terça-feira, abril 30, 2024

Crítica | O Faz Nada – Robert de Niro e Luis Brandoni brilham em série argentina

Os quebra-molas da vida que nos fazem enxergar os outros e a nós mesmos. Chegou diretamente da Argentina um seriado que estreou no catálogo da Star Plus sem muita divulgação mas promete um lugar nas suas séries favoritas de 2023. O Faz Nada contorna a desconstrução de um carismático e intenso dândi que embarca em novas maneiras de pensar e agir quando enxerga-se à beira do precipício em várias áreas de sua vida em um presente bem longe de regalias de um passado que não existe mais.

Com direito a Robert de Niro no elenco, inclusive narrando cada abertura de todos os cinco episódios, esse seriado portenho criado pela dupla Mariano Cohn Gastón Duprat (criadores também da ótima série Meu Querido Zelador) é estrelado pelo excelente ator argentino de 83 anos, Luis Brandoni.

Na trama, conhecemos Manuel (Luis Brandoni), um renomado e experiente crítico gastronômico que vive seus dias em um confortável apartamento na cidade que ama, Buenos Aires. Sua vida sempre foi uma série de dependências dos outros, seja em casa com a empregada Celsa (María Rosa Fugazot), seja na necessidade de pedir empréstimos aos amigos e comer de graça nos melhores restaurantes da cidade.

Sua rotina muda drasticamente quando Celsa morre e Manuel precisa encontrar uma outra pessoa para ajudá-lo no dia a dia, assim ele chega até a imigrante paraguaia Antonia (Majo Cabrera), uma jovem que o ajudará a mudar a maneira como vive sua vida. Em paralelo a chegada de Antonia, Manuel precisa entregar seu novo livro à editora e irá pedir uma ajuda ao grande amigo Vincent Parisi (Robert De Niro).

O estalo que pode chegar em nossas vidas à qualquer momento. Quem nunca passou por momentos onde determinadas situações mudaram para sempre a forma de enxergarmos tudo que está ao nosso alcance? Seguindo nessa certeza, que em algum momento encontra nossa trajetória, Um Faz Nada mostra o choque do antes e o depois, do antigo com o novo, contrapontos que se aproximam com a realidade.

A simpática narrativa, repleta de resoluções cômicas na medida, exalta o carisma meio rabugento de um protagonista muito envolvido com a necessidade de elegância, do requinte. Os cinco episódios são verdadeiras pinturas que dão vida aos sentimentos conflitantes.

Não deixe de assistir:

Os cineastas argentinos Mariano Cohn Gastón Duprat, dupla bastante conhecida dos cinéfilos, voltam ao universo da série após o sucesso de Meu Querido Zelador, projeto esse protagonizado pelo astro Guillermo Francella (que faz uma rápida aparição em O Faz Nada). Antes, nos cinemas, foram os responsáveis por obras fantásticas como: O Cidadão Ilustre e O Homem ao Lado. Aqui conseguiram a proeza de reunir artistas fabulosos com a cereja do bolo que é a aparição de Robert de Niro, em todos os episódios! Não é apenas uma participação! Inclusive seu personagem, a princípio um pouco misterioso, é quem dita o ritmo narrando os inícios de todos os episódios.

Exibido em formato de longa-metragem no Festival de San Sebastian, onde fora indicado na categoria Culinary Zinema (uma mostra dentro do Festival organizada em conjunto com o Centro de Culinária Basca com destaques para filmes que envolvem gastronomia), O Faz Nada escancara as novas maneiras de um alguém com pensamentos no passado, enxergar uma cidade que tanto ama, a vida da qual sempre se escondeu, chegando ao recomeçar.

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