quarta-feira, maio 1, 2024

Os Filmes Mais Esperados de Março 2020

Podemos dizer que passado o Carnaval, o ano no Brasil começa de verdade. Para os cinéfilos o mesmo se aplica, tendo passado o Oscar. Agora é que começaremos a receber as produções de 2020 de fato. Não que já não tenhamos sentido certo gostinho de alguns filmes do ano, e recebido nossa cota de sucessos e fracassos nos dois primeiros meses de 2020.

Enquanto Dolittle, Ameaça Profunda e (infelizmente) Aves de Rapina comem poeira como alguns dos fracassos iniciais de 2020 – este último com a melhor média de críticas e bilheteria; o começo do ano fez, inesperadamente, de Sonic – O Filme um dos maiores sucessos. Ou seja, fica aqui a lição: não julgue um livro, ou um filme, por sua data de validade vencida ou seus efeitos bizarros. Eles podem ser mudados na pós-produção e fazer do filme um sucesso.

Crítica | ‘Sonic – O Filme’ é nostalgia pura e um deleite para os fãs

Além de Sonic, que por enquanto é o segundo lugar no pódio das maiores bilheterias de 2020, temos correndo a passos largos, o novo thriller da Blumhouse/Universal O Homem Invisível – que com excelentes críticas (91% de aprovação no Rotten Tomatoes) pode vir a se tornar um dos grandes filmes do ano e abrir caminho para outros monstros modernizados. Quem lidera absoluto em primeira posição das bilheterias neste início de ano, no entanto, é Bad Boys para Sempre, terceira (e melhor) aventura dos policiais vividos por Will Smith e Martin Lawrence, que garantem um lucro polpudo para a Sony e vindouras sequências.

Crítica | O Homem Invisível – Uma História Clássica em perfeita Sintonia com a atualidade

Mas em quesito de surpresa positiva, ninguém supera Magnatas do Crime, nova obra criminal do diretor Guy Ritchie – retornando ao gênero que o consagrou. O filme estrelado por Matthew McConaughey, ainda inédito no Brasil (programado para 16 de abril), é a quinta maior bilheteria do ano até o momento, apesar de sua censura alta, ou seja, um filme não muito indicado ao público jovem.

No outro lado do espectro, como um recorde negativo de fracasso, está o igualmente inédito no Brasil, The Rhythm Section. Produção problemática estrelada por Blake Lively, o filme é a adaptação do livro de espionagem Mark Burnell (que assina o roteiro) e tem produção de Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, mais conhecidos pela franquia 007 no cinema. Rhythm Section bateu o recorde negativo como a pior estreia de um filme nos EUA a ter um lançamento em mais de 3 mil salas de cinema. O longa foi retirado da lista de lançamentos da Paramount no Brasil e corre o risco de ver uma estreia diretamente no mercado de vídeo ou quem sabe na Netflix – como o estúdio tem feito ultimamente, vide Cloverfield Paradox e Aniquilação.

Sem mais delongas, vamos conhecer os filmes mais esperados de Março 2020, e analisar quais os novos possíveis campeões de bilheteria que o mês reserva.

05/03

Dois Irmãos – Uma Jornada Fantástica

Não deixe de assistir:

Por falar em campeão de bilheteria, um forte concorrente para o mês é esta animação. Novo produto dos titãs Disney e Pixar, o filme aposta numa história familiar, na união de dois irmãos tentando encontrar seu pai e diversas referências nostálgicas às décadas de 1980 e 1990 neste road trip. Mas não é só isso, a brincadeira principal é com o mundo de magia, fadas e todo tipo de criatura mística, já que esta é também uma fantasia.

Crítica | Dois Irmãos – Animação leva a Pixar de volta aos anos 90!

Seberg Contra Todos

Por falar em Kristen Stewart, a moça não deu sorte com seus filmes divertidos recentes, vide a aventura As Panteras e o terror Ameaça Profunda. Agora, ela volta ao drama na pele da icônica atriz francesa Jean Seberg. Na biografia, o foco é no ativismo social da estrela, que se envolveu com o movimento dos Panteras Negras durante as décadas de 1960 e 1970, e terminou sendo perseguida pelo governo americano. Deu para ver que se trata de um filme muito necessário. Além de Stewart, o longa conta ainda com as presenças de Anthony Mackie, Vince Vaughn e Zazie Beetz em papeis importantes.

