Depois de uma misteriosa noite de sua lua-de-mel, este casal de recém-casados se depara com uma gravidez não planejada. Enquanto registra tudo para a posterioridade, o marido começa a notar o estranho comportamento de sua esposa – ao princípio atribuido aos nervos da primeira gravidez – mas conforme os meses passam, torna-se evidente que as estranhas mudanças de seu corpo e mente têm origens muito mais sinistras.
Curiosidades:
» ‘O Herdeiro do Diabo’ é o novo terror dos diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, que comandaram um dos segmentos de ‘V/H/S’.
Em seu aniversário de 15 anos, Rachel, uma jovem rebelde para os padrões de sua família mórmon, descobre uma fita cassete proibida de rock n’ roll. Seu primeiro contato com o gênero se transforma em uma experiência milagrosa: em 3 meses Rachel aparece grávida e convencida de uma concepção imaculada, onde a música é apontada como provável responsável por sua misteriosa gestação. Em busca da verdade, Rachel irá à cidade mais próxima da comunidade fundamentalista em que vive no interior do estado de Utah: Las Vegas.
A experiência de assistir a O Lobo de Wall Street, que estreia na sexta (24/1), é bastante marcante para quem acompanhou o trabalho do diretor Martin Scorsese ao longo dos anos. Sua mais nova obra o encontra muito próximo das agruras de seu início de carreira, dos excessos que o tornaram uma voz estridente no cinema norte-americano, de tal modo que parece até que o diretor se embriagou com a obscenidade do material e se perdeu do requinte que exibiu nos filmes que lançou nos últimos anos. No entanto, não há extravagância, exagero ou troça que oculte o domínio que o cineasta continua tendo sobre a narrativa cinematográfica.
O centro da trama é Jordan Belfort, indivíduo real interpretado por um destemido Leonardo DiCaprio. Como um jovem ambicioso, Jordan começou na profissão de corretor de ações de forma acidentada, mas não demorou para que seu inalcançável anseio o fizesse se destacar na área. Não exatamente por suas inegáveis competência ou dedicação, mas sim por sua falta de escrúpulos. Operando à sombra da toda poderosa máquina do mercado de ações que é Wall Street, ele não tardou para se tornar uma figura tão infame quanto magnética para aspirantes a corretores. Com sua firma Stratton Oakmont e um time de funcionários igualmente ferinos, ele advoga uma vida dominada pela ostentação.
Entre sua riqueza desavergonhada e uma completa esbórnia de drogas e sexo, Jordan encontra tempo para cultivar uma amizade com seu sócio Donnie (Jonah Hill), arranjar uma bela esposa, Naomi (Margot Robbie), e lidar com o agente do FBI Patrick Denham (Kyle Chandler), que fareja de perto suas ações ilegais. Tudo isso com uma narração propagandística e nem um pouco apologética do próprio protagonista. Ele inicia a história com aproximadamente 20 anos de idade, mas suas ações e posturas mostram que ele se mantém um adolescente em diversos aspectos. O primeiro passo para apreciar a habilidade de Scorsese é notar como essa disparidade de comportamento e idade é transportada do roteiro de Terence Winter (adaptado do livro do próprio Belfort) para a tela.
Não se trata de um coming-of-age ou uma história de formação de maneira alguma; a faceta juvenil do personagem é muito mais básica. Se há um momento “formativo” na trama, é um encontro que ocorre logo no início da projeção, com Mark Hanna (Matthew McConaughey), seu primeiro chefe. E não se trata sequer de um diálogo inspirador tradicional, pois Mark usa um viés fortemente profissional para apresentar a Jordan o caráter que ele acabará adotando. Em suma, o homem ensina o protagonista a abandonar qualquer escrúpulo para galgar sua ascensão como corretor de ações e decolar a caminho da fortuna. E todo o roteiro acompanhará os desdobramentos desse conselho, que, não por acaso, inclui regras bastante claras sobre sexo e drogas: abusar de ambos.
Não há uma cena particular que exprima melhor que outra essa visão escrachada da adolescência extemporânea. Exemplos abundam. Alguns são puramente gracejos, como a brincadeira vingativa de Jordan quando a esposa cogita uma greve sexual; outros, como a transa de 11 segundos, são referências bem diretas à inexperiência da juventude; mas as que representam momentos de virada da narrativa talvez sejam as mais fantásticas. Um momento em especial se destaca não apenas por ser hilário, mas por lembrar o tipo de premissa que Se Beber, Não Case! popularizou há uns poucos anos. Estão lá as crianças adultas, perdidas nos excessos de uma farra épica, e um objetivo, aparentemente impossível de alcançar, que carrega preocupações típicas da maturidade. Esse tipo de conflito é um grande símbolo do curto-circuito entre a inconsequência de um jovem e a responsabilidade da qual depende toda a vida de um adulto e dos à sua volta.
