quarta-feira, maio 1, 2024

The Eras Tour | Conheça ou relembre cada uma das músicas da aclamada turnê de Taylor Swift

Taylor Swift é um dos nomes mais poderosos da indústria fonográfica contemporânea, tendo levado para casa centenas de prêmios ao longo de dez álbuns de estúdio – e, agora, caminhando para ter a turnê mais bem-sucedida da história com a The Eras Tour.

As apresentações continuam a todo vapor pelo mundo e, em novembro deste ano, ela chegará ao Brasil com nada menos que seis shows (três no Rio de Janeiro e outros três em São Paulo).

Pensando nisso, preparamos uma lista separando todas as canções presentes no setlist de sua turnê – com exceção da “música surpresa” que ela coloca em cada show -, analisando brevemente a composição de cada uma delas. Para tanto, separamos a lista da mesma maneira que a artista (ou seja, em dez atos).

Confira:

ATO I – LOVER

MISS AMERICANA & THE HEARTBREAK PRINCE

Enquanto a carreira de Taylor é recheada de explosivos e dançantes refrões, “Miss Americana & The Heartbreak Prince” prova que ela não tem medo de experimentar coisas novas. Apostando na suavidade de um synth-pop e num verborrágico enredo do medo de perder alguém, essa faixa é um dos estandartes que passaram longe do radar de ‘Lover’.

THE MAN

O quarto single de ‘Lover’ foi um grande divisor de águas na carreira de Swift e não tem o crédito que merece. Além de ter feito sua estreia diretorial com um elogiado videoclipe, “The Man” aflorou a presença política da performer com críticas ácidas aos privilégios masculinos da sociedade contemporânea e à necessidade do feminismo.

THE ARCHER

Não deixe de assistir:

Seja com metáforas líricas on point, seja com uma produção bastante caprichosa e saudosista, “The Archer” foi lançada de surpresa e, mesmo assim, não se configurou com um dos singles principais de ‘Lover’. De qualquer forma, o dream-pop e o new wave se uniram em uma potente composição movida pelos sintetizadores e trazendo uma das rendições mais pessoais de Swift.

CRUEL SUMMER

Apaixonar-se é sempre algo misterioso e que nos causa borboletas no estômago, talvez pela emoção de enxergar alguém de um modo bem diferente do comum. É através dessa básica premissa, digna de qualquer rom-com dos anos 1990, que Swift cria “Cruel Summer”. A envolvente canção de amor é recheada de versos criativos e um uso potente dos sintetizadores, que lhe garantiram adoração por parte dos fãs.

YOU NEED TO CALM DOWN

Swift demorou para se colocar como uma defensora política da comunidade LGBTQ+, por mais que seu público fosse majoritariamente parte desta. Com “You Need to Calm Down”, a artista usou e abusou de sua ácida ironia para criar um “hino” pró-queer, zombando de homofóbicos e preconceituosos através de uma narrativa bastante colorida e eufórica.

LOVER

Taylor não poderia deixar de enfeitar seu sétimo álbum de estúdio com certas incursões do country – e fez isso de maneira belíssima ao contrastá-lo com o indie folk e o pop em “Lover”, uma semi-balada slowtempo que misturou inflexões do baixo com uma qualidade nostálgica sem igual.

ATO II – FEARLESS

LOVE STORY

O lead single de ‘Fearless’, aclamado álbum que rendeu a Swift sua primeira estatueta de Álbum do Ano no Grammy Awards, é uma das músicas mais conhecidas da princesinha do country-pop. Inspirada pela clássica peça ‘Romeu e Julieta’, de William Shakespeare, “Love Story” se torno um sucesso massivo no cenário internacional e foi a música country ano pela BMI.

FEARLESS

A música título de seu segundo álbum de estúdio é uma mudança drástica àquilo que Taylor havia nos apresentado desde então. Mergulhando de cabeça no pop rock, a temática gira em torno do destemor de se apaixonar e de lidar com o futuro, trazendo uma narrativa centrada no encontro perfeito. A canção debutou em nono lugar dos charts da Billboard.

YOU BELONG WITH ME

O lead single de ‘Fearless’, aclamado álbum que rendeu a Swift sua primeira estatueta de Álbum do Ano no Grammy Awards, é uma das músicas mais conhecidas da princesinha do country-pop. Inspirada pela clássica peça ‘Romeu e Julieta’, de William Shakespeare, “Love Story” se torno um sucesso massivo no cenário internacional e foi a música country ano pela BMI.

