sexta-feira, abril 26, 2024

‘Gravidade’, ‘Ad Astra’ e outras Grandiosas Ficções que se passam no Espaço

O cinema é fantasia. É ficção. O interesse do homem pela ciência, pelo futuro, terminou criando um gênero próprio na sétima arte: a ficção científica. Muitas vezes confundida ou mesclada com a fantasia (vide Star Wars) ou o terror (franquia Alien), a ficção científica sempre teve com objetivo vislumbrar possibilidades, sejam elas projetar como viveremos daqui a alguns anos (apontando suas possibilidades) e até mesmo especular sobre desenvolvimento tecnológico (vide inteligências artificiais, clonagem e afins).

Durante décadas o cinema nos brindou com o desbravamento espacial. Seja em propostas psicológicas e psicodélicas (2001 – Uma Odisseia no Espaço) ou olhares do passado, através de biografias (Os Eleitos e Apollo 13).

Aproveitando o lançamento de Ad Astra: Rumo às Estrelas, drama espacial existencialista protagonizado por Brad Pitt, o CinePOP resolveu criar uma lista com 10 produções recentes que nos levam numa viagem em direção ao desconhecido da imensidão do espaço. Vem com a gente.

Ad Astra: Rumo às Estrelas (2019)

Dirigido pelo meticuloso James Gray (Z: A Cidade Perdida), este filme é muitas coisas num só, se tornando difícil defini-lo. Basicamente, uma busca interna por aceitação, Brad Pitt interpreta um exímio astronauta, que dedicou sua vida inteira ao trabalho – deixando de lado a parte afetiva que nos compõe. Ele recebe a notícia de que seu pai, em quem se espelhou a vida inteira, pode estar vivo (papel de Tommy Lee Jones), e inicia uma busca aos confins do universo para um encontro transcendental. Fora o drama, somos brindados com elementos curiosos, como viagens particulares à lua, que está colonizada e inclusive abriga conflitos armados saídos da Terra, numa sequência verdadeiramente espetacular.

Gravidade (2013)

A mesma palavra pode ser usada para definir esta obra de Alfonso Cuarón, vencedora de 7 Oscar, incluindo direção, e indicada para melhor filme e atriz (Sandra Bullock). Mais simples em sua trama e realista, este longa não se passa no futuro como o item acima, retratando um desastre espacial onde dois astronautas lutam por suas vidas em uma série de situações desesperadoras. Com apenas dois personagens o filme inteiro, a ficção de alto conceito chegou com um hype gigantesco e se tornou um dos longas mais elogiados de seu respectivo ano.

Interestelar (2014)

Com o comando do cultuado Christopher Nolan, Interestelar é a produção mais complexa da lista. Nolan se tornou um cineasta que atrai atenção dos críticos, cinéfilos e fãs devido a sua capacidade de encaixar conteúdo bastante substancial e enigmático em blockbusters, vendidos ao grande público. Com ecos de Kubrick e 2001 – Uma Odisseia no Espaço, o diretor fala sobre outras dimensões, realidades e até viagem no tempo, questões físicas bem carregadas. Mas também é um filme humano, que mostra a busca de uma filha (Jessica Chastain na fase adulta) por seu pai (Matthew McConaughey). O filme foi indicado para 5 prêmios técnicos, vencendo o de efeitos visuais. E consta como o número 32 dentre os filmes preferidos do grande público de todos os tempos.

Não deixe de assistir:

Perdido em Marte (2015)

Já virou até piada o fato de Matt Damon precisar ser resgatado em seus filmes – e no espaço ele inclusive havia feito uma participação em Interestelar no ano anterior. Aqui, baseado num livro de muito sucesso, Damon interpreta um astronauta deixado para trás em Marte após um acidente, que precisa se virar com os conhecimentos e recursos que tem até que o resgate chegue. Mais uma vez temos Jessica Chastain num filme do gênero, aqui como uma colega astronauta do protagonista. Dirigido pelo veterano Ridley Scott, o filme é bem melhor que suas incursões recentes no universo Alien, e foi indicado para 7 Oscar, incluindo melhor filme e ator para Damon.

