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RETROSPECTIVA 2011 – Os Melhores Filmes

 

O ano de 2011 chega ao fim, e o CinePOP traz uma retrospectiva, com seus altos e baixos cinematográficos. Pra começar, não podemos deixar de citar alguns nomes que se destacaram, como Ryan Gosling. O jovem canadense, aportou 4 vezes nas telas brasileiras; com o drama romântico Namorados para SempreEntre Segredos e Mentiras, a comédia romântica Amor a toda Prova e o novo longa de George ClooneyTudo Pelo Poder (que estreia esta semana nos cinemas).

Mas, sem esquecer do aguardadíssimo Drive, que estreia na primeira semana de 2012 e que deu uma palhinha no Festival do Rio criando expectativa em sua estreia. O filme é estrelado também pela talentosa Carey Mulligan – que esteve em cartaz este ano com o drama científico Não me abandone Jamais, e que está no conceituado Shame, com Michael Fassbender.

Além de Gosling, outro nome ganhou destaque este ano foi o realizador J.J. Abrams. O roteirista de sucessos como Armaggedon, teve duas grandes contribuições cinematográficas, primeiro dirigindo Super 8 – uma aventura gooniana, produzida por Steven Spielberg e estrelada por Elle Fanning; e na produção de Missão : Impossível – Protocolo Fantasma, que estreia nesta quarta (21/12) nos cinemas. Ambas as produções, tiveram cópias disponveis em IMAX, tornando a ação muito mais envolvente. E por citar Elle Fanning, esta jovem foi uma das mais requisitadas, com os simplórios Um Lugar Qualquer (Sofia Coppola) e Compramos um Zoológico (Cameron Crowe) e no já citado Super 8.

Melhores que o esperado…

Mais surpresas e revelações rechearam os cinemas, como o remake do romance vampiresco sueco Deixa Ela Entrar. E também os thrillers de ação Sem Limites, protagonizado pelo novo handsome hunk de Hollywood Bradley Cooper; Contra o Tempo, com Jake Gyllenhall e Vera Farmiga e Planeta dos Macacos: A Origem, este estrelado por James Franco. Não só de thrillers e ficção científica viveu o cinema, uma comédia nonsense no melhor estilo woodyalleniano também encantou os espectadores, Meia Noite Em Paris mostra Allen e seu velho estilo. E adicionando às grandes estreias, um drama espetacular de Terrence Malik, surpreendeu os cinéfilos e dividiu entre os que embarcaram na “viagem” do diretor e os que não gostaram nem um pouco de sua fragmentação na narrativa, Árvore da Vida foi uma das grandes estreias de 2011, um longa que trata do início da vida utilizando a famosa dialética na montagem. Enquanto um mostra o início da vida, o outro mostra o fim dela. Melancolia, do controverso Lars Von Trier, foi uma das decepções do ano. Vamos falar de longas mais animados?


Melancolia

Animação

Pois no gênero infantil, as produções foram bem animadas. Algumas franquias ganharam sequências (Carros 2, Happy Feet 2, Kung Fu Panda 2 e Deu a Louca na Chapeuzinho 2); porém foram as novas que chamaram atenção pela originalidade na temática e novas possibilidades técnicas com o uso do 3D, com animações como: Rio (Carlos Saldanha), Rango (com voz de Johnny Depp), As Aventuras de Sammy (uma animação belga) e O Gato de Botas (criado pelos mesmos realizadores de Shrek e dublado por Antonio Banderas, que veio ao Rio de Janeiro lançar a produção). Elton John se aventurou numa produção animada com Gnomeu e Julieta, e também assinou a trilha sonora, com seus maiores hits; e pra fechar a lista de animados, o dramático O Mágico, do mesmo diretor de As Bicicletas de Belleville.

Recordar é viver

Apesar de terem sido criados novos personagens, 2011 contou com a nostalgia. Alguns dos heróis animados da infância de muitos adultos, ganharam uma versão repaginada, o caso do clássico O Rei Leão, que voltou na telona agora em versão 3D. Os Muppets, Manda-Chuva, Os Smurfs, O Ursinho Pooh e Zé Colmeia foram alguns dos desenhos oitentistas que também tiveram um retorno triunfal, com longas para toda a família. Não só os desenhos ganharam novas versões cinematográficas, os heróis dos quadrinhos também. Este foi o ano dos superheróis da Marvel Capitão América e Thor, e que voltarão ano que vem em Os Vingadores. Lanterna Verde e Besouro Verde ganharam singulares adaptações, decepcionando alguns fãs. Já X-Men: Primeira Classe, revelou o início da amizade entre Xavier e Eric, interpretados por James McAvoy e Michael Fassbender. Resta aguardar 2012 com Batman, Homem Aranha, Homem de Ferro, Sherlock Holmes e Os Vingadores.


Os Smurfs

Mata-me de Rir

Este foi o ano das comédias, Quero Matar Meu Chefe – estrelado por Jennifer Aniston, Jason Bateman, Colin Farrell e Kevin Spacey – surpreendeu com seu roteiro irreverente e único. Se Beber Não Case 2 repetiu a fórmula e o roteiro de sua primeira parte, mas mesmo assim não fez feio. O cinema nacional também apostou na comédia, mas pisou na bola. Com Cilada.Com, Bruno Mazzeo tenta repetir o sucesso do seriado, mas erra na dosagem do romance; Malu de Bicicleta também erra com os exageros hollywoodianos; Elvis e Madonna, mostra o romance entre um travesti e uma lésbica, mas o freak enterteinment não embalou os espectadores; Qualquer Gato Vira Lata aposta também na comédia romântica e desanda.

Verde e Amarelo

Não Se Preocupe Nada Vai dar Certo, Amanhã Nunca Mais, Família Vende Tudo, Assalto Ao Banco Central, Brasil Animado 3D e As Mães de Chico Xavier foram algumas das framboesas nacionais. Mas também tivemos ótimas produções, como os independentes que surpreenderam os cinéfilos: Bróder, 180º e Riscado; o infantil Uma Professora Muito Maluquinha, a comédia romântica Homem do Futuro – protagonizado por Wagner Moura e Alinne Moraes -, o conceituado documentário Lixo Extraordinário, o jovem Desenrola e as duas grandes estreias do ano: Bruna Surfistinha e O Palhaço.


Bruna Surfistinha

Premios e Sequências

O ano iniciou, com os indicados ao Oscar: Cisne Negro, 127 horas, O Discurso do Rei, O Vencedor e Inverno na Alma. Outro oscarizado, Steven Soderbergh também contagiou os cinemas, com seu thriller Contágio – que contava com uma constelação de atores: Kate Winslet, Jude Law, Lawrence Fishburne, Marion Cottillard, Matt Damon e Gwyneth Paltrow. Sem esquecer das continuações: Premonição 5 – em 3D, Transformers: O Lado Oculto da Lua, Pânico 4 – num retorno sarcástico e divertido – e Atividade Paranormal 3. Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio e Saga Crepúsculo: Amanhecer Parte 1 tiveram sequências rodadas na cidade maravilhosa, e aportaram nas terras cariocas. Já a franquia Harry Potter, ganhou sua sequência final com Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2, que estreou celebrada por fãs no Morro do Pão de Açúcar, com a vinda do ator Tom Felton.

Gringos na Área

E finalizando, os estrangeiros. Ahhh os estrangeiros! Esses não decepcionaram. Começando pela comédia de ação irlandesa com humor politicamente incorreto, O Guarda; ao thriller dramático e enigmático do espanhol Almodóvar, A Pele que Habito; sem esquecer do romance A Árvore do Amor, do chinês Zhang Yimou; ao mexicano do diretor Alejandro Gonzalez Iñarritú, Biutiful; o franco-canadense que surpreendeu com sua tragédia familiar, Incêndios; o iraniano de Abbas Kiarostami, estrelado por Juliete Binoche, Cópia Fiel e Um Conto Chinês, estrelado pelo argentino Ricardo Darín.

Este foi 2011 em filmes, que em 2012 as aguardadas estreias não decepcionem os cinéfilos.

 

TOP 20 2011

A equipe do CinePOP elegeu os 20 melhores filmes lançados nos cinemas no ano de 2011.

20. Namorados para Sempre

Narrado em flashback, Namorados para Sempre utiliza o recurso para apresentar ao espectador os motivos da relação do casal ter se tomado o rumo atual da abertura: traições, carga horária de trabalho excessiva e imaturidade para levar uma vida a dois, com os seus altos e baixos. Ryan Gosling e Michelle Willians estrelam brilhantemente.

19. Super 8

No verão de 79, um estranho acidente envolvendo um trem (com carga suspeita) e um carro, causam transtorno em uma pequena cidade dos EUA; como testemunhas: um grupo de crianças que estavam no local rodando um filme sobre zumbis. Esta é a ação inicial da trama que se desenvolve no longa Super 8, de J.J. Abrams e produzido por Steven Spielberg, se assemelha ao clássico E.T. – O Extraterrestre. Com Elle Fanning (a irmã bonita da Dakota) encabeçando o elenco, o filme reflete um amadurecimento nas produções voltadas para o público infanto-juvenil ao mesmo tempo em que atinge seus pais ( fãs do ET e das produções dos anos 80), no quesito saudosismo.

18. Pânico 4

Pânico 4’ estreou com a promessa de se auto-renovar em uma nova década, fazendo paródia com o subgênero que ele mesmo criou. E Kevin Williamson conseguiu. O roteirista adiciona tudo que funcionou nos anteriores, e renova a franquia para uma nova audiência. Seu texto mistura terror e comédia de maneira sensacional, criando um novo recomeço para a franquia que era dada como morta.

Pena que algumas das melhores cenas foram cortadas da versão lançada nos cinemas, mas recheam o DVD.

17. Sobrenatural

Em ‘Sobrenatural‘, uma família, que acabou de se mudar para uma casa nova, descobre que um espírito do mal está dentro da casa ao mesmo tempo em que o filho do casal entra em coma de maneira inexplicável. Tentando escapar das assombrações e para salvar o menino, eles se mudam novamente e percebem algo terrível que os deixa desesperados: não era a casa que estava mal-assombrada.

Um terror assustador, muito bem dirigido e com um roteiro surpreendente.

16. Velozes & Furiosos 5 – Operação Rio

Animado, cheio de ação e com um molejo brasileiro, ‘Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio‘ cumpre com louvor o papel que é destinado.

Nesta quinta parte, a franquia já demonstra seu interesse em se transformar em “filmes de assalto”, e não apenas se focar em corridas de carro.

Entre corridas de carro, fugas e lutas, sequências muito bem dirigidas pelo seguro Justin Lin, o filme tem um roteiro que consegue amarrar as cenas, e prende a atenção do espectador até seu explosivo – e totalmente clichê – final.

15. Kung Fu Panda 2

Seguindo uma linha similar aos roteiros gêniais da Pixar, ainda que inferior, ‘Kung Fu Panda 2‘ alcança a medida ideal entre as tiradas cômicas, e as lições de vida dramáticas. O protagonista tem a sua chamada à aventura, passa por todas as provações possíveis, e no final chega ao momento chave que definirá seu destino (e fará muitos marmanjos chorar). Tudo isso regado a muitas piadas, cenas cômicas e diversão. É impossível não rir.

14. Capitão América – O Primeiro Vingador

Capitão América: O Primeiro Vingador prepara os espectadores para o próximo longa da Marvel Os Vingadores. Ele apresenta o surgimento do herói aos não fãs da série e os conquista. É um aperitivo, para então aguardada reunião de seu heróis. Como filme de ação, não é o dos mais empolgantes, mas como adaptação de HQ não decepciona; tem como papel antecipar a reunião dos heróis, deixar o espectador ansioso e acima de tudo: entreter.

13. Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas

Preocupada com o destino de sua franquia de maior sucesso, a Disney decidiu se reinventar. Eliminou os personagens de Orlando Bloom e Keira Knightley – afinal, o coração da franquia indiscutivelmente é Johnny Depp – e chamou um diretor menos ambicioso (Rob Marshall, de Chicago). E o resultado é surpreendente.

Piratas do Caribe 4: Navegando em Águas Misteriosas’ tem a mesma energia do primeiro filme, e consegue amarrar comédia e ação com louvor, em um roteiro despretensioso e divertido, focado no que é mais importante: seus personagens. A ação continua lá, em seqüência mirabolantes e animadas, bem menos grandiosas que as desnecessárias cenas incansáveis dos últimos dois filmes.

12. O Palhaço

Além de divertir, O Palhaço emociona seu respeitável público com uma história que mostra a força da família circense. Com o estilo de vida nômade que essa arte demanda, o filme ganha ares de road movie – o que abre as oportunidades para deliciosas participações especiais.

11. Amor a Toda Prova

Calcados em uma premissa até batida – nerd, caretão que foi trocado por outro pela mulher que muda radicalmente de estilo depois de ser “treinado” por um expert em sedução -, os diretores Glen Ficarra e John Requa conseguem construir cenas bem originais e realmente engraçadas com o grande suporte dos diálogos criativos do roteirista Dan Fogelman e das atuações perfeitas do elenco estelar que se encaixou como uma luva em seus papéis.


10. A Árvore da Vida

Árvore da Vida mostra o início, a criação do mundo e em paralelo (uma analogia) a criação dos filhos. Com Brad Pitt e Sean Penn no elenco, o longa de Terrence Malick explora alguns dos recursos utilizados pelo diretor, em seu último longa O Novo Mundo e de cineastas como Eisenstein, para contar sua história.

A começar pela narrativa, que apesar de fragmentada é linear. A história da família, contada através de imagens (de sua formação e da criação do mundo: como o Big Bang, dinossauros, vulcões…), offs do casal O’Brien e de seus filhos (sussurros, depoimentos, pensamentos e diálogos), fragmentos de acontecimentos na família e ações sem palavras.

Para alguns espectadores, Árvore da Vida pode parecer monótomo e incompreensível; mas para os acostumados com o cinema europeu e fascinados pela técnica de montagem terão uma bela experiência com esta preciosidade cinematográfica. Uma viagem à criação do mundo e dos filhos, realizado de forma poética e cruel.