Crítica | Seberg Contra Todos – Biografia com Kristen Stewart é propícia e reflete a atualidade

Jexi – Um Celular sem Filtro

Todo mundo ama Ela (2013), de Spike Jonze. Mas a única coisa que faltou na obra-prima romântica e existencial foi uma boa dose de zoeira. Bem, melhor não. Para isso temos Jexi, uma história parecida, mas completamente escrachada. Na trama, um jovem introvertido e solitário (papel de Adam Devine) passa mais tempo com seu celular do que com pessoas reais. Ele adquire um novo modelo, que vem com a inteligência artificial mais sem noção de todas e faria a Samantha de Scarlett Johansson passar vergonha. Ela tem a voz de Rose Byrne.

Crítica | Jexi: Um Celular Sem Filtro – Comédia com jeitão de Netflix diverte

12/03

Bloodshot

O astro Vin Diesel segue tentando mostrar que pode dar certo fora da franquia Velozes e Furiosos. Bem, se deu certo (em partes) com Triplo X, pode funcionar de novo. Aqui ele tem a ajuda de uma marca relativamente bem estabelecida, com a adaptação de um quadrinho cult. Na trama, Diesel vive um soldado dado como morto e revivido com a mais alta nanotecnologia, que o permite se regenerar instantaneamente, como um super Wolverine. Mas existe uma trama por trás, e ele na verdade está sendo manipulado, assim como Guy Pearce foi no suspense Amnésia (2000), de Christopher Nolan, a fazer o que um sujeito sem escrúpulos deseja. Ah, e quem é o sujeito aqui? Guy Pearce, e quem mais?

Aprendiz de Espiã

De um grandalhão pra outro, o nome da vez tentando emplacar é Dave Bautista, mais conhecido como Drax dos Guardiões da Galáxia (2014). A Diamond Films aposta no carisma do sujeito e traz o longa para o Brasil. Este foi o caminho de todo brucutu, começando lá nos anos 1980 com Arnold Schwarzenegger, ou seja, mostrar que é capaz de tirar um sarro com sua persona troglodita. Aqui, Bautista vive um super espião da CIA, que tem como parceira… uma menina de 9 anos. Se vai funcionar, só a estreia dirá.

O Oficial e o Espião

Novo filme do polêmico diretor Roman Polanski. A obra recebeu diversas indicações ao César, considerado o Oscar francês.  A maior controvérsia, no entanto, ocorreu quando Polanski foi eleito o melhor diretor na cerimônia, mesmo sem o filme ganhar. Inúmeras atrizes deixaram o evento após o anúncio, incluindo a apresentadora. O Oficial e o Espião fala sobre o famoso caso Dreyfus, um dos maiores erros da história do exército francês, que puniu um homem inocente. Muitos acreditam que a escolha de seu novo trabalho é uma espécie de mensagem que Polanski manda ao público, alegando sua inocência e o apedrejamento equivocado.

Solteira Quase Surtando

Comédias-românticas protagonizadas por mulheres chegando à meia idade fazem muito sucesso no Brasil. De fato, este poderia ser um filme estrelado por Mônica Martelli ou Ingrid Guimarães. Quem protagoniza, no entanto, é Mina Nercessian, filha do ator Stepan Nercessian. A atriz não apenas é a personagem principal à frente das câmeras, como também aposta suas fichas no roteiro do longa. Na comédia, ela vive uma mulher bem sucedida, que aos 35 anos surta, se desesperando para encontrar um marido e ter um filho – situação pela qual muitas mulheres, mesmo as mais esclarecidas, passam. E não apenas elas, afinal, quem não quer encontrar sua alma gêmea?

19/03

Um Lugar Silencioso – Parte II

Continuação do mega sucesso Um Lugar Silencioso, novamente produzido em família com a direção de John Krasinski e estrelado pela esposa do cineasta, a atriz Emily Blunt. Desta vez veremos em escala maior o que o mundo se tornou após a chegada das misteriosas criaturas guiadas pelo som. Blunt lidera sua família em busca da salvação e no caminho irá descobrir outros sobreviventes. O suspense em torno do filme novamente se mantém, mostrando que esta é uma sequência da qual o quanto menos soubermos, melhor.

