terça-feira, abril 30, 2024

Vilão gay tribiônico e tudo que já sabemos sobre C.I.C. – Central de Inteligência Cearense, nova comédia do astro de Cine Holliúdy

Edmilson Filho e Halder Gomes fizeram de Francisgleydisson uma das figuras mais caricatas e engraçadas do cinema brasileiro contemporâneo. Com um humor irreverente, marcado por homenagens ao Bruce Lee, a dupla uniu ação, artes marciais e comédia regional em Cine Holliúdy. Essas combinações inusitadas expuseram a riqueza cultural do Ceará, mostrando um leque infindável de criativas possibilidades cinematográficas.

E 10 anos depois do primeiro Cine Holliúdy, a dupla se prepara uma vez mais para retornar às telonas com um novo e ambicioso projeto, intitulado C.I.C. – Central de Inteligência Cearense. Na trama, ficção científica, comédia pastelão e ação se entrelaçam de forma inusitada.

E a convite da Paris Entretenimento e da Paris Filmes, o CinePOP visitou o set de filmagens da produção para trazer – em primeira mão – tudo que já sabemos sobre o vindouro lançamento.

Um dos aspectos mais importantes de C.I.C. – Central de Inteligência Cearense é o trabalho de construção dos seus personagens. Aqui, acompanhamos a saga de Wanderlei (Edmilson Filho), conhecido como Karkará, um agente secreto brasileiro que combate os criminosos mais perigosos do mundo, representando a C.I.C. – Central de Inteligência Cearense. Quando um projeto ultrassecreto é roubado dos governos de Brasil, Argentina e Paraguai, ele precisará usar suas habilidades para recuperar a fórmula secreta, antes que ela caia nas mãos erradas.

Nessa confusão, Karkará cruzará com um vilão gay tribiônico, vivido por André Segatti. Considerado uma criatura ultra evoluída, ele possui braços biônicos que lhe garantem uma força sobre humana, o tornando praticamente indestrutível. E para garantir o realismo dessa figura com ares de Robocop, C.I.C. – Central de Inteligência Cearense contará com um minucioso trabalho de efeitos visuais, conforme revelou Segatti.

“Os braços biônicos serão finalizados na mesa de edição, com a equipe de efeitos visuais. E é bem legal ver o quão lúdico e ao mesmo tempo fascinante é esse universo. Nós estamos em uma vertente em que eles próprios [Halder e Edmilson] estão dando um novo direcionamento para o cinema. O que eles fizeram com o Shaolin e até mesmo Cine Holliúdy é realmente único. A gente não vê esse tipo de brilhantismo, com essa linguagem, que exalta a regionalidade de uma forma tão bonita. Para mim, tem sido uma delícia fazer parte de todo esse processo”.

Essa autenticidade narrativa que Halder e Edmilson criaram ao longo dos anos de parceria é um dos aspectos que atraiu André para o projeto, que ainda conta com roteiro de Marcio Wilson, (da série Cine Holliúdy). Em entrevista ao CinePOP, ele ponderou sobre como Cortez é um personagem diferente de tudo que já interpretou:

“É tão legal fazer parte desse filme, porque a proposta é única. Neste caso, o Cortez possui uma complexidade que eu nunca interpretei antes. Fiz personagens brilhantes, mas não com essa magnitude de transformação – com braços biônicos, olho de vidro e ainda falando em espanhol. Esse é o primeiro trabalho que eu faço em espanhol!”

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E para que sua caracterização vilanesca fosse genuína, Segatti precisou ser submetido a um extenso trabalho de maquiagem.

“No primeiro dia, demoramos três horas para finalizar a transformação física. Com o tempo, fomos aprimorando o processo e agora fazemos todo o trabalho em apenas 1h30. Já a retirada da maquiagem e das próteses leva cerca de 30 a 40 minutos”, explicou.

Além do meticuloso trabalho de caracterização, Segatti também passou por um período de preparo para conseguir realizar suas próprias cenas de ação, sem dublês:

“Nós queríamos ter tido mais tempo de preparação, mas tivemos um mês pesado com seis horas de treinos por dia. Ao longo desse período, me aprofundei em diversas artes marciais, como o karatê, o kung fu e o taekwondo. O boxe também fez parte do treinamento. E no filme, eu faço todas as minhas cenas. Nunca usei dublês, a menos que fosse uma tomada de alto risco de vida”.

Com uma extensa carreira na teledramaturgia – que data de 1997, com a novela O Amor Está no Ar -, André Segatti é bem habituado a interpretar vilões. Para ele, encarar personagens com personalidades tão díspares da sua funciona como um ótimo laboratório artístico, que o permite se aventurar para além de sua zona de conforto.

“O mais legal de interpretar um vilão é que você mexe com o público e ele é muito distante da sua realidade. Não é uma linha tênue sutil, como você sendo alguém do bem que interpreta um personagem bonzinho. Ele é o completo oposto da minha personalidade, da forma que penso e ajo na vida. E isso é maravilhoso, porque me dá liberdade para brincar com esse outro universo! Já fiz vários vilões…há mais de 20 anos tenho assumido papéis dessa natureza. E o legal é poder fazer essa desconstrução do seu eu, para então construir uma nova pessoa, uma nova identidade. E o desafio é não se tornar caricato. Minha maior preocupação é fazer um personagem dessa magnitude, porque ele tem tudo pra ficar não humano, sabe? Não natural. Então, a minha preocupação é sempre humanizá-lo da forma mais intensa possível”, concluiu.

Juntos, Halder Gomes e Edmilson Filho já conquistaram o público com os longas e séries como Cine Holliúdy e O Shaolin do Sertão. Em C.I.C. – Central de Inteligência Cearense, a dupla traz um elenco reforçado que conta ainda com Alana Ferri, Gustavo Falcão, Nill Marcondes, Monique Hortolani, Tóia Ferraz, Carri Costa, Eduardo Cintra, Karla Karenina e Valéria Vitoriano. O longa é produzido pela Paris Entretenimento em coprodução com o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e terá distribuição da Paris Filmes.

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