9. A Pele que Habito

O novo longa do cineasta espanhol Pedro Almodovar, é – definitivamente – um marco na sua filmografia. Arrisco dizendo, que é o divisor de águas e marca uma nova fase do diretor. Assim como Fale com Ela e Tudo Sobre Minha Mãe, foram filmes importantes na carreira dele; este será também.

Uma dica para os espectadores que ainda não viram o longa, fiquem longe de resenhas, críticas, matérias… tudo sobre o filme. Já li alguns com spoilers disfarçados. E não se preocupem , que nesta crítica não haverá informações sobre o enredo. Para vê-lo, não se pode suspeitar da ação e motivação dos personagens. E chega de falar sobre a trama.


8. Contágio

Pelos relatos de alguns veículos de imprensa na época parecia que a gripe suína era uma doença que ameaçava a humanidade. Passado o pânico, percebeu-se que a taxa de mortalidade dessa variação da doença era igual a das outras gripes.

Todo esse cenário de medo e paranoia é explorado por Contágio (Contagion), com outra patologia.

O filme conta as complicações de uma pandemia, sejam tais consequências de cunho médico ou não. Em um sólo fértil para o nascimento de teorias da conspiração, saques a comércio e outros mates, o filme consegue equilibrar com louvor várias tramas paralelas.


7. Meia-Noite em Paris

Em Meia Noite em Paris, Woody volta ao seu gosto nonsense e presenteia os espectadores com possíveis encontros entre os grandes artistas da história da literatura, artes plásticas e da música; em plena Paris da década de 20.

Na trama, o jovem casal Inez (Rachel McAdams) e Gil (Owen Wilson) visitam a cidade; ele um escritor de roteiros de filmes pipoca, cansado de escrever para Hollywood e ingressado numa jornada em um romance; já ela é prática e quer colher os frutos de ter um futuro marido com estabilidade financeira. Owen é o alter ego da vez. A musa é Paris, que inspira não apenas o cineasta, como seu personagem. Owen parece que sempre fez filmes de Woody Allen, e que sempre gaguejou, que sempre foi niilista e neurótico. E que é um escritor apaixonado pelos artistas da década de 20.

Meia Noite em Paris revela um Woody mais divertido, menos preocupado, mais despretensioso, muito nonsense e com um alter ego que fala diretamente da boca de seu criador. Mais uma visão esquizofrênica e divertida do cineasta para a Europa.


6. Planeta dos Macacos – A Origem

Muitos estavam descrentes com ‘Planeta dos Macacos: A Origem’: os vídeos liberados pelo marketing não animaram, e o longa parecia fadado ao fracasso – afinal, a trama em sí não tem muitos atrativos ou possíveis novidades. Mero engano. Com um roteiro inovador e um CGI brilhantemente criado para os macacos, A Origem é um dos melhores filmes da franquia.

Will Rodman (James Franco) é um cientista que trabalha em um laboratório, onde são realizadas experiências com macacos. Ele está interessado em descobrir novos medicamentos para a cura do mal de Alzheimer, já que seu pai (John Lithgow) sofre da doença. Trabalhando em uma fórmula, ele acaba tendo que cuidar de César, o primeiro símio inteligente. Quando adulto, o símio é traído pelos humanos e se revolta, passando a liderar a incrível corrida de sua espécie rumo à liberdade e ao inevitável confronto com o Homem.

O personagem mais interessante e bem trabalhado da trama é – pasmem – o primata César. A WETA – a equipe que venceu o Oscar® com Avatar – criou com animação computadorizada um símio capaz de uma interpretação dramática delineada por cargas de emoção e inteligência inéditas. Os movimentos e expressões emprestados por Andy Serkis são incrivelmente transportados para as telonas: em nenhum momento, é notado que aquele animal foi criado por computação gráfica.


5. Hanna

Depois de dirigir três dramas seguidos (Desejo e Reparação; Orgulho e Preconceito; O Solista), o diretor Joe Wright resolveu incluir um thriller de ação no currículo, experimentando aplicar seus conhecimentos teóricos do gênero.

O roteiro escolhido foi Hanna, escrito pelos estreantes Seth Lochhead e David Farr, cuja personagem-título é uma menina de 16 anos criada escondida na floresta pelo pai para ser uma exímia assassina, desde que a mãe fora morta – numa situação a ser explicada no filme. Capturada pela polícia, a menina foge e inicia-se então e famosa caçada de gato e rato que todos já viram centenas de vezes nos cinemas.


4. X-Men: Primeira Classe

Muitos ficaram com o pé atrás com a atitude duvidosa de iniciar uma nova franquia com ‘X-Men: Primeira Classe‘, afinal, já sabemos como foi o destino daqueles personagens no cinema. Mas para alivio dos fãs, o início é literalmente de primeira classe. Matthew Vaughn comanda a produção de maneira esplêndida, e nos entrega um filme fenomenal, que mesmo respeitando a trilogia, consegue inovar, adicionando frescor e novidades.

X-Men: Primeira Classe‘ conta a história do épico início da saga dos X-Men e revela a história secreta de famosos eventos globais. Antes dos mutantes se revelarem ao mundo, e antes de Charles Xavier e Erik Lensherr assumirem os nomes de Professor X e Magneto, havia dois jovens descobrindo seus poderes. Nada de arqui-inimigos: naquela época, eles eram amigos íntimos e trabalhavam junto com outros mutantes para deter a terceira Guerra Mundial. Nesse processo, uma grave desavença aconteceu, dando origem à eterna guerra entre a Irmandade de Magneto e os X-Men do Professor X.

Como todo início, a ação é colocada de lado para que os personagens possam ser apresentados. Não espere um filme repleto de efeitos especiais e cenas de ação desenfreadas. O foco aqui é a história. E acredite, este é o maior acerto.

3. Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2

Em 2001, teve início uma das maiores – se não a maior – franquia da história do cinema. ‘Harry Potter e a Pedra Filosofal’ foi o primeiro filme de uma extraordinária jornada sobre o garoto cujo nome tornou-se sinônimo de magia: Harry Potter. Totalizando oito filmes, a franquia conseguiu um fato inacreditável: chegar em seu último filme anos-luz melhor que o primeiro.

Em cada aventura, a série tomava força e as produções cresciam, não só no orçamento, mas também na qualidade.

Na segunda parte do final épico da série, a batalha entre o bem e o mal no mundo da magia se torna uma guerra entre centenas de bruxos. Os riscos nunca estiveram tão altos e nenhum lugar é seguro o suficiente. Assim, Harry Potter precisa se apresentar para fazer o seu último sacrifício, enquanto o confronto final com Lorde Voldemort se aproxima.

A franquia se encerra com chave de ouro, e uma tristeza enorme no coração dos fãs. As lágrimas correram soltas no cinema, em momentos que os soluços atrapalhavam os que estavam tentando aproveitar cada minuto da projeção. Exagero ou não, a Parte 2 tem a maior carga dramática de toda a franquia.


2. O Discurso do Rei

O filme conta a mais do que interessante história real do rei George VI (pai da rainha Elizabeth II), que sofria de gagueira e por isso não conseguia falar em público. Vários médicos e especialistas renomados da Inglaterra foram designados para tratar o problema de George, mas nenhum deles com sucesso. É então que sua esposa Elizabeth (ótima atuação de Helena Boham Carter, indicada ao Oscar de coadjuvante pelo papel) resolve mudar de foco e procura o terapeuta Lionel Logue (excelente atuação de Geofrey Rush, também indicado ao Oscar pelo papel), um tipo bastante peculiar e de métodos extremamente excêntricos.

Sendo assim, mostrar os desdobramentos dessa relação de forma plena e cuidadosa é algo que Tom Hooper consegue com maestria. Tudo é guiado com naturalidade, sem cortes excessivos, sem takes ousados, fotografia objetiva e movimentos de câmera discretos. Esse é, talvez, o grande mérito do filme: ser emocionante sem ser piegas, ser burocrático sem ser desinteressante, ser tocante sem ser forçado, ser sutilmente engraçado sem ser brega e ser dramático sem exageros, tudo isso bem ao gosto do jeitinho inglês linear de fazer cinema.

Vencedor de quatro Oscars – filme, diretor, ator e roteiro original – mais do que merecidos, bem como a premiadíssima atuação soberba de Colin Firth, entregue de corpo e alma ao papel, assumindo o rei George de forma tragicômica em toda suas nuances, gestos, fala e expressões.


1. Cisne Negro

Desorientador! É assim que se define Cisne Negro, filme do diretor de Réquiem Para Um Sonho e O Lutador, Darren Aronofsky. O drama conta a história de Nina (Natalie Portman), uma bailarina profissional de uma cia de ballet de Nova Iorque, que consegue o papel principal para uma nova versão do ballet ‘O Lago dos Cisnes‘, de Tchaikovsky. Nessa nova versão, a bailarina terá que ser capaz de interpretar Odete e Odile, o Cisne Branco e o Negro, encarnar o bem e o mal.

Não há como não se envolver com a interpretação de Natalie Portman (V de Vingança) e enlouquecer gradativamente com ela, chegando ao ponto quase insuportável do final.

O elenco faz o espetáculo pegar fogo. Portman entrega sua melhor atuação, indo da suavidade explícita pela voz fina do início do filme à impostação de voz e agressividade adquiridas gradativamente no decorrer da história; Mila Kunis é o pecado em pessoa, divide com a protagonista uma das cenas mais fortes e picantes dos últimos tempos e prova que pode ser uma boa atriz, mesmo depois de participar de catástrofes como “O Livro de Eli”; além das duas, Vincent Cassel (À Deriva), Barbara Hershey (Hannah e suas Irmãs) e uma supreendente Winona Ryder (Garota Interrompida) completam o time de primeira reunido por Aronofsky.

É a este extremo que este filme pode levar o público. Uma obraprima antiga, revista e transformada numa obraprima contemporânea.

Veja ainda:

Vídeo: Retrospectiva 2011 e Preview 2012
Preview 2011
Retrospectiva 2010 – Sucessos & Fracassos
Preview 2010
Retrospectiva 2009 – Sucessos & Fracassos
Preview 2009
Retrospectiva 2008 – Sucessos & Fracassos
Preview 2008
Retrospectiva 2007 – Sucessos & Fracassos
Preview 2007
Retrospectiva 2006 – Sucessos & Fracassos
Preview 2006

 

 

 

Vídeo: Retrospectiva 2011 e Preview 2012

 

Em entrevista à TV Claret, o editor do CinePOPRenato Marafon, relembrou os principais sucessos do cinema em 2011.

Enquanto o cinema Hollywoodiano teve um ano mediano, sem grandes recordes, o Brasil se destacou.

Foram recordes de bilheterias, produções que se passaram no país, e uma possível indicação de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2012.

Renato também destacou os blockbusters lançados neste ano, que além do sucesso comercial, agradaram a crítica com histórias mais adultas e atuações dignas.

Para finalizar, ele comenta o que esperar do cinema em 2012: uma explosão de blockbusters! Tem o fim da era Batman, com ‘O Cavaleiro das Trevas Ressurge‘, o reboot de ‘Homem-Aranha‘, ‘Os Vingadores‘, ‘As Aventuras de Tintim‘, ‘Amanhecer – Parte 2‘ e ‘O Hobbit‘.

No próximo mês, lançaremos as matérias Retrospectiva 2011 e o Preview 2012 em texto.

Assista ao vídeo e comente:

 

 

RETROSPECTIVA 2010 – Os Melhores Filmes

Final de ano chegando e é chegada a hora das famosas retrospectivas de tudo o que rolou nos 365 dias do ano.

Ao relembrar o ano cinematográfico que chega ao fim, a conclusão a que se chega sobre o que passou nos cinemas é que 2010 foi um ano bom, nada de espetacular ou bombástico.

Nação verde e amarela

Com certeza o filme que marcou 2010 foi ‘Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora É Outro’. Coronel Nascimento nocauteou a concorrência e fez do longa o mais assistido no Brasil. O sucesso é merecido e aqui ficam os parabéns ao diretor José Padilha, Wagner Moura e companhia que conseguiram de forma excepcional, falar sobre um tema atual, a violência no Rio de Janeiro, sem deixar de lado o entretenimento do espectador.


Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora É Outro

Por falar em cinema nacional, outras produções que merecem destaque são os sensacionais ‘Olhos Azuis’ e ‘Cabeça a Prêmio’, ‘As Melhores Coisas do Mundo’ e o documentário ‘Uma Noite em 67’. 2010 também será lembrado como o ano espírita do cinema, já que três produções sobre essa doutrina religiosa marcaram fortíssima presença nos cinemas: ‘Chico Xavier’, ‘Nosso Lar’ e ‘As Cartas Psicografadas de Chico Xavier’. Dos três quem se saiu melhor foi o primeiro ao contar a história do médium que deu alento a tantas pessoas.

Outros filmes brasileiros não deram tanta sorte nas telas. ‘Segurança Nacional’, ‘Federal’ e ‘400 Contra 1 – Uma História do Crime Organizado’ se enveredaram pelo gênero de ação, mas só deram vexames. Isso sem contar a cinebiografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: ‘Lula, o Filho do Brasil’. Numa tentativa de ser um novo ‘2 Filhos de Francisco’, o longa não passa de um drama raso e esquecível.


Segurança Nacional

Gringos na área

Das centenas de filmes que desembarcaram no Brasil, talvez o qual fez mais barulho tenha sido o original e embasbacante ‘A Origem’. O cineasta Christopher Nolan fez todo mundo viajar e quebrar a cabeça com o mundo de sonhos dentro de sonhos no qual o atormentado ladrão Dom Cobb (Leonardo DiCaprio) se mete. DiCaprio também viveu outro perturbado personagem no intrigante ‘Ilha do Medo’, aquele tipo de filme que vale ser visto duas vezes por causa dos detalhes da trama.


A Origem

Dramas com toques de suspense e com roteiros bem elaborados foram representados por ‘O Escritor Fantasma’, de Roman Polanski, ‘Os Homens que Não Amavam as Mulheres’ e ‘O Segredo dos Seus Olhos’. Este último, estrelado pelo queridinho da Argentina, Ricardo Darín, levou o Oscar de filme estrangeiro. Darín apareceu também no surpreendente ‘Abutres’, que tentará uma vaga no Oscar do ano que vem.

