10 curiosidades de ‘Indiana Jones e a Última Cruzada’, uma das melhores aventuras da história

Lançado em 1989 como fim da trilogia que Steven Spielberg havia combinado com George Lucas, Indiana Jones e a Última Cruzada fez história ao trazer ninguém menos que o lendário Sean Connery para interpretar e se aventurar como pai de Indiana Jones (Harrison Ford). Além disso, Spielberg se sentiu na obrigação de fazer esse filme após ter de lidar com algumas críticas mistas que falaram mal do tom mais pesado, mais adulto, de Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984). Movido na força do ódio, o diretor conduziu um filme tão bom, mas tão bom que até hoje não é consenso entre os fãs sobre qual é o melhor capítulo da saga: esse ou Caçadores da Arca Perdida (1981).

Com o lançamento do trailer do novo capítulo da saga, o CinePOP selecionou mais dez curiosidades sobre os bastidores desse filmaço de aventura. Confira!

Favorito

Se você perguntar para pais que tenham mais de um filho qual é o favorito, a resposta padrão é que eles “amam todos igualmente”. Todo mundo sabe que eles têm um favorito, mas eles evitam revelar para evitar brigas e traumas nas crianças. Pois bem, quem não teve essa mesma cerimônia foi o “pai” da franquia Indiana Jones, Steven Spielberg, que já declarou diversas vezes que Indiana Jones e a Última Cruzada é seu longa favorito da saga do aventureiro mais famoso do mundo.

Jovem Indiana Jones

O filme começa com uma aventura pela adolescência de Indiana Jones, mostrando as origens do arqueólogo na busca pela Cruz de Coronaro. Apesar de não se parecer tanto com Harrison Ford, o escolhido para interpretar sua versão adolescente foi o promissor River Phoenix. A indicação do garoto foi feita pelo próprio Harrison, que havia se impressionado com seu trabalho no filme A Costa do Mosquito (1986). O mais interessante desse trabalho é que River revelou não ter se inspirado nos trejeitos de Indy para compor o papel, mas nos de Harrison Ford. Dessa forma, o menino passava horas observando o ator longe das telas para tentar replicar sua postura, modo de agir e entonação vocal.

Discussão

Durante o processo de criação do roteiro, Steven Spielberg e George Lucas tiveram um impasses que mudariam de vez os rumos do filme. A primeira ideia de George para o longa foi fazer uma versão mais voltada para o terror acontecendo em uma mansão mal-assombrada. O esboço do roteiro chegou a ser escrito, mas Spielberg descartou a ideia por considerar parecido demais com Poltergeist. Então, o criador de Star Wars esboçou, Chris Columbus, que tinha conquistado o público com Gremlins e Os Goonies, uma história chamada Indiana Jones e o Rei Macaco, que levaria o Indy para buscar o Graal na Escócia, onde enfrentaria um fantasma, até descobrir que fonte da juventude estava no continente africano. Spielberg detestou e voltou a discutir com George. Lucas queria que o foco do filme fosse o Santo Graal, aglutinando ao cálice a habilidade da imortalidade, elemento que estava na trama desde os primeiros rascunhos. Spielberg, porém, veio com a ideia de não apenas trazer o pai de Indy para a história, mas fazer dele parte central da trama. Assim, o roteiro passou por novos tratamentos e eles chegaram à versão final.

Ajudou

Lembra quando os fóruns on-line debatiam quem era o melhor personagem dos cinemas, Indy ou James Bond, aí vinha o argumento: “É o Indiana Jones, porque ele foi treinado pelo Bond”? Pois então, a escolha de Sean Connery para o papel de Dr. Henry Jones aconteceu mais ou menos assim mesmo. Spielberg tinha um sonho pessoal de dirigir um filme do 007, o que se tornou quase impossível, já que ele comandava a franquia de um personagem nos mesmos moldes. Então, ele começou a brincar com George Lucas: “Vamos fazer o Indy ser filho do James Bond?”. Com um argumento desses, não teve como não comprar a ideia. Connery acabou se juntando a Spielberg e não se contentou em “apenas atuar”. Ele deu diversas sugestões e fez diversos improvisos que foram tão geniais e autênticos, que a equipe criativa precisou fazer um novo tratamento no roteiro para incluir e adaptar as ideias do lendário ator no corte final.

