quarta-feira, maio 1, 2024

Sessão da Tarde Anos 80! Relembre as clássicas comédias adolescentes que completam 35 anos

Só quem viveu os famigerados anos 80, sabe a época inesquecível que foi. Sim, foi uma década politicamente incorreta, mas foi também o surgimento de muitos conceitos que mudariam para sempre a cultura popular e a forma como nos relacionamos com o entretenimento e o cinema. Foi nos anos 1980, por exemplo, a consolidação dos chamados blockbusters, ou seja, o auge do cinema entretenimento, de filmes que surgiam nos cinemas e se tornavam maiores que a vida, fazendo parte do nosso dia a dia. Filmes estes comentados e queridos até hoje – como De Volta para o Futuro, Os Caça-Fantasmas, Indiana Jones, Top Gun, Karatê Kid e muitos outros. Foi também a época do surgimento das videolocadoras, lojas que os mais novos talvez tenham ouvido falar. Esses locais que serviam para o aluguel físico de filmes para serem assistidos em casa, sem dúvida contribuíram para a popularidade não apenas dos filmes citados que se tornaram eternos, mas também para a sobrevida de outras produções que haviam passado em branco durante sua estadia nas telonas.

Outro elemento que ajudou muito esta proximidade dos filmes com seu público foram as exibições nos canais de TV. Todo país teve algum canal, ou canais, abertos a todo o público que serviu para introduzir as mais variadas produções cinematográficas a toda uma geração. No Brasil, os principais cicerones foram a Globo e o SBT, que fizeram a alegria de muitas crianças, adolescentes e adultos. Os cinemas e as locadoras podiam não ser acessíveis para todos, mas através das exibições na televisão, qualquer um podia conhecer grandes sucessos da sétima arte e se apaixonar. Pensando nisso, resolvemos homenagear esta época tão especial, lembrando de um programa especializado em exibir filmes que entraram e nunca mais saíram do imaginário popular, a Sessão da Tarde, na Globo. Aqui, relembraremos com você algumas clássicas comédias adolescentes exibidas por lá, que estão completando 35 anos em 2022. Não é pouca coisa. Confira.

Uma Noite de Aventuras

O título original aqui é ‘Adventures in Babysitting’, algo como “aventuras de ser babá”, o que relata exatamente o que vemos em tela. Somente nos anos 80 ser babá era uma atividade extremamente desafiadora e perigosa. O filme da Disney, através da subsidiária Touchstone Pictures, acabou se tornando um veículo para a atriz Elisabeth Shue brilhar, então uma jovem promissora de 24 anos, que havia participado anos antes do sucesso Karatê Kid (1984). No filme, Shue é Chris, uma moça que aceita o trabalho costumeiro de ficar de babá para a pequena Sara (Maia Brewton), uma menina fascinada pelo herói Thor, e Brad (Keith Coogan), o irmão adolescente dela. Se juntando ao trio o melhor amigo “zoeiro” do rapaz, Daryl (Anthony Rapp). Quando a babá decide ir ajudar uma amiga perdida no centro da cidade, resolve levar consigo o trio, e termina passando pela tal “noite de aventuras” do título, com direito a uma passagem por um clube de jazz, serem perseguidos por criminosos, desavenças amorosas com o ex da protagonista, e até mesmo um encontro com o personagem da Marvel citado, ou quase – vivido por Vincent D’Onofrio. Uma Noite de Aventuras pode ser encontrado no acervo atual da Disney+ pelo título original ou pelo novo nome que recebeu por lá: “Uma Aventura de Babás”.

Namorada de Aluguel

O segundo item da lista é igualmente uma produção da Disney, o que pode surpreender muitos. Trata-se de mais um filme lançado pela Touchstone Pictures, mas este presente do acervo do outro streaming da Disney, o Star+. Namorada de Aluguel talvez seja ainda um filme mais lembrado e mais querido pela geração que cresceu nos anos 1980 do que Uma Noite de Aventuras – que se tornou um filme mais cult. Este aqui se concentra mais no gênero do romance adolescente do que numa aventura alucinada como o item acima. Quem protagoniza é outro ator adolescente que fazia muito sucesso nos 80’s, mas que continua até hoje em atividade, conseguindo manter sua fama: Patrick Dempsey. Sua companheira de tela, Amanda Peterson, infelizmente, viria a falecer em 2015, aos 43 anos de idade. A trama, também tipicamente saída das histórias da época mostrava o típico nerd perdedor Ronald (Dempsey) apaixonado por sua vizinha Cindy (Peterson), a menina mais popular do colégio. Então o sujeito tem a brilhante ideia de “comprar” sua popularidade, pagando para a vizinha fingir ser a namorada dele, para dar um up em seus “likes” da época. Mas o título original diz ‘Can’t Buy me Love’, assim como na canção dos Beatles. Ou seja, não pode me comprar o amor.