O gênero de ação deu as caras em bons filmes como ‘Salt’, ‘Kick Ass – Quebrando Tudo’, ‘RED – Aposentados e Perigosos’, ‘Homem de Ferro 2’, ‘Zona Verde’ e ‘Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo’. Os filmes de ação misturados com comédia apareceram nos medianos ‘Uma Noite Fora de Série’ e ‘Par Perfeito’ e no inexplicavelmente menosprezado ‘Encontro Explosivo’. Tom Cruise e Cameron Diaz vieram ao Brasil promover o filme. O tom de comédia aliada a incríveis sequências de ação valem uma conferida para quem não viu a produção no cinema.


Salt

Sylvester Stallone voltou e fez as pazes com o sucesso no divertido ‘Os Mercenários’. Se Stallone se deu bem, uma que precisava desaparecer por uns tempos é Jennifer Aniston. Ela, sempre encarnado o mesmo tipo de personagem em comédias românticas merece ser esquecida nos insossos ‘Caçador de Recompensa’, ‘O Amor Acontece’ e ‘Coincidências do Amor’. Mas o gênero não sai desmerecido por causa de Aniston graças aos deliciosos ‘Juntos Pelo Acaso’ e ‘Amor à Distância’.

As franquias milionárias tiveram seu especo graças a legião de fãs que as segue, que o diga Robert Pattinson e Kristen Stewart em ‘A Saga Crepúsculo: Eclipse’ e na passagem pelo Brasil. Os dois causaram rebuliço no Rio de Janeiro durante as filmagens de ‘Amanhecer – Parte 1’, quarto capítulo da história de amor de Edward e Bella. Já em seus filmes solos, Rob e Kristen não tiveram a mesma força como comprovaram em ‘Lembranças’ e ‘The Runaways – Garotas do Rock’.


A Saga Crepúsculo: Eclipse

Os fãs de Harry Potter compareceram em peso nos cinemas para conferir ‘Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1’, que deu início a derradeira aventura do bruxo. Além disso, teve ‘As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada’.

Recordar é viver

2010 foi uma viagem ao passado, mais precisamente aos anos 80 com a refilmagem ‘Karate Kid’, a adaptação de seriado ‘Esquadrão Classe A’ e as continuações ‘Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme’ e ‘Predadores’. Até MacGyver apareceu, mas em forma de sátira no desnecessário ‘Corram que o Agente Voltou’, saído de um esquete do humorístico ‘Saturday Night Live’. ‘Machete’ entra na lista em função do estilão, saído dos filmes de ação daquela década.


Karate Kid

A farsa do 3D

Em 2009, ‘Avatar’, de James Cameron ficou responsável por colocar os filmes em três dimensões de novo na crista da onda. O sucesso da aventura fez com que Hollywood começasse uma corrida contra o tempo para produzir longas em 3D e assim matar a ânsia do público por assistir a filmes com os óculos especiais. Nessa moda a granel, a solução encontrada pelos estúdios foi a conversão de filmes em 2D para 3D. A exceção foi ‘Resident Evil 4: Recomeço’, que foi filmado com câmeras 3D.


Resident Evil 4: Recomeço

O que se viu este ano foi uma enxurrada de filmes convertidos que nem precisariam ser vistos com os óculos. A profundidade de campo e os efeitos que saltam da tela ficaram pouco perceptíveis. As animações são um grande exemplo disso. O 3D não fez diferença em ‘Toy Story 3’, ‘Shrek Para Sempre’, ‘Como Treinar o Seu Dragão’ e ‘Megamente’. Quanto ao live action, ‘Fúria de Titãs’ também não teve um bom resultado de conversão.

A única certeza é que muita gente pagou caro para ver filme em 3D quando podia ficar com a versão em 2D sem preocupação. ‘Tron – O Legado’ é esteticamente belíssimo, mas o 3D não acrescentou nada e algumas cenas dele inclusive são em 2D. Os que se saíram razoavelmente bem foram ‘A Lenda dos Guardiões’, ‘Meu Malvado Favorito’, ‘Alice no País das Maravilhas’, apesar do filme ser deplorável, ‘Jogos Mortais – O Final’ e ‘Jackass 3D’. Esses dois, um exercício de resistência àqueles com estômagos fracos.


Tron – O Legado

Para encerrar a retrospectiva, nada melhor do que entrar no clima de celebração com a temporada de entrega de prêmios que começa a esquentar agora em dezembro. Dos queridinhos das premiações já estrearam por aqui os já citados ‘A Origem’, as animações ‘Toy Story 3’ e ‘Como Treinar o Seu Dragão’e ainda a hilária comédia ‘Minhas Mães e Meu Pai’, o impecável ‘Atração Perigosa’ e o bam bam bam ‘A Rede Social’. Agora é abrir o espumante e se preparar para o que vem em 2011!

 

TOP 10 2010

A equipe do CinePOP elegeu os 10 melhores filmes lançados nos cinemas no ano de 2010.

10. Scott Pilgrim contra o Mundo

Scott Pilgrim Contra o Mundo possui todos os elementos necessários para fazer sucesso no nicho para o qual foi direcionado: possui referências pop mil, que vão dos quadrinhos tradicionais aos mangás, da música pop ao rock, dos filmes de ação às comédias teen, dos jogos de videogames antigos aos mais modernos.

O personagem-título é vivido por Michael Cera, garoto que já fez sucesso protagonizando outras duas comédias de segmentos similares, Superbad e Juno. Com cara de quem acabou de largar a mamadeira, ele faz o tipo ideal que se encontra entre o imaturo e o recém-independente. Mal terminara de concluir que o que sentira por uma adolescente de 17 anos não era amor, engatara um romance com uma garota de 25 anos, três a mais que ele.

Só que, para ficar com a moça descolada e de cabelos de cores mutantes, Scott terá que enfrentar os sete ex-namorados dela. E ele tentará fazê-lo com a ajuda dos parceiros de sua banda de rock, sua irmã e seu companheiro de quarto, o “amigo gay” Wallace Wells (Kieran Culkin, roubando a cena).


9. Ilha do Medo

É notória a paixão e o respeito de Martin Scorsese pelo cinema. E o que digo não é óbvio. Boa parte das pessoas que fazem cinema, seja no Brasil ou fora dele, não assiste cinema. Com o diretor de Os Infiltrados e Gangues de Nova Iorque, dentre tantos outros, a história é diferente. Ele não só é um dos grandes mestres do cinema atual, como está em constante busca de aprendizado com os outros mestres, sem desdém ou arrogância. Não raramente é possível vê-lo em documentários ou programas que expliquem a história do cinema ou que façam uma análise de tal.

Em 1954, os agentes federais Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) e Chuck Aule (Mark Ruffalo) investigam o desaparecimento de uma interna do Hospital Psiquiátrico Ashecliffe, localizado no ilha Shutter. Chegando no local, eles encontram uma rebelião de presos, devido a um furacão que se aproxima da ilha, o que impossibilita-os de sair de lá.


8. Kick-Ass – Quebrando Tudo

Sem a intenção de ser politicamente correto, Kick Ass – Quebrando Tudo parece mais calculado para agradar os nerds fãs de filmes de ação sanguinolentos de Quentin Tarantino e afins.

O argumento utilizado para desenvolver o enredo é o de que os super-heróis sempre fizeram parte do imaginário popular, mas ninguém nunca teve coragem de “encarnar” um, ou seja, ser um defensor mascarado da população.

Dave é o garoto que alimenta há algum tempo o desejo de ser um desses mascarados. Ele compra uma fantasia e resolve testar sua capacidade para tal. A primeira tentativa é totalmente fracassada e deixa nele sequelas, que o ajudarão a se sair melhor na segunda vez, quando sua ação é filmada e cai na internet, se tornando um dos maiores fenômenos de visualizações da atualidade.


7. Como Treinar seu Dragão

Berk é um vilarejo viking, lugar constantemente atacado por dragões. Seus habitantes aprendem, desde a adolescência, a matar os monstros e proteger a aldeia. Soluço, o filho franzino do chefe da aldeia, está na idade de fazer o treinamento sobre “como matar dragões”, mas algo inusitado acontece: ele encontra um “dragão da noite”, espécie mais temida pelos vikings, isolado na floresta, por não conseguir voar. É então que Soluço começará a estudar a espécie para ajudar o pequeno dragão, batizado de Banguela pelo menino. Neste processo, uma nova amizade surge e os planos de se tornar um viking matador vão por água abaixo.


6. Chico Xavier

O Brasil é uma país falsamente católico. Ok, oficialmente o catolicismo é a nossa religião, mas muita gente tem um pé no espiritismo. Grande parte dessa força pelo desconhecido vem de nomes como Bezerra de Menezes, o médico que era médium, e Frâncisco Cândido Xavier, o médium que psicografava mensagens do além.

Se você não conhece a doutrina espírita, talvez o filme Chico Xavier, de Daniel Filho, não lhe diga nada. Mas acho pouco provável que alguém não saiba, minimante, quem foi Chico. Homem que atraia multidões ao seu centro espírita, durante muitos anos ele recebeu o título de maior médium brasileiro, tornando-se um símbolo do espiritismo. Calmo, sereno e cheio de fé, Chico Xavier psicografou mais de 400 livros, sem receber direitos autorais e vivendo apenas de seu salário – e posterior aposentadoria – de funcionário público.


5. Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I

A saga do bruxo nesse ponto ganhou um tom mais sombrio e uma nova estética que com pequenas mudanças norteou a série até este penúltimo “Harry Potter e as relíquias da morte”.

O filme tem 146 minutos, que para mim passaram voando. Não sou fã n° 1 de Harry e sua trupe, mas o espectador é levado através da história de uma forma irresistível. O filme alterna ação e emoção na medida certa. Mas definitivamente é um filme para iniciados. Quem não acompanha a história e por acaso resolveu ver “As relíquias da Morte” vai ficar perdido. A franquia é poderosa e a saga é grande demais para se “auto- explicar”. Um breve resumo do que aconteceu, algo comum em filmes em série, quebraria a narrativa prejudicando o filme.

Tudo neste “Harry Potter e as relíquias da morte” é impecável. O elenco de apoio como sempre maravilhoso. Uma bela fotografia de Eduardo Serra. Uma trilha sonora marcante, com a característica música de abertura e novos sons que ficaram a cargo de Alexandre Desplat. Este filme é o terceiro dirigido por David Yates que já imprimiu seu tom e também, assina a segunda e última parte de “As relíquias da Morte”.


4. A Rede Social

O “Facebook” foi lançado em 4 de fevereiro de 2004 e possui mais de 500 milhões de usuários espalhados em 207 países. Em 2008, Mark Zuckerberg, um de seus criadores e personagem principal do filme, foi considerado o mais jovem bilionário do mundo, com fortuna de mais de US$ 1,5 bilhão, pela revista especializada “Forbes”. É a maior rede social do planeta. O filme “A rede social” conta como foi a conturbada criação e a fogueira de vaidades que envolveram seu mentores dentro da Universidade de Harvard. Mark Zuckerberg é interpretado por Jesse Eisemberg (Zumbilândia). Um geek que após levar um fora da namorada, destrói sua reputação um blog. Tomado sensação de poder e impunidade que a internet gera o próximo passo é a criação de uma rede comparativa de várias garotas dentro do campus. Nascia o embrião do Facebook.

Com um bom roteiro em mãos, David Fincher faz gato e sapato na direção, mostrando mais uma vez que é um diretor cheio de possibilidades. Ele dá ritmo a uma trama que tinah tudo para ser monótona, e mantém a atenção do espectador do começo ao fim, além de arrancar ótimas atuações de seu elenco — quem diria, até Justin Timberlake, no papel de Sean Parker, o criador do Napster que vira conselheiro de Mark, está muito bem em cena.

3. Toy Story 3

Nesta terceira parte, o garotinho Andy já tem dezessete anos e por um acidente, seus brinquedos são doados para uma creche. Assim, o caubói Woody terá que convencer a todos de que aquilo foi um engano e fará de tudo para que eles voltem para o seu dono verdadeiro, por mais que isso lhes custe uma vida guardados em uma caixa no porão.

O longa inicia-se da mesma maneira que o segundo, com os brinquedos passando por uma grande aventura que, obviamente, não passa de mais uma brincadeira do dono. Depois disso, nada de piadas repetidas ou situações clichês. O que espera o público é um monte de personagens novos ótimos – como o Ken e o urso Lotso – e a graça renovada dos antigos brinquedos, como o hilário casal Cabeça de Batata, Slinky, os chaveirinhos do Pizza Planet, a cowgirl Jessie, o cavalinho Bala no Alvo e o inocente dinossauro Rex.


2. Tropa de Elite 2: O Inimigo agora É Outro

Com o peso de fazer jus ao primeiro longa, ‘Tropa de Elite 2’ cumpre a missão dada. A violência e a corrupção na polícia continua em pauta, mas desta vez a trama elobora assuntos mais ambiciosos e assustadores.

Ao invés de culpar os riquinhos que compram drogas e financiam o tráfico no país, mesmo que usando apenas uma carreira de pó, a sequência vai além e começa a mostrar que o buraco é mais em cima: os políticos usufruem de qualquer situação para conquistar dinheiro e fama, e recebem apoio dos demais corruptos.

Moura continua roubando a cena, e está ainda mais à vontade com o personagem que o consagrou. Seu talento é indiscutível. André Ramiro e Milhem Cortaz também retornam como André Matias e Capitão Fábio, e continuam em atuações dignas e talentosas.

O roteiro de Braulio Montovani, mais complexo e polêmico, traz de volta todos os acertos do original, como as frases de efeito que cairam no gosto popular.

“Pede pra sair”, “O Senhor é um fanfarrão” e “Faca na caveira, nada na carteira” dão lugares a novas frases que devem conquistar o público, como “Tá de pomba-girice comigo?” e “Quer me foder? Me beija”.


1. A Origem

A Origem (Inception) é o filme do ano. A Origem é, também, um forte candidato a filme da década, um dos melhores do século 21 e um dos maiores de todos os tempos. Exagero? Se você gosta de cinema inteligente sem ser mirabolante, vai perceber logo nos primeiros minutos que este veio parar marcar época.

O jeito atrevido de contar histórias fez de Chris Nolan sucesso imediato em Hollywood.