Três Verões

Outra produção brasileira, esta um drama prestigiado em festivais pelo mundo, como o festival de Toronto, sua estreia mundial. O filme também passou pelo festival do Rio em dezembro passado. Dirigida por Sandra Kogut, a veterana Regina Casé vive outra empregada doméstica (a atriz tem se especializado neste tipo de papel), trabalhando na casa de ricos patrões. A cada ano, seus chefes recebem amigos e convidados para grandes festas, que são acompanhadas com interesse pelos funcionários do local. Depois dos escândalos de corrupção envolvendo o governo em 2016, a vida de todos no local muda.

A Jornada

Produção francesa da diretora Alice Winocour (roteirista do indicado ao Oscar Cinco Graças), este drama traz Eva Green como protagonista na pele de uma astronauta vivendo um grande dilema. A única mulher a treinar na selecionadíssima Agência Europeia Espacial, ela divide seu tempo entre o sonho da profissão e a criação de sua filha de 9 anos, de quem cuida sozinha. Quando ela é selecionada para passar 1 ano numa missão espacial a bordo da nave Proxima, ela precisa ponderar entre a realização de seu chamado e permanecer com a pessoa mais importante de sua vida.

Honeyland

Documentário dramático que concorreu a duas estatuetas nesta edição do Oscar. Além da categoria documentário, Honeyland esteve indicado para melhor produção estrangeira. A trama ecológica, aborda o ecossistema das abelhas sendo gravemente desestruturado, numa época de grande desrespeito com a natureza em visão unicamente do lucro financeiro desmedido. Hatidze é uma exímia caçadora de abelhas, que respeita as regras do meio ambiente e o acordo estipulado com as abelhas em relação à coleta de seu mel. Este sistema é ameaçado com a chegada de apicultores que não seguem a mesma norma.

26/03

Mulan

O mês de março fecha com um dos maiores lançamentos do ano. Em 2019 tivemos a surpresa de Aladdin, que todos achavam que iria fracassar e se tornou uma das maiores bilheterias de um live-action da Disney. Isso sem falar em O Rei Leão, mas quanto a esse ninguém tinha dúvidas. Em 2020 é a hora de outra animação querida e cultuada da casa ganhar sua versão de carne e osso. Mulan, no entanto, já chega imerso em controvérsia devido a algumas decisões adotadas pela cineasta Niki Caro. Um dos elementos mais importantes é saber se a protagonista graciosa Liu Yifei terá carisma o suficiente para segurar o filme.

As Faces do Demônio

O cinema da Coreia do Sul está com tudo, depois da vitória de Parasita no Oscar deste ano. Os filmes do país nunca estiveram mais populares, despertando interesse até mesmo no fechado mercado norte-americano, em especial de Hollywood. No Brasil não é diferente e os cinéfilos de plantão começam a consumir tudo relacionado ao país asiático. E as distribuidoras estão prestando atenção no fato. Em março, a Paris Filmes sai na frente e lança o terror As Faces do Demônio. Imagine uma coisa que faltou em Parasita. Sabe o que é? Isso mesmo, possessão demoníaca. Aqui, um demônio que pode mudar sua forma, se instala numa típica família sul coreana, a la Parasita, e começa a levantar suspeita de seus membros, até um dos irmãos decidir realizar um exorcismo. Imperdível.

Skin – À Flor da Pele

Uma das maiores potências norte-americana quando o assunto é obra independente que assume riscos, a produtora A24 nos deu diversos filmes cultuados e de muito prestígio – alguns chegando até o Oscar, como o caso de O Quarto de Jack (2015), Moonlight (2016) e Projeto Flórida (2017). Aqui, temos uma versão atualizada para os anos 2020, do noventista A Outra História Americana (1998). Assim como Edward Norton naquele filme, aqui Jamie Bell é membro de uma gangue racista de supremacistas brancos skin heads. Ele então decide abandonar o ódio, com a ajuda de um ativista negro e da mulher que ama. A premissa é de gelar a espinha.

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