ATO III – EVERMORE

WILLOW

2020 se mostrou bastante prolífico para Taylor Swift e, menos de cinco meses depois do lançamento de ‘Folklore’, ela deu início a uma nova era respaldada no indie folk e no rock alternativo. A melódica e burlesca “willow” serviu como pontapé inicial do adorável álbum ‘Evermore’ – e um dos melhores lead singles da artista.

CHAMPAGNE PROBLEMS

Taylor sabe exatamente de que forma decide entregar suas belíssimas canções – e “champagne problems” não é um caso à parte. Enquanto restringe-se a uma linearidade fabulesca guiada pela repetição proposital do piano, a artista brinca com certas notas, as quais, eventualmente, fornecem a profundidade requisitada para um anthem tão catártico quanto este.

MARJORIE

É difícil não se emocionar com a potência taciturna de “marjorie”. Um dos muitos ápices artísticos de Swift em ‘Evermore’, a faixa trata com carinho e com uma saudade imbatível Marjorie Finlay, falecida avó da performer que a encorajou a mergulhar no mundo da música. A própria cantora e compositora disse que Finlay a visita, ainda que em sonhos, para lhe dar inspiração e para segurar sua mão em momentos difíceis.

‘TIS THE DAMN SEASON

Apostando nos ecos dissonantes da guitarra e do baixo, “‘tis the damn season” encontra espaço de sobra para colocar certas batidas panorâmicas em uma invernal e narcótica ambientação que recorda de tempos que não vão voltar mais – mas cujas consequências sempre são sentidas em uma determinada época do ano.

TOLERATE IT

“tolerate it” mostra com vontade ígnea que Taylor Swift tem puro controle sobre suas incursões vocais e, por mais que seu alcance não seja espetacular, ela sabe como usá-lo a seu favor. Mais do que isso, a faixa prova novamente que a performer cria mágica com a melodia do piano e que tem um apreço gigantesco por unir tendências em um único escopo sonoro.

ATO IV – REPUTATION

DELICATE

“Delicate” é uma das melhores músicas do sexto álbum de Swift, principalmente por resgatar um estilo musical do final do século passado e por retomar parceria com Martin e Shellback. O electropop, infundido com distorções vocais arrepiantes e envolventes, serviu como base para uma narrativa que voltava a demonstrar a vulnerabilidade de sua performer principal, ainda que contrastante com a produção restante do CD.

…READY FOR IT?

Fazendo homenagens visuais a clássicos do sci-fi em uma arquitetura audiovisual cyberpunk, “…Ready For It?” foi o segundo single de ‘Reputation’ e rendeu-se ao EDM e ao dubstep com força inigualável. A partir daí, todos já começavam a compreender exatamente o que a nova era representaria para a carreira de Taylor Swift.

DON’T BLAME ME

Taylor Swift nos deu vida com as inflexões do dub de “Don’t Blame Me”, uma das faixas mais coesas de ‘Reputation’. Misturando elementos do gospel e do synth-pop, a canção merecia ter ganhado mais atenção da mídia, mas ao menos caiu no gosto popular. Os versos tratam do amor como se fosse uma droga viciante e perigosa, ainda que necessária.

LOOK WHAT YOU MADE ME DO

“Look What You Made Me Do” abriu com êxito a era mais insana de Taylor Swift, ‘Reputation’. A mudança de ares e a atmosfera dark exalada pelos pesados versos misturo dance-pop e electroclash – e teve recepção polarizada por não ser nem um pouco parecida com qualquer coisa que a artista havia nos entregado até então. De qualquer forma, a canção se tornou o quinto #1 de Taylor nos charts da Billboard.

ATO V – SPEAK NOW

ENCHANTED

“Enchanted” foi inspirado por um rapaz que Swift conheceu em Nova York mas que nunca o viu pessoalmente. Trocando e-mails entre si, a música é acompanhada por um tom agridoce de não saber se esse relacionamento sem precedentes seguiria em frente ou se encontraria obstáculos diversos. Uma platônica declaração amorosa que deixa a canção ainda mais polida do que já é.

LONG LIVE

Quando Taylor anunciou que colaboraria com a artista brasileira Paula Fernandes, poucos acreditaram que o resultado final seria bom. Entretanto, a canção caiu no gosto popular e se tornou um sucesso em território nacional – apesar de ter recebido, à época do lançamento, críticas mistas que entraram em conflito com a produção demasiadamente densa, mas elogiaram a praticidade do single.

ATO VI – RED

22

É quase de praxe que, quando alguém completa 22 anos, imediatamente se relembra da faixa homônima de Taylor Swift. A divertida investida traz referências ao disco e ao dance-pop em uma celebração da vida e de uma nova era que se inicia. “22” teve recepção sólida por parte da crítica, a qual elogiou o conteúdo lírico e a liberdade criativa da artista.

