terça-feira, abril 30, 2024

Crítica | Um Tio Quase Perfeito 2 – Marcus Majella abre a temporada de comédias nacionais de 2021

O verão de 2021 será marcado por uma nova tentativa de retomada das salas de cinema no Brasil inteiro, de olho nas férias de verão, na garotada em casa passando calor e na tradição do público brasileiro de gostar de dar boas risadas na virada de ano. E a temporada de comédias nacionais 2021 começa com ‘Um Tio Quase Perfeito 2’, a continuação do sucesso estrelada por Marcus Majella em 2017.

Depois de se virar e se reinventar para cuidar dos três sobrinhos – quando ele não tinha a menor ideia de como cuidar de crianças – Tio Tony (Marcus Majella) se apaixonou pelos pimpolhos e tem feito muito sucesso com esse jeitão moleque em lidar com as crianças da escola. Tio Tony reina soberano no coração dos sobrinhos, Patricia (Julia Svacinna), Valentina (Sofia Barros) e João (João Barreto) e vive em perfeita harmonia com a família até a chegada de Beto (Danton Mello), o noivo de Ângela (Letícia Isnard), que, de quebra, encanta os pequenos. Inconformado e com ciúmes desse intruso, Tony entra numa disputa surreal com Beto e vai armar planos mirabolantes envolvendo os sobrinhos para tentar provar que o futuro cunhado não vale nada.

Novamente dirigido por Pedro Antônio Paes, ‘Um Tio Quase Perfeito 2’ volta a focar no público bem infantil, porém, tanto público quanto o elenco cresceu, e todo o conceito do longa parece ficar um pouco deslocado. Com os sobrinhos já uns três anos crescidos, as crianças – sendo Patricia já uma adolescente – já não precisam tanto de supervisão adulta para todas as coisas, embora os laços afetivos permaneçam. Porém, Tio Tony se manteve bobalhão, agindo da mesma maneira com os sobrinhos, que respondem a ele da mesma forma, embora tenham crescido – e isso é um pouco esquisito.

O roteiro escrito por quatro pessoas tem uma linha argumentativa um pouco problemática, baseada no ciúme de Tio Tony pelo novo “tio” que entra na parada, o Tio Beto. Ao longo das uma hora e quarenta de filme vemos a irmã Ângela e a mãe Cecília (Ana Lúcia Torre) corroborarem esse comportamento ciumento, infantil e patriarcal do único homem adulto da família, que age como se a irmã devesse precisar de seu consentimento para se casar. Esse argumento ultrapassado conduz o enredo da comédia até o início do arco final, quando Tony sofre a reviravolta da trama e deve repensar seu ciúme como algo a que ele não tem direito de reclamar a respeito, afinal, sua irmã e seus sobrinhos são donos das próprias vidas.

Apesar disso, as cenas cômicas devem agradar a pimpolhada, reforçadas por elementos nojentos que provocam o riso solto (minhocas, pum, bumbum, piriri, etc), um aspecto aventuresco-detetivesco (que remete a sucessos como ‘D.P.A – Detetives do Prédio Azul’). Merece destaque a personagem de Noemia Oliveira, que gera riso natural com sua forma passiva-agressiva de se impor e a participação especial de Eduardo Galvão, em um de seus últimos papeis.

Um Tio Quase Perfeito 2’ realça o grande carisma de Marcus Majella em protagonizar filmes de comédia para a garotada e o quanto ele se sente à vontade com esse público. É um filme que abre a temporada de comédias nacionais agradando seu público-alvo.

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