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Previsões para o Oscar 2015

Os indicados ao Oscar 2015 serão anunciados dia 15 de Janeiro, e com a proximidade da data começam as apostas e os favoritos despontam.

Com o final do Festival de Veneza e do Festival de Toronto, alguns filmes já são dados como certos na disputa. O CinePOP decidiu apostar suas fichas nas produções que mais se destacaram entre a pública e crítica, mesmo ainda inéditas nos cinemas nacionais.

O Oscar será realizado no Teatro Dolby, no Hollywood & Highland Center , em Hollywood, e será transmitido ao vivo pela rede de televisão ABC nos EUA no dia 22 de fevereiro. A apresentação Oscar também será televisionado ao vivo em mais de 225 países e territórios em todo o mundo.

Entre os certos para os prêmios de Melhor Filme e Melhor Diretor estão os ótimos ‘Boyhood – Da Infância à Juventude‘ e ‘O Grande Hotel Budapeste‘, que ganharam a crítica e ainda fizeram bonito nas bilheterias.

Duas vezes indicado ao Oscar de Melhor Diretor, David Fincher (‘A Rede Social’ e ‘O Curioso Caso de Benjamin Button’) também é um dos favoritos à indicação por ‘Garota Exemplar‘, estrelado por Ben Affleck.

Vamos às nossas apostas:

 

Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo

Elenco: Steve Carell, Mark Ruffalo, Channing Tatum, Sienna Miller, Anthony Michael Hall.

Direção: Bennett Miller

Estreia: 29 de Janeiro de 2015

Acompanha a trágica história dos irmãos Mark e Dave Schultz, dois campeões de luta olímpica, e sua ligação com o excêntrico John Eleuthère Du Pont, herdeiro da fortuna da empresa química DuPont. O milionário construiu um centro de treinamento para luta, chamado Team Foxcatcher, e era amigo de Dave e Mark. No entanto, em uma reviravolta chocante, a amizade terminou em um brutal assassinato.

 

Birdman

Elenco: Michael Keaton, Emma Stone, Naomi Watts, Amy Ryan, Edward Norton e Zach Galifianakis.

Direção: Alejandro González Iñárritu

Estreia: 22 de Janeiro de 2015

A comédia de humor negro conta a história de um ator (Michael Keaton), famoso por retratar um super-herói icônico, que que monta um musical na Broadway para tentar reconquistar seus tempos de glória do passado. Nos dias próximos à estreia, ele luta com seu ego e tenta recuperar sua família, carreira e a si mesmo.

 

Boyhood – Da Infância à Juventude

Elenco: Ethan Hawke, Patricia Arquette, Ellar Coltrane e Lorelei Linklater.

Direção: Richard Linklate

Estreia: 23 de Outubro de 2014

Ao longo de doze anos, entre 2002 e 2013, o diretor acompanhou e filmou a vida de um garoto. Ao longo de 160 minutos de projeção, conhecemos Mason (Ellar Coltrane), desde os 5 anos de idade, até ele entrar na universidade. Linklater usou os mesmos atores ao longo dos doze anos, explorando as mudanças físicas nos personagens.

 

A Teoria de Tudo

Elenco: Eddie Redmayne, Felicity Jones.

Direção: James Marsh

Estreia: 22 de Janeiro de 2015

Foca o relacionamento do famoso físico com sua esposa Jane, desafiado pela doença de Hawking, portador de esclerose lateral amiotrófica.

 

The Imitation Game

Elenco: Benedict Cumberbatch, Keira Knightley, Matthew Goode, Mark Strong, Charles Dance.

Direção: Morten Tyldum

Estreia: Sem Previsão

The Imitation Game‘ foi o grande vencedor da 39ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto. A cinebiografia de Alan Turing, considerado o pai da computação, foi ovacionada pela crítica e público após a exibição.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Turing trabalhou para a inteligência britânica, num centro especializado em quebra de códigos. Por um tempo ele foi chefe de Hut 8, a seção responsável pela criptoanálise da frota naval alemã. Planejou uma série de técnicas para quebrar os códigos alemães, incluindo o método da bombe, uma máquina eletromecânica que poderia encontrar definições para a máquina Enigma.

A homossexualidade de Turing resultou em um processo criminal em 1952 – os atos homossexuais eram ilegais no Reino Unido na época, e ele aceitou o tratamento com hormônios femininos, castração química, como alternativa à prisão. Morreu em 1954, algumas semanas antes de seu aniversário de 42 anos, devido a um aparente auto-administrado envenenamento por cianeto, apesar de sua mãe (e alguns outros) ter considerado a sua morte acidental.

 

Mr. Turner

Elenco: Timothy Spall, Paul Jesson, Dorothy Atkinson, Marion Bailey, Karl Johnson.

Direção: Mike Leigh

Estreia: Sem Previsão

“Mr. Turner” evoca vinte e cinco anos da vida do pintor britânico, J.M.W Turner (1775-1851).
Artista reconhecido, membro apreciado embora indisciplinado da Royal Academy of Arts, e que vive na companhia do pai que também é seu assistente, e da sua dedicada governanta. Frequenta a aristocracia, visita os bordéis e alimenta a inspiração com as suas numerosas viagens. No entanto, o sucesso não o protege das eventuais críticas do público ou do sarcasmo da classe dirigente. Após a morte do pai, profundamente marcado, o Turner isola-se. A vida dele muda quando encontra a Sra. Booth, proprietária de uma pensão de família à beira mar.

 

Invencível

Elenco:

Jai Courtney, Garrett Hedlund, Domhnall Gleeson, Jack O’Connell, Finn Wittrock, Alex Russell, Spencer Lofranco, Luke Treadaway, John D’Leo.

Direção: Angelina Jolie

Estreia: 15 de Janeiro de 2015

A história real de Louis Zamperini (Jack O’Connell), filho de imigrantes italianos e corredor olímpico que é preso e torturado pelos japoneses, durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1943, o avião em que estava caiu no Oceano Pacífico por falha mecânica e o soldado sobreviveu seis semanas no mar dentro de um bote. Então ele é resgatado pelos japoneses e mantido preso até o desfecho da guerra.

A vencedora do Oscar Angelina Jolie dirige e produz o drama épico sobre a vida de Louis “Louie” Zamperini.

 

Corações de Ferro

Elenco:: Shia LaBeouf, Brad Pitt, Logan Lerman, Scott Eastwood, Jon Bernthal, Xavier Samuel, Jason Isaacs, Michael Peña, Eugenia Kuzmina, Christina Ulfsparre.

Direção: David Ayer

Estreia: 05 de fevereiro de 2015

Abril de 1945. Enquanto os Aliados fazem sua incursão final na guerra pela Europa, um sargento do exército endurecido pela guerra chamado Wardaddy (Brad Pitt) é responsável pelo comando de um tanque Sherman e uma equipe com cinco homens em uma missão mortal atrás das linhas inimigas. Em menor número, com pouco armamento, e lidando com um soldado novato em seu esquadrão, Wardaddy e seus homens encaram inúmeras adversidades em suas tentativas heróicas de atacar o coração da Alemanha nazista.