WE ARE NEVER EVER GETTING BACK TOGETHER

O momento pelo qual estávamos todos esperando veio com o anúncio de ‘Red’, quarto álbum de estúdio de Swift. A vindoura transição para o pop começou com o viciante lead single “We Are Never Ever Getting Back Together”, assinado por ela, pelo lendário Max Martin e por Shellback. Garantindo o primeiro #1 de Taylor na Hot 100, a canção foi indicada na categoria de Gravação do Ano no Grammy 2013.

I KNEW YOU WERE TROUBLE

A nova incursão do pop rock e do electropop de Swift veio alguns meses depois com “I Knew You Were Trouble”. Facilmente uma de suas músicas mais famosas, o single uptempo traz influências do dubstep e detalham com um escopo totalmente contraditório as adversidades de um relacionamento tóxico. A faixa foi um majestoso sucesso comercial à época de seu lançamento.

ALL TOO WELL (10 MINUTE VERSION)

Em catorze anos de carreira, são poucas as canções que conseguiram ultrapassar a importância e a beleza de “All Too Well”. A melhor canção de ‘Red’ (quiçá da carreira de Taylor) foi injustamente descartada como single à época do lançamento do álbum, mas tornou-se uma das favoritas dos fãs pelo poder lírico de seus versos sussurrados e pela presença de um tocante baixo – culminando em um evocativo refrão. Não é surpresa que, em novembro de 2021, Swift tenha dado um grande presente aos fãs com a prometida versão de dez minutos – que alcançou o topo da Billboard e levou inúmeros prêmios para casa.

ATO VII – FOLKLORE

CARDIGAN

Taylor Swift abria uma nova e inesperada era com “Cardigan”, lead single de ‘Folklore’, com potência e poesia como nunca vistos na carreira da cantora. A melódica composição, auxiliada pela produção magistral de Antonoff, é guiada essencialmente pelo piano e abre espaço para o folk, arquitetando uma narrativa mnemônica sobre um romance perdido nas memórias.

INVISIBLE STRING

“Invisible String” traz o retorno sólido do violão em uma descontruída balada romântica, uma história de amor que permitiu que o eu lírico (no caso a própria Taylor) pudesse se livrar das amarras de seu passado e encontrar paz interior, dialogando com basicamente tudo o que qualquer pessoa já quis.

BETTY

Swift voltou a nos chamar atenção com seu forte retorno às raízes country com “Betty” uma triste canção que amalgama elementos do folk rock e que, liricamente, é centrado em James e Betty, dois dos personagens de um triângulo amoroso fictício que Taylor trouxe ao álbum, e em uma chocante revelação de infidelidade.

THE LAST GREAT AMERICAN DYNASTY

O indie pop alternativo que se apodera de “The Last Great American Dynasty” é o melhor aspecto de uma das canções mais poderosas de ‘Folklore’. Contada a partir de uma perspectiva em terceira pessoa, a história é inspirada na socialite Rebekah Harkness, dona prévia do estado em que Swift atualmente mora.

AUGUST

A dream-folk “August” provavelmente nunca verá a luz do dia como single, mas isso não apaga sua necessidade de redescobrimento. Falando sobre a efemeridade do tempo, Swift declama certos ápices e vales ao longo de quase quatro minutos e meios enquanto percebe que, por mais que tente, o homem pelo qual é apaixonada não lhe pertence, e sim à outra.

ILLICIT AFFAIRS

É um fato dizer que Swift deixou ‘Folklore’ de lado após lançar três músicas promocionais e um single oficial – esquecendo-se de dar mais atenção a gemas dentro da própria produção, como “Illicit Affairs”. A impecável faixa nos chama a atenção por destacar a infidelidade de um eu-lírico que faz de tudo para manter seu caso em segredo.

MY TEARS RICOCHET

Escrita apenas por Taylor, “My Tears Ricochet” é uma das grandes faixas de ‘Folklore’ e, felizmente, faz parte do setlist oficial da The Eras Tour. Contando com a produção de Jack AntonoffJoe Alwyn, a faixa é embebida no arena rock e no gospel, incorporando elementos de coro e sintetizadores de forma apaixonante e dilacerante.

ATO VIII – 1989

SHAKE IT OFF

‘1989’ marcou a transição completa do mundo do country para o pop de Taylor Swift – e veio da maneira mais viciante possível com o lead single “Shake It Off”. Recebida com moderada aclamação por parte dos críticos, a canção alcançou o topo dos charts da Billboard e foi indicada a três categorias do Grammy Awards em 2015.

