domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Como Nossos Pais

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Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos ainda somos os mesmos. Falando sobre a dura rotina impossibilitada do sonhar de uma mulher perto dos quarenta anos que descobre segredos de família e precisa lidar com um casamento em declínio, Como Nossos Pais, novo trabalho da excelente cineasta Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças), é um filme que emociona e gera reflexões, aliada a uma impactante atuação da atriz Maria Ribeiro que consegue prender a atenção do público do início ao fim. A Rosa de Laís Bodanzky é tão, ou mais forte, que a Clara de Kleber Mendonça Filho. É lindo ver dois dos grandes filmes nacionais dos últimos anos terem protagonistas femininas tão marcantes, inesquecíveis.

Na trama, conhecemos Rosa (Maria Ribeiro) uma mulher guerreira que está em crise no casamento com seu marido Dado (Paulo Vilhena), infeliz no emprego que tem e ainda é pega de surpresa com uma notícia atordoante de sua mãe Clarisse (Clarisse Abujamra) que seu pai Homero (Jorge Mautner) na verdade não é seu pai. Essa notícia mexe bastante com a protagonista que passa por uma grande transformação ao longo de todos os 102 minutos de projeção.



Uma super heroína dos nossos tempos, Rosa, precisa conciliar seu tempo com a educação de suas filhas pequenas, tentar ajustes em seu casamento recheado de desconfiança e crise financeira, e uma perturbação inquieta para tentar se encontrar com seu verdadeiro pai que possui um alto cargo do governo. Rosa é o reflexo da força feminina nos dias de hoje. Como para todo ser humano as atitudes, chegam em forma de inconsequência, como a aproximação com o pai de um dos alunos da escola de suas filhas e as explosões em diálogos emocionantes e marcantes com sua mãe. Em uma atuação irrepreensível, Maria Ribeiro dá não só vida a personagem, a torna muito real e, assim, em nossas lembranças mais curtas podemos encontrar uma Rosa em cada esquina.

Na parede da memória, a lembrança é o quadro que dói mais. Epicentro, estopim, da virada na história e quando acontece a virada da personagem, a dúvida de ir ou não atrás do pai biológico chega ao mesmo tempo que memórias com seu pai de criação, o maluco beleza Homero afloram em seus pensamentos mesmo que entrando em conflito com as atitudes irresponsáveis dele na vida.

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Recentemente, estreou Mulher-Maravilha nos cinemas. Mas a história muito mais marcante, talvez a verdadeira Mulher-Maravilha, a da vida real, que troca a luta com super poderes por tentativas diárias de conseguir esticar as 24 horas do relógio e ser feliz chega aos cinemas brasileiros no final de agosto e você simplesmente não pode perder.

 

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Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos ainda somos os mesmos. Falando sobre a dura rotina impossibilitada do sonhar de uma mulher perto dos quarenta anos que descobre segredos de família e precisa lidar com um casamento em declínio, Como Nossos Pais, novo trabalho da excelente cineasta Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças), é um filme que emociona e gera reflexões, aliada a uma impactante atuação da atriz Maria Ribeiro que consegue prender a atenção do público do início ao fim. A Rosa de Laís Bodanzky é tão, ou mais forte, que a Clara de Kleber Mendonça Filho. É lindo ver dois dos grandes filmes nacionais dos últimos anos terem protagonistas femininas tão marcantes, inesquecíveis.

Na trama, conhecemos Rosa (Maria Ribeiro) uma mulher guerreira que está em crise no casamento com seu marido Dado (Paulo Vilhena), infeliz no emprego que tem e ainda é pega de surpresa com uma notícia atordoante de sua mãe Clarisse (Clarisse Abujamra) que seu pai Homero (Jorge Mautner) na verdade não é seu pai. Essa notícia mexe bastante com a protagonista que passa por uma grande transformação ao longo de todos os 102 minutos de projeção.

Uma super heroína dos nossos tempos, Rosa, precisa conciliar seu tempo com a educação de suas filhas pequenas, tentar ajustes em seu casamento recheado de desconfiança e crise financeira, e uma perturbação inquieta para tentar se encontrar com seu verdadeiro pai que possui um alto cargo do governo. Rosa é o reflexo da força feminina nos dias de hoje. Como para todo ser humano as atitudes, chegam em forma de inconsequência, como a aproximação com o pai de um dos alunos da escola de suas filhas e as explosões em diálogos emocionantes e marcantes com sua mãe. Em uma atuação irrepreensível, Maria Ribeiro dá não só vida a personagem, a torna muito real e, assim, em nossas lembranças mais curtas podemos encontrar uma Rosa em cada esquina.

Na parede da memória, a lembrança é o quadro que dói mais. Epicentro, estopim, da virada na história e quando acontece a virada da personagem, a dúvida de ir ou não atrás do pai biológico chega ao mesmo tempo que memórias com seu pai de criação, o maluco beleza Homero afloram em seus pensamentos mesmo que entrando em conflito com as atitudes irresponsáveis dele na vida.

Recentemente, estreou Mulher-Maravilha nos cinemas. Mas a história muito mais marcante, talvez a verdadeira Mulher-Maravilha, a da vida real, que troca a luta com super poderes por tentativas diárias de conseguir esticar as 24 horas do relógio e ser feliz chega aos cinemas brasileiros no final de agosto e você simplesmente não pode perder.

 

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