Pierre Deladonchamps, Christophe Paou, Patrick D’Assumçao, Jérôme Chapatte, Mathieu Vervisch.
Direção: Alain Guiraudie
Gênero: Drama
Duração: 97 min.
Distribuidora: Imovision
Orçamento: US$ — milhões
Estreia: 13 de Dezembro de 2013
Sinopse:
Durante o verão, homens se encontram na beira de um lago escondido. Franck (Pierre Deladonchamps) se apaixona por Michel (Christophe Paou), um homem bonito, poderoso e mortalmente perigoso. Franck sabe com quem está se envolvendo, mas ignora o perigo para poder viver essa paixão.
Ao iniciar o esgotamento político do golpe militar no Brasil (1978), acompanhamos o romance entre um soldado de dezoito anos e um agitador cultural, dono de um cabaré anarquista. Confrontos e reflexões de uma geração analisados a partir da periferia. A exceção pautando a visão da regra.
Inside Llewyn Davis – Balada de Um Homem Comum acompanha uma semana na vida de um jovem cantor folk, ambientada no bairro de Greenwich Village, Nova York, em 1961.
Llewyn Davis (Oscar Isaac) está numa encruzilhada. Com seu violão em punho, acuado pelo imperdoável inverno novaiorquino, ele luta para viver como músico, apesar de enfrentar obstáculos quase intransponíveis — muito por sua própria culpa. Vivendo à mercê de amigos e estranhos, assustado com os trabalhos que encontra, as desventuras de Davis o levam de bares no Village a um clube vazio em Chicago, enfrentando uma odisseia para ter uma audição com um influente empresário musical — e depois voltar.
Repleto de músicas interpretadas por Isaac, Justin Timberlake e Carey Mulligan (que vivem o casal de amigos do Village), além de Marcus Mumford e Punch Brothers na trilha sonora,Inside Llewyn Davis — na mesma tradição de “E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?” — é embalado por músicas de outro lugar e época.
Um épico em escala íntima que traz às telas a quarta colaboração dos irmãos Coen com o produtor musical T Bone Burnett, vencedor de múltiplos grammys e oscars.
Curiosidades:
» Oscar Isaac (‘Drive’) vive o protagonista Llewyn Davis. Ele também ajudou a compor a trilha sonora, junto do prestigiado músico T-Bone Burnett (‘Jogos Vorazes’).
» Os irmãos Coen já se aventuraram no gênero musical em ‘E aí, Meu Irmão, Cadê Você?‘, de 2000.
» Vencedor do Grand Prix no Festival de Cannes 2013, ‘Inside Llewyn Davis‘ terá sua première brasileira em 18 de outubro, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A estreia acontece no dia 6 de dezembro nos EUA.
A história acompanha Philomena Lee (Judi Dench), que quando jovem teve seu filho recém-nascido dado para adoção ao ser mandada para um convento. A criança é adotada por um casal americano e some no mundo.
Quando sai do convento, Philomena inicia uma jornada para encontrar seu filho, com a ajuda de Martin Sixsmith (Steve Coogan) , um jornalista fracassado de temperamento forte.
Durante a viagem, eles começam a redescobrir informações sobre o passado Philomena e de seu filho, que os une afetivamente.
Curiosidades:
» O filme é baseado no livro ‘The Lost Child of Philomena Lee’, de Martin Sixsmith.
» ‘Philomena’ traz a atriz Judi Dench (‘007 – Operação Skyfall’) sob a direção de Stephen Frears (‘Alta Fidelidade’, ‘A Rainha’).
Elenco: Vozes no Original: Hayden Panettiere, Christina Ricci, Justin Long, Dennis Hopper, Danny Glover, Larry Miller, Eric Price, Brian Donovan, Chris Carmack.
‘A Lady e o Lobo‘ conta a história de dois jovens lobos com personalidades totalmente diferentes. Após serem capturads por guardas e levados para um parque nos Estados Unidos, os dois têm que vencer as diferenças para que juntos, possam percorrer o longo caminho até em casa, uma floresta bem distante dos humanos.Curiosidades:
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Trailer:
Bons filmes, despedida e homenagens marcaram o final do Cine PE 2014.
Noite final de Exibição
O último dia da apresentação de longas-metragens de ficção, no Cine PE, aconteceu na quinta-feira (01), a competição leva o nome de Festival Internacional de Cinema. Lá foram exibidos dois inéditos títulos: Romance Policial, de Jorge Durán, e o carioca Muitos Homens num Só, da estreante Mini Kerti. O evento ainda reexibiu Mundo Deserto de Almas Negras, como forma de compensação pelo fato de ter sido passado tão tarde na última terça.
