Sinopse: Jamie acabou de arrumar um emprego como representante farmacêutico. Durante seu trabalho, ele conhece Maggie, que sofre de Mal de Parkinson. Ela não quer um relacionamento sério e o mulherengo Jamie parece ser um par ideal, mas os dois acabam apaixonados.
Ao ver o trailer de O Amor e Outras Drogas (Love and Other Drugs), qualquer pessoa pode super que se trata de mais uma comédia romântica de “cara conquistador resolve mudar seu estilo de vida depois de conhecer uma mulher determinada”. A grosso modo, é exatamente isso que o filme oferece, mas o diferencial está em ir além de uma história tão fofa quanto esquecível.
O protagonista atua na parte mais podre da indústria farmacêutica: ele deve convencer os médicos a prescreverem os medicamentos de seu empregador a qualquer custo. Toda a questão que já foi bem explorada pelo documentarista Michael Moore em Sicko está evidente na comédia romântica. Os médicos com carga horária acima do aceitável, os lobbys das empresas farmacêuticas, os vícios em remédios de grande parte da população dos EUA… Tudo isso está lá e felizmente sem ser panfletário. As críticas estão nos detalhes.
A história se passa nos anos 90 e a trilha musical é bem agitada, com muitos hits que fazem os corações das meninas baterem ritimados. Novamente o trailer é uma boa referência, apesar de as canções executadas no filme serem outras.
A doença de Maggie colabora para a emoção de algumas cenas, o que pode levar às lágrimas. As atuações de Anne Hathawaye Jake Gyllenhaal (que já formaram par em O Segredo de Brokeback Mountain) merecem elogios, com destaque da boa química entre seus personagens.
Drew Barrymore sempre vence pela simpatia. Os seus filmes podem ser fracos, chochos e até melados, mas seu sorriso vale o preço do ingresso. Esse novo ‘Amor em Jogo’ não chega a ser muita coisa, mas entretem, diverte, anima e ainda podemos ver Barrymore em seu melhor estado.
Lindsey (Drew Barrymore) é uma ambiciosa consultora de negócios, cujo espírito é tão luminoso quanto sua beleza. O professor de colegial Ben (Jimmy Fallon) é um ótimo partido. Ele é charmoso, engraçado e ótimo com crianças, mas tem uma pequena…. renda.
Claro, eles têm suas diferenças. Ela é louca por trabalho; ele adora suas férias de verão, mas quando se conhecem, apesar de suas diferenças, sua atração é imediata e o amor supera tudo. Tudo é maravilhoso, e Ben parece ser o homem de seus sonhos, até Lindsey descobrir o que uma obsessão de 23 anos por seu time favorito significa realmente. Juntos, eles devem decidir se irão lutar para manter o amor vivo pela prorrogação.
Dirigido pelos irmãos Farrelly – que já foram bastante irreverentes em ‘Quem vai ficar Com Mary?’, mas agora se demonstram politizados – ‘Amor em Jogo’ é mais uma comédia romântica cheia de clichês, mas que sempre traz algo novo…
Você já imaginou ver a Gwyneth Paltrow com uns 200 quilos?! Essa brincadeira me motivou a conferir esse filme, sim só poderia ser uma comédia.
E comédia dos diretores Peter Farrelly, Bobby Farrelly, tem sempre uma pitada de humor sarcástico, mas vezes todas as pessoas na sala, não tem como não rir!
É bem claro a ideia do filme de passar a valorizar o lado interior das pessoas, coisa que no nosso mundo onde o corpo está tão em alta, é bem interessante e vale a pena dar uma lembradinha, e por falar nisto, lembrei de uma brincadeira que as vezes a gente escuta dos amigos “quem gosta de beleza interior é decorador!”.
Mas, quando somente uma pessoa pode ver o lado interior dos outros enquanto todos os que estão ao seu lado não tem essa mesma visão, isso já é por si só garantia de situações hiláriantes. Especialmente quando se tem no elenco o Jack Black, que só de olhar em atuação já da vontade de rir, ele é naturalmente esquisito o suficiente para roubar a cena no filme. E nossa baleia Gwyneth Paltrow, também não compromete sua participação.