 

Interestelar

Elenco:  Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jessica Chastain, Casey Affleck, Michael Caine, Topher Grace, Wes Bentley, Mackenzie Foy, John Lithgow, Ellen Burstyn, David Oyelowo.

Direção: Christopher Nolan

Estreia: 7 de Novembro de 2014

Interestelar‘ (Interstellar), nova ficção-científica do diretor Christopher Nolan, narra as aventuras de um grupo de exploradores que faz uso de um buraco negro recém-descoberto para superar as limitações de uma viagem espacial humana e conquistar as grandes distâncias relacionadas a uma viagem interestelar.

Matthew McConaughey (‘Magic Mike’), que no último ano se destacou nos ótimos ‘Killer Joe – Matador de Aluguel‘ e ‘Bernie‘, é o protagonista.

 

Garota Exemplar

Elenco: Rosamund Pike, Ben Affleck, Neil Patrick Harris, Missi Pyle, Patrick Fugit, Tyler Perry, Kathleen Rose Perkins, Boyd Holbrook, Kim Dickens, Emily Ratajkowski.

Direção: David Fincher

Estreia: 02 de Outubro de 2014

Dirigido por David Fincher e baseado no best-seller de Gillian Flynn — Garota Exemplar desenterra os segredos de um casamento moderno. Na época de seu quinto aniversário de casamento, Nick Dunner (Ben Affleck) avisa a polícia que sua linda mulher, Amy (Rosamund Pike), está desaparecida. Sob pressão da polícia e da imprensa, a imagem desse casamento perfeito começa a desmoronar. Logo, suas mentiras e seu comportamento estranho fazem todo mundo começar a perguntar: Será que Nick Dunner matou sua mulher?

 

Vício Inerente

Elenco: Jena Malone, Reese Witherspoon, Josh Brolin, Joaquin Phoenix.

Direção: Paul Thomas Anderson

Estreia: 8 de Janeiro de 2015

Nova parceria do diretor Paul Thomas Anderson com Joaquin Phoenix após o prestigiado ‘O Mestre’. Acompanha a história de um detetive particular que investiga o sequestro de um bilionário latifundiário.

O papel de protagonista de Joaquin Phoenix quase ficou com Robert Downey Jr, que desistiu do filme por conflitos de agenda.

 

Caminhos da Floresta

Elenco: Meryl Streep, Emily Blunt, James Corden, Anna Kendrick, Chris Pine, Tracey Ullman, Christine, Baranski e Johnny Depp.

Direção: Rob Marshall

Estreia: 1º de Janeiro de 2015

Caminhos da Floresta é uma visão moderna dos adorados contos dos irmãos Grimm, cruzando as tramas de algumas histórias e explorando as consequências dos desejos e das buscas dos personagens. Este musical engraçado e emocionante segue os contos clássicos de Cinderela (Anna Kendrick), Chapeuzinho Vermelho (Lilla Crawford), João e o Pé de Feijão (Daniel Hittlestone) e Rapunzel (Mackenzie Mauzy) – todos reunidos em uma história original envolvendo um padeiro e sua esposa (James Corden e Emily Blunt), seu desejo de formar uma família e a interação com a bruxa (Meryl Streep) que os amaldiçoou.

Rob Marshall, o talentoso cineasta por trás do musical ganhador do prêmio da Academia® Chicago e de Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas da Disney dirige o filme, que é baseado no musical original ganhador do prêmio Tony® de James Lapine, que também escreveu o roteiro, e do lendário compositor Stephen Sondheim, responsável pela música e pelas letras.

 

O Grande Hotel Budapeste

Elenco: Ralph Fiennes, F. Murray Abraham, Mathieu Amalric, Adrien Brody, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Harvey Keitel, Jude Law, Bill Murray, Edward Norton, Saoirse Ronan.

Direção: Wes Anderson

Estreia: Nos Cinemas

A história se passa no Grande Hotel Budapeste, na Europa, e acompanha o concierge do famoso hotel ao longo do período de duas grandes guerras que assolaram o país, e sua amizade com um jovem empregado que se torna seu protegido. Ao longo do período vemos a batalha por uma fortuna de família, o roubo e a recuperação de uma pintura renascentista inestimável e súbitas mudanças que atingiram a Europa durante a primeira metade do século 20.

O Grande Hotel Budapeste‘ estreou nos EUA batendo recorde de maior bilheteria para um lançamento em circuito limitado: em apenas quatro salas, arrecadou mais de US$ 800 mil em seu primeiro final de semana, média de US$ 200 mil por sala. Trata-se da maior média da história do cinema norte-americano. O recorde anterior pertencia ao premiado ‘O Mestre‘, que arrecadou US$ 736 mil em quatro salas quando foi lançado em 2012.

 

Selvagem

Elenco: Reese Witherspoon, Laura Dern.

Direção: Jean-Marc Vallée

Estreia: Sem Previsão

Reese Witherspoon (‘Água para Elefantes’), que há anos não emplaca um sucesso nas bilheterias, lançou seu novo filme durante o Festival de Toronto e já desponta como uma das preferidas para o Oscar de Melhor Atriz de 2015.

Cheryl Strayed achou que tivesse perdido tudo quando faz 22 anos. Após a repentina morte da mãe, a família se distanciou, ela começou a usar heroína e seu casamento desmoronou. Quatro anos depois, aos 26 anos, sem nada a perder, tomou a decisão mais impulsiva da vida: caminhar 1.770 quilômetros em busca de autoconhecimento. Seu relato captura a agonia, tanto física quanto mental, de sua incrível jornada; como a enlouqueceu e a assustou e como, principalmente, a fortaleceu.

 

Brasil na disputa

O Ministério da Cultura anunciou o escolhido para representar o Brasil  na categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2015‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’, longa-metragem nacional baseado no curta Eu Não Quero Voltar Sozinho, foi o escolhido entre os 18 títulos concorrentes.

Previsões para o Oscar 2015

Na trama, Leonardo é um adolescente cego que, como qualquer adolescente, está em busca de seu lugar. Desejando ser mais independente, precisa lidar com suas limitações e a superproteção de sua mãe. Para decepção de sua inseparável melhor amiga, Giovana, ele planeja libertar-se de seu cotidiano fazendo uma viagem de intercâmbio. Porém a chegada de Gabriel, um novo aluno na escola, desperta sentimentos até então desconhecidos em Leonardo, fazendo-o redescobrir sua maneira de ver o mundo.

No ano passado, ‘O Som ao Redor‘, de Kleber Mendonça Filho, foi o escolhido para representar o Brasil no Oscar.

Veja a lista dos indicados que concorriam com ‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’:

– A Grande Vitória
– A Oeste do Fim do Mundo
– Amazônia
– Dominguinhos
– Entre Nós
– Exercício do Caos
– Getúlio
– Jogo de Xadrez
– Minhocas
– Não pare na pista: a melhor história de Paulo Coelho
– O Homem das Multidões
– O Lobo Atrás da Porta
– O menino e o mundo
– O menino no espelho
– Praia do Futuro
– Serra Pelada
– Tatuagem

A comissão que escolheu o novo filme para representar o Brasil no Oscar é formada pelo diretor, produtor e roteirista Jeferson De, pelo jornalista Luis Erlanger, pela coordenadora-geral de Desenvolvimento Sustentável do Audiovisual da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, Sylvia Regina Bahiense Naves, pelo presidente do conselho da Televisão América Latina (TAL), Orlando de Salles Senna, e pelo ministro do Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores, George Torquato Firmeza.