O Primeiro Homem (2018)

Lançado ano passado, o longa era uma das grandes promessas no Oscar deste ano, mas que infelizmente terminou passando relativamente em branco. Biografia do astronauta Neil Armostrong, o primeiro homem a pisar na lua. A expectativa veio por se tratar do mais recente trabalho do jovem cineasta Damien Chazelle, considerado menino prodígio de Hollywood, tendo assinado obras como Whiplash e La La Land. No filme, Ryan Gosling, outro ator de prestígio, vive Armostrong de forma introspectiva, mas intensa. Na época do lançamento falava-se em indicações para o diretor, filme e os atores (além de Gosling, a atriz Claire Foy, que vive sua esposa no longa) – mas suas 4 nomeações foram técnicas, incluindo a que venceu: melhores efeitos visuais.

Passageiros (2016)

Menos apreciado que os demais na lista, trata-se de um veículo para unir uma dupla verdadeiramente quente: os astros Jennifer Lawrence e Chris Pratt. Um hype semelhante ao de Gravidade girou em torno desta produção, logo em sua concepção. Aqui também tínhamos apenas dois atores durante quase toda a exibição, mas ao contrário da trama de sobrevivência do filme citado, neste o roteiro caminhou na tênue linha do mau gosto – não descendo na garganta de muitos avaliadores e fãs. Particularmente, o considero um filme subestimado, que está longe de ser tão nocivo quanto o pintam. Na trama, a bordo de um nave que é uma espécie de transatlântico espacial com o objetivo de povoar um novo planeta, a câmara de criogenia de um dos passageiros (Pratt) dá defeito e o acorda antes do tempo. O sujeito então escolhe uma passageira para lhe fazer companhia.

Vida (2017)

Com ares de Alien: O Oitavo Passageiro (1979), este longa traz um trio de atores que desperta atenção imediata do público: Ryan Reynolds, Jake Gyllenhaal e Rebecca Ferguson. O trio faz parte da equipe de astronautas em missão no espaço, que se depara com vida extraterrestre. A criatura desencadeia um processo evolutivo extremamente rápido e logo está dando trabalho dentro da estação espacial. O longa possui inúmeros momentos grandiosos de tensão, e talvez tenha seus méritos reconhecidos com o passar dos anos.

High Life (2018)

Ainda inédito no Brasil, esta ficção especial é estrelada pelo novo Batman do cinema, Robert Pattinson. Em sua carreira pós-Crepúsculo, o jovem ator se colou com diretores renomados e trabalhou em diversas produções de prestígio – como em algumas das melhores obras independentes desta década. Aqui, ele é dirigido pela francesa veterana Claire Denis, em seu filme mais ambicioso. O filme conta com a musa do país, Juliette Binoche e com cenas altamente sexuais. Na trama, um pai (Pattinson) luta contra todas as adversidades para criar sua pequena filha no isolamento de uma estação espacial.

Lucy in the Sky (2019)

Outro filme recente que ainda não chegou aos cinemas brasileiros – ou sequer em grande parte do mundo. O longa fez sua estreia no Festival de Toronto em setembro e chega neste fim de semana às salas dos EUA. Na trama, Natalie Portman é a bola da vez na pele da astronauta Lucy Cola. Após uma missão transcendental no espaço, ela volta para a Terra sem conseguir se readaptar à nossa realidade, considerando nosso planeta pequeno demais para suas experiências espaciais. O filme se concentra na relação da protagonista com a vida em nosso planeta após conhecer o universo.

Sem Gravidade… Sem Cérebro (2014)

Péssimo título brasileiro para Space Station 76 – que diminui bastante esta obra subestimada e dona de diversas qualidades. Produção independente, o filme é uma grande brincadeira com as ficções da década de 1970, e é todo criado como se realmente tivesse sido produzido na época citada. Ou seja, é o futuro, mas visto pela ótica dos anos 70, com seus painéis tecnológicos cheios de luzinhas que piscam, design retro e figurinos e penteados típicos das obras do gênero daquele período. Além desta nostalgia, o longa com forte veia cômica se comporta como um novelão espacial, contando com nomes como Liv Tyler (também presente em Ad Astra), Patrick Wilson e Matt Bomer no elenco.

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