A dica fica para que se você está cansado de ver filmes de tiros ou lutas e está a fim de conferir um filme simples porêm
‘Como Perder um Homem em 10 dias’ podia não ter um roteiro muito inteligente e inovador, mas o carisma dos protagonistas Kate Hudson e Matthew McCounaghey conseguiu transformar o longa em uma das mais divertida comédia romântica, além da impagável (e clássica) cena em que os protagonistas brigam em uma festa chique e lotada, cantando ‘You’re so Vain’, de Carly Simon. Pensando no sucesso de bilheteria que o filme se tornou, não demorou muito para juntar o casal em mais uma comédia romântica, este ‘Um Amor de Tesouro’.
Ben “Finn” Finnegan (Matthew McConaughey) é um surfista amante da natureza que é obcecado por sua busca a um lendário tesouro perdido no mar desde 1715. Em sua procura, Finn deixa de lado tudo que é importante em sua vida, incluindo seu casamento com Tess Finnegan (Kate Hudson). Ela está disposta a reconstruir sua vida e começa a trabalhar no iate do bilionário Nigel (Donald Sutherland). Quando tudo parecia estar perdido para Finn, ele descobre uma pista importante que pode levá-lo direto ao tão sonhado tesouro. Tess passa ajudá-lo e, nesta aventura, eles irão redescobrir o amor que os uniu. Porém, outras pessoas estão interessadas em achar o tesouro.
Hudson, belíssima e talentosa como usual e McCounaghey, aproveitando qualquer oportunidade para mostrar seu corpo definido, continuam com a mesma química demonstrada no filme anterior. Eles definitivamente formam um belo e divertido casal nas telonas. Mas o problema é que, desta vez, o roteiro acaba se perdendo ainda mais em clichês batidos e situações já conhecidas pelo público, se tornando repetitivo na maioria das vezes.
A direção de Andy Tennant é competente, mas perdeu o carismo que ele havia conseguido com seu último longa, ‘Hitch – Conselheiro Amoroso’.
O filme conta com belas locações australianas (no filme eles dizem que estão no Caribe), pois as filmagens não puderam ser realizadas realmente lá por conta de furacões. As praias ensolaradas são uma boa desculpa para os protagonistas desfilarem seus corpos malhados ao longo do filme.
Para os fãs do gênero, ‘Um Amor de Tesouro’ vai divertir do início ao fim, mesmo sendo tão previsível a ponto de, na primeira cena, visualizarmos o final do longa. Mas vale a pena pela diversão sem compromisso e pelo talento de seu casal principal.
Há filmes tão ruins, mas tão ruins que merecem ser visto nem que seja por uma curiosidade, digamos, masoquista. Amor a Toda Prova não chega a isso, mas provoca bocejos e insatisfação do espectador. A atual safra de comédias românticas da pomposa indústria hollywoodiana tem deixado muito a desejar. Tramas bobas e elenco valioso, numa mistura que não funciona adequadamente. Resta ao espectador perguntar onde está o bom senso dos realizadores.
O careta Cal Weaver (Steve Carell) tem quarenta e poucos anos e uma vida perfeita – um bom emprego, uma casa legal, filhos ideais e um casamento com sua namorada do colégio. Mas quando Cal descobre que sua esposa Emily (Julianne Moore) o está traindo e quer o divórcio, sua vida “perfeita” desaba rapidamente. E para piorar, faz décadas que Cal não tem um encontro amoroso e ele é justamente a definição de alguém sem charme.
O intrigante plot point da narrativa é o seu ponto mais interessante. É aquele momento dos roteiros que os roteiristas ainda seguem a lógica de Aristóteles e utilizam uma guinada surpreendente bem próxima ao final, desviando (ou afunilando) os acontecimentos até então apresentados. Até entendermos os motivos que fazem o enredo se dividir em três histórias fragmentadas, ficamos perdidos, doidos para condenar o filme num texto futuro, já pré-fabricado na mente para publicação. No entanto, a linha narrativa é explicada e apresentada de forma coerente nos minutos finais. Mas isso ainda não é suficiente.