Dublê

Vivendo seu auge físico, Harrison Ford quis fazer o máximo possível de suas cenas de ação. A dedicação de Ford chegou ao ponto de irritar seu dublê oficial, Vic Anderson, que quase implorou para que ele o deixasse fazer algumas cenas. Claro que ele não se irritou de verdade, estava apenas implicando com o amigo, e defendeu sua habilidade em cena declarando em entrevista que ele seria um ótimo dublê se quisesse. Um exemplo claro disso é a sequência em que Indy está lutando em cima de um tanque de guerra no deserto e fica preso pela bolsa no canhão do veículo, sendo imprensado contra uma encosta. Harrison fez essa cena toda sozinho e teve ajuda da produção, que ficou jogando terra na sua cara acima das câmeras. No entanto, a cena icônica do salto do cavalo em movimento para o tanque de guerra foi feita por Vic.

Ratos

A sequência das catacumbas de Veneza apresentou uma série de dificuldades. A principal delas foi o uso dos ratos. Para evitar que o elenco contraísse qualquer tipo de doença, a produção “alugou” nada menos que 2 mil ratos filhotes, que foram criados e treinados em cativeiro para serem usados nas filmagens. Assim, os animais interagiram com Harrison Ford e Alison Doody sem mordê-los ou atacá-los. No entanto, para evitar prejuízos caso houvesse indisposição dos animais que impedissem de gravar as cenas, a produção contatou a seguradora, que redigiu um contrato garantindo o uso mínimo de mil ratos por dia de filmagem. Para ajudar a criar esse mar de roedores, os produtores também compraram cerca de mil ratos falsos para integrarem a multidão dos bichinhos.

Passando mal

Principal alívio cômico do filme, o Dr. Marcus Brody fez sua última participação presencial na franquia neste filme, isso porque ele seria referenciado em Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008) com sua estátua sendo decapitada pelo antagonistas em um acidente no campus da faculdade. Apesar do personagem ser bastante disposto e bem humorado, o ator que o interpretou, Denholm Elliott, passou por muitas dificuldades durante as filmagens. Isso porque ele havia sido diagnosticado HIV positivo em 1987, e desenvolveu a Aids pouco tempo antes das gravações começarem. Mas ele não abandonou o papel e atuou mesmo passando muito mal em diversos dias de filmagens.

De verdade

Na sequência em que Indy se infiltra em meio aos nazistas para recuperar o diário de seu pai e acaba dando de cara com seu maior inimigo, o ditador Adolf Hitler, que fazia um comício com seus seguidores, Spielberg obrigou a todos os figurantes a cruzarem os dedos enquanto faziam a saudação nazista, tirando a “validade” do gesto. Spielberg é filho de família judia e faz questão de mostrar o horror do nazismo em suas produções. Outro ponto interessante é que todas as fardas nazistas utilizadas no filme são autênticas e não réplicas. Elas foram adquiridas num leilão pela figurinista do longa.

Gaivotas piratas

Um dos momentos mais clássicos não apenas deste filme, mas de toda a franquia, é quando Indy e seu pai estão sendo perseguidos por um avião em uma praia. Sem mais munição em sua arma e com o terreno limpo para que o inimigo atirasse, o Dr. Jones pai saca seu guarda-chuva e começa a correr em direção às gaivotas, que alçam voo, sem embolam nas turbinas e derrubam a aeronave. Para esta cena ganhar vida, a produção não conseguiu gaivotas de verdade, já que são aves selvagens que não podem ser treinadas, então a alternativa foi adquirir pombas brancas amestradas para levantarem voo de acordo com a direção sem apresentar risco para Sean Connery. Outra cena icônica envolvendo Indy e seu pai, que é a conversa dos dois em um dirigível, foi toda gravada na base da ilusão. Isso porque estava fazendo um calor desgraçado no estúdio no dia da filmagem, o que estava complicando os atores a permanecerem em cena de terno sem suar horrores. Então, eles gravaram todo o diálogo entre pai e filho usando apenas as partes de cima das roupas sociais e cuecas, que foram escondidas pela mesa da aeronave.

Fedora

Creditado apenas como “Fedora”, já que é ele o aventureiro que dá o famoso chapéu ao Indiana Jones, o personagem de Richard Young não chegou a ter um desenvolvimento próprio, recebendo o nome do chapéu e servindo como uma inspiração a Indy. Porém, por muito pouco ele não se tornou um personagem bastante falado na franquia: Abner Ravenwood. Para quem não se lembra, Abner é mencionado no primeiro e no quarto filme, como pai de Marion (Karen Allen), esposa de Indy e mãe de Mutt (Shia LaBeouf). Nas primeiras versões do roteiro, ele estava creditado como Abner, mas acabou virando o “Fedora” conforme o texto foi recebendo novos tratamentos.

Infelizmente, Indiana Jones e a Última Cruzada não está disponível em nenhum streaming.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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