Romance Policial – Excelente suspense policial que possui uma atmosfera intimista e um tanto seca, amparada por uma árida estética, com uma fotografia fria que evidencia o estado de espirito de seu protagonista. A trama é curiosa e deixa o espectador intrigado com a verdade por trás das figuras em tela. Como de costume, Daniel de Oliveira realiza um excelente trabalho e dar um tom meio perdido ao seu Antônio. Daniela Ramírez confere um ar sexy à misteriosa Florencia. O experiente cineasta Jorge Durán, entrega um trabalho elegante e seguro, errando apenas na escolha de inserir uma equivocada e expositiva narração em off.
Muitos Homens num Só – Sem duvidas um dos melhores filmes exibidos nesta edição do festival, ao lado do já premiado, O Mercado de Notícias, de Jorge Furtado. Incrível adaptação do livro Memórias de um Rato de Hotel. É dono de um ritmo preciso, apresenta seus personagens maravilhosamente e conquista por sua linguagem universal. Com um design de produção impressionante, a direção de arte e figurino é um show à parte. As atuações de Alice Braga e Vladimir Brichta também são destaques por aqui. Brichta está ótimo e domina em tela com um personagem que vai, em pouco tempo, do cafajeste ao sujeito apaixonado. A fita começa num tom, muda pra outro e termina de modo completamente inusitado. O roteiro é rico e detém de várias camadas, como a união da ciência e polícia, para a resolução de casos.
Notícia inacreditável
Na manhã seguinte, o jornalismo nacional, presente em Recife, acordou com a trágica notícia da morte do crítico de cinema baiano, João Carlos Sampaio – que passou mal durante a madrugada de sexta e foi levado para o Hospital Português, onde no caminho teve um infarto fulminante e não resistiu às complicações. O jornalista escrevia para o jornal A Tarde desde 1995, onde viajava pelo país, cobrindo e participando de inúmeros festivais. João, como era conhecido pelos colegas e amigos, era uma pessoa gentil, doce e extremamente feliz. Sempre brincalhão, conquistava a todos ao seu redor. Mais uma enorme perda tida em 2014.
Premiação Final
Por volta das 20h30, no Teatro Santa Isabel, centro do Recife, aconteceu à cerimônia de encerramento do Cine PE, rotulada pela própria curadoria como silenciosa e rápida, em respeito à memória de João Sampaio. Com homenagens póstumas a Glauber Rocha, pelos 50 anos de Deus e o Diabo na Terra do Sol, e José Wilker, que faleceu no mês passado, o evento, apresentado porDeborah Secco e Bruno Torres, teve um ar fúnebre, abrindo margem para mais uma condolência ao João, onde um crítico da ABRACCINE leu um trecho de uma nota dada pelo jornalista, em relação ao filme E Agora? Lembra-me. Os maiores destaques da premiação foram, justamente, os dois últimos longas exibidos na quinta, Muitos Homens num Só e Romance Policial.
Confira, logo abaixo, os longas de ficção que foram premiados:
Melhor Filme: Muitos homens num só (RJ) Melhor Diretor: Mini Kerti (Muitos homens num só) Melhor Roteiro: Leandro Assis (Muitos homens num só) Melhor Ator: Vladimir Brichta (Muitos homens num só) Melhor Atriz: Alice Braga (Muitos homens num só) Melhor Fotografia: Luis Abramo (Romance Policial – RJ) Melhor Montagem: Mirco Garrone (Anni Felici – Itália) Melhor Edição de Som: Sérgio Mekler (Muitos homens num só) Melhor Trilha Sonora: Dado Villa Lobos (muitos homens num só) Melhor Direção de Arte: Kiti Duarte (Muitos homens num só) Melhor Ator Coadjuvante: Victor Monteiro (Romance policial) e Pedro Brício (Muitos homens num só) Melhor Atriz Coadjuvante: Roxana Campos (Romance policial) e Pia Engleberth (Anni Felici) Prêmio Especial da Crítica/ABRACCINE: E agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto Prêmio do Júri Popular: Muitos homens num só Menção Honrosa: O menino no espelho (ampliou a proposta de produção brasileira que destaca fatos da história nacional), elenco infantil de Ano Feliche e Menino no Espelho e Filme Mundo Deserto de Almas Negras (pela inventividade e ousadia ao construir filme que utiliza espírito DJ na construção narrativa).
