terça-feira, março 19, 2024

Crítica | Sala Verde

A tensão é um mecanismo de defesa para as possibilidades do que achamos ser inevitável.

Selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2015, o excelente filme ‘Sala Verde‘ (Green Room) é o que chamamos de pérola em meio a inúmeros blockbusters que circulam anualmente nos circuitos de cinema pelo mundo.

Sem nenhuma pretensão de ser um filme politicamente correto, o projeto é uma aula de roteiro, explora o universo da tensão de maneira original, simples e com objetividade. As cenas são bem complexas, fica nítida a dedicação estafante de todo o elenco. Méritos do desconhecido Jeremy Saulnier que escreveu e dirigiu esse impactante filme. De triste para o universo cinéfilo mesmo é que projeto marca um dos últimos filmes do jovem ator russo Anton Yelchin que faleceu logo após as filmagens.

Na trama, conhecemos uma banda de punk rock formada por jovens liderados por Pat (Anton Yelchin) que entre um show e outro acabam parando em um bar barra pesada neonazista. Após o show, quase indo embora, parte da banda presencia um assassinato e eles acabam ficando presos dentro de um quarto onde precisarão manter a calma e tomar as melhores decisões caso queiram sair com vida deste tenebroso lugar. Lançado em abril deste ano nos Estados Unidos, o longa vem fazendo grande sucesso com o público cinéfilo mundo a fora.

green room movie

Na trajetória de seu clímax, que para deleito dos cinéfilos dura bastante tempo, o filme caminho em passos quase ronceiros mas que entram em compasso de maneira furiosa e mexem com nossas pulsações ao extremo. Impressionante o clima de tensão criado. As personalidades dos personagens ajudam muito a nos deixar curiosos com os inúmeros caminhos que o roteiro pode traçar e mesmo assim somos surpreendido a quase todo instante. O elenco também está fantástico, destaques para o protagonista Anton Yelchin, a jovem atriz Imogen Poots e o veterano professor Xavier Patrick Stewart.

Exibido em diversos festivais de cinema, inclusive na última edição do Festival do Rio, Green Room é uma daquelas gratas surpresas que muitas vezes só ficamos sabendo por conta do boca a boca de quem conseguiu conferir. Uma das coisas mais legais ao analisarmos o projeto é que o filme possui seu próprio gênero, para mim um subtópico em meio ao Thriller psicológico. Em 90% dos casos, a marca registrada de um filme bom é a sua originalidade em trabalhar seus elementos em cena, modelando entre gêneros e consequentemente fazendo o público se interessar pela trama. Green Room consegue isso com louvor.

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