Com quase 120 minutos de duração, as tentativas de fazer rir não funcionam bem. É constrangedor ver os atores talentosos como Ryan Gosling (Cálculo Mortal), Juliane Moore (As Horas, estupenda!), Steven Carrel (O Virgem de 40 anos) e Emma Stone (A Mentira) num festival de canastrice. Nada parece funcionar. No que tange a metalinguagem, mais equívocos: o pastiche de Dirty Dancing – Ritmo Quente não surte efeito e a sátira ligeira a Crepúsculo é artificial. Pior que ser sem graça é não se assumir como mais um besteirol americano dos grandes. Muito feio diretor. Muito feio roteirista. Vergonha alheia para os protagonistas.
Enredo frouxo e tecnicamente mais do mesmo. Desperdício total do seu tempo. Assista se tiver paciência. Ademais, boa sorte.
Finalmente, uma comédia de verdade com sabor de originalidade. Depois de sermos mentalmente violentados com algumas baboseiras nacionais do gênero que invadiram o cinema, podemos respirar aliviados com a estréia de Amor a Toda Prova(Crazy, Stupid Love), o novo filme da dupla Glen Ficarra e John Requa.
Calcados em uma premissa até batida – nerd, caretão que foi trocado por outro pela mulher que muda radicalmente de estilo depois de ser “treinado” por um expert em sedução -, os diretores conseguem construir cenas bem originais e realmente engraçadas com o grande suporte dos diálogos criativos do roteirista Dan Fogelman e das atuações perfeitas do elenco estelar que se encaixou como uma luva em seus papéis.
Steve Carrel, excelente como o nerd; Juliane Moore, linda e perfeita como a esposa e Ryan Gosling, soberbo como o professor sedutor, são os alicerces que nos guiam para uma deliciosa equação de risos que ainda conta com participações excelentes deKevin Bacon, Marisa Tomei e Emma Stone.
Assim sendo, nada contra o cinema nacional, pelo contrário, acho apenas que filmes como esse deveriam servir de inspiração para as próximas produções brasileiras não duvidarem da inteligência do espectador e parassem de os lobotomizar devido à preguiça de exercitar mais os neurônios dos donos das carapuças.
Vamos ser francos: quem não gosta de Sandra Bullock?
A atriz geralmente dá um show em seus filmes e tem carisma de sobra.
Em ‘Amor à Segunda Vista’, ao lado de Hugh Grant, ela faz o que a tornou famosa: o papel de uma mocinha tímida e atrapalhada que sempre ganha o galã no fim do filme.
Sandra interpreta uma ativista que consegue um emprego de advogada numa das maiores firmas de advocacia dos EUA – apesar de ser contra suas práticas – porque acha que, se ela tivesse um veículo poderoso, poderia conscientizar mais pessoas.
Ela é contratada por um multimilionário arrogante (Hugh Grant, que apesar de insuportável, ainda assim consegue ser charmoso).
Como toda comédia romantica, eles se odeiam, mas ficam juntos no final. O que acontece com filmes desse gênero é que você ACHA que já vai ao cinema sabendo o que vai ver, mas não se importa, porque no fim vai dar umas boas risadas, certo? ERRADO!!!
Apesar do filme ser bonitinho, não é nem um pouco engraçado, não me pergunte o porque. Se você não se importa em não rir de um filme que se classifica como “comédia”, vai adorar ‘Amor à Segunda Vista’.
Hugh Grant e Bullock são charmosos e sabem o valor de um bom par na tela.
Do contrário, espere sair em vídeo e peça para aquele primo chato alugar, só pra você não ficar com raiva de ter gasto o seu dinheiro à toa.
Sem nenhuma dúvida, a comédia-romântica que mais agradou e surpreendeu o público em 2009 foi “A Proposta”, dos estúdios Walt Disney. Depois de assistir e me decepcionar com “Idas e Vindas do Amor” (Warner) e “Plano B” (Sony), este ano, achava que 2010 teria grandes chances de acabar sem uma boa produção do gênero, que sempre me declarei fã. Grande engano.