Sinopse: Baseado em fatos reais, narra a conspiração político-militar que culminou no suicídio de Getúlio Vargas, Presidente da República em 1954. O filme percorre a intimidade dos 19 últimos dias da vida de Getúlio, período em que ele fica isolado no Palácio do Catete, enquanto seus opositores o acusam de ser o mandante do atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, onde morreu o Major Vaz. O longa-metragem encontra emoção e entretenimento nos acontecimentos que levaram o presidente a dar um tiro no coração sozinho em seu quarto.
Murray (Woody Allen), dono de uma livraria em Nova York, resolve convencer seu amigo Fiorante (John Turturro), um tímido vendedor de flores, a virar um Don Juan profissional. Os dois acabam envolvendo-se em diversas confusões amorosas e financeiras.
O Menino do Espelho e Os Anos Felizes conquistam o público presente do festival.
Numa quarta-feira chuvosa em Olinda e Recife, que ocasionou inúmeros transtornos no trânsito, o Cine PE deu continuidade a Mostra Internacional de Cinema, onde são passados os longas-metragens de ficção. Tivemos a exibição do novo filme de Daniele Luchetti, Os Anos Felizes, e do mineiro O Menino no Espelho, de Guilherme Fiúza Zenha, que subiu ao palco do evento ao lado de Mateus Solano e os dois garotos que estrelam a fita.
Os Anos Felizes conta a história de um casal, Guido (Kim Rossi Stuart) e Serena (Micaela Ramazzotti), que vive entre tapas-e-beijos, devido ao lado um tanto liberal do marido, que se mostra cada vez mais atraído por suas modelos. Serena também se ver no direito de aventurar-se com outros homens, devido a despretensão do sujeito. Em meio a isso, os filhos do casal presenciam todas as desavenças e picuinhas. Os garotos que dão vida aos personagens Dario (Samuel Garofalo) e Paolo (Niccolò Calvagna) são os grandes destaques do longa e acabam roubando a cena. A película imprime perfeitamente o clima e estilo italiano que vimos em tantos títulos do país. Elementos familiares, brigas e paixões são latentes no troço, que, por assim, mostra-se bem interessante.
Não por coincidência, O Menino no Espelho tem também como foco principal as crianças. Baseado no livro do saudoso Fernando Sabino, que é quase uma autobiografia da infância do autor, nos anos 20, o filme exala um ar nostálgico de um tempo que infelizmente não volta mais. Digo isso por Guilherme Fiúza fazer questão transmitir, através de brincadeiras, clubinhos e romances colegiais, toda inocência e espirito aventureiro que as crianças tinham na época. Zenha, que já havia, em Batismo de Sangue, trabalhado ao lado do mestre Helvécio Ratton, diretor do jovem clássico Menino Maluquinho – O Filme, transporta a essência do personagem de Ziraldo para o garoto Fernando (Lino Facioli). E até tem como plano de fundo um tom político, no caso dos Camisas Verde.
Logo de início, ficamos encantados pela abertura cativante, que mesclada à animação, retrata o que vem pela frente. Bem como a trilha sonora dá um toque cômico e de aventura ao universo. As lentes claras do fotografo José Roberto Eliezer evidenciam a alma dos personagens e reversa entre momentos de magia e tensão. Talvez o desempenho de alguns atores mirins tenha prejudicado, um pouco, as intenções em algumas cenas, mas nada que venha empalidecer a obra como um todo. Em meio à explosão digital, algo como O Menino no Espelho é fundamental no intuito de apresentar novo-antigos mundos ao público infantil contemporâneo.
Chegamos num instante crucial de Game Of Thrones – GoT. Os eps. 3 e 4 serviram para preparar o tabuleiro para continuar a guerra pelo Trono de Ferro. Mas, vamos dar alguns passos para trás.
Os dois primeiros eps. de GoT serviram para nos situar. Por isso, o primeiro ep. deu tanto destaque para Oberyn Martell (Pedro Pascal), momento no qual descobrimos seu parentesco com os Targaryens e suas desavenças com os Lannisters, por conta da participação deles na queda do Rei Targaryen. Também acompanhamos os conflitos entre Cersei (Leana Headey) e Jaime (Nikolaj Coster-Waldau), a simbiose entre Arya (Maissie Williams) e o Cão de Caça (Rory McCann), os passos de Daenerys (Emilia Clarke) rumo à Meereen, os demônios domésticos de Stannis (Stephen Dillane), os movimentos dos selvagens e a ilusão da corte de King’s Land sobre o fim da guerra. Mas, a tão desejada e comemorada morte de Joffrey (Jack Gleeson) jogou para o alto o tabuleiro de GoT e acabou com a PAX dos Lannisters em Westeros.