Na trama, Dom Cobb (Leonardo DiCaprio) comanda uma equipe que invade os sonhos das pessoas para roubar segredos do incosciente que possam ser utilizados por empresas concorrentes.

Um poderoso empresário (Ken Watanabe) procura o serviço de Dom para propor algo diferente: que ele implante uma ideia no cérebro do herdeiro de outra companhia (Cillian Murphy). Dom, que já não consegue mais ser arquiteto dos sonhos por causa da esposa, Mal (Marion Cotillard), contrata uma nova arquiteta, Ariadne (Ellen Page). Ele recruta ainda velhos aliados – Arthur (Joseph Gordon-Levitt) e Eames (Tom Hardy) – e novos aliados – Yusuf (Dileep Rao) – para executar o projeto.

Veja ainda:

Preview 2010
Retrospectiva 2009 – Sucessos & Fracassos
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Preview 2006

 

 

 

RETROSPECTIVA 2009 – Os Melhores e Piores Filmes

 

Todo final de ano é época de relembrar tudo que foi lançado, não é mesmo?!

E 2009 foi marcado por lançamentos mais do que esperados. Lua Nova, Bastardos Inglórios, Up – Altas aventuras, Anjos e Demônios, Wolverine e O Exterminador do Futuro: A salvação são só alguns dos nomes que rechearam as telonas nos últimos 12 meses. E o Cinepop convida você para uma retomada dos principais filmes que passaram pelas salas de cinema em 2009!

Se não viu, alugue!

Não se pode deixar o ano passar sem comentar os Bastardos Inglórios e os Inimigos Públicos (com roteiros densos e atuações impecáveis de Brad Pitt e Johnny Depp, respectivamente). Brad Pitt também marcou sua passagem no O Curioso Caso de Benjamin Button, bem no começo do ano – época de lançamento do premiado Quem quer ser um milionário?.


Bastardos Inglórios

Ainda entre os roteiros mais ‘tensos’ O leitor e Gran Torino merecem ser lembrados como bons dramas. Já 2012 e Arraste-me para o inferno recebem destaque pelos efeitos espetaculares que dão os teores de catástrofe às tramas.

Já que o assunto é terror e caos, nada mais a calhar que Jogos mortais 6, que , apesar de não tão brilhante quanto seus antecessores, conseguiu bons resultados e promete (mais) uma continuação.

Pensando nas bilheterias, é impossível traçar a retrospectiva deste ano sem falar do recente Lua Nova.

A continuação da história dos vampiros de Crepúsculo conseguiu arrastar cerca de 1,5 milhão de pessoas às salas de cinema, só no final de semana de estréia. Mas ele não foi o único sucesso teen memorável de 2009.

O público também pode se esbaldar com os lançamentos dos quadrinhos: Watchmen, Wolverine e GI Joe – a origem do cobra; sem contar o recente Avatar que vinha sendo esperado há um bom tempo e que, apesar de não ter tido uma bilheteria inicial tão rentável, vale muito a pena pelo show de efeitos especiais.


Watchmen

E as adaptações não param por aí. Anjos e Demônios e Ele não está tão a fim de você são os que merecem um espaço bom na memória de 2009. Entre as continuações, O Exterminador do Futuro: a salvação, Velozes e Furiosos 4, Transformers: A vingança dos derrotados e Harry Potter e o enigma do príncipe foram os mais marcantes em 2009.

Os infantis também não deixaram por menos. Up – altas aventuras, 9 – A Salvação, Planeta 51, Era do Gelo 3 e Uma noite no museu 2 arrastaram os pequenos para perto das telonas. Quem é fã de comédia também não se decepcionou este ano. A verdade nua e crua (que era pra ser um romance, mas agradou mesmo como filme pra fazer rir), Se beber, não case e Brüno, arrancaram boas risadas de quem estava nas poltronas.


Up – Altas Aventuras

Se não viu… não veja!

Como todo ano, 2009 também trouxe algumas decepções. Os fãs de mangas, por exemplo, se irritaram bastante com a adaptação de Dragon Ball Z. Já quem é fã de um bom terror, ficou decepcionado com o Dia dos namorados macabro, que prometia mais (uma vez que terror em 3D deveria ser, minimamente, de arrepiar), mas cumpriu com bem pouco.

Retomando o enredo batido das histórias da Segunda Guerra Mundial, Operação Valquíria desapontou pela demora em desenrolar uma história mais que conhecida.

Os pequenos também se cansaram assistindo ao tão falado Tá chovendo hambúrguer. A trama – que parte de um clássico da literatura infantil – se perde no meio de temporais de comidas e efeitos 3D. Outro clássico que perdeu um pouco nas telonas foi Os Fantasmas de Scrooge, remasteurizado em 3D, com interpretações de Jim Carrey e Colin Firth.


Tá Chovendo Hambúrguer

É daqui mesmo!

Os nacionais em 2009 inovaram com histórias universais e atingiram um público mais que considerável. O ano já começou abalando com Divã e Se eu fosse você 2, boas histórias, recheadas de comédia e romance.
A Mulher Invisível também cativou com a história peculiar de um romântico (interpretado por Selton Mello) que podia ser qualquer um de nós.


Se Eu Fosse Você 2

Selton Mello também merece ser lembrado pela atuação em Jean Charles – adaptação da história do mineiro, morto em Londres.

Entre os atores que merecem destaque o nome de Glória Pires – que já tinha sido destaque em Se eu fosse você 2 – deve ser lembrado, também, por Lula, o filho do Brasil.

O contador de histórias deve ficar marcado pelo enredo emotivo e pela lição de vida que apresenta.
Os documentários trouxeram a história de Arnaldo Baptista e dos Titãs à tona. Titãs – a vida até parece uma festa e Loki – Arnaldo Batista são bons para quem é fã, mas nem tão cativantes para o público em geral.


O contador de histórias

E, para ficar em 2009 é o longa de direção de Matheus Nachtergaele, A festa da menina morta, que não conseguiu agradar.

Veja ainda:

Preview 2009
Retrospectiva 2008 – Sucessos & Fracassos
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Retrospectiva 2007 – Sucessos & Fracassos
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Retrospectiva 2006 – Sucessos & Fracassos
Preview 2006

Matéria Por: Denise Businaro Aielo

RETROSPECTIVA 2008 – Os Melhores e Piores Filmes

 

2008 foi um ano de filmes aguardados. Superproduções. Filmes que com certeza iriam prender o fôlego e deixar o expectador com um desejo de querer mais daquilo. Foi um ano em que estrearam as continuações que todos estavam esperando. Muitas boas, outras, deixaram a desejar. Mas não há que se preocupar pois houve muitas produções que salvaram os ano.

Os Melhores de 2008

Jumper

Com certeza, um dos melhores filmes do ano. David Rice é um jovem de 15 anos. Meio nerd, fraquinho. Ele é apaixonado por Millie, a garota do colégio. Em um certo dia, ele entrega um presente a ela.

Porém, Mark, um garoto metido a machão pega o globo de neve e joga em um lago congelado. Numa tentativa de resgate, após pegar o objeto o gelo se parte e David cai no lado e misteriosamente ele se teleporta e aparece na biblioteca pública. Ninguém, e nem ele entendeu o que havia acontecido e é dado como desaparecido.

Ele vai para Nova York tentar a vida. Lá, ele assalta um banco usando os seus poderes e fica milionário. Oito anos se passam e após voltar de um dia de curtição, ele encontra em seu apartamento, Roland, um paladino. Um grupo que caça e mata os ‘Jumpers’, que são pessoas como David com poderes de teleporte. Agora, David precisa correr pra sobreviver e conta com a ajuda de Griffin, um outro jumper. Sem dúvida, um dos melhores do ano. Uma história brilhante.

Ótimos efeitos, ótimas atuações, um elenco muito bem escolhido, e claro, ele, Samuel L. Jackson.

Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

CNeste ano, chegou às telas ‘Sweeney Todd’. Um musical dos anos 80. Passou por teatros, atores e finalmente chegou ao cinema.
No filme, Johnny Deep é Benjamin Barker. Um barbeiro que vive alegre com sua esposa e filha na antiga Londres. Mas um homem colocou os olhos em sua esposa. O juiz Turpin. Sob falsas acusações, o juíz o envia à Austrália para roubar a sua esposa, Lucy. 15 anos depois, ele retorna à Londres que está totalmente diferente de antes. Ele retorna ávido por vingança. De volta para casa, ele arruma um meio de fazer sua vingança: reabrindo a barbearia como Sweeney Todd. Ele reabre numa pequena sala acima da loja de tortas da Sr. Lovett. Ele conta com o apoio dela. Seu plano é se vingar do juíz e e ela, com o apoio dele, armam um outro plano: usar os corpos para fazer tortas! E em pouco tempo, as tortas dela são as mais pedidas em Londres.
Benjamin descobre que sua filha está viva e ele deseja conhece-la. Mas quando ele está para executar sua vingança, um rapaz entra falando a respeito dela e o juiz Turpin se retira da barbearia. Então, Sweeney vai bolando um meio de fazer vingança. Enquanto não mata o juiz Turpin, ele mata todos os que fazem a barba com ele. Com um método feito por ele mesmo, após matar os clientes, Sweeney pisa em uma alavanca que faz eles caírem até o porão onde são feitas as tortas. E ninguém desconfia de nada.

 

Aos poucos, a verdade vai aparecendo a vingança de Benjamin fica perto.
Com um ótimo cenário, efeitos, cenas de que chegam a inojar o público, Sweeney Todd, sem dúvida é um dos maiores musicais (se não, o maior), já feito para o cinema. Muito bem feito, detalhado e de um modo tão real que quem assiste pensa duas vezes antes de ir a um barbeiro.
O filme conta com Johnny Deep como Benjamim Barker, Helena Bonham Carter como Srª. Lovett, Alan Rickman como o juiz Turpin, Laura Michelle Kelly como Lucy e Sasha Baron Cohen numa ponta muito boa como um barbeiro que foi aluno de Sweeney.
Um filme muito bem feito, sombrio. As cenas das tortas de carne humana chegar a enojar de tão reais que são. E claro, não podemos esquecer que o filme é o que é graças (e por causa) do grande diretor Tim Burton. Digno de receber aplausos e prêmios. Embora estreou em 2007, chegou às telonas daqui. Mas valeu a pena esperar!

 

E já que estamos falando daqueles saídos das telinhas, não se pode deixar passar as séries de TV já consagradas que também movimentaram as telonas. O esperado ‘Sex and the City – O Filme’ atingiu todas as expectativas e conseguiu agradar aos fãs da série que, finalmente, conseguiram ver a vida das quatro amigas tomando um rumo. Apesar de criticado por alguns, o filme trouxe para o cinema um resumão de tudo de bom que rolou nos seis anos da série e juntou tudo como se fosse uma nova temporada inteira em pouco mais de duas horas de filme.


‘Sex and the City – O Filme’

Agora, entre as continuações cinematográficas, ‘Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal’ é lembrança disparada. O sucesso dos anteriores empolgou os fãs de Spielberg a assistirem mais uma aventura arqueológica. O filme foi sucesso de lançamento e conseguiu a terceira maior bilheteria no fim de semana de estreia em feriado nos Estados Unidos, ficando atrás, apenas, de ‘Piratas do Caribe – No Fim do Mundo’ e ‘X-Men: O Confronto Final’.

Entre os lançamentos inéditos, ‘Quebrando a Banca’ e ‘Jogo de Amor em Las Vegas’ são dois longas envolvendo jogatinas que merecem ser lembrados. O primeiro foi campeão de bilheteria nos Estados Unidos, durante o fim de semana de estreia. Já o segundo, apesar de comédia romântica, agradou mais que o esperado e conseguiu uma boa média nas bilheterias afora. ‘Jumper’ também é destaque deste ano. O filme de Doug Liman dominou a lista das bilheterias nacionais por um bom tempo.


‘Jogo de Amor em Las Vegas’

Fonte: Denise Aielo

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RETROSPECTIVA 2008 – Os Melhores e Piores Filmes

 

E todo final de ano é época de analisar o que foi produzido e divulgado pelas telonas por aí. O ano de 2008 contou com muita coisa boa saída das telinhas de TV, muita coisa boa saída dos quadrinhos e muita coisa boa continuando sagas das telonas! E já que tem muita gente de memória curta por aí, vamos começar relembrando alguns dos grandes sucessos deste ano que está acabando!

Os Melhores de 2008

Para começar, alguns dos sucessos que saíram das páginas coloridas dos quadrinhos e caíram no gosto dos amantes de cinema: ‘O Homem de Ferro’ e ‘Batman – o Cavaleiro das Trevas’. Os super-heróis foram sucesso de bilheteria e sucesso entre os espectadores. O homem morcego conseguiu a façanha dos $313 milhões em apenas 10 dias de exibição. Além disso, não podemos esquecer do destaque para a atuação de Heath Ledger, como Coringa. A incorporação do personagem chega a merecer uma estatueta dourada, mesmo que póstuma. Outro longa saído dos quadrinhos da Marvel foi ‘O Incrível Hulk’, que também conseguiu sua marca entre as maiores bilheterias no país e não podia passar em branco…

2008 também foi ano de vários lançamentos infantis. Entre os mais engraçadinhos, agradáveis e melhor aceitos pelo público, lembremos de ‘Wall-E’, a história do robozinho que tenta guardar um pouco da humanidade que sobrou no mundo vazio do futuro. Emocionante até para os pais que acompanharam seus filhos ao cinema!

Na linha animação, ‘Kung Fu Panda’ e sua obsessão pelas artes marciais se saíram bastante bem no quesito bilheterias, tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos, onde a animação desbancou Adam Sandler e seu ‘Zohan – O Agente bom de Corte’.

‘Horton e o Mundo dos Quem’ também não fez por menos. Além desses, não podemos esquecer ‘Madagascar ‘2, que, apesar da história não tão interessante quanto a primeira, conseguiu lotar as salas de cinemas por aqui com o remelexo de Alex, Marty e companhia limitada.

Também considerados “infantis” mas não necessariamente feitos para crianças, ‘As Crônicas de Spiderwick’ e ‘As Crônicas de Nárnia 2: Príncipe de Caspian’, merecem destaque. Esse último acompanhou de perto a bilheteria de um sucesso da TV, transportado para o cinema: ‘Sex and the City’.

