domingo , 22 dezembro , 2024

‘The Handmaid’s Tale’ | 2×07: ‘After’ – Entre cacos, eis que surge a fênix

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Existe sempre um simbolismo em absolutamente tudo que nos cerca. Cada pedacinho desse mundo diz algo em silêncio. As cores falam por si só, os ambientes se revelam em sua composição. Há sempre um retrato inexprimível do que muitas vezes as palavras não são capazes de suprir. Em se tratando de The Handmaid’s Tale, sons, cores (ou a ausência delas), arquiteturas e emblemas dizem um universo de conceitos, paradigmas, pragmatismos, além de carregarem uma imersão profunda de significados. E ainda que Gilead seja a matriz de todos estes símbolos, é nas aias que o poder da expressividade impera. E elas se erguem, uma vez mais, para o deleite de seus apoiadores.

Leia também nossas análises dos episódios 1 (June), 2 (Unwomen) da 2ª Temporada , 3 (Baggage), 4 (Other Women)  e 5 (Seeds)



Para quem acompanha THT, alguns dias são de lutas, outros de trevas, mas todos permeados por algum fragmento que – assim como acontece com nossas guerreiras – nos ajudam a permanecer de pé apanhando, aos moldes do fascinante discurso de Rocky em Rocky Balboa (2006). Sabemos que não se trata do quão forte se bate, mas sim do quanto se aguenta de pé. E essa resiliência, que é exatamente uma extensão desses dias maus vividos por heroínas com nomes adversos, é uma prova de que há sempre um novo amanhecer, ainda que ele seja um tanto nublado. Em ‘After’, catamos os cacos do bombástico episódio anterior, tentando dimensionar para onde a segunda temporada nos levará.

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É importante frisar que, ainda que a nova América seja um pequeno universo cíclico de abusos e derrapadas profundas em questões gerais dolorosas, é vital caminhar adiante. E à medida que descobrimos novas facetas deste regime – que guarda em si raízes arraigadas na opressão e fibras que se expandem a cada nova descoberta, The Handmaid’s Tale sabe que não pode apenas residir no caos que impera. Com mulheres tão particulares que, à sua maneira, tentam sobreviver e mirabolar mecanismos de fuga, a produção de Bruce Miller vai desbravando essas “rotas alternativas” levantando o grupo Mayday com naturalidade e um grandioso simbolismo.

The Handmaid’s Tale’: Falamos com Bruce Miller, o criador da série sensação

Em um episódio que soa como uma incógnita, nutrimos a sensação de que um grande passo para frente também reverberou como um retrocesso, alavancando o grau de violência de um sistema político-administrativo que a gente julgava ser incapaz de piorar. Mas dentro dessa dinâmica caótica, onde o desespero afeta tanto aqueles que estão no poder, bem como os que são reflexos dele, uma atitude tão simples anuncia uma mudança tremenda na narrativa. Ainda é cedo para dizer, mas eis que nossas aias começam a se erguer, com suas cabeças levantadas e seus nomes, que emanam histórias, vínculos, vitórias…uma vida inteira.

Usando aquela metáfora de que quem tem o poder da caneta, tem também o poder de decisão, The Handmaid’s Tale dá um passo inusitado e inesperado, tecendo uma trama complexa que pode e deve gerar uma série de sentimentos dúbios. Com profundas reviravoltas que, isoladamente, passariam despercebidas, ‘After’ é o fim de muita coisa, mas é também o início de algo que ainda não é possível definir. Transformação? Desilusão? É melhor deixar a June terminar essa história.

 

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Existe sempre um simbolismo em absolutamente tudo que nos cerca. Cada pedacinho desse mundo diz algo em silêncio. As cores falam por si só, os ambientes se revelam em sua composição. Há sempre um retrato inexprimível do que muitas vezes as palavras não são capazes de suprir. Em se tratando de The Handmaid’s Tale, sons, cores (ou a ausência delas), arquiteturas e emblemas dizem um universo de conceitos, paradigmas, pragmatismos, além de carregarem uma imersão profunda de significados. E ainda que Gilead seja a matriz de todos estes símbolos, é nas aias que o poder da expressividade impera. E elas se erguem, uma vez mais, para o deleite de seus apoiadores.

Leia também nossas análises dos episódios 1 (June), 2 (Unwomen) da 2ª Temporada , 3 (Baggage), 4 (Other Women)  e 5 (Seeds)

Para quem acompanha THT, alguns dias são de lutas, outros de trevas, mas todos permeados por algum fragmento que – assim como acontece com nossas guerreiras – nos ajudam a permanecer de pé apanhando, aos moldes do fascinante discurso de Rocky em Rocky Balboa (2006). Sabemos que não se trata do quão forte se bate, mas sim do quanto se aguenta de pé. E essa resiliência, que é exatamente uma extensão desses dias maus vividos por heroínas com nomes adversos, é uma prova de que há sempre um novo amanhecer, ainda que ele seja um tanto nublado. Em ‘After’, catamos os cacos do bombástico episódio anterior, tentando dimensionar para onde a segunda temporada nos levará.

É importante frisar que, ainda que a nova América seja um pequeno universo cíclico de abusos e derrapadas profundas em questões gerais dolorosas, é vital caminhar adiante. E à medida que descobrimos novas facetas deste regime – que guarda em si raízes arraigadas na opressão e fibras que se expandem a cada nova descoberta, The Handmaid’s Tale sabe que não pode apenas residir no caos que impera. Com mulheres tão particulares que, à sua maneira, tentam sobreviver e mirabolar mecanismos de fuga, a produção de Bruce Miller vai desbravando essas “rotas alternativas” levantando o grupo Mayday com naturalidade e um grandioso simbolismo.

The Handmaid’s Tale’: Falamos com Bruce Miller, o criador da série sensação

Em um episódio que soa como uma incógnita, nutrimos a sensação de que um grande passo para frente também reverberou como um retrocesso, alavancando o grau de violência de um sistema político-administrativo que a gente julgava ser incapaz de piorar. Mas dentro dessa dinâmica caótica, onde o desespero afeta tanto aqueles que estão no poder, bem como os que são reflexos dele, uma atitude tão simples anuncia uma mudança tremenda na narrativa. Ainda é cedo para dizer, mas eis que nossas aias começam a se erguer, com suas cabeças levantadas e seus nomes, que emanam histórias, vínculos, vitórias…uma vida inteira.

Usando aquela metáfora de que quem tem o poder da caneta, tem também o poder de decisão, The Handmaid’s Tale dá um passo inusitado e inesperado, tecendo uma trama complexa que pode e deve gerar uma série de sentimentos dúbios. Com profundas reviravoltas que, isoladamente, passariam despercebidas, ‘After’ é o fim de muita coisa, mas é também o início de algo que ainda não é possível definir. Transformação? Desilusão? É melhor deixar a June terminar essa história.

 

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