Igualmente significativa para explorar a imatura soberba de Jordan é a narração sobre sua própria vida, um recurso multifacetado que enriquece o filme em várias frentes. A pedância escrachada com a qual DiCaprio exibe sua fortuna, seus bens e seus luxos quebra a todo momento o possível glamour de suas conquistas. Em um mísero gesto – Jordan apresenta a casa com um copo de suco de laranja na mão, sai pela porta e o atira para trás –, fica manifesto o maior orgulho do personagem: a liberdade para abraçar a desordem. Em suma, sua atitude, perfeitamente explorada pelos solilóquios de ostentação, é a indulgência suprema de se permitir ser um jovem irresponsável – conquistada pelo dinheiro.
A moralidade de Jordan nunca é questionada, pois não existe. O roteiro faz manobras brilhantes pelos labirínticos detalhes das falcatruas do protagonista: quando começa a citar tecnicalidades, ele simplesmente se detém para destacar que, sim, todo aquele enriquecimento e crescimento foi ilegal. Por isso é impossível concordar com quem vê uma glorificação daquelas atitudes criminosas. Winter, DiCaprio e Scorsese têm a sagacidade de evitar as águas turvas das operações e tecnicalidades da firma de Belfort, buscando, ao invés disso, expor sem rodeios as pérolas da imoralidade.
E uma parte curiosa é como os diálogos e discursos (incluindo a narração) evocam aqui e ali imagens gloriosas para abordar as fraudes e os ganhos ilícitos. Em certo momento, Jordan fala com seus funcionários como um general a seu pelotão. Em outro, menciona as percepções de visionários quando tais ideias são fruto de intoxicação ferrada. Mais excepcional é como o monólogo dá uma reviravolta quando o protagonista aparece em uma propaganda de sua própria palestra motivacional, reforçando a artificialidade ensaiada, incômoda de todo aquele exibicionismo. A cena que conclui o filme é um final perfeito porque vira do avesso toda a jornada de imoralidade e charlatanismo retratada ao longo da história, e reforça exatamente qual foi a fonte de riqueza e ruína do protagonista, sua característica distintiva perante a população em geral: uma absoluta e monstruosa falta de caráter.
Talvez a maior prova do domínio de Scorsese sejam os momentos em que o filme se mostra esteticamente instável. Muitas dessas cenas irregulares são diálogos prolongados de forma naturalista e muito distinta da narrativa histriônica que domina o filme. Os papos furados e os conflitos estendidos, embora sobressalentes, são encenados com tal precisão que não resta dúvida que o diretor tem uma visão cristalina da obra. O melhor exemplo é o longo diálogo de Jordan com o agente Denham, retratado com precisa neutralidade para, só no fim, expor as intenções ardilosas do vigarista. No entanto, é difícil encontrar um momento sequer em que o diretor não acerta na mosca o tom da cena.
Não é surpresa ver a perícia com que Martin Scorsese dirige um filme tão estilizado e escandaloso, nem que seu foco seja basicamente um homem viciado no caos. Desde seus trabalhos mais crus e brutos, o diretor já tinha controle notável sobre a história que estava contando através dos mais conflituosos sons e imagens. É sempre um prazer ver como essa capacidade, tão afiada quanto nunca, evolui e se transforma em novas, grandiosas obras.
Para onde a ganância te leva quando o mundo passa a ser um território sem limites? Falando sobre a ambição capitalista dos tempos modernos, criticando duramente o mercado de ações e dando um soco no estômago de qualquer puritano, o excepcional cineasta norte-americano Martin Scorsese volta a trabalhar com seu mais querido pupilo, Leonardo Di Caprio, no já aclamado O Lobo de Wall Street. Baseado no livro homônimo escrito por Jordan Belfort, o filme consegue a fórmula perfeita ao ser dinâmico e empolgante sem perder um minuto de brilhantismo. São as três horas mais rápidas que você viverá dentro de um cinema.
Na história, acompanhamos a trajetória meteórica de Jordan Belfort (Leonardo Di Caprio), um homem com apenas um foco em sua vida, ser muito rico. Após um início conturbado em uma empresa promissora, consegue inteligentemente absorver tudo o que precisava para se tornar um guru na arte de fazer as pessoas investirem seu dinheiro. Com a ajuda do amigo Donnie Azoff (interpretado pelo hilário Jonah Hill), funda sua própria empresa que logo se torna uma das mais rentáveis e visadas pela polícia em Wall Street. Ao mesmo tempo que segue ganhando cada vez mais dinheiro, encontra o amor de sua vida, o monumento Naomi (Margot Robbie, uma das mulheres mais lindas que já vimos em uma tela de cinema) e abusa diariamente de todos os tipos de droga. Esses vícios acabam o levando ao fundo do poço.