 

Crítica | Lar Doce Lar: 38ª Mostra de Cinema de SP

CLÁSSICO DO CINEMA JAPONÊS

 

Uma coisa boa de Mostras de Cinema são as retrospectivas. Elas são ótimas chances de rever ou conhecer um autor clássico. Na Mostra de Cinema de São Paulo, além da retrospectiva principal – este ano, foi de Almodóvar – há as secundárias, com menor quantidade de filmes. Uma das mais bonitas foi a de Noboru Nakamura, diretor japonês contemporâneo dos clássicos Yasujiro Ozu e Kenji Mizoguchi, estes verdadeiras vacas sagradas do cinema oriental. Menos conhecido que seus colegas, esta retrospectiva foi a oportunidade de conhecermos sua obra.

Em Lar Doce Lar (Wagaya Ha Tanoshi), de 1951, a família Uemura vive modestamente em um minúsculo apartamento alugado. No começo, esta família vive feliz, apesar das dificuldades. Os pais estão empenhados em possibilitar que Tomoko vire pintora e Nobuko cante em um coral. Porém, logo eles recebem a notícia de que terão que deixar a casa, por dificuldades financeiras.

Os enquadramentos chamam atenção pela elegância e simplicidades. As personagens podem estar em pé ou sentar-se no tatame e a câmera não precisa alterar o enquadramento. Na temática, além de retratar o universo familiar, temos contato com o feminino, recorrente na obra do diretor. A relação entre Tomoko e sua mãe emociona, com destaque para quando Tomoko, já desistindo da pintura, é instigada pela mãe a pintá-la. A pose da mãe e o carinho com que a filha a pinta são de rara poesia.

Infelizmente, a cópia não estava restaurada, com imagem desgastada e som defeituoso, mas não me impediu de apreciar essa pequena joia do cinema japonês.

Crítica | Tim Maia

É a vez do “síndico” ganhar sua cinebiografia

Talvez grande parte do público que irá de fato assistir ao filme Tim Maia nos cinemas fosse jovem demais para conhecer a fundo uma das maiores personalidades do mundo da nossa música. Justamente para eles, a superprodução nacional tratará de apresentar o ídolo. Nascido Sebastião Rodrigues Maia, em 28 de setembro de 1942, receberia o pseudônimo Tim Maia para apelar a um público mais amplo, que no fim da década de 1950 sofria grande influência de bandas e cantores norte-americanos.

Antes disso, cantou com os Sputniks, banda de rock que tinha como integrante seu amigo pessoal e colega de bairro, Roberto Carlos. O “Rei”, que dispensa apresentações, é um dos personagens de destaque no filme, personificado de forma certeira por George Sauma. Moradores do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, Roberto Carlos e Tim Maia saíram para conquistar o Brasil e o mundo, mas por caminhos bem opostos. Depois de uma temporada morando nos EUA, para uma espécie de autodescoberta (o que acarretou em mais problemas do que realizações), foi quando Maia viu surgir os primeiros sinais da carreira.

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Logo, seu nome era o suficiente para preencher as marquises e lotar shows, mas a indisciplina de um comportamento sem regras e desenfreado garantiria para sua vida profissional e pessoal diversos calvários. Tim Maia é baseado no livro Vale Tudo, de Nelson Motta, amigo próximo do cantor. O filme é dirigido por Mauro Lima, que já havia entregue uma biografia popular e bem trabalhada, com Meu Nome Não é Johnny (2008). Lima, que assina o roteiro da adaptação, sabe mesclar momentos chave de grande emoção, momentos de humor que funcionam como alívio cômico, e não deixa de apontar a polêmica por trás do mito.

 A retratação de época e a maquiagem merecem destaque, somando pontos na avaliação geral da produção. Os atores igualmente correspondem. Robson Nunes vive o jovem Tim Maia em início de carreira, mas é Babu Santana quem surpreende com uma performance assombrosa e encarnada do Rei do Soul brasileiro já na fase adulta. Em algumas cenas com o ator, tudo o que conseguimos ver é Tim Maia.

Essa é uma obra minuciosa, digna das melhores biografias, num aspecto técnico e de atuações. O resto do elenco também não decepciona, e inclui Cauã Reymond, Luis Lobianco, Laila Zaid e Alinne Moraes. Seu ponto fraco, que promete não incomodar muito, é a estrutura básica de qualquer filme do subgênero no qual é montada e o teor didático. O drama musicado promete emocionar e empolgar o público com a lembrança de algumas das músicas mais populares e tocadas ainda atualmente.

Crítica | O Melhor de Mim

Aqueles que se amam e por circunstâncias do destino são separados, podem viver sua dor, mas isso não é desespero: eles sabem que o amor existe. Com essa famosa frase do filósofo argelino Albert Camus, começamos a explorar mais um filme lançado nesses últimos anos baseado em uma obra do mais romântico dos autores atuais, Nicholas Sparks. Dirigido por Michael Hoffman (do ótimo O Clube do Imperador) e estrelado por atores secundários de Hollywood, O Melhor de Mim é marcado pelo tom melancólico, alguns lapsos de boas cenas e uma massiva e desnecessária propaganda de uma marca de cerveja bem famosa nos Estados Unidos.

Na trama, somos jogados ao universo de Amanda e Dawson (calma, não é o Dawson chato de Dawson’s Creek). Dois pombinhos que tiveram um grande amor na adolescência e por circunstâncias do destino, e da criatividade dramática de Sparks, tiveram que se separar. Amanda é uma mulher inteligente que após romper com Dawson, teve a vida que seus pais sempre sonharam, casou com um homem rico, teve filhos, mas tem uma vida pra lá de solitária. Já Dawson é um homem gentil e educado, com muitos problemas familiares teve que optar por escolhas que o magoaram ao longo dos anos. Assim, o filme se molda entre o presente e o passado dessas duas almas que recebem mais uma chance do universo para se encontrar.

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Não tem como começar qualquer análise sobre esse trabalho sem falar do tom melodramático que preenche todas as linhas do roteiro. O Melhor de Mim é aquele tipo de trama que lembra muito os clássicos filmes tristes da sessão da tarde. Imaginem aquele bolo de chocolate delicioso, mas com açúcar demais. Tudo é motivo para entrar uma música triste e tender o espectador a cair nos prantos. Os atores, da fase adulta dos personagens, James Marsden e Michelle Monaghan, conseguem até mostrar um tom mais realista, diferente dos atores da fase adolescente dos personagens, Liana Liberato e Luke Bracey. Esse último, será Johnny Utah, personagem emblemático da carreira de Keanu Reeves, no desnecessário remake do espetacular Caçadores de Emoções da Kathryn Bigelow.

