quinta-feira, abril 18, 2024

5 Razões que tornam Aquaman um dos filmes imperdíveis de 2018

Este ano começou com Pantera Negra, em fevereiro, e logo em seguida arrebatou o público com Vingadores: Guerra Infinita, portanto, os filmes de super-heróis atingiram níveis cavalares de qualidade e ação. Para abocanhar a audiência, após três grandes fracassos de crítica: Liga da Justiça (2017),  Esquadrão Suicida (2016) e Batman vs. Superman: A Origem da Justiça (2016), a parceria DC e Warner trouxe o malaio James Wan (Invocação do Mal) para mostrar os seus poderes atrás da câmera.

Assim, o diretor de Jogos Mortais (2004) e Sobrenatural (2010) fez de Aquaman o filme de maior prestígio da nova fase DC e Warner. Que me perdoem os fãs de Mulher Maravilha (2017), mas James Wan nos transporta às produções das batalhas épicas, esquecidas desde a última empreitada de Peter Jackson.

Veja cinco motivos para assistir Jason Momoa na pele do herói aquático nas telonas.

1. A Construção da Jornada do Herói – do Nascimento ao Império

Arthur (Jason Momoa) é o narrador da sua própria história em tom de fábula, em que projeta a sua existência metade terráquea e metade pertencente ao fundo dos oceanos como um elo de paz. Tudo começa com a história de amor dos pais e o sacrifício da mãe (Nicole Kidman). O roteiro constrói um homem frustrado pela ausência materna e consciente da sua força sobrenatural, entretanto, ele leva uma vida simples de acordo com os princípios do seu pai faroleiro. Ou seja, a origem é bem construída e lapidada ao longa da narrativa.

Extensa demais por um lado, a jornada de Arthur junto com Mera (Amber Heard) para descobrir o paradeiro do tridente real é uma odisseia, com direito a analogias a Ulisses, Indiana Jones e até o Rei Arthur em busca de retirar a Excalibur da pedra. Em outras palavras, os roteiristas seguem a cartilha de uma jornada interessante, com aventura, desafios e um pitadinha de suspense, fórmula que faltava em todos os outros títulos da DC.

2. Cenas de Batalhas Épicas como em O Senhor dos Anéis

Dezesseis anos atrás, O Senhor do Anéis: As Duas Torres apresentava uma batalha épica com direito a árvores guerreiras contra os Orcs das trevas, além dos mais diversos seres juntos em busca de salvar o mundo contra a proliferação da escuridão. Peter Jackson tentou trazer a mesma vibração na trilogia O Hobbit (2012-2014), mas não obteve o mesmo ápice.

Em três momentos, James Wan provoca êxtase ao espectador com lutas magistrais. A batalha final com todos os reinos lutando no fundo do mar é para emoldurar na lembrança cinematográfica. As lutas entre Arthur e o seu irmão Orm (Patrick Wilson) também são bem coreografadas, iluminando o passado de lutas vexatórias no filme Batman vs. Superman: A Origem da Justiça, de Zack Snyder.

3. Protagonista Cativante entre Bronco e Bem-humorado

O escolha de Jason Momoa se encaixou perfeitamente ao herói carrancudo, mas ao mesmo tempo bem humorado com tiradas engraçadinhas principalmente em relação a Mera. É difícil não lembrar de Khal Drogo (Game of Thrones). O personagem tem a imponência de um Wolverine, mas um comportamento bonachão com pinceladas de Tony Stark, mas não chega a ser um humor escrachado como em Deadpool.

Não deixe de assistir:

A gente misturou característica de três super-heróis diferentes para definir Aquaman, na verdade, não era para ser tão complexo. O roteiro, por exemplo, imprime a personalidade de um homem lutador e idealista. Ele conhece as suas ameaças e como impedi-las, sendo um ser de dois mundos, ele possui vantagens em ambos os lados.

4. Relacionamento Amoroso Verossímil

A gente sabe que quando se trata de romance entre super-heróis, os filmes deixam a desejar bastante. Até a trilogia de Christopher Nolan pecou nesse quesito, vocês lembram de Katie Holmes e Christian Bale em Batman Begins (2005)? Ela até foi trocada por Maggie Gyllenhaal em Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008), mas não adiantou. Sem falar na falcatrua entre Thor (Chris Hemsworth) e Jane Foster (Natalie Portman) no primeiro (2011) e segundo (2013) filmes do deus nórdico.

No meio de tantas batalhas e problemas mais urgentes, o desenvolvimento de um relacionamento parece meio supérfluo, contudo, não é. Se Feiticeira Escarlate e Visão funcionam em Os Vingadores: Guerra Infinita, vamos fazer a vida amorosa dos heróis melhorar também. O filme dá a entender que o interesse de Mera por Arthur antecede a aventura deles, tanto que ela o salva. A dinâmica engraçadinha entre os dois gera identificação. Sobretudo, a cena que marca a concretização do romance – o beijo – é digna dos clássicos de Hollywood.

5. Espetáculo Visual Inebriante do Mundo Submarino

Junte todas essas informações acima e mergulhe ao fundo do mar. É maravilhoso conhecer Atlantis, sua história, os outros reinos e os diversos seres com suas peculiaridades e belezas exóticas. Todas as cenas dentro d’água são bem construídas e performáticas, desde os movimentos de nado, os cabelos flutuantes, até os cavalos marinhos e tubarões de guerra.

Novamente, invocamos O Senhor dos Anéis para descrever o que é a batalha no fundo do mar. A última cena de embate com uma besta gigante e exércitos de diferentes espécies é um deleite para o público apaixonado por fantasia e aventura. A conjuntura da obra merece aplausos. Não apenas os momentos no fundo do mar, as cenas na Itália e admiração de Mera pelas belezas da Terra também são emblemáticas. Aliás, a perseguição pelos telhados italianos é provavelmente inspirada em James Bond e Ethan Hunt (Missão Impossível).

Bônus: Ligação com Liga da Justiça

Depois de tanto apanhar das comparações entre os heróis da DC e da Marvel, os estúdios Warner Bros. têm buscado captar a dinâmica da concorrente. Por meio de um dos diálogos entre Arthur e Mera, o herói aquático explicita que derrotou Steppenwolf, o Lobo da Estepe (Ciarán Hinds), vilão do filme de Zack Snyder. Isso dá a entender que os acontecimentos de Aquaman são posteriores a Liga da Justiça.

Apesar de destacamos apenas os pontos positivos do filme, Aquaman comete os seus deslizes, mas acima de tudo encanta. Conte para gente quais são as suas expectativas nos comentários.

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Letícia Alassë
Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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