Agitação, números, ações, empolgação, euforia, dinheiro. Scorsese joga no liquidificador essas variáveis e consegue executar um dos melhores filmes deste ano, com toda a certeza. É uma direção controladamente perfeita, conseguindo captar cada milímetro cúbico do complexo protagonista. O público é dominado pela história do minuto um até o distante minuto cento e oitenta. Somos reféns de uma experiência cinematográfica sem papas na língua, aberta ao absurdo e escancaradamente brilhante. O vencedor do Oscar, eterno diretor de Taxi Driver, é que nem vinho, só melhora com o tempo.
O Lobo de Wall Streeté um retrato, um raio-x de seu personagem principal. Ao descontrole desejo de ficar milionário ao intenso abuso de drogas, percebemos a cada sequência as antes imperceptíveis inconseqüências do protagonista. O filme não deixa de ser uma crítica social aos anos 80 e aos tempos atuais, onde o tráfico de drogas e a prostituição rondam os altos e baixos escalões da sociedade norte-americana. Scorsese não esconde nada: mostra as orgias, o fácil caminho até as drogas quando se tem dinheiro e as aventuras sexuais sem limites de Jordan Belfort. O filme, indicado ao Oscar de Melhor filme deste ano, não chega a chocar. Até as sequências mais fortes tem sentido em existir.
Leonardo Di Caprio mostra mais uma vez o grande ator que se tornou em anos trabalhando ao lado de seu mestre. Faz o possível e o impossível para ganhar seu primeiro Oscar, sugando e reproduzindo todas as facetas de seu rico personagem. A dupla acerta novamente, transformando um possível personagem chato e antipático em um ilimitado ser carismático que o público vai demorar para esquecer. Cinema bom é assim mesmo, elogiamos, elogiamos e mal acaba já queremos assistir novamente. Não deixem de conferir um dos mestres da sétima arte em um dos seus melhores filmes da carreira. Bravo!
Quando o amor não basta, o medo consome. Para falar sobre as problemáticas nucleares, uma pincelada crítica dos abalos energéticos de muitos países, a diretora Rebecca Zlotowski (em seu segundo longa-metragem) utiliza uma cobertura romântica protagonizada pela mais nova musa do cinema francês, Léa Seydoux. Grand Central pode ser definido também como a história de homens e seu traiçoeiro trabalho que geram conflitos emocionais, físicos e familiares muito bem reproduzidos na telona.
Na trama, conhecemos Gary Manda (Tahar Rahim), um homem sem objetivos que vive pulando de trabalho em trabalho em diversas cidades. Quando os ventos do destino mudam outra vez sua direção, consegue um emprego em uma usina nuclear na França. Por lá faz novos amigos e conhece um grande amor, Karole (Léa Seydoux), namorada de Toni (Denis Ménochet) um dos que o melhor o recebe na nova cidade. Lutando contra um desejo reprimido, tenta sobreviver a um trabalho perigoso e a um amor proibido.
A conflituosa relação que o destino cravou gira quase que exclusivamente em torno do protagonista, um homem que nunca esteve apaixonado e que vive de maneira intensa sua vida. Nas mesas de sinuca ou na estrada andando como nômade à procura de uma razão para sua existência, encontra no amor seus conflitos mais profundos. Um jogo de paixão, desejo e razão vão se misturando, deixando o personagem à deriva de ações inconseqüentes.
Obviamente, a intenção da fita era transmitir e criar uma discussão em cima da problemática e os perigos das usinas nucleares. Só que a história que a princípio viria em segundo plano, o amor singelo e bruto entre dois personagens, acaba tomando o papel de protagonista no processo de interação com o espectador muito por conta da intensidade e competência da atriz Léa Seydoux, iluminada (mais uma vez) em cena.
Longe de ser o melhor filme da coadjuvante principal de Azul é a Cor Mais Quente (nem tão pouco seu filme mais polêmico), Grand Central merece ser conferido por todos os cinéfilos pois consegue encontrar em suas subtramas uma inteligente razão de existência.