E já que estamos falando daqueles saídos das telinhas, não se pode deixar passar as séries de TV já consagradas que também movimentaram as telonas. O esperado ‘Sex and the City – O Filme’ atingiu todas as expectativas e conseguiu agradar aos fãs da série que, finalmente, conseguiram ver a vida das quatro amigas tomando um rumo. Apesar de criticado por alguns, o filme trouxe para o cinema um resumão de tudo de bom que rolou nos seis anos da série e juntou tudo como se fosse uma nova temporada inteira em pouco mais de duas horas de filme.


‘Sex and the City – O Filme’

Agora, entre as continuações cinematográficas, ‘Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal’ é lembrança disparada. O sucesso dos anteriores empolgou os fãs de Spielberg a assistirem mais uma aventura arqueológica. O filme foi sucesso de lançamento e conseguiu a terceira maior bilheteria no fim de semana de estreia em feriado nos Estados Unidos, ficando atrás, apenas, de ‘Piratas do Caribe – No Fim do Mundo’ e ‘X-Men: O Confronto Final’.

Entre os lançamentos inéditos, ‘Quebrando a Banca’ e ‘Jogo de Amor em Las Vegas’ são dois longas envolvendo jogatinas que merecem ser lembrados. O primeiro foi campeão de bilheteria nos Estados Unidos, durante o fim de semana de estreia. Já o segundo, apesar de comédia romântica, agradou mais que o esperado e conseguiu uma boa média nas bilheterias afora. ‘Jumper’ também é destaque deste ano. O filme de Doug Liman dominou a lista das bilheterias nacionais por um bom tempo.


‘Jogo de Amor em Las Vegas’

Fonte: Denise Aielo

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RETROSPECTIVA 2007 – Os Melhores e Piores Filmes

 


Chegou a hora de conferirmos o que de bom passou pelos nossos cinemas neste ano que termina, o que foi decepção (seja de bilheteria, seja de produção), e o que de mais ruim tivemos que conferir nesta paixão imensa que é a sétima arte.

Comecemos então pelo que de melhor chegou até nós. A lista este ano esta um pouco menor e mais seletiva que a do ano passado, mas elegi aqui os que mais me chamaram atenção, que vão de comédia a drama.

Os Melhores de 2007

Junte um dos maiores diretores de filmes de ação de todos os tempos, um dos diretores mais influentes com efeitos especiais, e uma história muito boa, o que sai? “Transformers”, lançado nos cinemas em julho, e que simplesmente foi o melhor e mais divertido da década. O longa superou as expectativas e foi um estouro de bilheteria. Com certeza deverá ser lembrado nas categorias técnicas do Oscar.

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Outro grande filme exibido nos cinemas nacionais este ano foi o drama “Babel” de Alejandro Gonzáles. O filme (que fechou a trilogia iniciada pelo diretor em 2000 com “Amores Brutos”) é extremamente forte, com uma grande crítica social (a falta de comunicação entre as pessoas), e mostrou diferentes dramas em algumas partes do mundo, todos entrelaçadas em um dos desfechos mais brilhantes de todos os tempos. Um verdadeiro soco no estômago.

“O Labirinto do Fauno”, sem duvida foi o filme estrangeiro mais comentado do ano. Com uma história aparentemente infantil, o filme é sombrio, tenso, assustador, uma obra prima dirigida pelo cineasta Guilhermo Del Toro (“Hellboy”). Muito bem produzido o filme não venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, como era esperado por todos, mas nem precisa, é o melhor filme não feito em Hollywood do ano, e não é um carequinha de ouro que dirá o contrário.

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“Cartas de Iwo Jima” mostrou que Clint Eastwood é realmente um diretor extraordinário, muito sério e seguro do que está fazendo. Realizou este projeto junto de um outro, “A Conquista da Honra”, e mostrou diferentes pontos de vista da mesma guerra. Porém “Cartas” acabou saindo melhor que a encomenda e foi superior a “Conquista”. Acabou levando indicação de melhor filme no Oscar, porém não foi muito visto por ser falado em outra língua, que sem dúvida deu um charme maior ao longa. A fotografia escura, e a trilha sonora melancólica transmitiram exatamente o que Eastwood pretendeu mostrar, a frieza, e toda a tragédia de uma batalha sanguinária. Brilhante.

Este ano ainda tivemos o premiado “A Rainha”, de Stephen Frears que rendeu o Oscar de Melhor Atriz para Hellen Mirren, fora mais um monte de prêmios; “Notas Sobre um Escândalo”, “Uma Verdade Inconveniente”, “Dreamgils – Em Busca de Um Sonho”, “À Procura da Felicidade”, o incrivelmente divertido “Letra e Musica”, “Pecados Íntimos”, o drama “Ela é a Poderosa”, e o maravilhoso “Diamante de Sangue”.

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Dentre os blockbusters tivemos “Piratas do Caribe – No Fim do Mundo”, “Duro de Matar 4.0”, “Os Simpsons – O Filme”, o surpreendente “1408”, “Harry Potter e a Ordem da Fênix”, “A Loja Mágica de Brinquedos”, “Ratatouille” e “A Lenda de Beowolf”.

Nesta lista também tem lugar para a comédia “Sem Reservas”, o suspense “Premonições” (massacrado pela crítica, mas que eu realmente gostei), “A Pele” (prêmio de melhor filme estranho do ano), “Hannibal – A Origem do Mal”, “A Estranha Perfeita”, “Um Crime de Mestre”, “Paranóia”, “Licença Para Casar”, “O Ultimato Bourne”, “Paris, Te Amo”, “Stardust – O Mistério da Estrela Cadente”, “Treze Homens e um Novo Segredo”, “Bobby”, “Reine Sobre Mim” (que saiu direto em dvd), “O Ex-Namorado da Minha Mulher”, “Extermínio 2”, “A Morte Pede Carone”, “Possuídos” (uma das melhores atuações de Ashley Judd que eu já vi), “As Férias de Mr .Bean”, “O Bom Pastor”, “Alpha Dog”, “Escritores da Liberdade” que também veio direto pra dvd, “Miss Potter”, “Maria Antonieta”, “Um Beijo A Mais”, “Hairspray – Em Busca da Fama e “Deja Vu”.

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Decepções:

Aqui a lista engloba filmes que ficaram aquém das expectativas nas bilheterias, e aqueles que prometiam e não cumpriam.

Filmes como “Shrek Terceiro” e “Homem-Aranha 3”. No caso de “Shrek”, o terceiro longa foi bem menos engraçado e inteligente que os dois anteriores, ficou cansativo e chato de se assistir. Porém foi bem de bilheteria. E “Aranha” foi um tremendo fiasco. Três vilões e muitos novos personagens (que os fãs esperavam com ansiedade) deixaram a trama lenta de mais para um filme do gênero, a falta de ação fez com que os super modernos efeitos especiais caíssem em meio ao vão e ficassem desnecessários.

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Além deles ainda temos “Jogos Mortais 4”, “As Tartarugas Ninjas – O Retorno”, “A Conquista da Honra” (o fraco elenco desfavorece o filme que completa “Cartas de Iwo Jima” citado entre os melhores do ano), “Número 23”, “Apocalypto”, “Deu a Louca na Cinderela”, “Resident Evil: Extinção”, “Eu os Declaro Marido e Larry”, “A Hora do Rush 3”, e “A Volta do Todo Poderoso” (divertido, e bonitinho mas que foi fiasco de bilheteria).

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Os Piores:

Agora fica divertido. Vamos ver os piores filmes do ano, aqueles que nos fizeram chorar de raiva. Comecemos esta lista com o péssimo “Turistas”. Completamente ridículo, não teve uma trama coerente, não teve cenas de morte interessante, teve apenas bocejos e pessoas inquietas durante sua projeção. Alguns ainda tentaram promovê-lo através da polêmica, mas ainda bem que os espectadores estão cada vez mais espertos e descartaram este lixo norte-americano de primeira.

“Deu a Louca em Hollywood” fez mais que bocejos, capotou o público de vez na poltrona. Seguiu a linha de filmes como a série “Todo Mundo em Pânico”, “Não é Mais um Besteirol Americano” e “Uma Comédia Nada Romântica” (que de tão besta chega até ser engraçado) e se embolou todo nas próprias piadas. Totalmente sem graça dá pra contar nos dedos as vezes que ao menos dá um mero sorriso.

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“Infância Roubada”. A Academia está cada vez mais gagá. Pra que da o Oscar para um filme desses? Que copiou na maior cara de pau o nosso “Cidade de Deus”? Sem história que emocione o filme é uma tortura pura para quem inocentemente compra o ingresso para assisti-lo, ou aluga na vídeo locadora na intenção de ver um bom filme.

Dentro os piores ainda temos, “Caçados”, “Espíritos 2 – Você Nunca Está Sozinho”, “Luzes do Além”, “Guardiões do Dia”, “Primitivo”, “O Poder do Ritmo” (Graças a Deus nem no cinema passou, saiu direto em DVD e poderia ter passado direto em Inter Cine), e “Escorregando Para a Glória”.

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Cinema Nacional:

O cinema nacional teve muitos filmes bons este ano. Difícil escolher entre eles. Para mim o melhor foi “O Cheiro de Ralo” de Heitor Dahlia. Mas também tivemos “Antônia” de Tatá Amaral, “Não por Acaso”, o divertido “Saneamento Básico” de Jorge Furtado, “Tapete Vermelho”, “Wood & Sotck – Sexo, Orégano e Rock n´ Roll”, “A Turma da Mônica – Uma Aventura no Tempo”, “Caixa Dois”, o incrível “Tropa de Elite” (se não citasse ele, correria risco de vida), “Proibido Proibir”, “1972”, “Ó Pai, Ó”, o forte “Batismo de Sangue”, “A Casa de Alice” (melhor atuação do ano para Carla Ribas), “Cão Sem Dono”, e “Os 12 Trabalhos”.

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Dentre os mais fracos temos “A Grande Família – O Filme”, com um roteiro muito repetitivo e cansativo, mas que foi bem de bilheteria, “O Primo Basílio”, “A Concepção” (não entendi nada), “Inesquecível”, “O Magnata”, e “Sem Controle” boa história mais faltou segurança na direção.

E este ano vamos felicitar até mesmo a “Rainha dos Baixinhos” com seu “Xuxa Gêmeas”, que foi o menos pior de todos os seus últimos filmes e teve lá seus bons momentos. Mas espere, não quer dizer que tenha sido um bom filme, mas pareceu que a “rainha dos baixinhos” aprendeu a escolher sua equipe.

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Retrospectiva 2006 – Sucessos & Fracassos
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Os 15 Filmes mais esperados de 2004
Filmes que marcaram 2003
Os filmes mais esperados de 2003

 

Matéria Por: Bruno Fidelis Gomes

RETROSPECTIVA 2006 – Os Melhores e Piores Filmes

 

Com o ano no fim, é chegada a hora de recapitular os altos e baixos dessa paixão intensa de todos nós que é a sétima arte. Vamos começar esta retrospectiva 2006, comentando sobre o cinema nacional e as grandes decepções do ano (veja bem, decepções não significa filme ruim).

Os Melhores do Ano:

Podemos começar a lista com um dos filmes mais incríveis do ano. ‘Pequena Miss Sunshine’, dirigido pelos estreantes Valerie Faris e Jonathan Dayton o filme é uma deliciosa comédia família, incrivelmente sensível e com bons toques de drama.

O filme foi sucesso no festival de Sundance, fez uma brilhante carreira nas bilheterias (aqui no Brasil não teve o reconhecimento que merecia) e já desponta para um dos favoritos a indicações as principais premiações do ano, incluindo o Oscar (na categoria de Roteiro Original).

 

Outro grande acerto do ano foi a comédia ‘O Diabo Veste Prada’.

Sendo considerado tão bom quanto a obra que o originou, a comédia foi um estrondoso sucesso arrecadando mais de US$ 130 milhões só nas bilheteria norte-americanas.

Além disso, todo o elenco foi elogiado, principalmente Meryl Streep que faz Miranda Priestly, editora chefe da revista Runaway, o diabo do título. Streep se demonstra mais uma vez que é uma das atrizes (se não a mais) talentosas de Hollywood, demonstrando uma versatilidade assustadora.

Podemos seguir a lista com ‘Os Infiltrados’, um filme brilhante, o melhor de Martin Scorcese nos últimos anos; ‘O Grande Truque’ de Christopher Nolan; ‘Vôo United 93’; ‘Munique’; ‘A Marcha dos Pingüins’; ‘O Sol de Cada Manhã – O Homem do Tempo’; ‘O Assassinato de um Presidente’; ‘O Segredo de Brokeback Mountain’; ‘Boa Noite e Boa Sorte’; ‘Syriana – A Indústria do Petróleo’; ‘Orgulho e Preconceito’; ‘Johnny & June’ (cansativo, mais muito bonito e bem estrelado); ‘Fora de Rumo’ (massacrado pela crítica, mas me pareceu bem interessante); ‘Match Point – Ponto Final’; ‘Terra Fria’; ‘Capote’; ‘Um Lugar Para Recomeçar’ (totalmente esquecido e fracassado de bilheterias, porém muito bonito e gostoso de ser ver, com boas atuações até
mesmo de Jennifer Lopez) e o assustador e fortíssimo (porém com o roteiro mais fraco da série) ‘Jogos Mortais 3’.

A lista ainda continua com, ‘V de Vingança’; ‘Anjos da Noite – A Evolução’; ‘O Plano Perfeito’; ‘Terapia do Amor’; ‘Tudo Por Dinheiro’; ‘As Férias da Minha Vida’; ‘Armações do Amor’; ‘Selvagem’; ’16 Quadras’; ‘Aquamarine’; ‘Três Enterros’; ‘Resgate Abaixo de Zero’; ‘Retratos de Família’; ‘Sorte no Amor’; ‘Tristão & Isolda’; ‘Transamérica’; ‘Protegida por um Anjo’; ‘Viagem Maldita’; ‘A Casa do Lago’; ‘A Casa Monstro’; ‘A Dama da Água’; ‘Xeque-Mate’; ‘Menina Má.Com’; ‘Ela é o Cara’; ‘Volver’; ‘Amigas com Dinheiro’; ‘Happy
Feet: O Pingüim’; ‘A Última Noite’; ‘O Ilusionista’; e o grande ‘O Labirinto do Fauno’, sem dúvida um dos melhores do ano.