Manequim

Depois de duas produções icônicas da Sessão da Tarde lançadas no cinema pela Disney, através da subsidiária Touchstone Pictures, chega um filme produzido por um dos estúdios mais queridos e “zoados” da época: a picareta Cannon Films. Especializada em filmes de ação, a Cannon Films foi a responsável por estabilizar as carreiras de gente como Chuck Norris, Charles Bronson e até Jean-Claude Van Damme no período. Mas a Cannon fez filmes em outros gêneros também, e há 35 anos resolvia investir nas tão lucrativas comédias adolescentes. É claro que sendo uma produção da Cannon esta não poderia ser uma comédia romântica adolescente comum, e sim uma fazendo uso de uma trama bem “WTF”. Quem protagoniza aqui é o sumido Andrew McCarthy, ídolo adolescente dos anos 80 que fazia parte do grupinho chamado “brat pack”. Ele vive um jovem que trabalha construindo manequins para lojas de departamento de roupas. Porém, ele termina se apaixonando por sua mais recente criação!

Leia também: 12 Filmes para Conhecer o Brat Pack: Os Astros Mais Quentes dos anos 80

Não deixe de assistir:

Isso mesmo, a manequim Emmy que, como era de se esperar, ganha vida nas formas de Kim Cattrall (a Samantha de Sex and the City), mas que apenas ele parece ver falando e em movimento. E este é o filme. O curioso é que conta com nomes como James Spader, Estelle Getty (a mãe de Stallone em Pare! Senão Mamãe Atira) e G.W. Bailey, basicamente reprisando seu papel como o Tenente Harris da franquia Loucademia de Polícia. O filme chegou inclusive a ganhar uma continuação em 1991, intitulada Manequim – A Magia do Amor, desta vez com William Ragsdale (A Hora do Espanto) e Kristy Swanson (Buffy – A Caça-Vampiros, o filme) nos papeis principais.

Alguém Muito Especial

Não seria uma lista de filmes adolescentes dos anos 80 sem uma produção de John Hughes, certo? Então aqui chega o tal representante. O icônico diretor ainda é sinônimo de filme adolescente de qualidade, tendo em seu currículo obras atemporais como Curtindo a Vida Adoidado, Clube dos Cinco, Mulher Nota Mil e Gatinhas e Gatões. Justamente por isso, quando filmes como os novos Homem-Aranha da Marvel, com Tom Holland, foram lançados, foram automaticamente descritos como homenagens a John Hughes. Isso porque o diretor soube como poucos canalizar o sentimento do que era ser adolescente na época em suas produções, olhando para além de jovens cheios de hormônios que só tinham uma coisa em mente, como retratados em muitos filmes da época. Pelo contrário, os filmes de Hughes tinham muito sentimento e coração, muitas vezes retratando inclusive a angústia das jovens mulheres – que muitas vezes ganhavam o protagonismo.

É o caso aqui com este Some Kind of Wonderful, no título original, produção da Paramount Pictures que cria uma das personagens femininas adolescentes mais interessantes da década, a roqueira baterista Watts, papel de Mary Stuart Masterson. A personagem já quebrava paradigmas na época, fugindo dos padrões do que a sociedade esperava dela e, claro, recebendo muita hostilidade vinda de mentalidades atrasadas de uma época incorreta. Watts não se vestia como as outras meninas, tinha um estilo próprio, cabelos curtinhos e muita atitude. Justamente por isso, era vista apenas como “a melhor amiga” pelo protagonista Keith (Eric Stoltz), que estava mais interessado nos padrões da época, e visava a menina mais popular do colégio, a doce Amanda Jones (Lea Thompson, a mãe de McFly em De Volta para o Futuro). O legal do filme, que não é dirigido por Hughes, apenas escrito e produzido por ele, é que o autor dá profundidade e desenvolvimento para o trio principal, fazendo deles acima de tudo humanos, entre erros e acertos.

Curso de Verão

Finalizando a lista, temos outro filme que se tornou muito querido em sua época de exibição na Globo, mesmo não tendo sido um sucesso tão grande quando passou pelos cinemas. Na matéria tivemos duas produções da Disney (através da Touchstone Pictures), uma da “picareta” Cannon Films, e agora terminamos com a segunda da Paramount Pictures. Ao contrário do item acima, um filme adolescente mais romântico e até puxado para o lado dramático, aqui temos o que provavelmente é o mais escrachado de todos – lembrando a vibe de comédias como Loucademia de Polícia, por exemplo, onde tínhamos uma gama de personagens excêntricos permeando a narrativa. Na direção temos o saudoso Carl Reiner, pai de Rob Reiner, e diretor de alguns filmes com Steve Martin nos anos 70 e 80, como O Panaca, Cliente Morto Não Paga, O Médico Erótico e Um Espírito Baixou em Mim.

A trama era o pesadelo de qualquer criança da época, que lutava para fugir da recuperação no colégio. Nos EUA, a “recuperação” é conhecida como Summer School, o título original do filme, ou seja “a escola de verão”, que é a época de férias das escolas americanas no meio do ano. Quem ficava de recuperação não tinha férias e ia para a escola. A sacada do filme é que no comando destes alunos que perigavam repetir de ano estava o professor de educação física Freddy Shoop (Mark Harmon), que igualmente vivia seu pesadelo já tendo comprado passagens para suas férias, precisando desistir delas e correndo o risco de perder seu emprego. Assim, alunos e professor não queriam estar ali, mas precisam coexistir e terminam por criar grandes laços de amizade.

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