“Amor à Distância” (Going the Distance) conta a história de Erin (Drew Barrymore), uma jornalista que passa uma temporada trabalhando num jornal de Nova York e que se apaixona pela franqueza perspicaz e o humor desengonçado do recém-solteiro Garrett (Justin Long). O encontro deles acontece num bar no dia que Garrett termina seu atual namoro. Eles passam a noite juntos, depois de alguns copos de cerveja, conversas e jogos dentro do bar.
Sem eles perceberem, a química rapidamente se tornou um delicioso amor de verão. Depois de algumas semanas juntos, Erin acaba tendo que voltar para sua casa em São Francisco, quando o tempo de seu trabalho acaba. Garrett, que mora e trabalha em Nova York, descobre que o relacionamento de ambos não tem sentido de acabar, assim eles resolvem começar um relacionamento, mesmo que a distância.
O grande problema acaba sendo o fato de ambos morarem em cidades opostas do país, mas eles tenta resolver o problema da distancia com muitas mensagens de texto, recados sensuais e telefonemas até altas madrugadas, mesmo com toda a gozação dos fieis amigos de Garrett, Box (Jason Sudeikis) e Dan (Charlie Day), e do pessimismo da família de Erin, que tem uma irmã (Christina Applegate) casada e superprotetora, que não concorda com esse tipo de amor.
Com um tema atual e uma história simples, sem precisar mostrar apelar para uma comédia nojenta com vômitos e outras coisas, o grande destaque do filme é a excelente trilha sonora, que conta com canções clássicas como a do filme “Top Gun: Ases Indomáveis” (1986), entre outros sucessos, que já embalaram muitos casais românticos da ficção e com certeza da vida real também.
Outro destaque é a química do casal principal. A atriz Drew Barrymore é veterana em filmes do gênero, sendo a queridinha do público depois de estrear filmes como “Ele Não Está Tão a Fim de Você”, “Nunca Fui Beijada” e “Como se Fosse a Primeira Vez”, além dos filmes de ação “As Panteras” e “As Panteras Detonando”. Já o ator Justin Long, pode não ser tão conhecido como Drew, mas ele já trabalhou em filmes de sucesso como “Herbie: Meu Fusca Turbinado” e “Duro de Matar 4.0”, além de ser a voz do Alvin, o esquilo simpático e bagunceiro da franquia “Alvin e os Esquilos”. Ambos formam um casal tão bonito, que é impossível que o público não se envolva e torça para o final feliz do casal, que acaba tendo vários problemas durante o relacionamento.
Com direção de Nanette Burstein (diretora de documentários vencedora do Oscar) e roteiro de Geoff LaTulippe, “Amor à Distância” (Going the Distance) chega aos cinemas com uma história simples de um amor que terá que enfrentar a distancia para dar certo. A história simples, as piadas na medida certa, a lindíssima e envolvente trilha sonora e o carisma e a química dos protagonistas são os ingredientes que conseguem conquistar o público fazendo com que ele se envolva totalmente com o filme.
Sinopse: Erin e Garrett se conhecem em Nova York e, depois de um descompromissado caso amoroso, decidem firmar um namoro quando ele volta a San Francisco para estudar. O desafio do casal é manter o relacionamento apesar da grande distância entre eles.
Drew Barrymore é atualmente um dos nomes fortes quando o assunto é comédia romântica. O que difere Amor à Distância (Going the Distance) dos outros filme do gênero em seu currículo é a espontaneidade do papel que ela defende. Mesmo sem se formar na faculdade depois dos 30 anos de idade, Erin é determinada e não teme mostrar o que quer.
A personalidade da moça pode ser conferida na cena em que Garrett vai para San Francisco visitá-la. Logo que vê o namorado, Erin saca uma piada sexual para deixar claro que romantismo e libido podem conviver em harmonia.
No entanto, esse mesmo grau de autenticidade está em falta em outro ponto do roteiro. Uma questão importante na grande maioria dos namoros à distância é a presença de tentações sexuais geograficamente mais próximas do que a pessoa amada. O tem é abordado muito de leve no enredo, o que poderia acrescer em dramaticidade e emoção se fosse aprofundado.
