Em entrevista ao Kulturen, o diretor Christian Tafdrup, que comandou o longa original de 2022, detonou a mudança no desfecho do remake de ‘Não Fale o Mal‘ (Speak no Evil).
O cineasta culpou a cultura americana e sua necessidade por finais felizes, o que descaracterizou completamente a história que ele se propôs a contar na produção original.
“Eu não sei por que os americanos são assim, mas eles gostam de histórias heroicas, onde o bem precisa vencer o mal. E, este remake de ‘Não Fale o Mal’, termina exatamente desta maneira. Quando eu vi o filme, percebi que eles nunca poderiam fazer um filme onde os personagens são apedrejados até a morte, como acontece no original. Os personagens na versão americana precisam lutar para salvar sua família e derrotar os vilões. É um final feliz, porque é algo enraizado na cultura americana que eles podem lidar com qualquer coisa.”
Ele completa, “Os espectadores [do remake] estavam completamente animados no cinema, aplaudindo, rindo e torcendo. Parecia um show de rock. No meu filme, as pessoas saíram do cinema traumatizadas.”
Vale lembrar que o remake de ‘Não Fale o Mal‘ arrecadou US$ 20.8 milhões em sua estreia global.
Nos EUA, o longa superou as projeções iniciais – que indicavam um lançamento de US$ 10 milhões –, fechando o seu primeiro final de semana com US$ 11.5 milhões.
Para termos de comparação, esta é a segunda maior abertura doméstica da produtora em 2024, atrás apenas de ‘Mergulho Noturno‘ (US$11.7M).
Não deixe de assistir:
Internacionalmente, o filme acrescenta US$ 9.3 milhões através de 73 mercados.
Com 85% de aprovação dos críticos no Rotten Tomatoes, o terror recebeu uma nota B+ do público no CinemaScore – que é uma avaliação considerada forte para o gênero.
A nova versão de ‘Não Fale o Mal‘ contou com um orçamento de US$ 15 milhões.
Vale lembrar que o longa já está em exibição nos cinemas nacionais!
Na trama, quando uma família americana é convidada para passar o fim de semana na idílica propriedade rural de uma encantadora família britânica com quem fez amizade nas férias, o que começa como as férias do sonho logo se transforma em um complicado pesadelo psicológico.
Confira nossa crítica em vídeo:
Crítica | Speak no Evil: Terror dinamarquês é uma visceral e satírica crítica à misantropia