sábado, abril 27, 2024

Crítica | Chama a Bebel – Giulia Benite vive Deficiente Física em Aventura Inclusiva e Didática para Crianças

Janeiro é o mês das férias da garotada. Enquanto o verão toma conta das cidades e a criançada curte o tempo longe das escolas, papais e mamães procuram formas de entreter a molecada, e uma das melhores opções é o cinema, até mesmo por conta do ar-condicionado. E por que não juntar a diversão com o educativo? Essa é uma das inspirações para assistir a ‘Chama a Bebel’, o mais novo filme infantojuvenil brasileiro que chega essa semana às salas de projeção de todo o país.

Bebel (Giulia Benite) é uma jovem cadeirante que toda a sua vida estudou em uma mesma escola no interior. Mas agora, aos quinze anos, ela precisará mudar para uma escola na cidade, e, por isso, deixará de morar com sua mãe, Mariana (Larissa Maciel), e seu avô, João (José Rubens Chachá), e passará a morar com a família de sua tia, Marieta (Flávia Garrafa). Ao chegar na nova escola, o professor Denis (Rafa Muller) passa uma tarefa aos alunos: pensar e propor uma solução sustentável para alguma coisa da escola. E aí começa o problema para Bebel, pois Rox (Sofia Cordeiro) e suas amigas passam a implicar com ela pois Bebel tem como  ídola a jovem Greta Thunberg, e, assim como a ativista sueca, Bebel tem opinião sobre tudo e pensa em formas de tornar o mundo melhor – o que vai contra ao estilo de vida de Rox.

Com uma hora e trinta redondinhos, ‘Chama a Bebel’ é, acima de tudo, um filme extremamente didático. Nesse sentido, o realizador Paulo Nascimento (também responsável pelo longa ‘Teu Mundo Não Cabe Nos Meus Olhos’, cujo protagonista era um homem cego) presta um ótimo serviço à população com seu projeto, principalmente aos professores, que poderão utilizar-se desse filme para levantar diversos debates em sala de aula. E claramente esse é um dos objetivos do longa, pois são muitos os temas inseridos em sua trama: reciclagem, capacitismo, maus tratos aos animais, preconceito, etc.

Talvez essa abundância de temas acabe pesando um pouco na trama, que fica com informações demais para caber em uma hora em meia. O roteiro assinado pelo próprio Paulo Nascimento e por Ricky Hiraoka traz personagens adolescentes visando entreter o público infantil; para tanto, muitas ações acabam sendo apenas sugeridas no enredo, sem acontecerem de fato (por exemplo, toda a resolução da história é narrada em off pela protagonista, com eventos selecionados que resumem o fim), ou reforçadas em demasia (como a tia vilã, cujos trejeitos são bem marcados para ficar bem evidente para a pimpolhada as intenções dela).

Giulia Benite também entra no projeto como produtora associada de ‘Chama a Bebel’ e emprega à sua protagonista ares bastante fortes e de liderança que a deixaram famosa como a “dona da rua” em seu trabalho anterior como a Mônica da ‘Turma da Mônica: Laços‘. Suas melhores cenas são os debates com a antagonista Rox, a quem a jovem Sofia Cordeiro emprestou doses certas de carisma e maldade.

Chama a Bebel’ une o entretenimento ao didatismo. Ensina divertindo, e diverte educando. Uma ótima ferramenta para pais e professores dialogarem com alunos e filhos, e também uma boa forma de transformar um momento das férias em aprendizado, através do cinema. Uma boa ideia de programa em família.

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