Como outras boas comédias românticas, Amor à Distância aposta em seus personagens secundários para criar situações cômicas. Mesmo com uma irmã super-protetora e neurótica casada com um sujeito estranho, o núcleo de Erin não consegue se igualar aos bizarros amigos de Garrett. Box ostenta um bigode a la Magnum para conquista mulheres maduras, enquanto Dan é participativo demais na vida pessoal de Garrett.
A cereja no topo do bolo é a escolha das músicas da trilha. Canções românticas e “rock de menininha” embalam a história de amor.
De vez em quando, pode-se levar em conta as intenções de um filme, e não só seus resultados. Em um subgênero de raras e pequenas ambições, digamos, a comédia romântica, é comum esperar pouco. Se o roteirista tem a comédia e a bilheteria em vista, muito pior: as piadas sairão grosseiras e os personagens, caricatos. O desleixo é tão generalizado que, quando alguém mira um pouco mais alto, a simples tentativa já merece menção. E Amor À Distância bem que tenta.
Na mesma noite em que toma um pé na bunda, Garrett (Justin Long) vai beber com os amigos Dan (Jason Sudeikis) e Box (Charlie Day). No bar, conhece Erin (Drew Barrymore), que trabalha temporariamente num jornal em New York. O romance começa, mas tem data de validade: em seis semanas ela tem de voltar para San Francisco, onde mora com a irmã Corinne (Cristina Appegate). O amor é tanto que o casal decide namorar à distância.
Então, o que o roteirista Geoff LaTulippe busca de tão especial? Gente. Não falo dos rascunhos sem vida própria que às vezes recebem a alcunha de “personagens”, e sim de algo que existe além das piadas de sempre. Dizer que isso é simples ou até uma volta à simplicidade é um erro. Como construção narrativa, personagens assim demandam uma complexidade que caricaturas, estereótipos e lugares-comuns frequentemente enterram.
No roteiro, vê-se relances de pessoas que tratam a sexualidade com certa desenvoltura, como se fosse realmente algo presente em suas vidas. A amizade dos três homens também funciona, com um bom equilíbrio entre comentários estereotípicos e outros inesperados. Igualmente, ao apostar num misto de elementos mais e menos comuns, o namoro se torna satisfatoriamente humano. Na singela cena do tortellini, luzes naturais enquadram Barrymore (em atuação tipicamente irregular): é raro ver locações tão vivas.
Outra qualidade está no elenco, que, com a ajuda da diretora Nanette Burstein, consegue construir relações dinâmicas. Os momentos de estranheza até existem (o abraço de Box, o discurso sexual de Corinne), mas se conectam à intimidade dos personagens logo em seguida. É gratificante pelas risadas, que são momentâneas e pela sinceridade, que dura um pouco mais. Pena que não dura tanto quanto poderia.
A comédia aparece com estrondo para destruir algumas dessas bem-vindas surpresas. Por que mostrar o protecionismo afável de Corinne se sua importância logo se resume a piadas de neurose? De que adianta expor a vida sexual com naturalidade para, no momento seguinte, jogar tudo para o alto numa situação de constrangimento? A postura inicial perante o sexo é particularmente afetada por esse apego às mesmices do gênero.
Mesmo quando Garrett vai se bronzear, e não sai “comicamente” laranja, alguma brincadeirinha tem que ser enfiada, no pior dos sentidos, em algum momento. Não por acaso, ela surge em um momento de sexualidade grotesca. Por sorte, a maioria dos personagens sobrevive, resultando em momentos espirituosos, como a cena em que Erin tem a cara pintada. A situação não vira uma bola de neve de erros, mas tem sua graça.
Há ainda outro pequeno problema. Por mais que seja bom problematizar a distância, o futuro e as concessões, não basta abarrotar os diálogos de questionamentos amorosos. Muito já está presente nos próprios conflitos da narrativa, sem a obrigação explicar os obstáculos que aquele (ou qualquer) relacionamento enfrenta. Quanto mais o filme se assume romântico, mais a verbalização das ressalvas fica desconexa e até simplista.
Infelizmente para o gênero e felizmente para Amor À Distância, a busca pela humanidade já conta pontos. Infelizmente para ambos, a empreitada cambaleou e errou a mão. Como a própria Drew Barrymore, a produção é um conjunto de erros e acertos misturados em uma maçaroca.