Há também espaço para blockbusters como: ‘Missão: Impossível 3’; ‘X-Men: O Confronto Final’; ‘Piratas do Caribe: O Baú da Morte’; ‘A Era do Gelo 2’; ‘Poseidon’ (totalmente superestimado) e ‘Separados Pelo Casamento’.

 

As Decepções do Ano:

Dos que com certeza merecem o Framboesa de Ouro este ano, o pior deles (ou melhor dos piores, sei lá) é o pavoroso ‘A Hora do Rango’. Um filme totalmente sem graça, que abusa da baixaria e desperta bocejos durante toda a sua exibição. Péssimo!!

Felizmente a lista das decepções do ano, está menor se relacionada com a dos anos anteriores. Mas ainda temos os filmes que são tremendamente aguardados pelo público, mas que não chegam a cumprir o que se espera, decepcionando totalmente. Mas a lista continua com:

– ‘Superman: O Retorno’
– ‘Os Sem-Floresta’
– ‘Premonição 3’
– ‘Todo Mundo em Pânico 4’
– ‘Memórias de uma Gueixa’
– ‘A Pantera Cor de Rosa’
– ‘Camisa de Força’
– ‘O Matador’
– ‘Aeon Flux’
– ‘O Novo Mundo’
– ‘Instinto Selvagem 2’
– ‘A Profecia’
– ‘Garfield 2’
– ‘A Fonte da Vida’
– ‘Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio’
– ‘Serpentes à Bordo’
– ‘A Cor de um Crime’
– ‘As Torres Gêmeas’

Além deles temos, ‘O Sacrifico’; ‘Uma Cara Quase Perfeito’; ‘A Dália Negra’ (sem duvida o maior fiasco do ano); ‘A Cidade Perdida’; ‘Seres Rastejantes’; ‘Uma Comédia Nada Romântica’; ‘O Pequenino’; ‘Mentiras
Sinceras’; ‘Ultravioleta’; ‘Doom: A Porta do Inferno’; ‘Roma, Um Nome de Mulher’; ‘Firewall: Segurança em Risco’; ‘Edison: Poder e Corrupção’; ‘A Terra Encantada de Gaya’ (talvez prejudicado pela péssima dublagem) e ‘Soldado Anônimo’.


 

O Cinema Nacional em 2006:

Infelizmente o cinema nacional não teve um grande destaque como nos outros anos e não emplacou grandes sucessos de bilheteria. ‘Se Eu Fosse Você’ e ‘Didi, O Caçador de Tesouros’ foram os únicos a romperem a barreira de 1 milhão de espectadores – porém podemos falar que mesmo com o baixo fluxo de espectadores em fitas nacionais, tivemos um numero alto de bons filmes. ‘A Máquina’ de João Falcão, uma fita lindíssima, lírica, de boa qualidade, tão boa quanto se esperava e deliciosa de se ver pode encabeçar está lista.

O filme não teve grande repercussão nos cinemas, nem mesmo nas locadoras, mas merece especial atenção, não somente pela qualidade, mas por ser o primeiro filme realmente bom produzido por Diler Trindade, acostumado a filmes de grande apelo comercial como ‘Xuxa’, ‘Didi’ e ‘Padre Marcelo’, mas que também eram de muita baixa qualidade.

Tivemos este ano também ótimos filmes como ‘Tapete Vermelho’, ‘Depois Daquele Baile’, ‘Crime Delicado’, ‘Zuzu Angel’ (grande decepção de bilheteria deste ano), ‘O Maior Amor do Mundo’ (que eu particularmente não achei nada interessante, mas todos aprovaram, o que pode ser algo de errado comigo), o bonito e divertido ‘Fica Comigo Esta Noite’ e sem dúvida alguma o belíssimo ‘O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias’, totalmente simpático, com grande apelo para todos os públicos e gostos.

Não podemos ainda esquecer de falar de ‘Se Eu Fosse Você’ de Daniel Filho, um filme totalmente comercial que funcionou muito bem no verão nacional, sendo a terceira maior bilheteria do ano. Infelizmente Daniel não repetiu o mesmo sucesso com o também divertido ‘Muito Gelo e Dois Dedos D?Água’ que levou aos cinemas menos de 500 mil espectadores.

Por falar em filmes nacionais que não tiveram bom rendimento de bilheteria, podemos citar os fracos ‘Trair e Coçar e Só Começar’, ‘Casseta e Planeta: Seus Problemas Acabaram’ e ‘Irma Vap: O Retorno’, que talvez seja até mesmo um bom sinal de que o público está ficando esperto e desprezando as produções mais fracas, mesmo que estas tenham um grande apelo comercial (lê-se Rede Globo).

O bom é que dentre todos os filmes nacionais o único considerado pavoroso é ‘Sonhos e Desejos’, sem dúvida um ponto positivo.

Os Fracassos de Bilheterias em números:

A Variety Americana divulgou uma análise dos maiores fracassos de bilheteria nos EUA. Não que os filmes aqui presentes são ruins (ok, a maioria é!), mas eles acabaram gerando um grande prejuízo e uma ressaca de lascar aos grandes executivos.

Para motivos de comparação, um filme é considerado de grande sucesso quando arrecada mais de US$ 100 milhões somente nos EUA. Mas estes números podem se contradizer: ‘Missão: Impossível III’ arrecadou nos cinemas gringos US$ 133 milhões e foi considerado um fracasso, pois os executivos esperavam ao menos US$ 200 milhões.

A lista começa com a comédia romântica ‘Um Bom Ano’, estrelada por Russel Crowe (que tem decaído bastante em termos de sucessos). O filme arrecadou apenas US$ 7 milhões nos EUA.

Nicolas Cage também fracassou no remake do filme de terror ‘O Sacrifício’ (péssimo, por sinal) e arrecadou somente US$ 23 milhões.

Diretores celebrados como M. Night Shyamalan (‘A Dama da Água’) e Wolfgang Petersen (‘Poseidon’) também literalmente naufragaram.

Entre os maiores maiores fiascos do ano está a continuação ‘Instinto Selvagem 2’, um longa de 70 milhões de dólares que arrecadou apenas 5 milhões de dólares nos cinemas norte-americanos, dando continuidade à série de ‘bombas’ estreladas por Sharon Stone, que já dura 11 anos. Asaga da aviação da Primeira Guerra Mundial ‘Flyboys’, a animação ‘Por Água Abaixo’, o romance transcendental ‘Fonte da Vida’ e o thriller ‘A Cor de um Crime’.

‘Por Água Abaixo’ e ‘Poseidon’ registraram prejuízos totais de 90 milhões de dólares e 100 milhões de dólares respectivamente, tomando por base a arrecadação nos EUA.

 

Matéria Por: Bruno Fidelis Gomes

Especial Filmes de Terror

 

Este ano certamente será um dos mais marcantes do cinema. Entre grandes surpresas e decepções, fomos apresentados a sequências inusitadas, esperados filmes, várias adaptações de quadrinhos e seriados de Tv’s, entre outras.

Então o Cinepop traz para vocês uma retrospectiva dos melhores filmes do ano, além dos 10 mais nas bilheterias anuais.

Janeiro:

O ano não podia ter começado melhor, já no primeiro dia fomos apresentados a segunda parte da trilogia ‘O Senhor dos Anéis’. E que filme! ‘O Senhor dos Anéis – As Duas Torres’ conseguiu bater o primeiro, misturando mais ação e fantasia, e deixando os fãs anciosos para o terceiro filme.

Mas a fantasia não acabou aí. Dez dias depois, James Bond retornou no seu melhor filme, ‘007 – Um Novo dia Para Morrer’, que fez a série ganhar nova vida, e salvar a pele do agente garanhão. Halle Berry se destacou como icone pop neste filme, além de uma bela musa.

O Mês que começou bem, terminou de forma assustadora. Uma ‘famosa’ fita de vídeo tirou o sono de muita gente! Em ‘O Chamado’, a repórter Rachel deixou muita gente assustada ao assistir a uma fita de vídeo que matava exatas uma semana após a exibição… Medo!!!

Fevereiro:

A parceria entre Leonardo DiCaprio, Tom Hanks e Spielberg mostrou ter bastante química, e o trio conseguiu fazer um dos melhores filmes do ano: ‘Prenda-me se For Capaz’. Leonardo ainda voltaria aos cinemas neste mesmo mês, mas desta vez ao lado de Cameron Diaz, em ‘Gangues de Nova York’.

Após esta aventura, o belíssimo ‘As Horas’, filme com Nicole Kidman, Julianne Moore e Meryl Streep, fez com que muitas senhoras desalmadas caissem no choro, e ainda ‘Um Amor Para Recordar’, que fez com que muitos adolescentes machões e insensiveis também derramassem lágrimas.

Março:

estreias de filmes pipoca dominaram este mês. Primeiro, a musa Angelina Jolie, descobriu que tinha apenas uma semana de vida, em ‘Uma Vida em Sete Dias’. Logo após veio Sandra Bullock, pedindo a conta para seu patrão em ‘Amor à Segunda Vista’. Dois ótimos filmes românticos que marcaram o ano.

Dos quadrinhos para as telonas, Ben Affleck apareceu como ‘Demolidor – O Homem sem Medo’, filme de super herói sobre um homem cego, mas com outros sentidos apurados, lutando contra o crime.

Para marcar o final do mês, um ‘E.T. – O Extraterrestre’ remasterizado digitalmente, mostando às crianças a magia de um dos melhores filmes já criados.

Abril:

O Cinema Nacional mostra que realmente tem potência para vencer: estreia ‘Carandiru’, considerado por muitos um dos melhores filmes já feitos.

O romance também invade as telas: Ashton Kutcher e Brittany Murphy protagonizam o casal mais engraçado do ano em ‘Recém-Casados’, Jennifer Lopez vira uma Cinderella atual em ‘Encontro de Amor’, e ‘Como Perder um Homem em 10 Dias’ surpreende a todos como o melhor filme romântico do ano. Haja Coração!!!

Para finalizar, o fracasso inesplicável de ‘O Núcleo – Missão ao Centro da Terra’, um dos melhores filmes catastrofe já feitos.

Maio:

Este mês se resume a… ‘Matrix Reloaded’. O segundo filme da trilogia deixou muita gente sem fôlego com as cenas de ação nunca vistas antes, pena que a profecia não se cumpriu: o terceiro filme deixou muito a desejar!

Junho:

‘Hulk’ invade as telas… e fracassa. Uma das adaptações mais esperadas do ano foi um fracasso total… e que Hulk digital era aquele?

Mas nada que se compare ao ‘Todo Poderoso’. Jim Carrey virou Deus, e não deu pra ninguém. ‘Todo Poderoso’ ficou em primeiro lugar nas bilheterias do ano e arrecadou mais que ‘Matrix Reloaded’ e ‘Procurando Nemo’. Com certeza Deus deve ter se orgulhado desse filme, e nós também.

A ação correu solta: Angelina Jolie voltou como Lara Croft em ‘Tomb Raider – A Origem da Vida’, mas ainda deixou a desejar. Collin Farrell ficou uma hora e meia preso em uma cabine telefônica ameaçado de morte no ótimo ‘Por um Fio’ e a continuação de ‘Velozes e Furiosos’ incendiou a telona com carros turbinados e rostinhos bonitos. Precisa dizer mais?

Julho:

Férias!!!! Ação, comédia e… ‘Procurando Nemo’.

O filme do peixinho que se perde de seu pai e acaba preso em um aquário é a melhor animação da Disney já feita, e é um marco na história do cinema.

As três agentes gostosas voltaram para combater o crime, mas desta vez o filme trouxe uma overdose de ação exagerada. ‘As Panteras – Detonando’ foram fundo desta vez.

 

 

Freddy X Jason – estreia: 31 de Outubro
A batalha do século irá começar. Os dois vilões mais conhecidos do cinema travam uma batalha em busca de novas vitímas, e é claro que um grupo de jovens ficará no meio dessa sangrenta disputa de egos.

“Freddy X Jason” é um dos melhores filme de terror já feito, pelo menos para os fãs dos vilões. Vale a pena conferir.

Olhos Famintos 2 – estreia: 9 de Janeiro de 2004
O Monstro de ‘Olhos Famintos’ ataca novamente, mas desta vez um grupo de jogadores de basquete, que ficam presos no meio de um canavial. Eles irão contar com a ajuda da única sobrevivente do primeiro filme.

“Olhos Famintos 2” promete repetir a mesma fórmula do primeiro, com sustos a todo instante.

O Massacre da Serra Elétrica– estreia: 27 de Fevereiro de 2004
Quatro jovens recém-formados ficam presos em pequena cidade, é quando um psicopata com uma serra elétrica começa a matar um a um. Baseado em história real.

“O Massacre da Serra Elétrica” fez bastante sucesso nos EUA, e todos acharam ele superior ao original. Ou Seja: Se prepare para um do melhores filmes de terror de todos os tempos.

Exorcista – O Começo – estreia: 5 de Março de 2004
O filme se passa antes do primeiro, quando o Padre Merrin, ainda jovem, teve sua primeira experiência com o demônio.

“Exorcista – O Começo” teve vários problemas na produção, e acarretou na demissão do diretor do filme. Esperamos que não seja tão ruim como andam falando…

Hellboy – estreia: 16 de Abril de 2004
Trazido do inferno, Hellboy é um agente que investiga fenômenos paranormais e utiliza seus poderes, a princípio maléficos, para o bem.

“Hellboy” é mais uma adaptação dos quadrinhos, e promete fazer bonito nas telonas.

Van Helsing – estreia: 28 de Maio de 2004
Van Helsing é um caçador de almas possuídas, que tem a missão de perseguir e matar Drácula, mas antes terá de enfrentar Frankenstein e Lobisomem. Com Hugh Jackman.

“Van Helsing” promete ser um ótimo filme misturando ação e terror, além de trazer todos os grandes monstros criados por Bram Stocker.

