como é a vida nos subúrbios de Havana. A dureza da realidade é muito bem encaixada nas ações dos personagens. Só por conta disso, além de ter muito mais elementos interessantes, já se coloca como um trabalho corajoso de Lucy Mulloy. Esse trabalho é sem dúvidas um dos melhores filmes latino-americanos dos últimos tempos e todos os amantes desta tão deliciosa sétima arte devem assistir a essa grande joia rara cubana. Bravo!

Walesa

WAJDA PRODUZ UM BOM RETRATO DO LÍDER SINDICAL

 

Antes de falarmos do filme polonês Walesa (Wałęsa), falemos da figura histórica Lech Wałęsa (ou Walesa, aportuguesado). Wałęsa era um eletricista nos portos da cidade de Gdansk, em meados da década de 1960. Integrante da União Soviética, a Polônia vivia uma ditadura de partido único – mas que adotava uma retórica de democracia direta – que produziu uma grave crise econômica, com inflação e desabastecimento. Inicialmente liderando uma greve no estaleiro de Gdansk, Wałęsa tornou-se uma das figuras mais importantes na transição para a democracia. Foi um dos fundadores do sindicato (e futuro partido político) Solidariedade, na década de 1980. Ele tinha tamanha liderança e carisma, que foi eleito presidente da Polônia nas primeiras eleições livres.

No poder, Wałęsa tornou-se uma figura controversa. Tomou medidas liberais, como privatizações e abertura da Polônia para o mercado externo, mas não conseguiu se reeleger e, nas eleições de 2000, sequer ultrapassou 1% dos votos. Grande líder para alguns, agente do capitalismo para outros, sindicalista incompetente, apenas uma figura carismática, um líder nato. Enfim, uma breve busca no Google para o leitor perceber as contradições dessa figura histórica.

 

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O filme do grande Andrzej Wajda – Oscar honorário em 2000 por sua contribuição ao cinema e diretor de obras como Kanal e Katyn – não abrange toda a complexidade de seu protagonista, mas dá uma medida das suas contradições, além de sintetizar o clima político do período, indo dos primeiros confrontos à eleição de Wałęsa.

Cinebiografias que optam por explorar um grande período da vida – quando não toda vida – de uma pessoa, acabam sendo superficiais, servindo de um resumo visual de uma biografia. Ficam de lado os dramas humanos e as contradições do biografado. Wajda não se sai impecável, mas consegue um resultado muito bom. O filme começa fins dos anos 1980, pouco antes das primeiras eleições diretas. Acompanhamos a chegada de uma repórter italiana que fará uma entrevista com Wałęsa. O roteiro se aproveita de uma entrevista real concedida por ele à repórter Oriana Fallaci. Com este detalhe de roteiro, Wajda consegue justificar, dramaticamente, o formato episódico do filme.

A maior qualidade da película está na reconstituição dos fatos históricos. O design de produção consegue recriar o ambiente da época. A montagem integra imagens da época com outras filmadas para o longo, cuja fotografia preto-e-branco ou granulado simula imagens de arquivo; este efeito, por vezes, resulta um tanto cafona. A trilha sonora, com forte pegada no rock, pontua muito bem as cenas, embora as letras possam soar redundantes para alguns.

Se Wajda é bem sucedido ao reconstituir o período – tanto visualmente quanto no clima de opressão da época – as contradições de Wałęsa e sua vida pessoal são pontos fracos.

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A relação de Wałęsa (interpretado por Robert Wieckiewicz) com a esposa Danuta (Agnieszka Grochowska) é a que recebe o melhor tratamento, muito por conta da ótima atuação de Agnieszka Grochowska. É convincente a imagem da mulher que, mesmo consciente da importância política do marido, apenas deseja levar uma vida tranquila. Ficamos cúmplices na dor de Danuta. Em nenhum instante vemos egoísmo. É apenas uma pessoa que, vítima do fardo histórico, gostaria de levar uma vida normal. Elemento importante nesta construção é o amor dela por Wałęsa, tão bem trabalhado pela atriz. É a personagem de mais fácil identificação.

A maior fraqueza do filme é a construção das contradições de seu protagonista. Mesmo para um mestre como Wadja, é complicado conciliar um grande período de tempo com aprofundamento psicológico, especialmente num filme de duas horas. Muitas das contradições de Wałęsa não são captadas. Nos trechos nos quais o vemos na ação, Robert Wieckiewicz constrói uma figura quase unidimensional, revelando o lado mais carismático de Wałęsa. Apenas durante a entrevista, o lado egocêntrico da personagem aparece.

Wałęsa era um falastrão, gostava de uma bravata, bom de copo, com um ego muito grande. Essas contradições são traduzidas pela postura que Robert Wieckiewicz imprime à personagem durante a entrevista. Tanto pela entonação de sua voz, quanto por seu gestual, o ator transmite ao público uma imagem não muito simpática de Wałęsa, contrastando com a figura agradável do restante da narrativa.