STYLE

“Style” é uma das poucas baladas de ‘1989’ – e, por essa razão, um dos destaques da produção. Trazendo elementos do dream-pop e do funk-pop para uma construção explosiva e sutil, ao mesmo tempo, a canção ganhou atenção do público e dos fãs, ainda mais por ser acompanhada de um belíssimo videoclipe.

BLANK SPACE

Permanecendo sete semanas no topo da Hot 100, “Blank Space” foi um sucesso massivo de crítica e de vendas – e uma declaração satírica que se autorreferenciava em comparação à atenção duvidosa que vinha recebendo da mídia. Musicalmente, a faixa é uma mistura interessante de electropop com hip-hop minimalista.

BAD BLOOD

Se você se lembra das múltiplas incursões musicais do Disney Channel, que juntavam suas estrelas mirins para rendições únicas de clássicos do cinema, talvez se sinta familiarizado com a ideia por trás de “Bad Blood”. A infecciosa canção, um dueto feito ao lado de Kendrick Lamar, ganhou o público com um videoclipe (literalmente) incendiário com aparições de Selena Gomez, Ellie Goulding, Hailee Steinfeld, Jessica Alba, Cindy Crawford e muitas outras mulheres poderosas.

WILDEST DREAMS

A balada synth e dream-pop “Wildest Dreams” não poderia ficar de fora da nossa lista, ainda mais por ser um dos singles mais tocados e conhecidos de ‘1989’. Elogiado pelos vocais de Swift, a canção incorpora uma produção atmosférica belíssima que utiliza as batidas do coração da cantora como ponto inicial.

ATO IX – ACÚSTICO/MÚSICAS SURPRESAS

Para esse ato, fique ligado nas próximas matérias do CinePOP, pois iremos escolher dez canções que queremos que sejam cantadas no Brasil quando Taylor vier para cá.

ATO X – MIDNIGHTS

ANTI-HERO

“Anti-Hero”, uma grata surpresa do álbum, parte de uma configuração similar sem perder uma idiossincrasia interessante (a profunda aliteração) e servindo como um discurso confessional de autossabotagem, marcado por “sou eu… Oi… Eu sou o problema, sou eu”. A canção é irretocável, envolvente e ecoante, dialogando com qualquer um que já tenha passado por uma situação em que as “vozes internas” vieram à tona e nos fizeram duvidar do nosso próprio caráter.

LAVENDER HAZE

“Lavender Haze” almeja pelo minimalismo, principalmente por dar espaço para a rendição de Swift tomar forma. O segundo single de ‘Midnights’ preza por uma repetitiva estrutura instrumental e uma cadência dos versos parecem homenagear artistas que se valem do mesmo aparato – como Lana Del Rey, que participa de uma das tracks do álbum, Selena Gomez e a recém-estreada Olivia Rodrigo. Em relação à composição não há muito o que falar: Taylor sempre foi uma força incomparável em relação à lírica (“eu fiquei sob escrutínio, você lidou com isso lindamente” é uma das várias entradas que nos chamam a atenção).

MIDNIGHT RAIN

Migrando para o electropop“Midnight Rain” se configura como uma reflexão em que Taylor contempla um amor perdido e a forma como ela resolveu escolher a própria carreira em detrimento de uma vida “doméstica” – e, por essa razão, atraindo comentários negativos sobre sua persona.

VIGILANTE SHIT

“Vigilant Shit”, sem sombra de dúvida a faixa mais ácida de ‘Midnights’, puxa aspectos de ‘Reputation’ para um electro-synth comedido e uma história de vingança arrepiante (“eu não me visto para mulheres, não me visto para homens; ultimamente, me visto para vingança”), arrancando semelhanças de “Look What You Made Me Do” e pincelando-a com pulsões à la Charli XCX.

BEJEWELED

Ainda que a produção de “Bejeweled” não seja muito original, ela foi forte o suficiente para encantar os fãs da loirinha. Lançado como segundo single oficial de ‘Midnights’, a canção é envolta pelo bubblegum pop que a leva de volta às suas primeiras incursões no gênero e se consagra como uma música de empoderamento e de autolibertação.

MASTERMIND

A música de encerramento de ‘Midnights’ é a ótima “Mastermind”, que foi desperdiçada como single oficial do álbum. A faixa é uma cândida história sobre um relacionamento amoroso e traz o melhor da colaboração entre Swift e Jack Antonoff à tona. Aqui, o que rege a estrutura da track é o incrível arranjo instrumental e o apreço pelo electropop.

KARMA

“Karma” foi oficialmente lançado como single em um dueto com a rapper Ice Spice – e mesmo sua versão solo foi o suficiente para conquistar os fãs. Misturando chillwave, disco, electroclash e synth-pop, a produção é regada a sintetizadores e fecha com chave de ouro a turnê.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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