Resident Evil – O Apocalipse – estreia: 10 de Setembro de 2004
Após a cidade Racoon ser desvastada por zumbis, um grupo de pessoas terá que sair da cidade e lutar por suas vidas.

“Resident Evil – O Apocalipse” promete ser superior ao primeiro, e desta vez deverá ser carregado de violência. Além disso, só para ver a bela Milla Jovovich nas telonas, já vale o preço do ingresso.

Blade 3: Trinity – estreia: 07 de Novembro de 2004
Desta vez, Blade terá de lutar contra o mais poderoso dos vampiros, e se ele falhar, o mundo estará perdido.

“Blade 3” promete ser superior à ‘Blade 2’, que já era bem melhor do que o primeiro… Se isto for verdade, esperem um dos melhores filmes de vampiros já feito.


Identidade (2003)
Um grupo de dez pessoas ficam presos em um hotel numa noite chuvosa e começam a ser assassinados um a um.

“Identidade” foi um sucesso nos cinemas, e a crítica o acha um dos melhores filmes do ano… Corra para os cinemas!

A Vingança de Willard (2003)
Willard é um homem estranho e maltratado por sua mãe e por todos os funcionário da empresa onde trabalha. Então ele organiza um exército de ratos para se vingar.

“A Vingança de Willard” foi um sucesso entre críticos, e é um terror maravilhoso… E nojento.

Extermínio (2003)
Homem acorda do coma, e descobre que um vírus transformou a cidade inteira em zumbis. Ele recruta um grupo para lutar por suas vidas.

“Extermínio” é, com certeza, um dos melhores filmes de terror de todos os tempos. As cenas, atuações e histórias são bem elaboradas.

Anaconda 2 – A cobra volta a atacar jovens, mas desta vez ela vem acompanhada da família inteira. 2004

Alone in The Dark – Mais uma adaptação de vídeo-game, quem mostra um detetive paranormal, especialista em casos sobrenaturais, passa a acreditar que o mundo está sendo dominado por antigos demônios…. 2004

Brinquedo Assassino 5 – Chuck volta novamente, desta vez acompanhada de sua noiva, e seu bebê (?)… Terror ou comédia?. 2005

Cabin Fever – Cinco jovens vão passar as férias na floresta, mas uma doença começa a matar todos eles. 2004

Casa dos Mortos – Cinco jovens viajam para uma ilha, só não sabem que ela é povoada por zumbis. 2004

Chamado 2 – O filho da repórter do primeiro filme começa a apresentar os mesmo sintomas da doença de Samara Morgan. 2005

Cursed – Um filme que promete reviver os clássicos filmes sobre a maldição dos Lobisomens. 2005

Despertar dos Mortos – Um grupos de pessoas ficam presas em um shopping, enquanto a cidade é atacada por zumbis. 2004

Godsend – Seguindo o estilo de Bebê de Rosemary e Os Outros, este tenso e sufocante thriller conta a história de um casal de pais dedicados que está disposto a fazer de tudo para ressuscitar seu filho assassinado. 2004

Wrong TurnWrong Turn apresenta o horror de seis pessoas aprisionadas numa floresta do oeste da Virginia por três homens desfigurados. 2004

Filmes Clássicos

A Bruxa de Blair (1999)
Sinopse: Três estudantes de cinema se dirigem à Floresta Black Hills com o objetivo de rodarem um documentário sobre a lenda local, a bruxa Blair. Eles nunca mais são vistos. Um ano depois, seus equipamentos e os negativos de seu filme são encontrados.

O século termina justamente com um dos filmes mais lucrativos da história do cinema e essa produção é justamente um filme de terror. A Bruxa de Balir custou miseráveis U$ 30 mil e rendeu U$ 150 milhões. E você deve estar de perguntando, como isso foi

possível? Simples, caro internauta, uma jogada marketing impecável, Os diretores fizeram o filme com atores de segunda, utilizaram material bem baratinho e o transformaram, através de boatos (com a ajuda já da Internet), em um falso documentário. A estratégia deu super certo, todo mundo queria ver o tal “documentário”. Apesar do sucesso muita gente se sentiu ludibriada (é tudo ficção) e acharam que o filme estava muito aquém de todo o burburinho criado em torno dele.

Pânico (1996)
Sinopse: Uma pequena e pacata cidade está em pânico: um louco, fanático por filmes de terror, está assassinando brutalmente os jovens da cidade, agindo como os maníacos das telas. Primeiro ele telefona, faz perguntas sobre filmes do gênero. Se a resposta estiver errada…

Depois do sucesso de A Hora de Pesadelo esta produção é a responsável por voltar a atrair espectadores às salas de cinema, já que o gênero andava muito em baixa. A grande sacada desta fita foi o uso da meta linguagem, ou seja, um filme de terror que fala justamente sobre os filmes de terror. O estilo agradou em cheio tanto os entendidos no assunto que se divertiam com as inúmeras citações de outros filmes como os não iniciados pois há sustos em profusão. Além das duas seqüências inspirou muitos outros filmes como ‘Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado’.
Entrevista com o Vampiro (1994)
Sinopse: Na São Francisco do século XX, vampiro concede entrevista a jornalista, contando como foi transformado numa criatura das trevas pelo vampiro Lestat, na Nova Orleans do século XVIII.

A escritora do livro desta adaptação, Anne Rice, não queria nem saber de Tom Cruise no papel do vampiro Lestat, depois que viu o resultado se retratou publicamente. Realmente tudo funciona bem no filme, o clima gótico e o elenco com 3 grandes nomes de Hollywood, além de Cruise estão Brad Pitt e Antonio Banderas. Não tem muitos sustos, mas por outro lado, é um dos melhores filmes sobre vampiros já feitos.

 

Frankenstein de Mary Shelley (1994)
Sinopse: Após à morte da mãe, o jovem Victor Frankenstein deixa sua casa para estudar na Universidade. Em meio ao caos causado pela cólera, ele descobre o segredo da vida, e anima criatura que será eventualmente responsável por sua perdição. Adaptação do clássico de Mary Shelley.

O estilo aqui é barroco e bem carregado, e tem uma direção no mínimo curiosa, a do inglês (que ficou célebre por dirigir filmes baseados nos livros de Willian Shakespeare) Kenneth Brannagh. É muito interessante ver também Robert De Niro, um dos maiores astros de Hollywood, no papel de monstro, coberto por muita maquiagem.

Drácula de Bram Stocker (1992)
Sinopse: Francis Ford Coppola retorna à fonte original do mito de Drácula e fez questão inclusive de manter o nome do escritor no nome do filme. Gary Oldman faz o papel do conde apaixonado que pensa ter reencontrado sua amada que fora assassinada séculos antes e não mede esforços para tê-la de volta.

Classificar esta fita apenas como mais um filme de terror seria no mínimo injusto. Coppola criou uma verdadeira obra de arte. A começar pelo visual deslumbrante e arrebatador.

O elenco é de primeira, com Winona Ryder fazendo o papel de objeto do desejo de Drácula e Anthony Hopkins no de caça vampiros. A produção ganhou 3 merecidíssimos Oscars: de figurinos, maquiagem e efeitos sonoros.

O Silêncio dos Inocentes (1991)
Sinopse: Agente do FBI é destacada para encontrar assassino que tira a pele de suas vítimas. Para entender como ele pensa, ela procura um perigoso psicopata, encarcerado sob a acusação de canibalismo.

Esta produção de Johnatan Demme é uma espécie de divisor de águas dos filmes de terror pois foi o primeiro filme do gênero a ganhar o prêmio máximo da cinematografia mundial, o Oscar de Melhor filme daquele ano. Além deste levou a estatueta de direção, ator para Anthony Hopkins, atriz para Jodie Foster e roteiro, feito só conseguido por 3 filmes até agora. A adaptação do best-seller de Thomas Harris é ousada e foi copiado inesgotavelmente nos anos seguintes por inúmeras produções. Deu cria a mais dois filmes Hannibal e Dragão Vermelho, ambos não chegam nem aos pés do original. 
Evil Dead – A Morte do Demônio (1983)
Sinopse: Grupo de jovens passa fim de semana numa cabana na floresta. Lá eles descobrem o diário de um arqueólogo e inadvertidamente liberam uma terrível maldição.

Esta produção (que também é conhecida como ‘Uma Noite Alucinante’) é cultuada por muitos apreciadores de filmes de terror e produções B. O orçamento foi realmente baixíssimo, os efeitos especiais escassos, mas o resultado simplesmente apavorante. O clima que o diretor Sam Raimi (que agora está com orçamentos bem mais folgados já que fez Homem-Aranha e está terminando a

continuação) cria é de arrepiar os cabelos do mais duro machão. Não assista este Evil Dead sozinho e à noite, você vai morrer de medo. Há mais duas seqüências, mas não se igualam ao original, enveredando inclusive para a linha do humor. A boa notícia é que Raimi já declarou em entrevistas que estaria interessado em fazer uma quarta parte da franquia.

Poltergeist – O Fenômeno (1982)
Sinopse: Uma família inteira se vê ameaçada por estranhos fenômenos que se sucedem em sua casa. A filha mais nova desaparece dentro de uma tela de TV e só a intervenção de uma médium poderá revelar o mistério.

O clima de pavor aqui é acentuado pelo fato de uma menina muito pequena viver as piores situações. O fato dela ficar presa numa tela de TV também faz com que sintamos muito medo mesmo, inclusive do próprio aparelho em que vemos o filme. Pensa-se seriamente em jogar a televisão pela janela. As continuações (obviamente mais fracas) são Poltergeist (2) – O Outro Lado e Poltergeist (3) – O Capítulo Final.

 

O Iluminado (1980)
Sinopse: Homem enlouquesse e tenta matar mulher e filho em um assustador Hotel.

Stanley Kubrick era genial e seu “O Iluminado” não é apenas uma das melhores adaptações de Stephen King, é também um dos grandes filmes de terror do cinema. Inexplicavelmente, King não ficou satisfeito com essa adaptação (existe uma outra versão – muito inferior a essa primeira – de “O Iluminado” feita em 1997, não sei se com essa King ficou feliz).
Kubrick fez um filme impecável, e quem já assistiu deve se lembrar do mórbido hotel (locação das mais geniais) no qual a família Torrance passa pelas mais horripilantes situações.
Halloween (1978)
Sinopse: Michael Myers foge de um hospital psiquiátrico, depois de 15 anos de tratamento, por causa da morte da irmã, e volta à cidade onde ocorreu o crime para continuar com o banho de sangue.

Este é um clássico (custou parcos U$300 mil e rendeu mais de U$ 55 milhões só nos EUA) por vários motivos, o primeiro por que transformou Jamie Lee Curte (então com apenas 19 anos) em diva das produções de terror, ela virou parâmetro de atuação neste tipo de filme (muitos, muitos gritos). O segundo motivo é por que foi dirigido por ninguém menos que John Carpenter, responsável por muitos outros bons filmes de horror como Vampiros, Eles Vivem, A Cidade dos Amaldiçoados e O Enigma do Outro Mundo. E por último por ter a trilha sonora mais hipnotizante que se tem notícia. Depois vieram inúmeras e cansativas seqüências. A última é Halloween:Ressurreição.
O Exorcista (1973)
Sinopse: Menina de 12 anos (Linda Blair) é possuída pelo demônio. Sua mãe pede ajuda para a igreja e recebe a visita do religioso Damien Karras, um padre psicologicamente perturbado por questionar sua própria crença e que não se sente capaz de executar a tarefa sozinho, pede ajuda a um outro padre mais experiente. Juntos tentarão exorcizar o mal que controla a garota.

A partir deste filme considerado como o clássico absoluto de terror o gênero nunca mais foi o mesmo recebendo inclusive 10 indicações ao Oscar, vencendo a de melhor som e de roteiro adaptado. A fita ficou tão boa quanto o livro e deixou muita gente sem dormir durante muito tempo.
Halloween (1973)
Sinopse: Grupo de jovens em visita ao Texas é atacado por família de maníacos que os elimina com a ajuda de uma serra elétrica.

O diretor, Tobe Hooper, é o mesmo que depois faria outros clássicos do gênero como Poltergeist e A Hora de Pesadelo. Mas este Massacre é o preferido de muitos e treme-se mais na cadeira quando sabemos que foi a história baseada em fatos reais. Uma nova versão está saindo do forno e promete apavorar a nova geração que não conheceu a original. Depois deste vieram. O Massacre da Serra Elétrica 2, O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno e O Massacre da Serra Elétrica – O Massacre Final.
A Noite dos Mortos Vivos (1968)
Sinopse: Meteorito radioativo traz os mortos de volta à vida. Sete seres humanos são encurralados numa fazenda pelos zumbis canibais, vivendo noite apavorante.

Este genial filme de George Romero (de baixíssimo orçamento) revolucionou o cinema. Tanto é que sua fórmula foi copiada inúmeras vezes. A sensação de claustrofobia vivida pelos personagens é passada fielmente aos espectadores, o que nos faz sentir quase que na pele todo o horror que eles vivem. Depois vieram Zombie – O Despertar dos Mortos e Dia dos Mortos, muito inferiores a este primeiro.
O Bebê de Rosemary (1968)
Sinopse: Jovem casal muda para prédio habitado por estranhas pessoas. Quando ela engravida, passa a ter estranhas alucinações e vê seu marido se envolver com os vizinhos.

Os típicos personagens dos filmes de terror saem de cena e entra o pavor no dia-a-dia de pessoas comuns como você ou sua tia. Tudo começa como um filme leve e até romântico e pouco o pouco Roman Polanski vai carregando o ambiente até deixá-lo totalmente sufocante. Imagine que uma indefesa grávida tem de lutar contra uma demoníaca seita que quer roubar o seu bebê. Completamente apavorante mesmo tendo mais de 30 anos.

Desejamos a você um bom filme, e uma boa noite de terror.
Matéria feita por: Andrea Don

 

 

Os Remakes se apossam de Hollywood

 

Talvez a falta de criatividade de algumas pessoas de Hollywood contribua para a proliferação dos remakes. Talvez seja preguiça de criar algo novo quando se pode copiar uma coisa já pronta. Ou então (e muito provavelmente), talvez seja apenas vontade de ganhar dinheiro fácil – uma vez que o filme já existe, não é muito grande o desafio de refilmá-lo.