Nós, seres humanos, temos uma tendência romântica de nos familiarizar com histórias de amor que vemos no cinema. Esse novo projeto ‘Sparkiano’ segue a mesma fórmula de outros livros do autor. Quem nunca quis dançar juntinho com sua amada ao som daquela vitrola tocando um vinil, de pular no rio e dar belos sorrisos ao lado da mulher amada, de dizer eu te amo e ser correspondido, de abandonar tudo pelo grande amor de sua vida. O Melhor de Mim não adiciona em nada, parece igual a muitos outros filmes. A cada ano que passa fica constatado cada vez mais que vai ser difícil aparecer outro Diário de uma Paixão, Sparks já escreveu sua grande obra.

 

 

 

Crítica 2 | Boyhood – Da Infância à Juventude

O diretor americano Richard Linklater é mais conhecido pela trilogia Antes do Amanhecer – Antes do Pôr-do-Sol – Antes da Meia-Noite, e seus outros filmes nunca chamaram tanta atenção. Linklater tem a chance de entrar para a história do cinema com um projeto único: filmar 12 anos da vida de um menino, e acompanhar as transformações dele e do mundo a sua volta. O projeto virou mesmo um longa, que vem sendo um dos mais aclamados pelos festivais de cinema deste ano, e que deu ao cineasta o Urso de Prata de direção em Berlim. Finalmente, no próximo dia 30, a tal produção que levou mais de uma década para ficar pronta chega às telonas. E prepare-se para ver um filme que vai marcar a sua vida para sempre: Boyhood – da infância à adolescência.

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A simplicidade da história é o que mais agrada no filme: acompanhamos o pequeno Mason (Ellar Coltrane, uma revelação) desde seus 7 anos, quando ele é um menino como outro qualquer. Ao longo dos 160 minutos de filme, vamos compartilhando da vida do garoto, filho de pais separados. A relação com a mãe (a ótima Patricia Arquette), o pai (o também ótimo Ethan Hawke), e com a irmã Samantha (Lorelei Linklater, filha do diretor) vai se modificando a medida que Mason cresce. Todas as pequenas transformações cotidianas estão lá: a separação dos pais, os novos casamentos de ambos, as brigas com a irmã, os amores, as decepções, as indecisões, os amigos, o colégio e, por fim, a faculdade. São 12 anos na vida do menino, que cresce diante dos olhos do público. Um crescimento real, já que o filme foi rodado apenas uma semana por ano, ao longo de 12 anos – sim, a história termina quando Mason tem 19 anos.

O que poderia ser uma trama arrastada ganha ritmo com a montagem perfeita, que faz com que a passagem de tempo não seja sentida. Não existe ‘buraco’ no roteiro, e percebemos claramente a mudança de ano. Tudo ao redor de Manson também muda, desde as músicas até as roupas. E, ainda que o filme seja longo, o espectador não percebe e embarca na história do menino como se ele fosse um amigo. Aos poucos compartilhamos de seus desejos e frustrações, e torcemos para que ele faça isso ou aquilo. Um processo de intimidade entre público e personagem raramente visto no cinema.

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Boyhood tem como grande mérito a ousadia de Linklater, por acreditar em contar uma história mostrando a maturidade real de seus personagens – e consequentemente o envelhecimento deles. Uma obra para ser vista com todo o carinho, por sua sensibilidade de apresentar o quando mudamos, mas nem sempre percebemos. E quando olhamos para o pequeno Manson virando um rapaz, percebemos que as mudanças mais sutis são as mais profundas.

 

Crítica | Boyhood – Da Infância à Juventude

Quando chegadas e partidas estão lado a lado, avalie profundamente mas continue corajoso. O novo e brilhante trabalho do experiente cineasta Richard Linklater, é um dos filmes que mais demoraram pra ficar prontos da história do cinema, exatos 12 anos! Mais toda a espera valeu a pena! Contando a trajetória de um menino, da infância à adolescência, Linklater brinda os cinéfilos com uma história rica em verdades e questionamentos profundos sobre toda uma sociedade que variou seu modo de pensar ao longo de toda uma década. Um trabalho inesquecível, absolutamente genial!

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Ao longo de 165 minutos de filme, acompanhamos um grande período da vida de Mason (Ellar Coltrane), um menino sonhador que vive com sua batalhadora mãe e sua irmã em um bairro de classe média nos Estados Unidos. A figura do pai de Mason, interpretado por um inspirado Ethan Hawke, volta e meia aparece na história, praticamente um porto seguro para o protagonista, para quem desabafa suas alegrias e tem coragem para dividir suas angústias. Assim, ao longo de toda sua infância e adolescência, Mason vai se descobrindo e começa a projetar quem vai ser no futuro.

Com uma abertura inspiradora, ao som da música Yellow da banda britânica Coldplay, essa linda fita fala sobre relacionamentos familiares, sexualidade, primeiro amor, Beatles, e outros, que geram diálogos maravilhosos, contundentes, onde o público interage quase sempre. As variações desse drama são muito dinâmicas, vai do inusitado dedo podre da mãe de Mason escolhendo sempre maridos problemáticos com bebidas, até a relação com o pai, cheio de argumentos criativos que mostram verdades comoventes.

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As argumentações/pensamentos sobre a era das redes sociais vira um contraponto aos olhos do protagonista. Mason chega a ser um anti-herói da comunicação, introspectivo e vivendo em um mundo criado por ele, possui dificuldades em se abrir para os outros. Se achando diferente em muitos momentos, se joga profundamente em uma jornada de autodescoberta principalmente quando cresce e ganha mais liberdade para enxergar o que quer do mundo que vive.

Com uma trilha sonora absurdamente bem encaixada (cada canção adiciona muito em cada cena), personagens levados ao seu máximo por um elenco talentoso, um roteiro que beira à perfeição e uma direção digna de todos os prêmios que o mundo do cinema pode oferecer, Boyhood – Da Infância à Juventude vai demorar para sair da nossa memória, causa um impacto gigante em nossos corações. Seguindo os mandamentos desta história, não se esqueça que a vida é feita de momentos. Por isso pule, brinque, chore, ria. Não perca um segundo, viva!

VAZOU! Tony Stark e Capitão América brigam em cena de ‘Os Vingadores 2’

Vazou um clipe de ‘Vingadores: Era de Ultron‘ durante uma convenção da Marvel ontem. A cena traz uma tensa briga entre Steve Rogers (Chris Evans) e Tony Stark (Robert Downey Jr.), que pode ser o estopim para o início da Guerra Civil.

Assista:

Ontem, o diretor Joss Whedon falou sobre a trama global de ‘Vingadores: Era de Ultron‘, a continuação de ‘Os Vingadores‘, durante entrevista à websérie da Marvel ‘The Watcher’.

“Esse é um filme muito global. Nós queríamos uma perspectiva mundial sobre os Vingadores. [Filmamos] nos Alpes italianos. Estivemos em Seul, na Coreia, em Joanesburgo. Filmamos um pouco também em Bangladesh, e depois por toda a Inglaterra”, explicou.