Walesa já estreou em algumas cidades. É um filme fadado ao circuito alternativo dos grandes centros ou aos cineclubes, não por ter uma linguagem rebuscada, mas por ser de um país “exótico”. No fundo, trata-se de um filme até bastante convencional, porém, eficiente em sua carpintaria. Se viesse de uma região menos “exótica”, talvez tivesse um público maior.

Game Of Thrones – Temp. 04 – Ep. 08

CHOQUE

 

Falar que uma obra é chocante eleva as expectativas do leitor, que pode concluir que o “crítico estava exagerando”. Mas, realmente, chocante é o melhor termo para definir este oitavo ep. de Game of Thrones – GoT. Ou, pelo menos, sua parte final.

O ep. 08 já começou todo trabalhado no vermelho sangue! Os selvagens atacaram Vila Toupeira. Nos episódios iniciais da temporada, Sam (John Bradley) levou Gilly (Hannah Murray) e o bebê para um prostíbulo local; queria protegê-los dos seus companheiros de Patrulha. Coitado! Não fosse por Ygritte (Rose Leslie), Gilly e a criança estariam mortas. Apesar da tristeza, Sam não perdeu as esperanças de que Gilly esteja bem. O massacre na Vila Toupeira foi um prelúdio do que o final nos guardava.

Outro momento de choque – mais emocional do que plástico – ocorreu em Meereen. Daenerys (Emilia Clarke) descobriu que, por certo tempo, Jorah Mormont (Iain Glen) vazou informações suas para o Trono de Ferro. Khaleesi foi dura, e lhe deu a opção de ser decapitado ou de ir embora. O único sinal de que Daenerys estava com algum tipo de dor era sua face virada para o alto.

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Mas, veio de Meereen um dos poucos momentos “fofos” deste oitavo ep. A declaração de amor do imaculado Verme Cinzento (Jacob Anderson) para Missandei (Nathalie Emmanuel). Foi uma declaração de amor bem adequado ao espírito da série.

Quem alcançou a glória foi Ramsay Snow, digo, Ramsay Bolton (Iwan Rheon). Lord Bolton (Michael McElhatton) reconheceu Ramsey como filho. Sua vitória particular veio por causa de sua vitória militar. Tudo indica que o Casa Bolton ganhará mais e mais poder ao longo da série. Confesso não saber o que pensar sobre Theon Greyjoy (Alfie Allen). Sua degradação física, moral e mental parece sem volta. R. R. Martin sente um estranho prazer em triturar suas personagens, que ultrapassam seus limites até acabarem trituradas.

No Vale, Sansa (Sophie Turner) finalmente começa a se mostrar uma jogadora. Como se dizia antigamente, foi seu desbunde!  Com apenas um depoimento, ela salvou o pescoço de Lord Baelish (Aidan Gillen) e ganhou a confiança dos anciões do Vale. E, ao que tudo indica, fará uma maquiavélica aliança com Baelish para assumir o poder no Ninho da Águia. Essa mudança foi inclusive visual: enquanto Baelish doutrinava com Robin (Lino Facioli), Sansa surge de uma contraluz em um vestido negro. Uma imagem entre o erótico e o mau agouro.

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Antológica já é a risada de Arya Stark (Maisie Williams)! Sério, um momento rápido que se tornará lendário nas crônicas de Westeros. Ao chegarem ao Ninho da Águia, Sandor Clegane (Rory McCann), que busca uma recompensa por ter salvo Arya, ficou paralisado ao saber da morte de  Lyse Arryn (Kate Dickie). Arya gargalhou! Foi um dos momentos mais simples e geniais de GoT!

Mas, falemos do grande choque da noite! Nada, absolutamente nada, nem mesmo o casamento vermelho, havia nos preparado para o desfecho da luta entre Oberyn Martell (Pedro Pascal) e Gregor Clegane (Hafþór Júlíus Björnsson). Repito, NADA! Quando pensamos que R. R. Martin esgotou seu saco de maldade, ele nos surpreende.

O diálogo entre Tyrion (Peter Dinklage) e Jaime (Nikolaj Coster-Waldau) não foi um prelúdio, mas um respiro para o que nos aguardava.

Quem não leu o livro nem recebeu spoiler foi pego de surpresa. Embora com um estilo todo performático de lutar, Oberyn estava vencendo. Ele colocava para fora todo o ódio pela morte da irmã. Mas, sua vingança o cegou. Quando poderia ter matado Gregor, este o derrubou no chão e, gritando o nome Elia Martell, afundou os olhos de Oberyn, até esmagar sua cabeça. Foi uma cena plasticamente chocante, mas principalmente foi um choque sentimental. Oberyn apareceu na série de forma marcante, e logo tornou-se personagem importante. Profundo e complexo, em qualquer outro tipo de obra narrativa, teria longa vida. Ao optar por matar grandes personagens, R. R. Martin não cria apenas um real sensação de perigo, também provoca no espectador instantes de profunda tristeza.

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