sábado, abril 27, 2024

Crítica | Mãe Só Tem Duas – Série da Netflix retrata com bom-humor os desafios da maternidade

Não importa o quanto a pessoa estude, se informe, treine e se prepare: ser mãe ou pai pela primeira vez traz muitos desafios, e não há como prever todos eles. É claro que esse tema já foi abordado inúmeras vezes em muitas produções cinematográficas, mas a série que chega agora à Netflix, ‘Mãe Só Tem Duas’, consegue arrancar lágrimas e risadas do espectador, tudo ao mesmo tempo.

Ana (Ludwika Paleta) e Mariana (Paulina Goto) estão prestes a dar à luz. Mesmo sendo de mundos completamente diferentes, o destino faz com que as duas tenham suas bebês no mesmo hospital… que acaba trocando as crianças! Depois de desfeita a confusão, Ana e Mariana não estão prontas para abrir mão daquela criança a quem aprenderam a amar, e, em nome do bem estar delas, resolvem ter uma convivência partilhada. Dentre choques de realidade e aprendizados, as duas vão descobrir que a maternidade é muito mais desafiadora do que elas imaginavam.

Criado por Carolina Rivera e com roteiro escrito por ela e Fernando Sariñana, os nove episódios da primeira temporada de ‘Mãe Só Tem Duas’ desenvolve a relação de ódio-inveja-admiração das duas protagonistas, elaborando o arco dramático de cada uma de modo a dosar bem o avanço do arco principal da trama. Os primeiros três episódios focam mais nas dificuldades enfrentadas por Mariana, uma jovem de vinte e poucos anos cujo namorado, Pablo (Javier Ponce) a abandonou grávida, porém, sem emprego e com sua própria mãe atolada em dívidas, precisa encontrar uma forma de se sustentar; os três episódios seguintes jogam luz em Ana, uma executiva bem-sucedida de quarenta e poucos anos, mãe de três filhos, que enfrenta o machismo diariamente na empresa em que trabalha e cujo casamento anda por um fio por ela se dedicar demais ao escritório.

Através do humor, ‘Mãe Só Tem Duas’ aprofunda os temas do universo feminino com bastante leveza e seriedade, mostrando o quanto, apesar de serem de camadas sociais diferentes, as duas protagonistas enfrentam diversas barreiras na maternidade – boa parte delas gerada por competições, sexismo, instabilidade social, falta de apoio familiar, estereótipos, etc, além de debater os diferentes tipos de criação dos bebês: com leite materno ou fórmula; livres na natureza ou em casa protegido dos germes; cheios de regras ou sem rumo na vida, o batizado imposto ou o livre arbítrio da criança no futuro, e por aí vai.

Talvez alguns espectadores venham a reconhecer, mas a atriz que interpreta a Ana é ninguém mais do que a Maria Joaquina! Sim, Ludwika Paleta foi a menina mimada da clássica versão de ‘Carrossel’, de 1989 – e agora ela cresceu! Não bastasse isso, a atriz que faz a Mariana, Paulina Goto, é a ca-ra da Thati Lopes e, ainda por cima, Liz Gallardo – que interpreta Teresa, mãe de Mariana – é igualzinha à Kéfera, sem tirar nem por. Ou seja, ‘Mãe Só Tem Duas’ ainda passa a sensação de já conhecermos o elenco de outros carnavais.

Com diálogos inteligentes, piadas inseridas na hora certa, uma boa dose de clichês e uma sororidade química no núcleo feminino da série, ‘Mãe Só Tem Duas’ é um entretenimento divertido com o qual muitas mulheres poderão se identificar, de uma forma ou de outra.

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