Agora em fase de pós-produção, Whedon supervisionará os mais de 3.000 efeitos especiais de ‘Vingadores 2‘, que tornará o filme recordista na categoria da Marvel.

Apesar disso e das locações internacionais, o cineasta reconhece que “Estranhamente, o filme inteiro se passa em Cleveland”.

Assista ao segundo trailer legendado de ‘Vingadores: Era de Ultron’

A continuação de ‘Os Vingadores‘ ainda nem foi lançada, mas um teaser trailer do terceiro filme, ‘Vingadores: Guerra Infinita‘ (Avengers: Infinity War) também já caiu na rede!

A terceira parte da franquia será dividida em dois filmes épicos: ‘Vingadores: Guerra Infinita – Parte I‘ e ‘Vingadores: Guerra Infinita – Parte II‘, que chegarão aos cinemas em 4 de maio de 2018 e 3 de maio de 2019. Assista ao primeiro teaser trailer.

Marvel revela sua Fase 3 no cinema

Nesta sequência épica do maior filme de super-heróis de todos os tempos, quando Tony Stark tenta reiniciar um programa de manutenção de paz, as coisas não dão certo e os super-heróis mais poderosos da Terra, incluindo Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro, terão que passar no teste definitivo para salvar o planeta. Com o aparecimento do vilão Ultron, a equipe dos Vingadores tem a missão de neutralizar seus terríveis planos. Alianças complicadas e ação inesperada pavimentam o caminho para uma aventura épica global.

Recentemente, saiu a informação que ‘Vingadores: Era de Ultron‘ terá o maior número de cenas com efeitos especiais da história da Marvel. Serão 3.000 cenas com efeitos especiais, contra 2.500 cenas de ‘Capitão América: O Soldado Invernal‘ e 2.250 de ‘Guardiões da Galáxia‘.

O longa tem roteiro e direção de Joss Whedon.

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Data Limite, Segundo Chico Xavier

(Data Limite, Segundo Chico Xavier)

 

Elenco: Divaldo Franco, Paul Hellyer, Geraldo Lemos.

Direção: Fabio Medeiros, Rebeca Casagrande, Juliano Pozati

Gênero: Documentário

Duração: 123 min.

Distribuidora:

Orçamento: R$ —

Estreia: 13 de Novembro de 2014

Sinopse: 

Descreve as revelações do médium Chico Xavier sobre a data limite do planeta Terra. Especialistas em ufologia afirmam que, após a explosão das bombas de Hiroshima e Nagasaki, se verificou um aumento considerável no número de avistamentos de OVNI’S (Objetos Voadores Não Identificados) em todo o mundo. Pouco mais de duas décadas depois, o médium brasileiro confidenciava aos companheiros mais próximos que, por ocasião da chegada do homem à lua em 20 de julho de 1969, acontecera uma reunião com as potências celestes de nosso sistema solar para verificar o avanço da sociedade terrena.

Curiosidades: 

» —

 

Trailer:

Cartazes: 

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Chefão da Marvel fala sobre ‘Homem de Ferro 4’, ‘Homem-Aranha’, Fase 3 e mais

Após Kevin Feige ter anunciado o cronograma de filmes da Marvel até 2019, o presidente do estúdio foi bombardeado com perguntas dos jornalistas sobre os próximos passos de seu universo cinemático.

Destacamos cinco das questões mais discutidas, como o novo filme do Homem de Ferro e a possível entrada do Homem-Aranha na equipe dos Vingadores; confira:

Sobre ‘Homem de Ferro 4’:

“Se houver mais anos depois de 2019, então haverá mais possibilidades. Eu espero que tenhamos mais anos.”

Sobre a escalação de Benedict Cumberbatch como Doutor Estranho:

“Só posso dizer que, se fosse algo oficial, nós teríamos anunciado [junto com as outras novidades do estúdio]. Então, assim como as outras coisas, [o nome do protagonista] ainda será anunciado… no decorrer do dia? Na próxima semana? No próximo mês? Em alguma data antes do lançamento do filme, em 4 de novembro de 2016.”

Sobre os rumores de Homem-Aranha nos filmes da Marvel:

“Qualquer coisa não revelada no evento ou não é verdadeira ou permanece como rumor, algo que está sendo discutido.”

Sobre os 9 filmes da Fase 3:

“Não definimos nenhum número [de longas] em particular. A Fase 1 teve seis filmes. A Fase 2 também tem seis filmes e serão nove filmes na Fase 3. Para aqueles que nos acompanham, ‘Homem-Formiga’ marca o fim da Fase 2, e ‘Capitão América: Guerra Civil‘ é realmente o começo da Fase 3. Um dos filmes, ‘Vingadores: Guerra Infinita’, será dividido em duas partes porque, francamente, se deve ao sucesso além dos nossos sonhos que tivemos. 10 filmes, mais de US$ 7 bilhões… é incrível. Nos deu confiança e, sinceramente, o estúdio está a todo o vapor agora. Nós temos o melhor time de Hollywood, na frente das câmeras, atrás das câmeras, trabalhando nesses filmes, o que nos deixou confortáveis para aumentar nossa capacidade de produzir três filmes por ano ao invés de dois, como vocês podem ver em 2017 e 2018, sem mudar em nada nossos métodos.”

Sobre ‘Os Inumanos’:

“Onde eles se encaixam em nosso universo, vocês descobrirão mais cedo que o esperado. Eu já mencionei na apresentação [dos novos filmes da Marvel] que haverá sementes plantadas levando ao Pantera Negra, a Wakanda, muito, muito em breve, assim como aos Inumanos. É possível que haja alguns easter eggs antes do que vocês imaginam.”

Marvel explica por que não há planos para filmes de Hulk e Viúva Negra

Confira as datas e os logos dos próximos filmes da Marvel:

– Capitão América: Guerra Civil (6 de Maio de 2016)

– Doutor Estranho (4 de Novembro de 2016)

– Guardiões da Galáxia 2 (5 de Maio de 2017)

– Thor: Ragnarok (28 de Julho de 2017)

– Pantera Negra (3 de Novembro de 2017)

– Capitã Marvel (6 de Julho de 2018)

– Os Inumanos (2 de Novembro de 2018)

– Avengers: Infinity War Parte I (4 de Maio de 2018)

– Avengers: Infinity War Parte II (3 de Maio de 2019)

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‘Riquinho’ vira série de TV na Netflix

Riquinho‘, personagem criado pela dupla Alfred Harvey e Warren Kremer na década de 1950, está ganhando uma série em live-action, informou o Hollywood Reporter.

Intitulado ‘Richie Rich‘, o seriado baseado no personagem está sendo desenvolvido pela Netflix, que encomendou uma primeira temporada com 21 episódios.

Assim como o longa, a série vai girar em torno do garoto mais rico do mundo, agora vivido por Jake Brennan. Depois de inventar uma nova tecnologia sustentável e ganhar US$ 1 trilhão com isso, Richie se muda para uma mansão gigantesca e começa a viver uma vida invejável, que inclui produzir filmes com os amigos, visitar a Antártida e conhecer celebridades.

Joshua Carlon, Jenna Ortega, Lauren Taylor, Kiff VandenHeuvel e Brooke Wexler também estão no elenco.

Brian Robbins e Tim Pollock (‘Zack & Cody: Gêmeos em Ação’) servem como produtores principais.

Richie Rich‘ chegará a Netflix em 2015.

Em 1980, ‘Riquinho‘ estrelou uma série animada e em 1994 ganhou um filme estrelado por Macaulay Culkin. Veja o trailer do longa:

Drama gay com Robin Williams pode ter estreia cancelada nos cinemas

Boulevard‘, drama gay estrelado por Robin Williams e um dos últimos filmes do ator, que suicidou em agosto deste ano, está tendo dificuldades de encontrar uma distribuidora e pode chegar a nunca ser lançado nos cinemas.

Os produtores acreditam que o problema esteja relacionado à temática homossexual do longa de Dito Montiel (‘Anti-Heróis’). Nele, Williams vive um homem de meia-idade casado por conveniência e com uma vida secreta, que acaba se apaixonando por um garoto de programa.

“É muito triste, mas parece que ‘Boulevard’ nunca verá a luz do dia”, disse uma fonte ligada à produção do filme ao jornal The Mirror. “Já se provou ser uma luta para encontrar o apoio necessário para que o filme seja lançado. O elenco tentou, assim como a equipe, mas por diversas razões, parece muito improvável [a estreia nos cinemas].”

Apesar das dificuldades, o drama foi muito elogiado em sua exibição no Festival de Cinema de Tribeca, em Nova York, este ano.

Além de ‘Boulevard‘, Robin Williams deixou outros três filmes inéditos. A lista inclui a sequência ‘Uma Noite no Museu 3‘ e as comédias ‘Merry Friggin’ Christmas‘ e ‘Absolutely Anything‘, em que dubla o cachorro Dennis. Todos os filmes devem ser lançados entre o final deste ano e início de 2015 nos EUA.

Williams participaria ainda da continuação de ‘Uma Babá Quase Perfeita‘, que acabou sendo cancelada após a morte do ator.

Marvel explica por que não há planos para filmes de Hulk e Viúva Negra

Alguns fãs ficaram desapontados com a Marvel por não ter incluído filmes solos dos heróis Hulk e Viúva Negra em seu calendário de estreias até 2019, divulgado ontem em evento ao vivo.

Durante uma sessão de perguntas e respostas após o evento, o presidente da Marvel, Kevin Feige, explicou porque o Hulk de Mark Ruffalo ainda não ganhará sua própria franquia.

“Eu não diria que Hulk está ausente do nosso cronograma, porque ele vai aparecer em muitos desses próximos filmes, particularmente em todos os filmes dos Vingadores até 2019, incluindo ‘Guerra Infinita‘. Mark Ruffalo está a bordo de todos esses longas e nós estamos animados em incluí-lo nesses projetos. Em relação ao filme solo do Hulk, eu vou dizer o que disse sobre ‘Pantera Negra’ semana passada, ou sobre ‘Capitã Marvel’ e ‘Doutor Estranho’ semanas antes disso, ou sobre ‘Guardiões da Galáxia’ há dois anos, ou sobre ‘Homem-Formiga’ há 10 anos: veremos. Nós adoraríamos fazer [um spin-off de Hulk], encontrar um espaço para encaixar o filme mas, por enquanto, Hulk vai aparecer com seus amigos em outros filmes.”

Questionado também sobre a ausência de um filme solo da Viúva Negra no cronograma da Marvel, Feige disse que o estúdio tem planos maiores para a personagem de Scarlett Johansson.

“Como eu disse na apresentação, tudo agora é questão de introduzir novos personagens. A Viúva Negra não poderia ser mais importante como uma Vingadora, e assim como o Hulk, eles têm um papel fundamental nos filmes dos Vingadores. O papel dela em ‘Vingadores: Era de Ultron’ é muito grande e desenvolve mais a fundo a personagem. Os planos que nós temos para ela ao longo da saga dos Vingadores são grandiosos. A Viúva é um dos pilares [da franquia]. Então, ao invés de tirá-la da franquia ou fazer um filme sobre suas origens, nós daremos continuidade a sua jornada dentro do nosso universo cinemático, no qual Viúva é uma peça chave.”

O time dos Vingadores sofrerá uma ruptura no final de ‘Vingadores: Era de Ultron‘ e vai mudar sua formação de heróis – saiba mais. Mas após as declarações de Feige, tudo indica que Hulk e Viúva Negra não devem desfalcar o grupo.

Assista ao segundo trailer de ‘Vingadores: Era de Ultron’

Confira as datas e os logos dos próximos filmes da Marvel:

– Capitão América: Guerra Civil (6 de Maio de 2016)

– Doutor Estranho (4 de Novembro de 2016)

– Guardiões da Galáxia 2 (5 de Maio de 2017)

– Thor: Ragnarok (28 de Julho de 2017)

– Pantera Negra (3 de Novembro de 2017)

– Capitã Marvel (6 de Julho de 2018)

– Os Inumanos (2 de Novembro de 2018)

– Avengers: Infinity War Parte I (4 de Maio de 2018)

– Avengers: Infinity War Parte II (3 de Maio de 2019)

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Crítica | Labyrinthus: 38ª Mostra de Cinema de SP

SESSÃO DA TARDE NA MOSTRA

 

E literalmente foi uma sessão da tarde. Assisti ao filme na primeira sessão do dia. Labyrinthus, do diretor belga Douglas Boswell, atende a todos os requisitos de um filme da Sessão da Tarde. História com apelo com o público pré-adolescente – e nerd, rsrs –, uma narrativa com bastante aventura, humor jovial, uma vilão típico dos filmes adolescentes, linguagem simples, estrutura linear e roteiro seguindo uma estrutura bem clássica de narrativa.

Em Labyrinthus, depois de esbarrar com um homem misterioso, o adolescente Frikke (Spencer Bogaert) encontra uma caixa escura e um pendrive. Quando ele conecta esse pendrive ao computador, inicia-se um jogo. O que ele descobrirá em pouco tempo, é que a caixa serve para transferir objetos e pessoas para dentro do jogo. Frikke terá que ajudar a garota Nola (Emma Verlinden).

Estamos diante de uma aventura clássica. Todos os elementos estão presentes, do romance juvenil ao vilão caricato. No roteiro, são perceptíveis furos e obviedades. Como exemplo, temos Rudolf (Pepijn Coudron), sujeito mais velho que irá ajudar Frikke em solucionar o problema do jogo. Nem bem ele cruza com a mãe de Frikke, já sabemos que ele ficou interessado nela, mesmo sem ter nada disso construído na narrativa! Simplesmente, ele fica interessado, e ponto final! Claro que se trata de um filme mais singelo, despretensioso, que tende a agradar mais os adolescentes, e esses detalhes no roteiro não afetam a sessão da tarde. De qualquer forma, Labyrinthus pode ser uma opção mais leve entre um filme mais pesado e outro da Mostra.

Crítica | Três Casamentos A Mais: 38ª Mostra de Cinema de SP

COMÉDIA ROMÂNTICA COM SABOR DE PAELLA

 

Estamos tão acostumados a assistir comédias românticas norte-americanas que assistir uma com sotaque diferente é estimulante. Três Casamentos A Mais (Tres Bodas De Más), do espanhol Javier Ruiz Caldera, segue à risca a fórmula do gênero. Ruth (Inma Cuesta) está triste com o fim do namoro e por receber convite para o casamento de três ex-namorados. Para não ir desacompanhada, ela convida Dani (Martiño Rivas), o novo e bonito estagiário. No primeiro dos três casamentos, Ruth conhece Álex (Quim Gutiérrez), cirurgião plástico desengonçado e bem menos bonito que Dani. Está armado o triângulo.

Sabemos que Ruth irá terminar com o bonitão Dani, mas o bom desse tipo de filme é como se chegará ao final. E, esse tempero espanhol, dá um sabor todo especial ao filme. Começa que as piadas são bem mais picantes do que a média das comédias românticas. Há muitas piadas de cunho sexual e até situações um pouco mais escatológicas, mas sempre deliciosamente engraçadas. Há também situações bem diferentes criadas pelo roteiro, como o segundo casamento que Ruth vai.

Destaque especial para Rossy de Palma, atriz clássica dos filmes de Almodóvar, que aqui fasta o papel da mãe fogosa de Ruth.

Crítica | Carta Ao Rei: 38ª Mostra de Cinema de SP

UMA AGRADÁVEL SURPRESA

 

Carta Ao Rei (Brev Til Kongen) é um filme pautado na emoção. Um grupo de migrantes curdos, que residem no interior da Noruega, organiza uma viagem para Oslo. Cada uma dessas pessoas tem um objetivo. Um jovem querendo cobrar seu salário atrasado; uma mulher buscando um acerto de contas com o homem que desgraçou sua vida; um homem que tem um encontro marcado com uma mulher. Não há propriamente um protagonista, mas o título do filme é um tributo ao Tio Mirza, que deseja entregar uma carta ao rio da Noruega.

Ao longo do filme, vamos acompanhando a leitura da carta em narração em off feita pelo Tio Mirza. Não vale dizer mais sobre o filme, apenas que cada um das personagens de destaque no filme é profundamente humano, especialmente Mirza; não há como não se emocionar com as razões que lhe levam a escrever a carta ao rei. Destaque para a costura feita pela edição, que permite um claro entendimento da narrativa, sem prejudicar a emoção.

Os Inumanos

(Inhumans)

Elenco:

Direção:

Gênero: Aventura

Duração: — min.

Distribuidora: Marvel Brasil

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 31 de Agosto de 2017

Sinopse:

O filme foi cancelado, mas iniciará uma série de TV. Os dois primeiros episódios de The Inhumans serão exibidos em cinemas IMAX dos Estados Unidos a partir de 1º de setembro de 2017. No Brasil, a estreia acontece dia 31 de Agosto.

Criados por Stan Lee e Jack Kirby, os Inumanos são descendentes de humanos normais, que há muitos séculos foram mudados em experiências realizadas pelos alienígenas conhecidos por Krees. Eles apareceram pela primeira vez na revista Fantastic Four #45, de 1965, como coadjuvantes do Quarteto Fantástico. A formação de heróis é composta por Raio Negro, Medusa, Karnak, Gorgon, Triton, Crystl e Máximus, o Louco.

Curiosidades:

» Os oito episódios devem ser exibidos sem hiatus pela emissora.

Trailer:


Cartazes:

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Fotos:

Guerra é Guerra!

(This Means War)

 

Elenco: Reese Witherspoon, Chris Pine, Tom Hardy, Laura Vandervoort, Til Schweiger, Rebel Wilson, Angela Bassett, Abigail Spencer, Emilie Ullerup, Chelsea Handler.

Direção: McG

Gênero: Comédia/Ação

Duração: 120 min.

Distribuidora: Fox Film

Orçamento: US$ 60 milhões

Estreia: 16 de Março de 2012

Sinopse: Na comédia romântica de ação ‘Guerra é Guerra‘, dois amigos inseparáveis (Pine e Hardy) se apaixonam pela mesma garota (Witherspoon) e acabam entrando em uma guerra cheia de ação para conquistá-la. Como ambos são veteranos espiões, a batalha pelo coração da garota toma grandes proporções.

Leia a crítica!

 

Curiosidades:

» Sam Worthington (‘Avatar’) abandonou a produção, sendo substituído por Tom Hardy.

Trailer:

 


Cartazes:


Fotos:

 

Crítica | A Gangue: 38ª Mostra de Cinema de SP

O CINEMA SURDO-MUDO

 

A comparação mais aproximada da experiência de ver ao filme ucraniano A Gangue (Plemya) é a de assistir um filme estrangeiro sem legenda. Nele, só teríamos as imagens para nos ancorar. Em A Gangue, para a grande maioria do público, só restam as imagens.

Em seu longa de estreia, o diretor Myroslav Slaboshpytskiy optou por um filme inteiramente falado na linguagem de sinais. Exceto as legendas no começo da projeção que explicam a concepção do filme, nenhuma outra palavra será escutada ou legendada. O filme conta a história do jovem Sergey, que ingressa em um internato para surdos-mudos, no qual alguns estudantes formam uma rede de crimes e prostituição. Em pouco tempo, Sergey irá fazer parte desse grupo.

Impressiona a capacidade do diretor de nos conduzir por uma narrativa só com as imagens, mesmo sendo um filme com diálogos e com a maioria dos espectadores não conhecendo essa linguagem. E, pensando no público brasileiro, isso fica mais impressionante. Enfim, somos jogados em um universo sem um tradutor simultâneo.

A Gangue consegue a compreensão do público por causa de um procedimento usado nas origens do cinema. No começo, os filmes eram exaustivos na exposição de suas imagens. Seja pelo baixo desenvolvimento da montagem, seja pela novidade do cinema, que não contava com uma linguagem difundida entre o público, os fatos eram expostos por inteiro. Se havia um assalto a um trem, então era preciso mostrar todos os seus passos. Com o tempo, e com a ajuda do som, os filmes ficaram mais sugestivos; bastava ver o começo e o final da ação para se entendê-la. O corte da cena produz uma ausência que o espectador preenche graças aos elementos que o restante do filme fornece.

Sabendo que seu público não conheceria a linguagem dos sinais, Myroslav Slaboshpytskiy é exaustivo em suas imagens, explorando as cenas ao máximo possível, muitas vezes reiterando a ação, de forma que o público compreenda o que está acontecendo. Se um crime será cometido, acompanhamos todas as etapas. Isto explica, no filme, a presença constante do plano-sequência – quando a câmera mostra a ação sem cortes.

Como o corte exige que o espectador complete o espaço vazio, e como não temos outro apoio além da imagem, a solução é o plano-sequência. Quando Sergey paga para transar com uma amiga prostituta, assistimos tudo, as posições, a recusa de beijar Sergey e o beijo apaixonado de ambos no final. A garota já gostava de Sergey? Ela percebeu sua paixão durante o sexo? Foi um beijo encenado?

Ambiguidade e violência dominam o filme. Ambíguo porque, mais do que em outros, não temos grandes certezas sobre os fatos e personagens. Violento, bem, vá e veja!

Alguns podem falar – e terão certa dose de razão – que a opção por um filme todo em linguagem de sinais é uma extravagância, uma forma de um diretor estreante ganhar divulgação fácil. Fato, se o filme fosse falado, seria apenas mais um filme violento de festival. Sua força está em sua opção estética, que não se limita ao mero fetichismo.

A Gangue nos coloca em um universo particular, que a maioria de nós ignora, desafiando nossos preconceitos. Ele não apresenta suas personagens como pobres coitados, ou como pessoas angelicais por causa de um problema físico. O filme trata suas personagens de maneira adulta. Os alunos do internato são figuras humanas que expõem o pior que temos. Isto desafia tanto o preconceituoso que costuma rir de uma deficiência, quanto aquele seu conhecido que adora levantar “a bandeira da causa justa”.

Por tudo isso, o longa de estreia de Myroslav Slaboshpytskiy merece nossa atenção. Já na espera de seus próximos trabalhos!

Transformers 4: A Era da Extinção

(Transformers 4: Age of Extinction)

 

Elenco: Mark Wahlberg, Nicola Peltz, Stanley Tucci, T.J. Miller, Sophia Myles, Kelsey Grammer, Peter Cullen, Titus Welliver, Bingbing Li, Jack Reynor, Geng Han.

Direção: Michael Bay

Gênero: Ação

Duração: 166 min.

Orçamento: US$ 165 milhões

Distribuidora: Paramount Pictures

Estreia:

17 de Julho de 2014

Sinopse:

Ambientado após os eventos de ‘Transformers: O Lado Oculto da Lua’, ‘Transformers: A Era da Extinção‘ mostrará a humanidade tentando se reerguer após o desaparecimento dos Autobots e dos Decepticons da face do Planeta Terra. Porém, um grupo de empresários poderosos e cientistas pesquisar a passagem dos Transformers pela Terra, e acabam empurrando a tecnologia a limites para além do que eles podem controlar. Ao mesmo tempo, uma poderosa ameaça Transformer coloca a Terra em sua mira. Começa uma aventura épica e a batalha entre o bem e o mal, para a liberdade ou para a escravidão.

Curiosidades:

» O título será ‘Transformers 4: Age of Extinction‘ (Transformers 4: Era da Extinção), bastante similar ao ‘Era de Ultron‘ de ‘Os Vingadores 2‘.  ‘Transformers: Last Stand’‘Transformers: Apocalypse’ e ‘Transformers: Future Cast’ eram as outras opções de título.

» Depois de uma colaboração bem-sucedida no filme ‘Sem Dor, Sem Ganho‘ (Pain and Gain) que estreia em breve, Michael Bay escolheu o ator indicado ao Oscar® Mark Wahlberg para estrelar. “Mark é incrível. Foi muito divertido trabalharmos juntos em Pain and Gain e estou muito entusiasmado por voltar a trabalhar com ele. Um ator do seu calibre é o cara perfeito para revigorar a franquia e levar adiante o legado de Transformers”, disse Bay.

» O primeiro filme ‘Transformers‘ foi uma sensação das bilheterias em 2007, abrindo em primeiro lugar e arrecadando mais de US$ 700 milhões em todo o mundo. Seu segundo capítulo arrecadou mais de US$ 830 milhões mundialmente, em 2009. Em 2011,‘Transformers: O Lado Oculto da Lua‘ arrecadou mais um bilhão de dólares mundialmente e se tornou o filme com a 5ª maior arrecadação de todos os tempos.

»  Até hoje, a franquia já soma mais de US$ 2,6 bilhões arrecadados em todo o mundo.

» Shia LaBeouf não retorna.

» Jason Statham chegou a ser cotado para protagonizar.

» Michael Bay voltou a fazer drama e dizer que o quarto ‘Transformers‘ será seu último. Vale lembrar que o diretor também disse que não voltaria para o terceiro, nem para este, acabou assinando contrato com o estúdio.

» O diretor falou sobre ‘Transformers 4’. “Não trata-se de um reboot, essa palavra talvez esteja errada. Não quero que as pessoas pensem que será como o Homem-Aranha, que reinicia toda a história da franquia. Não vamos fazer isso”, disse. “Vamos pegar toda aquela história que você já viu, nos três filmes da saga, e levá-la para uma nova direção. Tudo que contamos continua valendo”, continua. Segundo o diretor, a história não deve se passar no planeja Terra. “Quero uma ficção-científica, mas mantendo os pés no chão, realista. É o que funciona nesses filmes”.

» O orçamento ficou na casa dos US$ 165-170 milhões, inferior ao de ‘Transformers 3 – O Lado Oculto da Lua‘, que custou US$195 milhões.

 

Crítica:

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Transformers 4 – A Era da Extinção
7.

 


Entrevista Nicola Peltz e Jack Reynor: 


Trailer: 

Cartazes:

 

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Fotos:

 

 

Crítica | Permanência

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Hibrido do curta-metragem Décimo Segundo (2007), também protagonizado pela dupla Irandhir Santos e Rita Carelli, Permanência, primeiro longa-metragem de Leonardo Lacca, fala sobre o ir e voltar, da não estabilidade emocional e do banal, colocados numa situação que geralmente deixa cicatrizes.

É assim o personagem Ivo (Santos), um fotógrafo pernambucano que vai a São Paulo para realizar sua primeira exposição solo, lá se hospeda na casa Rita (Carelli), uma ex-namorada que agora está casada. No primeiro encontro do casal percebemos o desconcerto com alguns sorrisos amarelos e closes analíticos. Com o tempo o clima vai se tornando cada vez mais delicado e ambos parecem novamente apaixonados, afetando, dessa maneira, o casamento de Rita e dando rumos diferentes as ideias profissionais de Ivo.

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Ainda que sem grandes diálogos, sempre apostando em gags cômicas que pouco funciona, o filme fala muito por meio de gestos e olhares, Lacca consegue imprimir a angustia e solidão interna de seus personagens através de câmeras estáticas e frios tons fotográficos. A narrativa tem um ritmo lento e caminha junto à passagem do protagonista pela nova cidade, um tanto difusa e improdutiva.

Apesar de acompanharmos Ivo durante toda sua jornada, pouco sabemos dele, menos ainda das demais figuras que o rodeiam, podendo dessa forma excluir o processo de identificação e não captar alguns espectadores. No entanto, entende-se que essa proposta se dar pela intenção de Lacca em querer apenas tratar daquele momento prosaico vivido por muitos, quando alguém chega e se vai, o conceito da impermanência, onde tudo é inalterável.

Tanto Irandhir, quanto Carelli desempenham bem suas funções e conferem atuações críveis, sendo fundamentais para que o troço funcione. A fita também lembra alguns trabalhos do cineasta paulista Beto Brant, pela atmosfera gélida e ambiguidade latente. Em suma, Permanência não é uma obra esplendida, mas transmite de maneira universal suas ideias.

Texto originalmente publicado na cobertura do VII Janela Internacional de Cinema do Recife.