O fato é que cada vez é maior o número de filmes americanos lançados que são remakes de filmes europeus, de filmes independentes, ou então “baseados” em sucessos do passado.

Em pouquíssimos casos os remakes conseguem alcançar a qualidade dos filmes originais, na maior parte das vezes, são filmes bem ruinzinhos mesmo. Isso em se tratando de um remake de um bom filme, em algumas ocasiões vemos surgir remakes de filmes que de maneira nenhuma mereciam uma releitura, nesse caso é quase impossível esperar por alguma coisa boa.

Mas independente de serem bons filmes ou não, os remakes quase sempre atingem o objetivo de quem os idealiza: ganham dinheiro. E aí todo mundo fica feliz! – muitas vezes até os autores dos filmes originais, porque ninguém vive só de boas idéias. Nesta matéria; alguns dos remakes de Hollywood.

Original: “Preso na Escuridão” – diretor: Alejandro Amenábar – 1997
Remake: “Vanilla Sky” – diretor: Cameron Crowe – 2001

A meia hora final dos dois filmes é uma coisa sem sentido. No caso de “Preso na Escuridão” a mudança de filme de suspense de altíssima categoria para uma coisa meio futurista é muito mais sentida do que em “Vanilla Sky”, isso porque o filme original é infinitamente melhor que o remake, então quando a trama se perde, o “baque” é mais forte. Como “Vanilla Sky” é ruim como um todo, tanto faz se o final é futurista ou não, tudo o que você quer é que o filme acabe logo.

Apesar de Cameron Crowe não ter alterado a história de Alejandro Amenábar, “Vanilla Sky” não chega nem aos pés de “Preso na Escuridão”. O filme original é extremamente bem dirigido, tem uma ótima trilha sonora, mantém o clima tenso durante a história e o protagonista (Eduardo Noriega) está muito melhor do que Tom Cruise. “Preso na Escuridão” foi refilmado porque Tom Cruise assistiu ao filme, gostou e resolveu comprar os direitos, ele disse que achava o filme muito bom e que como o público americano não tem o hábito de assistir a filmes estrangeiros, uma versão americana faria com que eles tivessem acesso a um grande filme. Ledo engano…quem só assistiu ao remake não sabe o quanto Cameron Crowe e Tom Cruise conseguiram estragar um ótimo filme (esqueça do final futurista e perceba a diferença entre os dois).

 

Original: “Psicose” – diretor: Alfred Hitchcock – 1960
Remake: “Psicose” – diretor: Gus Van Sant – 1998

Só a idéia de refilmar um dos melhores filmes de Alfred Hitchcock já é equivocada. Tirar essa idéia do papel e de fato colocá-la em prática é uma bobagem sem tamanho. Mas Gus Van Sant deve ter imaginado que conseguiria fazer um remake á altura do original. Não deu certo. “Psicose” precisava de um remake tanto quanto uma pessoa precisa beber detergente. O Norman Bates de Hitchcock (esplendidamente interpretado por Anthony Perkins) é um dos mais perfeitos personagens de suspense da história do cinema, e Vince Vaughn faz papel de bobo na versão de 98 (qualquer ator que tentasse interpretar Norman Bates faria papel de bobo). Esse remake leva uma única vantagem com relação ao original; o som é melhor (mas isso é óbvio, na época do original, Hitchcock não dispunha dos recursos tecnológicos de hoje), mas também de que adianta ter um som melhor se não existe clima tenso pra acompanhar a trilha sonora? – e clima tenso existe de sobra no filme original. Não sou fãnzoca do Hitchcock, mas de qualquer maneira é claro e patente pra qualquer pessoa que esse remake nunca deveria ter sido feito.

Original: “Lolita” – diretor: Stanley Kubrick – 1962
Remake: “Lolita” – diretor: Adrian Lyne – 1997

Sou fã incondicional de Stanley Kubrick, mas devo admitir que Adrian Lyne conseguiu criar uma Lolita muito mais sedutora que a de Kubrick. É exatamente nisso que o filme original perde para o remake; a atriz que interpreta Lolita na versão original (Sue Lyon) simplesmente não convence. Já a Lolita de Adrian Lyne (Dominique Swain) convence (e muito). Talvez Kubrick tenha tido certo pudor em criar sua “ninfeta” – ele filmou em 62 – e naquela época as poucas insinuações de sua Lolita já eram suficientes (o filme chegou a causar escândalo). Mas o tempo passa, e a personagem de Kubrick hoje chega a ser pudica. Peter Sellers é um dos meus atores favoritos e ele está excelente no filme original (tudo que ele fazia era excelente) , mas o clima de “humor” que Sellers carrega no filme não combina com a história da ninfeta que seduz o marido de sua própria mãe. Acredito que o filme de Adrian Lyne tem mais clima de “Lolita” (aliás o currículo de Lyne mostra que ele era mesmo o diretor perfeito para esse remake), mas não se trata de um remake superior ao original. “Lolita” de Stanley Kubrick tem mais classe, tem uma belíssima fotografia e tem Peter Sellers (que apesar do humor meio deslocado, consegue enriquecer o filme).

Original: “Glória” – diretor: John Cassavetes – 1980
Remake: “Glória” – diretor: Sidney Lumet – 199900

O filme original tem estilo, tem ótima direção e tem Gena Rowlands excelente no papel título, apesar disso não é um grande filme. O remake não tem estilo, não tem uma ótima direção (coitado doSidney Lumet) e não tem Gena Rowlands (mas tem Sharon Stone que até tenta fazer uma Glória tão marcante quanto a de Gena – mas não consegue). “Glória” não precisava de um remake, uma das coisas mais legais do filme original é a Nova York do final dos anos 70 , e o remake de Sidney Lumet não chega nem perto de atingir o mesmo clima que John Cassavetes muito acertamente imprimiu ao filme original. Outro ponto fraco do remake é o menino que Glória protege; o ator mirim do filme original já é ruinzinho, mas o do remake chega a ser irritante.

Original: “Círculo do Medo” – diretor: J. Lee Thompson – 1962
Remake: “Cabo do Medo” – diretor: Martin Scorsese – 1991

“Cabo do Medo” é um remake que supera o original. O Max Cady de Robert De Niro é muito mais assustador e monstruoso que o de Robert Mitchum. A direção de Scorsese também é mais acertada que a de J. Lee Thompson; ele impõe um clima tenso e perturbador que combinam perfeitamente com a história. Scorsese fez um filme mais sombrio, muito mais violento e na minha opinião, mais bacana que o original.

Original: “Onze Homens e um Segredo” – diretor: Lewis Milestone – 1960
Remake: “Onze Homens e um Segredo” – diretor: Steven Soderbergh – 2001

Remake de filme ruim só pode resultar em filme ruim. Assisti ao filme original depois de ver o remake, e quase não consegui chegar até o final. O original só vale a pena por causa do elenco (Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford) , fora isso, o filme não é bom e nunca nessa vida merecia um remake. Mas, como todo mundo quer ganhar dinheiro, mais uma vez juntaram um bando de gente famosa e refilmaram “Onze Homens e um Segredo”. Resultado: um filme ruim, que novamente só vale a pena por causa do elenco (tanto aqui quanto no original o elenco só vale a pena a título de curiosidade, e não por causa do talento dos atores). O remake de Steven Soderbergh tem uma única sequência boa (aquela em que Elliot Gould conta as histórias dos assaltos frustrados aos cassinos), que só é bacana mesmo se for vista no cinema, como o filme não está mais no cinema, nem perca tempo e não alugue nem o remake nem o original.

Original: “Nikita” – diretor: Luc Besson – 1990
Remake: “A Assassina” – diretor: John Badham – 1993

“A Assassina” é um remake quase cena-a-cena de “Nikita”. Os dois filmes são praticamente idênticos. Mas a versão de Luc Besson é muito melhor. Esse é o tipo do remake que foi feito com a única e exclusiva intenção de ganhar dinheiro na terra do Tio Sam. Depois de assistir aos dois filmes, percebe-se o quanto “Nikita” é melhor. O filme original é cheio de estilo, tem ótimas interpretações enquanto “A Assassina” (apesar de não ser um filme horroroso) não consegue passar nenhum tipo de emoção.

Original: “O Planeta dos Macacos” – diretor: Franklin J. Schaffner – 1968
Remake: “Planeta dos Macacos” – diretor: Tim Burton – 2001


Esse remake eu entendo. Muita gente tinha vontade de ver o clássico de 68 ser refilmado com os recursos tecnológicos de hoje. E nesse ponto o filme de Tim Burton leva uma vantagem fenomenal em relação ao de Franklin J. Schaffner. Os macacos do remake são perfeitos, os cenários são ótimos e a fotografia de Tim Burton é sempre excelente.

Mas, cometeram o erro de escalar o canastríssimo Mark Wahlberg para o papel que no original foi de Charlton Heston. Além desse erro fatal, “Planeta dos Macacos” não tem o mesmo clima aterrador do original. Apesar de não contar com a tecnologia moderna “O Planeta dos Macacos” impressiona muito mais que o remake. A sombria previsão da terra dominada por macacos é muito mais assustadora na versão original. Para quem ainda não assistiu nenhum dos dois; veja o original e se algum dia o remake reestrear no cinema, assista ( no vídeo a versão de Tim Burton é muito ruim).

Original: “Os Sete Samurais” – diretor: Akira Kurosawa – 1954
Remake: “Sete Homens e um Destino” – diretor: John Sturges – 1960

Original e remake são bons filmes, mas, novamente o original é superior. Os dois filmes são clássicos e os dois merecem atenção. Tanto em “Os Sete Samurais” quanto em “Sete Homens e um Destino”, os personagens são fortes e incrivelmente bem interpretados. No original, a direção de Kurosawa dá ainda maior excelência ao filme. O remake além de ótima direção, tem uma trilha sonora inesquecível (de tão perfeita, ela se tornou modelo para o gênero de faroeste). O filme de Akira Kurosawa leva vantagem por desenvolver melhor os personagens, ter mais estilo e por ser mais “real”, mais humano. Recomendo que se assista primeiro “Sete Homens e um Destino” e depois “Os Sete Samurais”, assim não há como se decepcionar com o primeiro.

Original: “A Gaiola das Loucas” – diretor: Edouard Molinaro – 1978
Remake: “Birdcage: A Gaiola das Loucas” – diretor: Mike Nichols – 1996

Já faz muito tempo que eu assisti ao original, mas depois de assistir ao remake (por mais que eu não me lembre perfeitamente do original) tive certeza que o filme de Edouard Molinaro é melhor que o de Mike Nichols. Fica meio difícil comparar uma vez que eu não me recordo perfeitamente do primeiro. Destaco a atuação de Nathan Lane no remake (ele está ótimo, caricato, mas divertido), mas recomendo o original (me lembro de ter achado o filme extremamente engraçado).


Original: “O Pai da Noiva” – diretor: Vincente Minnelli – 1950
Remake: “O Pai da Noiva” – diretor: Charles Shyer – 1991

Os dois filmes são engraçados. O original tem muito mais classe, a direção de Vicente Minnelli é melhor que a de Charles Shyer e o filme conta com as ótimas interpretações de Spencer Tracy, Joan Bennet e Elizabeth Taylor. No remake com Steve Martin, quem rouba a cena é Martin Short – hilário como o organizador de casamentos efeminado (é preciso assistir ao filme legendado, na versão dublada a atuação de Martin Short é assassinada). Recomendo o original como melhor filme e o remake pela interpretação impagável de Martin Short.

Original: “Nasce uma estrela” – diretor: William A. Wellman – 1937
Remake: “Nasce uma Estrela” – diretor: George Cukor – 1954
Remake: “Nasce uma Estrela” – diretor: Frank Pierson – 1976

Não assisti o original de 1937, mas assisti os outros dois. Posso estar enganada dizendo isso (acho pouco provável), mas o filme de 1954 é sem sombra de dúvida o melhor dos três. Judy Garland está excepcionalmente bem na versão de George Cukor (merecia o Oscar, mas foi roubada). James Mason também está brilhante. “Nasce uma Estrela” de 1954 é cinema da melhor qualidade. Já o remake de 1976, com Barbra Streisand e Kris Kristofferson é uma asneira (a não ser que você assista o filme como uma comédia, aí sim, ele vale a pena). Pra quem quer assistir um filme com Barbra Streisand, alugue “Nosso Amor de Ontem”, porque essa equivocada versão de “Nasce uma Estrela” faz qualquer um perder o respeito pela atriz.

Mais remakes:


Original: “Dragão Vermelho” – diretor: Michael Mann – 1986
Remake: “Dragão Vermelho” – diretor: Brett Ratner – 2002

Não assisti nenhum dos dois, mas me parece que o original é melhor
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Original: “O Galante Mr. Deeds” – diretor: Frank Capra – 1936
Remake: “A Herança de Mr. Deeds” – diretor: Steven Brill – 2002

Nem preciso ver o remake pra saber que assassinaram um clássico do Frank Capra
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Original: “Por um Destino Insólito” – diretora: Lina Wertmuller – 1974
Remake: “Destino Insólito” – diretor: Guy Ritchie – 20022

Não vi nenhum dos dois, mas ao que parece é um remake desnecessário
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Original: “Solyaris” – diretor: Andrei Tartovsky – 1972
Remake: “Solaris” – diretor: Steven Soderbergh – 2003

O original é um clássico da ficção científica, não sei o que esperar do remake.

Original: “O Massacre da Serra Elétrica” – diretor: Tobe Hooper – 1974
Remake: “O Massacre da Serra Elétrica” – diretor: Marcus Nispel – 2003

Remake de um “clássico trash” sem previsão de estreia.

Original: “Barbarella” – diretor: Roger Vadim – 1968
Remake: “Barbarella” – diretor: (nome ainda não confirmado) – 2004

O remake terá Drew Barrymore no papel que foi de Jane Fonda. Deve vir por aí uma bobeira.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A lista de remakes de Hollywood ainda tem muitos outros títulos, e quase invariavelmente o original é superior ao remake, então da próxima vez que você ouvir que determinado filme é um remake, ao invés de assisti-lo, procure pelo original. Muito provavelmente você vai sair ganhando.

Feito por: Juliana de Paula