Sinopse: Drácula 3D conta a história do líder romeno Vlad Tepes (Drácula), que, ao defender a igreja cristã na Romênia contra o ataque dos turcos, tem sua noiva Elisabetha enganada: esta crê que seu amado morreu e então atira-se no rio chamado “Princesa”. Vlad, ao retornar da guerra e constatar a morte de sua amada, e condenada ao inferno (pois se matara), renuncia e renega a Deus, à igreja e, jurando só beber sangue a partir daquele momento, sendo assim condenado à sede eterna, ou seja, ao vampirismo.
Curiosidades:
» Do diretor italiano e mestre do terror, Dario Argento (Suspiria).
» O longa foi rodado em 3D, na Hungria, com um baixíssimo orçamento de US$ 15 milhões.
Do produtor Jerry Bruckheimer e do diretor Gore Verbinski, a equipe de cineastas por trás da franquia campeã de bilheteria Piratas do Caribe, chega O Cavaleiro Solitário, uma eletrizante aventura com muito humor e ação na qual o famoso herói mascarado ganha vida através de novos olhos. Tonto (Johnny Deep), o espírito guerreiro nativo americano narra as histórias não contadas que transformaram John Reid (Armie Hammer), um homem da lei, em uma lenda da justiça, levando o público em uma acelerada viagem cheia de surpresas épicas e muito humor enquanto os dois improváveis heróis precisam aprender a trabalhar juntos e lutar contra a ganância e a corrupção.
» ‘O Cavaleiro Solitário‘ (The Lone Ranger) foi criado por George W. Trendle e desenvolvido pelo escritor Fran Striker. Além da máscara negra e do companheiro índio Tonto, Lone Ranger possuia um belo cavalo branco chamado Silver, famoso pelo grito que o herói dava ao se despedir à galope em direção ao horizonte: “Hi-yo Silver, away!“.
‘Invocação do Mal‘ acompanha a história real da família Perron (Livingston e Taylor), assombrada na década de 70 em uma casa no campo de Rhode Island.
Antes de existir Amityville, havia Harrisville. Baseado em uma história real, Invocação do Mal narra a investigação empreendida por Ed e Lorraine Warren, mundialmente conhecidos, chamados para ajudar a família Perron, que estava sendo assombrada por fenômenos sobrenaturais.
O longa-metragem é baseado nos arquivos de casos do casal de demonologistas. Obrigados a enfrentar uma entidade demoníaca poderosa, os Warrens se viram presos ao caso mais aterrorizante de suas vidas.
Curiosidades:
» O filme recebeu classificação indicativa Rated R nos EUA, que significa que menores de 17 anos só poderão assistir ao filme acompanhados dos pais ou de algum responsável. O motivo? “Muito assustador”.
» Baseado em Fatos Reais.
» James Wan dirigiu o primeiro ‘Jogos Mortais‘ e o sucesso ‘Sobrenatural‘ (Insidious), filme com maior custo-benefício nas bilheterias de 2011.
» O roteiro foi escrito pelos gêmeos Carey e Chad Hayes (‘Terror na Antártida’).
Para Gary King (Simon Pegg) e Andy Knightley (Nick Frost) seria a noitada máxima: uma noite, cinco amigos, doze bares. Um desafio de bebedeira até Pub do Fim do Mundo, no qual somente os mais fortes sobrevivem. Divertindo-se a valer, eles estão prontos para conquistar o mundo… mas esta noite eles vão ter apenas que salvá-lo.
» Trata-se do último filme da trilogia deEdgar Wright, criador do sucesso ‘Todo Mundo Quase Morto‘ e de ‘Chumbo Grosso‘, que faz paródias aos filmes pop.
O veterano xerife Roy Pulsifer (Bridges) fez carreira com a lendária força policial conhecida como R.I.P.D. – Departamento Descanse em Paz, perseguindo espíritos monstruosos que de forma inteligente se disfarçam em pessoas comuns. Sua missão? Prender e levar à justiça um tipo especial de criminosos que tentam escapar do juízo final, escondendo-se entre os inocentes na Terra.
Quando o divertido Roy recebe o falecido promissor detetive Nick Walker (Reynolds) como seu assistente, os novos parceiros têm que transformar o relutante respeito em trabalho de equipe de primeira qualidade. Quando eles descobrem um plano que pode acabar com a vida como a conhecemos, dois dos melhores agentes do Departamento têm que miraculosamente restaurar o equilíbrio cósmico…ou observar o túnel para a outra vida começar a enviar almas zangadas pelo caminho errado.
Curiosidades:
» Adaptação dos quadrinhos ‘R.I.P.D.‘ (Rest In Peace Departament). A HQ teve quatro edições e foi escrita por Peter M. Lenkov e desenhada por Lucas Marangon.