sexta-feira, abril 26, 2024

Crítica | Os Caras Malvados – Animação mostra que até os Vilões Podem Se Tornar Bonzinhos

Não é de hoje que as produtoras voltadas para o público infantil estão revendo seus próprios conceitos sobre os vilões. Encabeçadas pela Disney, elas andam percebendo que os ditos padrões estéticos e narrativos já não são mais aquilo que o público quer ver; hoje o lance é assistir a filmes que contem a história do Lobo Mau, e não da Chapeuzinho. A própria Dreamworks, braço de animação da Universal Pictures, construiu seu nome com produtos como ‘Shrek’ e ‘Meu Malvado Favorito’, cujos protagonistas são anti-heróis vilanescos. E agora, numa mistura principalmente desses dois títulos, chega aos cinemas brasileiros o longa animado ‘Os Caras Malvados’.

O Sr. Lobo (dublado por Rômulo Estrela) é o líder de um grupo de malfeitosos que curte assaltar a cidade e praticar pequenos delitos. Junto com o Sr. Piranha (Luis Lobianco), a Srta. Tarântula (Nyvi Estephan), o Sr. Tubarão (Babu Santana) e o Sr. Cobra (Sergio Guizé) eles se tornaram os verdadeiros ‘Os Caras Malvados’ na cidade. Porém, ao ouvir o depoimento da Governadora, Srta. Diane Raposina (Agatha Moreira), sobre o quanto eles na verdade são um bando de gente infeliz e egocentrada, o Sr. Lobo decide dar seu golpe de mestre e mostrar que é realmente um bandidão, roubando o troféu Golfinho – um prêmio anual entregue à pessoa mais bondosa da cidade, e que está prestes a ser entregue ao cientista Professor Marmelada (Sergio Stern).

Inspirado numa bem-sucedida coleção de livros paradidáticos homônima, ‘Os Caras Malvados’ tem tudo para agradar a garotada menor, e também aos pais. Com pouco mais de uma hora e quarenta de duração e nenhuma cena pós-crédito, ao mesmo tempo em que o longa traz as já clássicas piadas de pum, bumbum e escatologia em umas cenas (para o deleite dos menores), também traz uma mistura de técnicas de animação, misturando 3D e 2D.

Um dos aspectos mais legais dessa animação é o peso do elenco reunido para compor o time de dubladores no Brasil, que inclui não só os atores globais de rostinhos conhecidos, mas também nomes consagrados da dublagem, dentre os quais Isabela Quadros, como a policial Misty, e Pâmella Rodrigues, como a repórter Tiffany, valorizando esta que é uma das profissões mais queridas para os cinéfilos brasileiros.

Por outro lado, o roteiro de Etan Cohen parece se desdobrar em uma segunda camada que, à altura em que aparece, dá uma cansada. O longa de Pierre Perifel começa com o mote dos animais malvados que precisam se tornar bonzinhos para serem melhor aceitos na sociedade; quando essa proposta meio que se encerra, o roteiro dá uma guinada e começa a percorrer outro caminho, mais aventuresco, com uma outra proposta. Isso faz com que a garotada comprometa sua atenção apenas até a conclusão dos três arcos, e, a partir do quarto arco, fica mais focado para os pais.

Através de uma história fofa, personagens carismáticos e uma mensagem bem legal sobre não termos pré-conceitos sobre ninguém e desfazermos as imagens pré-concebidas até mesmo sobre os animais (uma bola já levantada também em ‘Próxima Parada: Lar Doce Lar’, na Netflix), ‘Os Caras Malvados’ é uma ótima pedida para levar a garotada para se divertir no cinema e tem tudo para se tornar uma nova franquia da DreamWorks.

Não deixe de assistir:

E o CinePOP conversou com elenco de dubladores, vem conferir a entrevista completa aqui!

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