Nos eps. 3 e 4, começamos a perceber as linhas relevantes a serem seguidas pela narrativa nesta temporada. Comecemos pela Mãe dos Dragões.
No final do ep. 3, Daenerys implantou nos corações e mentes dos escravos de Meereen o germe da liberdade. O ep. 4 começou com os Imaculados fornecendo armas aos escravos. Em pouco tempo, Dany já havia hasteado sua bandeira em Meereen. Ela ordenou que os antigos senhores da cidade fossem crucificados. Questionada sobre sua decisão, ela respondeu que era o justo a fazer. A decisão sintetiza seu desafio: superar a fase de conquistas e se mostrar uma verdadeira governante.
Político profissional mesmo é Tywin Lannister (Charles Dance). Nem o corpo de Joffrey havia esfriado, ele já estava ensinando para seu neto Tommen (Callum Wharry) que deveria obedecê-lo, se quisesse ser um rei sábio e vivo, e estabelecendo laços com Oberyn. Se os acordos com os Martell serão prósperos, só os próximos eps. para responder.
O ep. 4 deu destaque especial para Jaime. Cersei tem pressionado de todos os lados para conseguir as cabeças de Sansa (Sophie Turner) e Tyrion (Peter Dinklage). Mas, Jaime, depois da polêmica cena do estupro, parece começar a se afastar da irmã e se tornar mais humano. Aliás, neste 4º ep., Jaime deu um festival de humanidade, para os padrões da família.
Ele não cedeu às vontades da irmã. Com Tyrion, protagonizou um dos diálogos mais tocantes que já vi entre os membros do clã. Com uma direção competente, Peter Dinklage e Nikolaj Coster-Waldauconseguiramestabelecer uma cumplicidade dos irmãos apenas com um jogo de olhares.
Jaime deu à Brienne (Gwendoline Christie) quatro coisas: a sua espada de aço Valiriano, uma nova armadura, a missão de encontrar e proteger Sansa e também lhe deu um escudeiro, Podrick (Daniel Portman)! Será interessante ver a relação entre Podrick e Brienne.
Quanto à Sansa (Sophie Turner), eles terão trabalho. Ela está com Lord Baelish (Aidan Gillen) e parece que finalmente vai acordar para vida. Até porque Tommen já merece o troféu Inocência!
Enquanto os senhores da guerra candidatam-se ao Trono de Ferro, em Castle Black e para além da Muralha, parece haver uma guerra paralela.
Jon Snow (Kit Harington) enfrenta resistência dentro da liderança da Patrulha da Noite. Algumas das lideranças, incomodadas com sua popularidade, e desejando que ele morra, autorizaram o seu ataque à fortaleza de Craster. Dentre os patrulheiros que decidiram acompanhar Jon Snow, estava Locke (Noah Taylor), que fora braço direito de Lord Bolton (Michael McElhatton). O que Snow nem desconfia é que Bran Stark (Isaac Hempstead Wright) está nas mãos dos rebeldes liderados por Karl Tanner (Burn Gorman). Além disso, há a ameaça de um grande ataque dos Selvagens.
GoT é instigante. Passamos cenas e cenas acompanhando as alianças e movimentos dos vários grupos e fazendo nossas apostas. Mas, quando olhamos para o extremo norte, para além da Muralha, ficamos com a impressão de que todos esses esforços são em vão. Primeiro, o inverno esta chegando – tudo bem que ele está chegando desde o primeiro livro, mas isso é detalhe dramático. Segundo, os White Walkers.
A sequência final do ep. 4 deixou muita gente agoniada. Os bebês, afinal, não são mortos, mas transformados em White Walkers. Contudo, o mais assustador foi descobrirmos a existência de seres mais fortes do que os tradicionais zumbis. Fiquei me perguntando: quem terá força para matar essas criaturas? Não vale responder “George R. R. Martin”!
P.S.: O site do Instituto Ludwig Von Mises Brasil publicou um a tradução de um texto no qual é feita uma análise econômica de Game Of Thrones. O texto é de Matt McCaffrey e Carmen Dorobat. É uma análise curiosa. Fica a dica e o link: