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4 Plumas

 

As 4 Plumas

(The Four Feathers)

Elenco: Heath Ledger, Wes Bentley, Kate Hudson, Djimon Hounsou, Michael Sheen, Lucy Gordon, Nick Holder, Alex Jennings.
Direção: Drama
Gênero: Drama
Distribuidora: Lumiére Brasil
Estreia: 13 de Junho de 2003
Sinopse: Shekpar Kapur (ELIZABETH) dirige Heather Ledger (O PATRIOTA), Wes Bentley (BELEZA AMERICANA) e Kate Hudson (indicada ao Oscar e vencedora do Globo de Ouro, QUASE FAMOSOS) nesse drama histórico, ambientado na Inglaterra e no Sudão, em 1884. Para seus amigos de longa data, Harry parecia ter tudo. Ele era um jovem tenente no exército mais poderoso do mundo, noivo de uma bela mulher, e filho de um famoso General – até o dia em que seu regimento foi convocado para uma batalha no Norte da África, e ele renunciou. Neste momento de medo, ele perde tudo – exceto as quatro penas da vergonha recebidas dos seus amigos. O único meio dele se redimir é assumir uma nova identidade, atravessar o Continente, enfrentar o perigo e encontrar o homem que deveria ter sido.
Crítica: Breve

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3 Macacos

3 Macacos

(Üç Maymun/ Three Monkeys)

Elenco: Hatice Aslan, Yavuz Bingöl, Ercan Kesal, Rifat Sungar, Cafer Köse, Gürkan Aydin.

Direção: Nuri Bilge Ceylan
Gênero: Drama
Duração: 109 min.
Distribuidora: Imovision
Estreia: 27 de Fevereiro de 2009

Sinopse: O político Servet (Ercan Kesal) dirige sozinho em uma estrada praticamente deserta. É noite e ele está com sono. Depois, um casal freia bruscamente ao ver um corpo caído na estrada. Com medo, eles decidem não fazer nada pela pessoa, que poderia estar morta ou viva, mas decidem anotar a placa do carro que está parado pouco depois e chamar a polícia. Servet liga para seu motorista, Eyüp (Yavuz Bingol), e lhe oferece uma grande quantia em dinheiro para que ele se entregue em seu lugar – afinal, é época de eleições. Eyüp aceita a oferta, o que acaba desencadeando uma série de fatos que vão desestabilizar sua família para sempre.

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3 Lados do Amor

3 Lados do Amor

(Puccini For Beginners)

Nota: 6

Elenco: Justin Kirk, Gretchen Mol, Elizabeth Reaser, Julianne Nicholson, Kate Simses.

Direção: Maria Maggenti
Gênero: Comédia Romântica
Duração: 82 min.
Distribuidora: Imagem Filmes
Estreia: Direto em DVD – Novembro 2009

Sinopse: Allegra (Elizabeth Reaser) é uma escritora nova iorquina pra lá de moderna, que por medo de compromisso toma um fora de sua namorada Samantha (Julianne Nicholson). Ela decide então tentar entender melhor seu medo de relacionamentos sérios e acaba acordando ao lado de Phillip (Justin Kirk), que conheceu em uma festa. Tentando curar uma ressaca e se convencer de que aquilo não passou de uma aventura boba, Allegra se vê em um, nada convencional, triângulo amoroso. Ninguém poderia imaginar que um namoro envolvesse tantas regras e tanto jogo de cintura.

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2 Dias em Nova York

(2 Days in New York)

 

Elenco:

Chris Rock, Julie Delpy, Albert Delpy, Alexandre Nahon, Kate
Burton, Dylan Baker.

Direção: Julie Delpy

Gênero: Comédia

Duração: 96 min.

Distribuidora: California Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 26 de Abril de 2013

Sinopse:
O jornalista e famoso apresentador de um programa de rádio Mingus (Chris Rock) e sua namorada francesa, a fotógrafa Marion (Julie Delpy), vivem confortavelmente num apartamento em Nova York com um gato e dois filhos de relacionamentos anteriores. Porém, quando o animado pai de Marion (interpretado pelo pai de Julie Delpy na vida real, Albert Delpy), sua irmã fogosa, juntamente com seu namorado ofensivo, aparecem sem avisar para uma visita internacional, começa uma confusão familiar que durará por dois dias inesquecíveis. Com franqueza sexual e muita extroversão, o trio não tem limites e ninguém passa despercebido por eles. Os visitantes provocam o casal em todos os quesitos, colocando seu relacionamento à prova. Continuação do sucesso, 2 Dias em Paris.

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Crítica: “Zé Colmeia – O Filme” por Thais Nepomuceno

Depois de Scooby Doo, é a vez de Zé Colmeia aportar nas telas do cinema. Adotando o live action (mesma tecnologia utilizada nos filmes de Scooby Doo), ele mescla os personagens Catatau e Zé Colmeia com atores (entre eles Anna Faris).

O longa conta a história do parque de Jellystone, que tem sua vegetação comprometida com a sua privatização através da venda realizada pelo prefeito, a fim de ter lucros e conseguir votos. Com isto, a dupla tenta de tudo para proteger o parque.

Assim como os desenhos, este mostra Zé Colmeia e seu fiel escudeiro Catatau, em aventuras no parque em busca de cestas de picnic e confusões. A amizade entre eles não se abala e a devoção de Catatau atinge os pontos altos no filme. Além deles, a trama conta com um prefeito ganancioso e atrapalhado; um assistente puxa-saco; uma documentarista (Faris) que adora animais; um guarda idealista e um outro burro. Estes personagens transformam o longa numa grande alegoria de humor pastelão que fez sucesso nas décadas anteriores e que hoje em dia perdeu lugar para os mangás ou Ben 10. Entre eles o que mais causa empatia nos espectadores é o Sancho Pança da vez, o Catatau.

Apesar de se embasar em um humor antiquado, o longa tem como tema a amizade e questões ambientais. Para os adultos, Zé Colmeia – O filme serve como um revival, mas deixando a desejar quando caminha para o sentimentalismo com personagens caricaturais; mas para as crianças, que não conheceram as estupendas produções de Hanna-Barbera, é uma ótima oportunidade de conhecer a dupla de ursos comilões e atrapalhados.

E se os espectadores tiverem oportunidade, vejam legendado com Justin Timberlake (Shrek para sempre) como Catatau e Dan Akroyd (Eu os declaro Marido e… Larry) como Zé Colmeia.

Crítica por: Thais Nepomuceno (Blog)

Crítica: “Zé Colmeia – O Filme” por Edu Fernandes

Sinopse: O parque onde moram Zé Colmeia e Catatau corre o risco de ser fechado. Para evitar o pior, eles resolvem ajudar o guarda florestal a arrecadar fundos para recuperar as finanças do local.

A infância de gerações foram marcadas pelas aventuras de um urso guloso e muito inteligente. O desafio para Zé Colmeia – O Filme (Yogi Bear) fazer sucesso no cinema é grande: cativar as crianças de hoje em dia, ter uma linguagem de acordo com valores éticos atuais e ainda não desagradar os fãs mais antigos. A boa notícia é que todas essas tarefas foram cumpridas pela produção.

A opção de misturar personagens animados com atores de carne e osso leva a uma lembrança de Scooby Doo, que não emplacou nos cinemas. O melhor é deixar essas lembranças amargas para trás e embarcar nas peripécias de Zé Colmeia, sempre acompanhado pelo Catatau. Para os fãs brasileiros vale informar que a dublagem usou as mesmas vozes do desenho animado para os ursos.

As piadas de pastelão originadas pelos planos de Zé Colmeia para roubar cestas de comida dos visitantes do parque continuam presentes. Esses momentos foram muito bem inseridos em uma história que traz a preocupação ecológica como tema. Assim, constrói-se um roteiro verdadeiramente cinematográfico sem macular a aura do personagem.

 

 

Outro ponto engraçado é perceber que o vilão é o prefeito: um político que anseia cargos públicos mais altos, em campanha para ser governador. Uma das características mais malvadas dele está em não se preocupar com as contas da sua gestão e tentar cobrir os rombos com privatizações. Qualquer semelhança com a realidade pode deixar os espectadores mais conscientes um pouco tristes na sessão de um filme cômico.


Crítica por: Edu Fernandes (CineDude)

Crítica: “Zuzu Angel” por Edson Barros

O cinema brasileiro vem ganhando força com as cinebiografias. Depois de sucessos retumbantes como “Cazuza”, “Olga” e “2 Filhos de Francisco”, a produção nacional recebe mais exemplar de qualidade: “Zuzu Angel”. O filme é dirigido por Sérgio Rezende, que tem experiência no trato de personagens reais, como em “Mauá – O imperador e o Rei” e “Lamarca”. Estilista famosa, Zuzu Angel enfrentou o regime militar brasileiro dos anos 70 para descobrir o paradeiro do filho desaparecido e, depois, ter o direito de enterrar seu corpo. Para isso, foi bater incansavelmente nas prisões da ditadura militar, procurou aliados no exterior e denunciou a repressão através de sua moda.

Zuzu é interpretada com força por Patrícia Pillar. O filme abrange a vida da estilista no período de 1971 – quando o filho Stuart (vivido por Daniel de Oliveira, o “Cazuza”), militante do movimento de esquerda, desaparece – até sua morte em 1976, inicialmente divulgada como acidental, mas depois reconhecida como assassinato, nos anos 90.

O diretor Sérgio Rezende adotou uma narrativa contida, quase de documentário, para contar a história. Ao contrário de “Olga”, por exemplo, a produção não pende para o dramalhão. Apesar do cuidado, algumas cenas soam desnecessárias, como, por exemplo, o longo trecho em que Zuzu e uma das filhas lêem uma poesia de Stuart.
Com Patrícia Pillar praticamente o tempo todo na tela, os demais personagens
vão aparecendo em flash-backs. Por isso mesmo, as participações de Luona
Piovani como Elke Maravilha, de Leandra Leal, como a esposa de Stuart, e a
do próprio Daniel de Oliveira são breves.

Fique atento à ótima atuação do ator Nelson Dantas, morto recentemente, na
comovente cena como o pai do revolucionário Lamarca. Outro destaque é a bela
música “Angélica”, de Chico Buarque, feita em homenagem a Zuzu Angel em 1977
e tocada no momento em que sobem os créditos.


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Crítica por: Edson Barros

 

 

Crítica: “Zumbilândia” por Janaina Pereira

De tempos em tempos filmes trash ganham seu espaço no coraçãozinho dos cinéfilos. O escolhido da vez é o bizarro, mas divertido Zumbilândia (Zombieland). Misto de terror e comédia, o longa mostra a história de alguns americanos sobreviventes que tentam sobreviver em um mundo infestado de zumbis sedentos de sangue.

Isso mesmo! Os EUA viraram uma terra de ninguém, ou melhor, uma terra de zumbis. Poucos conseguem escapar da fúria dos seres bizarros, e um deles é o nerd Columbus (Jesse Eisenberg), que costuma fugir de tudo aquilo que o assusta. Em uma de suas fugas ele conhece o figuraça Tallahassee (Woody Harrelson), que não tem medo de nada.

No mundo repleto de zumbis, os dois são a dupla perfeita de sobreviventes. E tentando buscar um utópico lugar seguro, cruzam pelo caminho de duas irmãs trapaceiras (a bela Emma Stone e a eterna – e crescida – Miss Sunshine Abigail Breslin) e entre confusões, fugas e até um encontro inusitado com o ator Bill Murray – na melhor sequência do filme – eles vão se livrando dos zumbis que atravessam suas vidas. Mas, é claro, haverá um confronto final.

 

 

Zumbilândia pode virar série, franquia, ou ficar por aqui mesmo. É certo que garante diversão para todos as idades e dá uma força aos meninos nerds, atualmente os maiores galãs do cinema. Pois é, não disse que era um filme bizarro?

Crítica por: Janaina Pereira (Cinemmarte)

Crítica: “Zumbilândia” por Yndrews Filliph

Filmes de zumbi geralmente não saem do óbvio, já apresentado por George Homero, considerado o pai deste gênero.

No entanto, Zumbilândia – misto de terror com comédia – apresenta a ideia velha, com uma roupagem original e muito bem humorada.

Columbus (Jesse Eisenberg, de A Vila) aparece já na introdução do filme, revelando as regras básicas de sobrevivência de forma muito engraçada, já prometendo uma próxima hora de projeção valerá a pena. Sempre com medo de tudo, ele deveria ter uma vida medíocre se um vírus não transformasse todo o planeta Terra em um único lugar, chamado Zumbilândia, infestado de zumbis que sonham em devorar qualquer pessoa.

Sem perspectiva, ele retorna para sua casa e encontra pelo caminho Tallahassee (Woody Harrelson, de O Homem Duplo), um caçador de zumbi que revelará uma motivação bem depressiva.

Juntos, eles encontrarão duas mulheres dispostas a sobreviver: Wichita (Emma Stone, de A Casa das Coelhinhas) e Litlle Rock (Abigail Breslin, de Pequena Miss Sunshine). Com elas, passam a viverem hilárias situações, como a disputa da morte do zumbi da semana.

Além das regras básicas, existem outras que aparecem no decorrer do filme. A história fica mais engraçada com a presença de Bill Murray, que atua nas cenas mais impagáveis da produção.

A direção de Ruben Fleischer soube lidar com um roteiro que seria, na verdade, para um seriado de televisão, segundo o co-roteirista Paul Wernick. Por fim, Fleischer acaba nos brindando com umas das melhores comédias do ano.

Zumbilândia quer mostrar o confronto de diferentes personalidades, que estão atrás de uma única coisa: serem uma família de novo. E é por isso que, mesmo com técnicas de sobrevivência diferentes, tudo que os personagens querem é vencer o medo de ficarem sós. Tudo sem pieguice alguma. Como é possível? Confira e se surpreenda!

Não me impressiona se logo estejamos assistindo a seqüência desse filme, que até depois dos créditos tem mais Bill Muray nos matando de rir.

Crítica por: Yndrews Filliph

Crítica: “Zohan – O Agente Bom de Corte” por Viviane França

Adam Sandler protagoniza mais uma comédia. Uma deliciosa comédia. Engraçada, com sátiras bem-humoradas sobre o povo e os costumes de Nova Iorque e suaves críticas sobre o eterno conflito entre israelenses e palestinos, Zohan – O Agente Bom de Corte (You Don’t Mess With the Zohan – EUA/2008 – Comédia – 113 min. – Sony Pictures) traz a história de um agente do alto comando de Israel que tem um grande sonho. Virar cabeleireiro em Nova Iorque. E para torná-lo realidade, Zohan finge sua própria morte. De malas feitas e com o livro de estilo de Paul Mitchell, com cortes da década de 80, embaixo do braço, ele parte para a grande cidade americana, com uma nova identidade.

Mas apesar do seu talento, nenhum dos grandes salões da cidade lhes dão uma chance. Seu jeito antiquado e comportamento nada convencional, o leva a vagar pelas ruas, até encontrar Michael. A única pessoa disposta a ajudá-lo. Mas quando Zohan tem sua identidade descoberta por um imigrante israelense, seu fã, sua sorte começa a mudar. Oori (Ido Mosseri) o convida a visitar sua loja de eletrônicos, localizada num bairro onde israelenses e palestinos vivem lado a lado. Com a ajuda do novo amigo, ele conhece o salão da palestina Dália. Uma bela cabeleireira que o ajuda a concretizar seu sonho. Mas o passado de Zohan não o deixará em paz.

Dirigido por Dennis Dugan, cineasta já familiarizado com o humor de Sandler – os dois trabalham juntos em Um Maluco no Golfe (1996), O Paizão (1999) e Eu os Declaro Marido e… Larry (2007) – ganha brilho com a atuação do elenco. Inspirados, os atores criam personagens bem caricatos, mas com personalidade.

John Turturro está perfeito como o arquiinimigo palestino O Fantasma. Um terrorista, aos olhos de Zohan, que assim como ele, luta pela liberdade de seu povo e que também guarda um segredo. Não há como torcer contra ele, assim como para o trio que descobre a identidade secreta do herói e planeja matá-lo para receberem a glória de seu povo. Sayed Badreya é Hamdi, um motorista de táxi que se une a Rob Schneider, Salim, que além de motorista de táxi é garoto de telemarketing, para o desespero de seus passageiros e Daoud Heidami, o alegre e nada maldoso Nasi. Juntos, eles criam situações divertidíssimas.

Fazendo par com Sandler, está Dália (Emmanuelle Chriqui), a bela palestina dona do salão de cabeleireiro, que apesar de insegura quanto ao talento de seu novo empregado, é a única a lhe dar uma chance. Completam o elenco Lainie Kazan e Nick Swardson. Ambos mãe e filho que ajudam Zohan oferecendo um lugar para ele morar.

Crítica por: Viviane França

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Crítica: “Zodíaco” por Viviane França

Em 1968 a população da Baía de São Francisco, EUA, foi aterrorizada por um serial killer. Um assassino conhecido pelo nome de Zodíaco que enviava aos jornais cartas cheias de escárnio. Escrita em códigos, as cartas traziam ameaças e detalhes sobre as vítimas. O rastro de destruição causado pelo Zodíaco não atingiu apenas suas vítimas, mas também a vida de quatro homens que prejudicaram suas carreiras e saúde em busca de um assassino que nunca foi capturado pelas autoridades.

Robert Graysmith (Jake Gyllenhaal) seria um destes homens. Cartunista no jornal São Francisco Chronicle, Graysmith estava na sala, por acaso, quando o editor do jornal recebeu a primeira carta do Zodíaco. Desde aquele momento, ele se tornaria obsessivo em desvendar o caso. Mas sua chance viria mais tarde, quando os inspetores do Departamento de Homicídios da Polícia de São Francisco, Dave Toschi ( Mark Ruffalo) e Bill Armstrong (Anthony Edwards), afastaram-se do caso por motivos adversos, assim como o conceituado repórter criminalista do Jornal, Paul Avery (Robert Downey Jr.).

Dirigido por David Fincher, cineasta de Se7en – Os Sete Pecados Capitais, obra que se tornou um marco no gênero, Zodíaco é um filme narrado em um tom quase documental com passagens assustadoras, que apenas Fincher consegue criar. As cenas em que ele retrata alguns dos assassinatos são sombrias, diretas e cruas. Clima que o diretor impõem baseando-se na sua própria experiência. Na época dos assassinatos, Fincher, então com sete anos, viu seu ônibus escolar ser escoltado por carros da polícia de sua casa à escola.

Narrado sob o ponto de vista do cartunista e não do assassino, o filme traz grandes atuações, principalmente, as de Robert Downey Jr., como o talentoso jornalista em declínio de carreira por problemas de saúde. Como em todas suas atuações, Downey Jr. consegue ser original e criativo, destacando-se em papéis pequenos, mas que se tornam marcantes.

Para os cinéfilos mais árduos que não se contentarem com as duas horas e meia do filme e quiser maiores detalhes sobre o caso, a editora Nova Conceito, em parceria com a Warner Bros, lança no mesmo dia em que o filme entra em cartaz, o livro de Robert Graysmith. Publicado originalmente na década de 80, a obra já vendeu mais de 4 milhões de exemplares. São 416 páginas de textos detalhados, que apresenta cada assassinato registrado pela polícia, o teor completo das cartas do assassino, assim como as mensagens em códigos enviadas para os veículos de comunicação. Os depoimentos prestados pelas vítimas que sobreviveram aos ataques, a descrição das vestimentas do assassino, seu retrato falado, o cartão de ameaça que o repórter Paul Avery recebeu do Zodíaco, todos estas pequenas informações pesquisadas por Graysmith durante 20 anos, estão na obra.

O filme que recebeu elogios dos críticos na última edição do Festival de Cannes, estreia nesta sexta-feira, dia 1º de junho, nos cinemas do país.

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Crítica por: Viviane França

Crítica 2 » O Último Mestre do Ar

O Último Mestre do Ar


O filme é baseado nos animes Avatar, que nada têm a ver com o blockbuster de James Cameron. É sobre um mundo constituído de quatro povos distintos, que só ficam em harmonia quando regidos pela força dos avatares, espécie de monges (ou “xerifes cósmicos”, como ironizou um jornal alemão) que têm poder sobre os quatro elementos da natureza – fogo, terra, ar e água. Há algum tempo, esses mestres estavam desaparecidos, mas a suspeita de que uma de suas reencarnações teria retornado faz com que os povos iniciem uma corrida ao tesouro, uns querendo ajudá-lo a trazer a harmonia de volta ao mundo e outros querendo encontrar o tal mestre para prendê-lo e terem a possibilidade de eles dominarem o mundo com suas máquinas. Uma criatividade só, não?! Mas vamos ao que interessa…

M. Night Shyamalan já vinha apanhando da crítica com seus últimos filmes (A Dama na Água, que eu adorei e Fim dos Tempos, que não achei de todo ruim), mas nada pode ser comparado a esta tragédia cinematográfica. O longa obteve apenas 8% de aprovação no Rotten Tomatoes (site que contém a média de cotação da crítica) e nota 4,3 no IMDb (site que calcula a média de cotação do público em geral), um pesadelo para quem já esteve nas listas dos mais promissores diretores de cinema, quando do lançamento de O Sexto Sentido, uma preciosidade do suspense atual.

Tendo como protagonistas uma criança demoníaca (que da bondade de um avatar nada transparece), dois irmãos palermas (que deveriam ser os protetores do avatar, mas são incompetentes para tal) e um vilão sem expressão (Dev Patel, antes a revelação indiana em Quem Quer Ser um Milionário), o filme lota-se de clichês, elos mal desenvolvidos, um roteiro fraquíssimo – inacreditavelmente também assinado pelo Shyamalan – e diálogos tão redundantes que beiram o ridículo. A maior parte das falas nem precisava existir. Elas apenas explicam o óbvio, aquilo que já está sendo mostrado em imagens. As sequências e lições manjadas (sempre sabemos o que vem a seguir) subestimam a inteligência do espectador que, se não tiver paciência, ou contorcerá-se na poltrona do cinema ou dará risada das baboseiras explicitadas em tela – o que foi o meu caso. Até a trilha sonora consegue ser batida e sensacionalista, o que só aguça o problema.

A impressão é a de que o diretor tentou criar um novo Star Wars, mas fracassou em todos os quesitos. Não fez o dever de casa e distorceu os preceitos criados por George Lucas. As muitas influências, que vão desde Bollywood a samurais, budas e monstros de A História Sem Fim, não combinaram entre si e o resultado foi uma gororoba ultrapassada e de mal gosto.

Desta vez, nem eu consigo defender o Shyamalan. Tanto pediram para ele mudar o estilo que ele atendeu os clamores, mas não se deu bem. Antes ele continuasse dirigindo suspenses. Infelizmente, pelo recado dado ao final, a sequência de O Último Mestre do Ar pode estar a caminho, mas oxalá não mudem o diretor e a história e os personagens e a trilha e a montagem e… enfim, vocês entenderam.

Eis aqui um forte candidato a ganhar muitos prêmios… no Framboesa de Ouro!

 

Nota:

Crítica por: Fred Burle (Fred Burle no Cinema)

Percy Jackson e o Ladrão De Raios

 

Confesso que tenho uma bela queda por histórias mitológicas, principalmente as gregas. Esta paixão vem desde moleque, assistindo “Os Cavaleiros do Zodíaco”, na extinta TV Manchete, até os dias atuais onde sempre busco aprender um pouco mais sobre essa época de nossa história.

Em Percy Jackson e os Olimpianos: O Ladrão de Raios, tive a oportunidade de ler um pouco mais sobre este tema tão apaixonante, obviamente fantasiado e com algumas adaptações históricas. Mesmo assim, o livro me encantou e já comecei a ler suas sequências.

Pena que não posso dizer o mesmo do filme…

Como todos sabem, a saga de Percy Jackson, escrita por Rick Riordan, ganhou o seu primeiro capítulo nas telonas, em estreia no último dia 12 no Brasil. Em Percy Jackson e o Ladrão de Raios, o garoto Percy se vê preso em um universo muito aquém de suas expectativas. Desconhecendo sua real identidade, o garoto franzino e inquieto passa por verdadeiras aventuras mitológicas, outrora existentes apenas em seus livros de história. Deuses e monstros da Mitologia Grega passam a viver em meio às pessoas em pleno século XXI e, para piorar as coisas para Percy, parece que todos têm um objetivo em comum: matar Percy Jackson! Isso porque todos acreditam que Percy seja o Ladrão de Raios, aquele que roubou o raio mestre de Zeus, a arma mais poderosa do Olimpo.

Mas Percy não está sozinho nesta aventura. Junto com Rony e Hermio…. ops…. Anabeth, filha da deusa Atena, e Grover, seu sátiro protetor, Har… desculpem… Percy Jackson, filho de Poseidon, irá em busca da verdade e tentará recuperar o raio mestre de Zeus antes de que uma verdadeira guerra entre os deuses elimine todo o planeta Terra e a vida tal qual a conhecemos hoje.

A piadinha acima não foi à toa. De fato, Percy Jackson e o Ladrão de Raios lembra bastante Harry Potter e seus subtítulos derivados. Até porque a receita é a mesma. A saga mitológica reúne cinco capítulos já existentes na literatura – Percy Jackson e o Ladrão de Raios; Percy Jackson e o Mar de Monstros; Percy Jackson e a Maldição do Titã; Percy Jackson e a Batalha do Labirinto; Percy Jackson e o último Olimpiano – e também três personagens carismáticos, envoltos em diversas aventuras e com um belo final feliz como a cereja do bolo. Além disso, a adaptação para o cinema deste primeiro longa de Percy foi dirigido por Chris Columbus, diretor dos dois primeiros episódios de Harry Potter (A Pedra Filosofal e a Câmara Secreta) …. quanta coincidência!

Me engana que eu gosto…

Geralmente, as histórias adaptadas de livros para o cinema rendem boas críticas, a maioria delas referente à compilação da história que deve ser adequada para as poucas horas de um longa cinematográfico. No entanto, Percy Jackson foi esquartejado! Pior do que isso, teve a sua história alterada, praticamente reescrita. Para vocês terem uma ideia, vou utilizar uma comparação básica, resguardando as devidas proporções, claro:

Imaginem que, em “Titanic“, ao invés do transatlântico chocar-se com um iceberg, tenha sido alvo de um meteoro! Ou, seguindo o nível de comparação, em “Romeu e Julieta“, o casal protagonista não tenha falecido ingerindo veneno, mas sim assassinado por um grupo de neo-facistas…. Pois é… Em Percy Jackson, como o próprio nome já diz, existe um ladrão de raios. Mas enquanto no livro este personagem é um, na adaptação cinematográfica o trombadinha é outro completamente diferente. E isso, apesar de parecer um mero detalhe às vistas grossas, torna-se fundamental para todo o enredo do filme. Outros personagens essenciais foram simplesmente esquecidos, assim como outros detalhes absurdamente alterados. Outro detalhe à título de curiosidade: no livro, Percy Jackson e Anabeth têm doze anos cada. No filme, ambos possuem dezessete e já dão indícios de um novo romance… Além disso, analisando friamente o roteiro, podemos perceber alguns furos primários, independentemente da adaptação literária. Lamentável.

Em suma, Percy Jackson e o Ladrão de Raios é um bom filme, com efeitos especiais bem trabalhados e uma história contagiante para aqueles apaixonados por história (e para aqueles que já sentem falta de outro raio, aquele presente na testa de um certo bruxinho…). No mais, para quem já leu o livro, não aguardem muita coisa. Tenho certeza de que a indignação será a mesma.

 

Crítica por: Rogério Lagos (Blog)

 

 

Pequenos Espiões 3

Pequenos Espiões 3 (Spy Kids 3-D)

Quando Robert Rodriguez lançou ‘Pequenos Espiões’ anos atras, os críticos e o público abraçaram a idéia calorosamente. Hoje em dia, filmes com a mesma premissa estão transbordando nos cinemas (Agente Teen, por exemplo). Pensando nisso, o inovador escritor/ produtor/ diretor resolveu inovar para manter a franquia interessante: resolveu fazer o filme em 3-D.

So o elenco já faz você querer ver o filme: George Clooney (‘Solaris’, ‘Onze Homens e Um Segredo’), Salma Hayek (‘Frida’, ‘Um Drink no Inferno’), Antonio Banderas (‘Dupla Explosiva’, ‘Pecado Original’), Ricardo Montalban (do antigo seriado ‘Ilha da Fantasia’), Carla Gugino (‘O Confronto’), Sylvester Stallone (como o vilão Toymaker), Alan Cuming (‘X-Men 2’), Steve Buscemi (‘A Herança do Mr. Deeds’), Bill Paxton (‘Titanic’), Danny Trejo (‘Anaconda’), Carol Burtnet (do antigo seriado Mad About You) e, finalmente, Daryl Sabara e Alexa Vega como os espiões adolescentes.

Não estranhe se ao assistir o filme você perceber que tudo parece muito familiar. É porque, na verdade, o enredo é uma mistura de ‘Matrix’, ‘X-Men’, ‘Star Wars’ e ‘Hulk’. Pode parecer ridículo, mas a mistura funciona.

Carmem está presa no quarto nível de um videogame, e cabe a Juni, seu irmao, salvá-la. O videogame é, na verdade, um mundo paralelo (como em ‘Matrix’) criado pelo Toymaker para aprisionar a mente das pessoas que o jogam. Para entrar nesse mundo, a pessoa deve colocar óculos especiais. Dentro do videogame, o garoto forma uma turma com outros quatro “jogadores”, e cada um tem uma habilidade especial (como em ‘X-Men’).

Juni também conta com a ajuda de seu avô, que entra no videogame a seu pedido por ser o único que realmente conhece o Toymaker e sabe como combatê-lo. Na vida real, o velhinho é deficiente físico, mas no mundo paralelo ele usa uma armadura que o faz ser ultra-forte e saltar e pular como o ‘Hulk’.

Robert Rodriguez usa e abusa dos efeitos especiais (que são de primeira) e dos efeitos 3-D para fazer o espectador se divertir. Cada nível do videogame corresponde a um tipo diferente de jogo (luta, corrida, etc…), o que mantem a história interessante. O diálogo e as mensagens que o filme passa pode parecer meio bobinho e sem graça para os mais velhos, mas não se deve esquecer que o filme foi feito principalmente para crianças e pré-adolescentes.

Mais da metade do filme tem que ser vista colocando aqueles óculos com uma lente vermelha e uma azul (pelo menos aqui nos EUA). Muitos vão torcer o nariz, mas a experiência foi até legal, e divertidamente diferente. Leve toda a familia.

 

Nota:  
Crítica por: Ranny Oliveira Site Oficial : —

Crítica: “A Morte do Demônio”, por Renato Marafon

 

Nos últimos anos, o lado comercial tomou conta de Hollywood: Filmes começaram a ser feitos apenas para arrecadarem dinheiro, o que forçava os estúdios a remover cenas fortes para baixar a censura e não perder público.

O CGI (computação gráfica) se apossou dos estúdios, que começaram a criar quase todas as cenas com chroma-key e efeitos visuais, tornando algumas produções visualmente sofríveis.

O gênero que mais perdeu com essa nova era foi o terror: o sangre começou a ser criado em CGI e/ou cortado das produções, para que a censura permitisse menores desacompanhados irem aos cinemas, gerando mais lucro.

Foi o fim da era gore, daqueles filmes extremamente violentos e sangrentos, que deixaram muitos fãs órfãos. ‘A Morte do Demônio‘ chega para quebrar esse tabu: violento, sangrento, nojento, pesado. Uma verdadeira homenagem ao filme original e aos clássicos do terror.

O roteiro toma liberdades criativas e alterações gritantes na trama original, para justificar os 50 mil galões de sangue falso usados pelo diretor Fede Alvarez, e criar um suspense maior para aqueles que assistiram ao filme original. As alterações devem agradar até mesmo os fãs, pois deixam a nova versão muito mais violenta e sanguinária – porém, mais visual e menos suspense.

Nos EUA, o filme recebeu a alta classificação Rated R, que significa que menores de 17 anos só podem assistir ao filme acompanhados dos pais ou de algum responsável. A censura é explicada: decapitações, mutilação, linguagem chula, banho de sangue… Tudo está ali.

Após ficarem presos em uma afastada cabana, cinco amigos de 20 e poucos anos encontram o Livro dos Mortos, e sem saber dos perigos presentes, conjuram demônios adormecidos que vivem na floresta. Os demônios começam a possuir jovem por jovem, deixando apenas um para lutar pela sobrevivência.

O semi-desconhecido diretor uruguaio Federico Alvarez conquista o público ao preferir chocar a plateia, mesmo que isso causasse uma demanda menor de público. É um filme para pessoas fortes e apreciadoras do gênero terror.

Alvarez não quis usar efeitos em computação gráfica no filme. Tudo é explicito, e extremamente realista. Foram longos 70 dias de filmagens, com truques de mágica e ilusionismo para deixar as cenas mais próximas possíveis da realidade.

O elenco também demonstra um grande talento, com destaque para a nova protagonista, interpretada pela ótima Jane Levy (da série ‘Suburgatory’). Shiloh Fernandez (‘A Garota da Capa Vermelha’), Lou Taylor Pucci (‘Vírus’) e Jessica Lucas (‘Cloverfield – Monstro’) também se destacam, deixando apenas Elizabeth Blackmore (da série ‘Legend of the Seeker’) como o elo fraco em termos de atuação.
No roteiro, podemos ver o dedo de Diablo Cody (‘Juno’, ‘Garota Infernal’): falas irreverentes, uma protagonista falha e viciada em cocaína e alguns momentos bastante irônicos, porém não engraçados (positivamente falando).

Os fãs do original sentirão falta de algumas coisas, como a risada diabólica da garota possuída durante quase todo o filme, a interação dos jovens, o balanço se movendo sozinho… mas as novidades na trama consegue subverter a atenção para as novas viradas do enredo – e não são poucas.

A Morte do Demônio‘ chega para quebrar esse paradigma contra os filmes de terror, fazendo sucesso nas bilheterias norte-americanas (fez ótimos US$ 25,7 milhões em sua estreia) e agradando aos críticos – que geralmente torcem o nariz para filmes do gênero. E o melhor: é um filme chocante, que vai agradar aos ávidos pelo verdadeiro gênero terror, além dos fãs do clássico de Sam Raimi.

Crítica: “Homem de Ferro 3”, por Renato Marafon

Com a estreia de ‘Homem de Ferro’ em 2008, a Marvel Studios conquistou os críticos e o público, dando início à produção de seus próprios filmes de super-heróis com qualidade de roteiro e muita ação, como ‘Thor’ e ‘Capitão América – O Primeiro Vingador’, culminando no perfeito ‘Os Vingadores’.

Foi na sequência de ‘Homem de Ferro’, porém, que o estúdio realizou seu primeiro deslize: pecando pelo excesso, a sequência tentou agradar adicionando mais personagens e subtramas que deveria.

Homem de Ferro 3’ chega aos cinemas com o peso de manter o Universo da Marvel na ativa, iniciando a Fase 2 dos Vingadores. Apesar de ser levemente superior ao segundo filme, a produção peca justamente no mesmo aspecto: o excesso.

O roteiro adiciona várias armaduras novas (provavelmente para ganhar dinheiro com venda de brinquedos), personagens e subtramas, que acabam dividindo o enredo em três atos totalmente distintos, fazendo com que os espectadores se percam em meio a tantas histórias paralelas e informações. O problema maior está nos vilões: pessoas com DNA geneticamente alterado pela tecnologia Extremis que explodem e cospem fogo. A transição para as telas não consegue convencer, deixando tudo cartunesco e totalmente irreal.

Shane Black, que já havia dirigido Robert Downey Jr. em ‘Beijos e Tiros’, assume o lugar deixado por Jon Favreu. Em parceria com Drew PearceBlack também assina o roteiro da produção, baseado na série Extremis, dos quadrinhos de Warren Ellis Adi Granov. Apesar de não ter o talento de Favreu, Black não decepciona.

A história começa com um flashback explicando como era o comportamento de Tony Stark anos atrás. Em narração off, ele volta para os dias de hoje, quando vê seu mundo pessoal destruído pelas mãos de um inimigo oculto. Ainda afetado pelos eventos de ‘Os Vingadores’, Stark tem que combater crises de ansiedade enquanto embarca em uma jornada para encontrar os responsáveis pela destruição de sua casa e de um atendado à vida de seu amigo Happy Hogan. Pressionado, Stark tem que sobreviver lançando mão de seus próprios dispositivos, contando com sua engenhosidade e instintos para proteger aqueles que lhe são mais próximos.

Robert Downey Jr. é a personificação perfeita do personagem, novamente o grande ponto positivo. Ele é Tony Stark! Sua interpretação está melhor que os dois filmes anteriores, com um senso de humor indescritível e piadas inteligentes. Os melhores momentos são os que Tony Stark parte em sua jornada pessoal, permitindo aDowney Jr. trabalhar o personagem de maneira brilhante. A química do ator com o ótimo Ty Simpkin, que interpreta o garotinho Harley, é fantástica. Gwyneth Paltrowganha maior destaque para trabalhar sua Pepper Potts, tendo maior importância para a trama.

Ben Kingsley está ótimo no papel do Mandarim, mas ao contrário do que os produtores afirmaram em entrevistas, sua performance não é assustadora, e sim o alívio cômico – o que deve deixar os fãs dos quadrinhos bastante decepcionados. Guy Pearce Rebecca Hall, novas adições no elenco, convencem em seus papeis.

Voltando apenas como ator e produtor, Jon Favreau teve mais tempo para se dedicar ao seu Happy Hogan, sendo responsável por alguns dos melhores e mais engraçados momentos do filme, mesmo tendo pouco tempo em tela.

Enquanto os personagens são bem trabalhados, a trama peca ao não conseguir unir todas as histórias paralelas de uma maneira convincente. Quando se faz necessário o uso de flashbacks e narração em off para contar uma história nos cinemas, algo está errado. E é justamente aí que o enredo se perde. Correndo para condensar a história da tecnologia Extremis e do Mandarim, o roteiro deixa furos e pontas soltas, que acaba deixando as motivações do vilão extremamente rasas e superficiais.

Como entretenimento puro, ‘Homem de Ferro 3’ entrega um dos grandes blockbusters do ano. Porém, não consegue fazer jus ao primeiro filme e ao legado que ‘Os Vingadores’ deixaram no cinema, se tornando uma ponta solta no Universo que a Marvel trabalha brilhantemente para criar.

E não perca tempo com o 3D convertido, totalmente desnecessário e caça-níqueis.

Guerra é Guerra!

O que importa mais: Uma amizade de anos ou um grande amor? Seguindo este dilema, o novo filme da atriz (vencedora do Oscar) Reese Witherspoon é uma surpresa positiva, mesmo sendo recheado de clichês, diverte e tem boas sacadas. E já dá para cravar: Muita gente vai gostar desse filme! Tinha tudo para dar errado mas no final das contas acaba dando muito certo.

Na trama, dois agentes da CIA (que adoram se meter em confusão) são parceiros inseparáveis e melhores amigos até que ficam interessados pela mesma mulher. Assim, começa um jogo de gato e rato para saber quem conquista o coração da atraente jovem, que acaba afetando a amizade entre eles. A comedora de sushi, Lauren (Witherspoon) é a interseção desse triângulo, que tem em uma ponta o malandro sedutor FDR (interpretado pelo Jovem Capitão Kirk, Chris Pine) e na outra o romântico e bonzinho Tuck (papel do ótimo ator Tom Hardy, do excepcional “Bronson”).

A característica da dupla masculina é muito bem definida. Um conhece Lauren por um site de namoro, o outro, quando está ‘à caça’ em uma vídeolocadora. O primeiro citado é mais caseiro, tranqüilo e que gosta de estar em um relacionamento. O segundo, é o conquistador, que não sabe o valor de um relacionamento e vê em Lauren a grande oportunidade de viver um grande amor. Ambos embarcam nessa aventura pelo coração da loirinha simpática e cada um reúne uma equipe de analistas da Cia para saber os pontos fracos do alvo, nesse momento diálogos hilários acontecem, tornando essa fita muito divertida.

A história é simples e nem um pouco original mas o elenco é harmônico e se entende muito bem em cena. O foco no triângulo amoroso é peça fundamental para o sucesso da fita, se o objetivo fosse fazer uma hora e meia de cenas de ação, certamente não iria agradar tanto como agradou. Falando dessas cenas (de ação), são muito bem trabalhadas e sempre ao som de uma música que interage com o que se passa na tela dando um ritmo eletrizante, méritos para o diretor McG (que dirigiu também “O Exterminador do Futuro – A Salvação”), que sem dúvidas, faz o seu melhor trabalho no mundo do cinema.

Quanto mais a situação desse triângulo fica louco, mais divertido fica para o público. Com quem que ela fica no final?

 

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Ferrugem e Osso
08.10.2012
Pablo Bazarello

Exibido no Festival de Cannes desse ano (onde concorreu a Palma de Ouro, maior prêmio desse festival), e no de Toronto, “Ferrugem e Osso” chega ao Festival do Rio como um dos filmes mais importantes e prestigiados do evento. Infelizmente, para nós cinéfilos, a obra francesa estrelada pela maior representante do país em Hollywood atualmente, Marion Cotillard, só foi exibida num único dia, numa única sessão, já que as (apenas) outras duas foram canceladas.

Escorregadas da organização a parte (que esse ano sofreu com um grande número de dificuldades e problemas técnicos, em sua maioria devido à transposição de exibições digitais), o filme do diretor Jacques Audiard precisa ser encontrado e visto. Audiard possui certo status atribuído a seu nome recentemente, fato que se deve por ter em seu currículo o excelente “O Profeta”. Escrito e dirigido por ele, esse filme de prisão já foi comparado ao “Poderoso Chefão”, e recebeu a indicação de melhor filme estrangeiro no Oscar de 2010 (perdendo para o igualmente fantástico filme argentino, “O Segredo dos Seus Olhos”).

Ferrugem e Osso” é um filme forte e igualmente marcante, que poderia muito bem representar a França no Oscar do próximo ano. Isso é, se não fosse um pequeno grande empecilho em seu caminho chamado “Intocáveis”, a maior bilheteria do ano em seu citado país de origem, e o escolhido para uma vaga na categoria de melhor filme estrangeiro. Seja como for, a obra do diretor Audiard é garantida de agradar mais a alguns cinéfilos, do que o agradável e carismático “Intocáveis”. Na trama, co-escrita pelo próprio diretor, um sujeito luta para criar seu filho pequeno. Nos primeiros minutos de projeção já conseguimos ter um senso da grande dificuldade enfrentada pela dupla, que precisa recorrer aos restos deixados por outros passageiros no trem a fim se alimentar. O protagonista Ali (o ótimo belga Matthias Schoenaerts) então decide como última opção fazer uma visita (de tempo indeterminado) para sua irmã mais velha. Sua relação com Anna (a irmã), papel de Corinne Masiero, é perceptivelmente abalada sem que saibamos exatamente o motivo, assim também como nunca fica claro o paradeiro da mãe do menino Sam (Armand Verdure).

Aqui isso não importa, e a obra deixa-nos tirar as conclusões, assim como a maioria dos filmes adultos europeus não mastigam suas informações ao público. Seu foco é na futura relação de Ali, que arruma emprego como segurança de boate, com a problemática Stéphanie, papel de Cotillard, uma treinadora de baleias orcas, numa espécie de Sea World. Os dois se conhecem na tal boate após uma briga, e faíscas contraditórias são soltas logo de início quando as personalidades ingenuamente sincera e egoísta (dele), e traumatizada e danificada (dela) colidem. O que acontece a seguir é um dos pontos-chave da trama, que é mostrado pelo trailer, mas caso não queira saber pule esse parágrafo direto para o último. O que acontece a seguir, é que após um grande acidente envolvendo a criatura marinha, a personagem de Cotillard tem as pernas amputadas e precisa reestruturar toda a sua vida. Ao mesmo tempo, Ali se envolve em lutas undergound ilegais, por dinheiro.

Nem é preciso elogiar a atuação da sempre eficiente Cotillard, que como tido, se não é a melhor atriz francesa da atualidade (ou talvez seja), é sem dúvidas a de maior prestígio, e o maior chamariz para a obra, acima até mesmo do diretor. Cotillard, que já tem a estatueta de melhor atriz da Academia enfeitando sua casa, justamente por um filme feito em sua terra (“Piaf”, 2008), seguiu se consolidando como o nome mais proeminente do cinema francês em Hollywood, atuando em grandes produções, e ao lado de personalidades consagradas, em filmes como “Nine”, “Inimigos Públicos”, “A Origem”, “Contágio”, “Meia Noite em Paris”, e no recente “O Cavaleiro das Trevas Ressurge”. Isso tudo sem esquecer de suas origens atuando também em projetos como “Até a Eternidade”. A química da dupla protagonista é ótima, tanto que os dois repetem a parceria, e fazem parte do elenco de “Blood Ties”, thriller americano dirigido pelo francês Guillaume Canet, programado para 2013.

Embora dramático e emotivo, “Ferrugem e Osso” nunca chega a marca do massacre de sentimentos. É uma história onde coisas ruins acontecem aos personagens, que como em toda trama de superação, precisam lidar e vencer seus problemas. Mesmo mais inclinado ao drama, a produção guarda diversas cenas cômicas, principalmente as que dizem respeito ao relacionamento inicialmente prático da dupla protagonista. Os holofotes aqui ficam para Schoenaerts (de “A Espiã” e do inédito e elogiado “Bullhead”, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro desse ano), que possui uma forte presença nas telas. É uma grande qualidade para um ator se tornar imprevisível em seu personagem, e o belga Schoenaerts desperta igualmente compaixão, sensibilidade, repulsa e certo terror. Nunca sabemos qual desvio seu personagem irá sofrer, e o ator incorpora essa ambiguidade de forma incrivelmente eficiente. O diretor Audiard (um nome para seguirmos de perto agora) consegue criar uma obra crua em seus sentimentos, aplicando em doses uma doçura florescente, cuja guinada final consegue satisfazer os adeptos de ambos desfechos, crus e realísticos, ou satisfatórios e agradáveis.

 

Nota:

 

Crítica por: Pablo Bazarello (Blog)

Burlesque

 

Se você gosta da Christina Aguilera, da Cher ou do gênero musical (ou de tudo isso junto) não pode perder o filme Burlesque.

Dirigido e roteirizado por Steve Antin, este romance musical traz a cantora Christina Aguilera no papel principal (sua estreia no cinema) como a jovem e sonhadora Ali, que larga tudo para ir a Hollywood a procura da fama. Em sua caça à emprego, Ali encontra um bar burlesco no comando de Tess (Cher) onde sexies dançarinas fazem coreografias ousadas ao som de grandes divas como Marilyn Monroe, por exemplo. Ali logo se infiltra no bar, no inicio como garçonete, mas sua grande voz a faz ter destaque do dia pra noite e sua busca por fama fica cada vez mais perto de ser conquistada.

A pergunta que não quer calar: Aguilera se saiu bem como atriz? Bom, se fomos comparar com os fracassos das suas companheiras de profissão (Britney Spears em Crossroads e Mariah Carey em Glitter), eu diria que sim. Por mais que na maioria das cenas ela está cantando e dançando (coisas que ela já tirava de letra), por ser principiante ela está bem à vontade com seu personagem, elenco e tudo em volta. O diretor infelizmente não deu muito espaço para a Aguilera realmente atuar, mas, no que lhe foi proposto, ela tira de letra.

É um filme divertido, com excelentes músicas e danças bem elaboradas e executadas. Melhor que muito musical que já vi (Nine é um exemplo recente, inclusive). Ok que o roteiro não é lá essas coisas. É bem “mais do mesmo”, mas o filme foi produzido com essa ideia. O diretor não queria revolucionar a história do cinema ou algo do tipo, e sim fazer um filme agradável, legal e, de quebra, unir duas gerações de divas: Cher e Aguilera. Precisa de mais?

Kristen Bell, Cam Gigandet, Stanley Tucci, Julianne Hough, Eric Dane e Alan Cumming também fazem parte do elenco.

 

 


Crítica por:
Janis Lyn Almeida Alencar (Blog)

 

 

Budapeste

 

Sinopse: José Costa é um escritor anônimo que viaja para Budapeste. Ele sente um amor incondicional pela cidade e envolve-se cada vez mais com seu idioma.

O primeiro ponto de atração que Budapeste criará com o público será o fato de ser baseado no comentado romance de Chico Buarque – referências a sua obra podem ser vistas no trailer. As mulheres se interessarão pelos escritos do homem que mais próximo chegou de entender o sexo frágil, é o que dizem. Já os homens podem se contentar com tórridas cenas sensuais com belas curvas femininas expostas na tela.

Tais cenas podem ser colocadas no rol dos bons momentos desse filme irregular. A todo momento o espectador se sentirá em um vai-e-vem de admiração: quando está quase no ponto de perder-se totalmente o interesse pela fita, chega uma imagem impactante ou criativa que faz com que a relação público-filme volte a se aproximar. Por essa razão, é necessário uma boa dose de cautela ao indicar o longa. Um bom tanto de pessoas aplaudirá ao final da projeção, mas outra leva terá impressões finais negativas.

Para quem gosta de pontos turísticos, Budapeste é um convite para viagem. Enquanto a questão da autoria é discutida pelos dilemas de José Costa, as belas paisagens europeias são apresentadas com um olhar quase de endeusamento da cidade. Dessa forma, a Budapeste utópica do filme torna-se a Pasárgada do protagonista.

Colabora para o embelezamento da experiência do escritor anônimo a bela fotografia em tons dourados de Lula Carvalho (Feliz Natal). Budapeste é dirigida por Walter Carvalho, mais conhecido no meio por seus trabalhos como diretor de fotografia (Chega de Saudade), por isso a expectativa visual dessa produção era grande. Nessa caso temos uma rara oportunidade em que expectativas elevadas são plenamente satisfeitas.

 
Crítica por: Edu FernandesSite: www.homemnerd.com.br